Daniel Montalvan
Você certamente já ouviu esta frase: “A igreja está procurando métodos melhores, Deus está procurando homens melhores.”
Deus sempre procura os melhores homens para cumprir Seus ideais. Quando decidiu erradicar o mal que havia se espalhado, após a entrada do pecado, o Senhor encontrou Noé. Para estabelecer uma grande nação de adoradores verdadeiros, Ele procurou Abraão. Para libertar Seu povo do Egito, Ele enviou Moisés. Quando precisou de alguém para reavivar Seu povo, ele chamou Josias. Para espalhar o evangelho no mundo antigo, Deus chamou Paulo.
Deus sempre procura os melhores obreiros para que cumpram Sua missão. Alguém pode pensar que esses homens eram os melhores porque tinham boa educação. No entanto, ter boa educação não é garantia de caráter ilibado. Profissionais com alta formação acadêmica, que muitas vezes são líderes proeminentes e homens de negócio, trapaceiam, mentem e roubam.
Então, o que faz as pessoas serem melhores? Paulo escreveu que os últimos tempos seriam perigosos porque os seres humanos seriam “amantes de si mesmos” (2Tm 3:1-5). John MacArthur destaca que o “amor próprio” está sempre relacionado ao mundano.
Paulo apresentou uma lista de 17 verbos degenerativos em 2 Timóteo 3. Toda essa lista poderia ser resumida em uma frase: “homens dos últimos tempos são homens perigosos”. Eles têm aparência de piedade (v. 5), entendimento corrompido e reprovável (v. 8), são insensatos (v. 9), enganam e são enganados (v. 13). A principal razão para seu comportamento degenerativo é que eles amam mais os prazeres do mundo do que o Senhor (v. 4). Isso significa que Deus não é o primeiro na vida dessas pessoas e, pior, também não é o mais importante.
Para o apóstolo, os homens dos últimos tempos são perigosos, têm comportamento degenerativo, mas vivem como se fossem pessoas piedosas. Para Paulo há somente uma forma de nos tornarmos pessoas melhores: sendo homens e mulheres de Deus. Isso é possível por meio das Escrituras, porque ela é útil para ensinar, censurar, corrigir e instruir na justiça, a fim de que o servo do Senhor seja perfeito e preparado para toda boa obra (v. 16, 17).
Quando observamos a história e os grandes homens que surgiram, percebemos que as Escrituras fizeram diferença em sua vida. Foi o caso de Abraão Lincoln, que disse: “Ao me envolver na leitura bíblica, uso muito bem meu tempo. Aceite tudo o que você pode entender deste Livro por meio da sua razão, e depois tome o restante pela fé. Se fizer isso será um homem melhor enquanto viver e quando chegar a hora de sua morte.”
Expressando o mesmo sentimento, Thomas Jefferson, estadista americano, declarou: “Eu sempre disse, e sempre direi que a leitura cuidadosa e diligente do Livro Sagrado produz melhores cidadãos. A Bíblia produz as melhores pessoas do mundo.” George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, destacou: “É impossível governar o mundo corretamente sem Deus e sem a Bíblia.”
Ellen White escreveu: “A Bíblia é a única regra de fé e doutrina. E não há nada mais apropriado para revigorar a mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Não há outro livro que seja tão poderoso para elevar os pensamentos e dar vigor às faculdades como as vastas e enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria ser, os homens teriam uma grandeza de entendimento, uma nobreza de caráter e uma firmeza de propósito que raramente se veem nestes tempos” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 126).
Você quer ser um pastor melhor? Aprofunde sua experiência com as Escrituras. Se desejamos ter a mente de Cristo precisamos nos saturar das Escrituras. John MacArthur disse: “A única maneira pela qual você pode ser saturado com os pensamentos de Cristo é saturando-se com o Livro que trata Dele.”
Somente as Escrituras podem nos tornar melhores em tudo. Se você é bom no que faz, a Bíblia o ensinará a ser excelente; se é honesto, ela o tornará íntegro; e se é inteligente, ela o fará sábio em todas as coisas.
Daniel Montalvan, mestrando em Missiologia, é secretário ministerial associado para a Igreja Adventista na América do Sul