Poucas pessoas têm atividades e deveres mais complexos do que o ministro adventista do sétimo dia na atualidade, e seu trabalho está-se tornando cada dia mais cheio de envolvimentos. Sendo isto verdade, torna-se da máxima importância que nosso trabalho seja sempre bem planejado. Precisamos ter um devido senso de equilíbrio. Temos de reconhecer prioridades, e saber como obter o máximo de produção num mínimo de tempo, num máximo de envolvimento com um mínimo de fricção. O pastor precisa ter:
- 1. Senso do divino chamado em sua tarefa.
- 2. Dedicação a essa tarefa.
- 3. Avaro ciúme do tempo que Deus lhe deu.
- 4. Capacidade de adequada avaliação da importância da obra que faz, de maneira que seu tempo não seja desperdiçado em migalhas.
- 5. Um esbôço de seu trabalho; um diagrama dos planos e projetos que têm de ser propostos, promovidos, orientados, de maneira que êle saiba para onde está indo.
- 6. Sabedoria para saber como delegar responsabilidades e envolver tôda a congregação na tarefa de partilhar oportunidades para trabalho sempre crescente.
Muito do sucesso ou fracasso de sua obra depende da maneira como êle organiza seu trabalho e despende o seu tempo. Muito apropriadas para nós são as palavras do apóstolo Paulo: “Fazei o melhor uso de vosso tempo, a despeito das dificuldades dêstes dias.” Efés. 5: 15, Phillips.
Embora alguns ministros tenham talvez uma variedade maior de deveres do que alguns outros, têm êles também maior liberdade do que outros em determinar o que deve ser feito e o que deve ser deixado por fazer. Nós somos entre todo o povo senhores de nosso tempo. Como bem o diz Ralph G. Turnbull em seu livro A Minister’s Obstacles: “Ninguém espera que estejamos em uma função por algum tempo e o público e nosso povo não tenham meios de verificar o uso que fazemos das horas preciosas. Recebemos para investir no preparo de nós mesmos, e se estamos fazendo progresso na economia de tempo, estamos aprendendo a viver. … Se as horas são malbaratadas por interêsses secundários, estamos sucumbindo ao vício da indolência.”
Disse uma vez Napoleão: “Posso perder batalhas, mas ninguém jamais me verá perder minutos, seja por excesso de confiança própria ou por indolência.”
O ministro de hoje que subestima o seu tempo, certamente não apreendeu o pensamento dAquele que disse: “Convém que Eu faça a obra daquele que Me enviou enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.”
Bruce Barton, em seu livro The Man Nobody Knows, salienta que uma coisa que todos que viram a Jesus reconheceram, é que Êle tinha Sua casa espiritual em ordem e sabia em que devia ocupar-Se.
Isto é o que precisa ser dito também dos ministros adventistas do sétimo dia. Nosso povo precisa saber antes de tudo que nós conhecemos a Jesus. Devem ver em nós verdadeiros líderes espirituais. Segundo, devem ver que estamos empenhados em nosso trabalho. E êste encontro pessoal com Jesus e esta dedicação ao trabalho não permitirão estejamos descuidados ou morosos no que temos para fazer. Muitos ministros, oprimidos com a magnitude da tarefa, tornam-se frustrados e secretamente anseiam por aliviar-se da pesada responsabilidade. Faz vários anos a revista Life publicou um artigo intitulado: Por que os Ministros Estão Ruindo. Cita o artigo numerosos exemplos de pânico, frustração e colapso mental em virtude de muitas e variadas pressões que esmagam o ministro.
Freqüentemente a perplexidade pode ser identificada com a falta de programar devidamente o trabalho. Muitos ministros operam num programa agitado. Estão em constante estado de crise, sempre tentando ajuntar as peças. Basta pouco tempo, reflexão, estudo, o organizar um programa e planejar o trabalho para os meses seguintes. E isto não é perda de tempo. A alternativa seria fazer correndo uma tarefa após outra, um sermão sábado após sábado, uma campanha após outra, sempre despreparado, sempre dentro de um senso de futilidade.
Agora é o tempo de planejar o programa para 1970. Com algumas horas extras ou mesmo dias, sentai-vos agora para êste propósito e isto eliminará muitas frustrações e até úlceras no futuro.