Conhecer o Salvador
O alvo da vida de famoso pintor era reproduzir na tela a figura de Cristo. Trabalhou diligentemente para fixar a sua concepção de Cristo e, ao terminar a pintura, saiu do estúdio à rua, onde várias meninas estavam brincando, e levou consigo para dentro uma delas.
Pedindo-lhe que se pusesse diante da pintura, disse-lhe:
- — Menina, diga-me: quem é êsse aí?
Ela olhou atentamente por um pouco de tempo, e disse:
- — Parece ser um homem bom, mas eu não o conheço.
Sentou-se o artista, profundamente desapontado. “Temo que eu não conheça a Cristo,” disse êle. Abriu o Nôvo Testamento e, com oração, pôs-se a estudar a Cristo. Não demorou a que se convencesse de ser pecador e percebesse a necessidade que tinha de aceitar como seu Salvador a Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. Apossou-se-lhe do coração a alegria da salvação, e recomeçou o seu trabalho. Acabada que foi a segunda pintura, pediu êle à mesma menina que a contemplasse. Imediatamente ela começou a recitar o passo: “Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais.” Com lágrimas de alegria, o artista exclamou: “Agradeço-Te, ó Deus, o poder eu apresentar agora a Cristo de maneira tal que uma criança O reconhece.”
Serviço de Amor
Faz algum tempo em Trongate, Inglaterra, houve uma cena tocante. Uma senhora idosa, com um xale sôbre a cabeça, aparentemente muito pobre, foi vista por um policial a apanhar do chão alguma coisa e escondê-la no avental, ràpidamente. Continuou a Fazer isso, dando a impressão de haver achado alguma coisa de valor, talvez perdida por outrem. O policial, nôvo na profissão, e um pouco cioso de sua autoridade, a ela se dirigiu, dizendo-lhe com certa rispidez:
- — Que é que a senhora está escondendo no seu avental? Quais são as suas intenções? Abra já êsse avental, senão eu a levo prêsa!
A boa da velhinha, sorridente, abriu o avental, exibindo cacos de vidro, pregos e outros objetos pontiagudos que apanhara da rua.
- — Por que está fazendo isso? perguntou-lhe o policial.
- — Eu faço isso cada dia, respondeu ela, com acanhamento, porque muitas crianças descalças andam por esta zona o dia todo e podem machucar os pés.
O grande policial ruborizou-se e pondo-lhe um braço no ombro, disse:
- — Deus a abençoe, minha senhora!
Quanta necessidade há de que os cristãos sintam ser seu dever o tirarem do caminho alheio as coisas pontiagudas e molestas que tanto dissabor e sofrimento diários causam!