Visita pastoral? Essa é uma das polê­micas questões que têm agitado pastores adventistas e de outras denominações, dividindo-os em dois grupos. Primeiramente, há os que defendem a idéia de que visitar os membros batizados é como “rondar” as noventa e nove ovelhas enquanto a “perdida” perece sem ser alcançada pela mensagem de salvação. Por essa mesma ótica, os pastores são vistos como “educadores da igreja na obra evangélica. Cumpre-lhes ensinar o povo a buscar e salvar os perdidos”.’ Nessa linha de pensamento, aponta-se a debilidade espiritual da igreja e a debilidade física de minis­tros como um resultado da obra pastoral res­trita em favor de membros já batizados.

O outro polo da disputa prende-se ao conceito de que a obra do pastor deve ser basicamente voltada para a nutrição e vigi­lância do rebanho, deixando-se a tarefa de evangelização como encargo de pessoas assalariadas para isto, tais como obreiros bíblicos e evangelistas. Ouve-se, por parte dos que vêem a obra do pastor dessa maneira, expressões tais como: “Quem produz ovelha é ovelha e não o pastor.”

No presente artigo, é nosso objetivo apresentar três razões básicas para que os pastores incorporem o ministério da visitação como parte de seu programa de trabalho em igrejas locais ou distritos. Obviamente, assumimos a pressuposição de que os pas­tores necessitam do apoio de outros oficiais da igreja, tais como anciãos e diáconos, para o cumprimento da tarefa de visitar todos os membros das comunidades de sua área de trabalho. Mas o nosso enfoque é que um pastor que não visita pessoalmente os membros de suas igre­jas, estará fazendo apenas parte do trabalho que lhe corresponde.

Mandato divino

A primeira razão para a visita­ção de casa em casa aos membros de nossas igrejas encontra o seu fundamento tanto no exemplo como na comissão dados por Deus aos Seus ministros. Como o próprio Deus veio em pessoa visitar e redimir o Seu povo, assim devem os pastores visitar e partilhar aquela redenção com o rebanho do Senhor. Zacarias, o pai de João Batista, louvou o “Deus de Israel, por­ que visitou e redimiu o Seu povo, e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, Seu servo… para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz”. (Luc. 1:68, 69 e 79).
Uma grande parte do ministério de Cristo foi devotada à visitação pessoal de casa em casa. Ele engajava-Se em conver­sação com aqueles que visitava e interagia com pessoas que queriam aprender o sig­nificado da salvação. Não poucos milagres foram realizados no ambiente doméstico de famílias que sofriam a presença de en­fermidades e a condição irremediável da morte. Pobres e ricos eram objeto de Seu cuidado (Mar. 1:29-31; 2:1 e 2; 7:24-30; Luc. 4:38 e 39; 5:29-32; 8:51-56; 14:1-6; 19:9; 24:28-31). “Que vida atarefada levou Ele! Dia a dia podia ser visto entrando nas humildes habitações da miséria e da dor, dirigindo palavras de esperança aos abati­ dos, e de paz aos aflitos. Cheio de graça, sensível e clemente, andava erguendo os desfalecidos e confortando os tristes. Aon­de quer que fosse, levava bênçãos.”2

“Ao passo que ajudava aos pobres, Jesus estudava os meios de atingir os ricos. Procurava travar relações com o rico e culto fariseu, o nobre judeu e a autoridade romana. Aceitava-lhes os convites, assistia às suas festas, tornava-Se familiar com os interesses e ocupações deles, a fim de obter acesso ao seu coração e revelar-lhes as imperecíveis riquezas.”3 Em Jesus, temos o verdadeiro paradigma e exemplo prático do fiel e compassivo pastor, aplicável a todos os tempos e culturas.

Nas instruções dadas aos doze, Jesus li­gou a responsabilidade da pregação com a interação social e espiritual dos apóstolos e famílias visitadas. “À medida que seguir­-des, pregai que está próximo o reino dos Céus… Ao entrardes na casa, saudai-a; se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz…” (Mat. 10:12-13).

Com efeito, este foi o plano de trabalho adotado por todos os apóstolos, inclusive Paulo, em sua atividade missionária. Lemos em Atos 5:42 que tanto no templo como “de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregarJesus, o Cristo”. Em seu discurso aos anciãos de Éfeso, Paulo declarou que sua consciência pastoral estava isenta de culpa, pois jamais deixou de anunciar-lhes “coisa alguma proveitosa” e de ensinar-lhes “publi­camente e de casa em casa” (Atos 20:20).

A parábola da ovelha perdida esclarece que se uma das cem “se extraviar” é responsabilidade do pastor ir à sua procura até encontrá-la, porque “não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mat. 18:12, 14). A visitação pastoral é uma maneira de refletir a glória de Deus ao procurar o perdido, redimir o pecador e confortar o sofredor.

Ao descrever o pastor insensato, o pro­ feta Zacarias o fez apontando aqueles guias de Israel que não cuidaram “das que estão perecendo” , que não buscaram “ a desgar­rada”, que não curaram “a que foi ferida”, nem apascentaram “a sã”. Deus mandara o Seu servo proferir uma condenação contra os pastores negligentes: “Ai do pastor inú­til que abandona o rebanho” (Zac. 11:15-17). O profeta Jeremias identifica os pastores genuínos como aqueles que apascentam as ovelhas, que transmitem segurança e esperança divinas, de tal forma que “elas jamais temerão, nem se espantarão: nem uma delas faltará: diz o Senhor” (Jer. 23:4)

Função múltipla

Uma segunda razão para fazer visitação pastoral é a natureza múltipla da função do pastor. Ele não é chamado para ser apenas pregador, nem somente um conselheiro. Em seu trabalho, ele desempenha a obra de um supervisor do rebanho. É nesse particular aspecto de seu ministério que a visitação se torna uma atividade imprescindível para que outras, como a de pregador, por exemplo, achem o seu significado. Pregar sem conhecer o povo e suas necessidades, lutas, desafios e expectativas é apresentar apenas teoria doutrinária do púlpito. As verdades da Palavra de Deus, deste modo, não encontram aplicação na vida diária dos membros da igreja. O sermão, em pouco tempo, passará a ser visto como um entretenimento intelectual ou emotivo e não como a nutrição para a vida espiritual do ouvinte. É muito mais cômodo pregar apenas.

Certa ocasião, alguém fez uma difícil pergunta a Gregório de Nazianzo, o luminar da Capadócia.

Ele replicou: “ Eu preferiría responder àquela pergunta do púlpito.” Eugene H. Peterson comenta que “é mais fácil tratar com as necessidades dos homens e mulheres em massa, na clausura sagrada do púlpito do que enfrentá-las sozinhas na intimidade do relacionamento de uma visita pastoral”.4

O propósito da visitação pastoral é levar a verdade da Palavra de Deus à situação par­ticular do membro da igreja. O que é anunciado do púlpito ainda carece da vontade do ouvinte para receber crédito e confiabilidade. A exposição poderá ter sido até convincente, mas dúvida poderá persistir se o ou­ vinte nunca vê nenhuma evidência de que o pastor se preocupa com os indivíduos de sua comunidade. “A visitação pastoral fun­ciona como uma autenticação da palavra fa­ lada através da palavra personalizada.”5 Phillips Brooks disse que “o pregador que não é um pastor se torna distante; o pastor que não é pregador se torna pequeno”.6

O ofício pastoral, por definição, envolve não apenas um simples encontro com o re­ banho, mas contínua supervisão e nutrição das ovelhas. A analogia sugere um relacionamento profundo e envolvente, exigindo vigilância, constância, vigílias noturnas, e, sobretudo, um coração caridoso. Essa é a razão porque a obra de pastorear não pode ser feita à distância, usando-se apenas o automatismo do telefone e se­cretárias eletrônicas, mensa­gens pastorais computadori­zadas e cartas impessoais. No coração do vocábulo, pasto­rear é estar pessoalmente pre- sente. Em suas raízes, o ato de visitar tem dois aspectos que se complementam: (1) exami­nar e provar por teste; (2) ver que tudo está em ordem. A vi­sitação pastoral tradicional tem as duas qualidades: ao mesmo tempo comprova se a fé está viva e crescendo, bem como detecta possíveis obstá­culos que devem ser solucio­nados por antecipação, evitando-se enfermidades dege­nerativas no indivíduo e na comunidade de fé.

Ellen White, escrevendo aos pastores, exalta o valor da visitação, ao dizer que “aqueles que trabalham para Deus têm apenas começado a obra quando pregam do púlpito. Após isto vem o real labor, visitar de casa em casa, conversar com os membros das famílias, orar com eles, e entrar em íntima simpatia com aqueles a quem desejamos beneficiar”.7 Ela não vê nenhuma perda de dig­nidade se o pastor, ao prestar ajuda a algum membro de sua comunidade, realizar trabalhos físicos. E ainda encarece o fato de que a visitação tem o poder de in- fluência para desarmar oposição e derri­bar preconceitos, mais do que qualquer outra atividade ministerial.8

“Visitar de casa em casa forma uma im- portante parte do trabalho do ministro. Ele deveria almejar a comunicação com todos os membros da família, se eles professam a verdade ou não. É seu dever estar seguro da condição espiritual de todos; e ele deve viver tão próximo de Deus que possa aconselhar, exortar e reprovar, cuidadosa­ mente e com sabedoria. Ele deveria ter a graça de Deus em seu coração e a glória de Deus constantemente em vista.”9

Cada pastor deveria superar a tendência de permanecer recluso em seu escritório, lendo e escrevendo. Este é o perfil do pastor em muitos lugares, princípalmente em regiões desenvolvidas, onde o excesso de privacidade desencoraja o contato com pessoas estranhas à família. Embora deva­ mos valorizar o tempo gasto no estudo e na oração, é importante reconhecer o va­lor da visitação de casa em casa. É-nos di­ to que “o pastor deveria visitar de casa em casa entre seu rebanho, ensinando, con­versando, orando com cada família e ze­lando pelo bem-estar de suas almas… Pessoas são facilmente alcançadas através das avenidas do círculo social… É alta- mente importante que um pastor se misture com seu povo a fim de que ele possa se tornar familiarizado com as diferentes fases da natureza humana, compreenda claramente como funciona a mente humana, adapte seus ensinos ao intelecto de seu povo e aprenda aquela grande carida­de possuída apenas por aqueles que estu­dam profundamente a natureza e necessi­dade dos homens”.10

Não podemos tomar outra atitude se­ não concordar com a afirmação segundo a qual “aqueles que se excluem a si mesmos do contato com o povo não estão em condições de ajudá-lo. Um habilidoso médico deve compreender a na­tureza das diferentes enfer­midades e deve ter um com­pleto conhecimento da es­trutura humana. Ele deve estar pronto para atender aos pacientes. Ele sabe que atrasos são perigosos. Quando sua experiente mão toma o pulso do sofredor, e ele cui­dadosamente nota a indicação peculiar de doença, seu conhecimento prévio capaci­ta-o a determinar o que diz respeito à natureza da enfer­midade e o tratamento ne­cessário para deter seu avan­ço. Como o médico trata com a doença física, assim o pastor ministra à alma enfer­ma pelo pecado. E sua obra é tanto mais importante do que aquela do médico, como a vida eterna é mais valiosa do que a existência temporal. O pastor entra em contato com uma grande variedade de temperamentos; e é seu dever tornar-se familiarizado com os membros das famí­lias que ouvem seus ensinos, a fim de determinar que meios melhor influenciá-los-ão na direção certa”.”

Tarefas inseparáveis

A terceira razão para que os pastores continuem sendo visitadores de todo o re­ banho, pode ser encontrada na indivisibili­dade de duas tarefas às quais ele se encon­tra mais relacionado e com as quais está mais comprometido; o pastorado e a evan­gelização. A Bíblia comissiona cada pastor a fazer a obra de um evangelista (II Tim. 4:5), tarefa impossível de ser bem realizada sem o empenho do pastor em confirmar os novos membros na fé e inseri-los na vida comunitária da igreja. E se é necessário que todo pastor deve fazer a obra de um evan­gelista, não é menos verdade que todo evangelista, para ser bem-sucedido em to- da a extensão do termo, deve estar disposto a ser um pastor para os novos crentes, sustentando-os pela pregação e visitação, até que sejam habilitados a viverem uma vida cristã vitoriosa.

A negligência em visitar os recém-batiza­ dos é um dos pontos frágeis na obra de evan­gelização, quer seja ela realizada pelo método de estudos bíblicos pessoais, pelo método de conferências públicas, ou qualquer outra forma. Não raras vezes, evangelistas que alcançaram um grande sucesso em atrair pessoas a Cristo e ao estudo das Escrituras Sagradas, sentem-se pressionados a abandonar prematuramente o novo grupo de fiéis, ao viverem a sua fase mais difícil após a decisão e o ba­tismo. Destaquemos ainda que um bom pro- grama de visitação não inibe o crescimento da igreja. Pastores que visitam regularmente descobrem possíveis interessados no estudo da Bíblia entre familiares não-adventistas, vi­ zinhos e amigos das famílias visitadas.

Todos sabemos dos problemas que surgem para minar a fé de um novo crente, tais como as dificuldades referentes ao sábado no trabalho, escola e família; dúvi­das doutrinárias, princípalmente se a pessoa teve fortes convicções acerca do que lhe foi ensinado no passado. Mesmo, porém, que não haja tais obstáculos, quase todos os que se convertem vindos de uma outra experiência social e reli­giosa, carecem de visitação pastoral, pois precisam de novos amigos que estejam dispostos a dar apoio e força, na vivência da fé. O pastor da igreja local e o evangelista, como os primeiros representantes públicos da nova comunidade de fé, deveriam estar entre esses primei­ros amigos dos novos membros.

A autoridade representativa que ambos carregam é algo muito valo­rizado por aqueles que os têm visto como pregadores, oficiantes do culto e das orde­nanças – batismo e ceia – elos de ligação entre o crente e a igreja. Negligenciar a vi­sitação aos novos crentes é passar-lhes a mensagem que todo o interesse da equipe evangelística e pastoral era tão-somente contá-los como pessoas batizadas e, assim, aumentar numericamente o rebanho. Não é de estranhar que, quando os pastores e evangelistas deixam de visitar os novos conversos, esses logo deixem de fre­qüentar as reuniões.

Prioridade, planejamento e comunicação

Um dos melhores aprendizados que tive no início do meu trabalho como pastor foi a necessidade de ver as prioridades de minha função, tanto em relação aos membros anti­gos da igreja como aos novos. Aprendi a prio­rizar a visitação pastoral não em função da re­ceptividade que pudesse ter por parte das pessoas, mas pela necessidade da presença

do pastor na vida e nos lares da comunidade. Parcialmente, por causa de uma mentali­dade de que pastores bem-sucedidos são os que fazem a igreja crescer, alguns têm rele­ gado a visitação pastoral a um plano secundário, dando prioridade, quando muito, àquelas que lhes são solicitadas. Mas todo pastor precisa saber que muitos membros de suas igrejas, ainda que em grande necessidade pessoal ou familiar, nunca o procura­rão ou solicitarão sua presença. Algumas vezes, por pensarem que o pastor não está disponível para esse tipo de trabalho; outras vezes, a própria natureza do que estão enfrentando os inibe de buscar alguém com tanta representatividade.

É nesse ponto que percebo a importân­cia da valorização da visitação geral aos membros da igreja, quer solicitem ou não. Ao dar esse lugar de importância ao programa de visitar seu rebanho, o pastor estará se dispondo para a tarefa com todas as implicações que são peculiares à mesma, co- mo providenciar tempo e replanejar as outras atividades de seu ministério para que não sofram perdas.

Contudo, devemos ter em mente que priorizar não significa fazer um “arrastão”, esquecendo-se de tudo e de todos, inclusi­ve a própria família do ministro. Um plane­jamento bem elaborado levará em conta o número de membros da igreja e do distrito que serão visitados, após contato prévio, dentro da disponibilidade de tempo que foi reservado no programa diário do pastor.

Um exemplo prático é pensarmos em um distrito constituído por 1.200 membros, o qual terá aproximadamente 300 famílias a serem visitadas. Considerando que o pastor possa realizar duas ou três visitas por dia, ele conseguirá visitar todo o seu distrito no espaço de 100 a 150 dias por ano. Ao transformarmos esses números em horas de trabalho, o programa de visitação ocupará entre duas a quatro horas na agen­da diária do ministro. Para pessoas em lugares ou condições de difícil acesso, o tempo deverá ser planejado levando em conta todos os fatores próprios de cada caso.

Finalmente, é preciso ficar bem claro que plano de visitação o pastor tem estabelecido em sua programação anual, quando começa­rá e o que cada membro e família podem es­perar do ministro. Um dos veículos mais efi­cazes para tornar o plano bem conhecido poderia ser uma carta endereçada a cada família

e cada pessoa batizada. Para que essa carta chegue a todos, o pastor deve trabalhar com a secretaria da igre­ja, buscando atualizar nomes e ende­reços. Antes do envio da carta, um pastor sensato apresentará o plano aos membros da comissão da igreja, dos quais buscará conselho para uma ação bem-sucedida. Dentre os que podem encabeçar a lista como os primeiros a serem visitados, estão os enfermos e aqueles que estão passando por problemas de sobrevivência, co- mo perda de emprego, vítimas de tra­gédia e morte.

Apesar de apreciar a sociabili­dade com os membros de igrejas nas quais exerci o pastorado, ja- mais me limitei a uma visita estritamente social. Seja um chamado de rotina ou emergência, o pastor deve sem- pre procurar fazer o melhor para tornar aquela uma oportunidade de partilhar a fé. Visitar é sempre um pesado encargo, mas algo que se tornará mais leve se for priorizado, planejado e explicitamente comunicado.

Referências:
1 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, Casa Publicadora Brasileira, Santo André, SP; 1965, pág. 614.
2 Idem, Obreiros Evangélicos, pág. 45
3 Ibidem, pág. 46
4 Eugene H. Peterson, Five Smooth Stones for Pastoral Work. Grand Rapids, Ml: W. B. Eerd­mans, 1980, pág. 7.
5 Jay Adams, Shepherding God’s Flock. Grand Rapids, Ml: Zondervan, 1974, págs. 75-156.
6 Citado por G. B. Williamson, Pastores del Re- bano, Kansas City, MS: Casa Nazarena de Pu­blicaciones, 1992. pág. 150.
7 Ellen White, Testimonies for the Church. Boi­se, ID: Pacific Press, 1995, vol. 3, pág. 558. 8 Ibidem.
9 Ibidem, vol. 2. pág. 338.

10 Ibidem, vol. 4. pág. 266 11 Ibidem, pág. 267.