Estamos concluindo nossa série de artigos com a reimpressão de um documento de pesquisa, intitulado “The Dynamics of Salvation” (A Dinâmica da Salvação). Nos dias 3 e 4 de outubro de 1979, um grupo de Consulta Sobre Justificação Pela Fé, constituído de 145 membros, reuniu-se em Washington, D.C. Depois dessa reunião, uma comissão de editorial, composta de 24 membros, reuniu-se em fevereiro de 1980, e produziu esta publicação que foi primeiramente distribuída a todos os membros da Consulta para crítica e revisão, em harmonia com suas reações. Este documento apareceu no número de 31 de julho da Adventist Review. O resultado não foi apenas o produto da Consulta da Justificação Pela Fé, mas refletiu as discussões de reuniões anteriores, dedicadas a um estudo da justificação pela fé.

Há os que acusam a Igreja de ter hoje um ponto de vista oficial sobre justificação pela fé, comparável ao dos que rejeitaram a mensagem de 1888. Esta acusação é grave e, se provada, não resta à Igreja senão arrepender-se desse ponto de vista errado. Não obstante, antes de defendermos o arrependimento, estudemos cuidadosamente o que cremos como igreja, com respeito a este importante assunto.

Tive o privilégio de ser membro do grupo de consulta e de outras comissões que estudaram em profundidade o escopo completo do plano da salvação. Sinto que este documento proporciona uma excelente compreensão daquilo que a liderança desta igreja crê, com repeito à justificação pela fé. Se ele contém erro ou omissões graves, deveríamos conhecê-lo. Vossas sugestões e observações serão bem-vindas.

Existem graus de compreensão do evangelho, e sempre existirão. Nem mesmo duas pessoas, e muito menos os membros como um todo, estão nos mesmos estágios de compreensão e crescimento espiritual; todavia, pode haver entendimento e unidade geral entre nós sobre os pontos básicos da salvação.

Qualquer discussão daquilo que aconteceu ou deixou de acontecer em 1888, deveria ser visto à luz de um conselho de Ellen White, dado em 1891. Escreveu ela: “Muitos cometem o erro de procurar definir a todo instante os pontos delicados de distinção entre justificação e santificação. Nas definições dessas duas palavras eles introduzem muitas vezes suas próprias idéias e especulações. Por que tentar ser mais minucioso do que o é a Inspiração, sobre a questão vital da justificação pela fé? Por que ocupar-vos de cada pontinho, como se a salvação da alma dependesse de compreenderdes exatamente tudo sobre este assunto? Nem todos podem ver de acordo com o mesmo ângulo” (diário de Ellen White, 27 de fevereiro de 1891), citado em George R. Knight, From 1888 to Apostasy (Hagerstown, Md: Review and Herald Pub. Assoc., 1987, pág. 69).

Como líderes espirituais da Igreja, deveríamos dedicar-nos ao estudo de nossa preciosa mensagem e levar nossos membros a fazerem o mesmo. Há muita ignorância doutrinária entre nós. O culto familiar, incluindo o estudo da lição da Escola Sabatina, está faltando em muitos lares. Um reavivamento e reforma de âmbito mundial no movimento adventista, deverá resultar de um estudo diário da Palavra, que produza um relacionamento mais íntimo com nosso Salvador. Oramos para que essa espécie de experiência se torne uma realidade. Em lugar de debater, criticar e condenar, possa Deus ajudar-nos a experimentar as alegrias da salvação e a alcançá-las e partilhá-las com outros. — J.R.S.