Nisto Cremos — 3

“Cremos no… Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, da mesma substância que o Pai, por meio de quem foram feitas todas as coisas, tanto no Céu como sobre a Terra; o qual por nós, homens, e para nossa salvação desceu e Se fez carne, e tornou-Se homem, sofreu, e ressuscitou no terceiro dia, e ascendeu aos Céus, e virá para julgar os vivos e os mortos.” — The Creed of Nicaea.

No centro da religião cristã está Jesus Cristo. Nossa religião não é, em primeiro lugar, a aceitação de um credo ou de certo número de crenças fundamentais claramente definidas. Em sua essência mais íntima, é a entrega a uma Pessoa. Ser cristão significa dizer Sim a Cristo, e fazê-lo sem reservas.

O mesmo se pode dizer da mensagem cristã. O evangelho é sobre uma Pessoa. Ele versa sobre um acontecimento no centro do qual está Jesus Cristo. NEle Deus tem agido e falado. Ele veio em Jesus Cristo. As Escrituras do Novo Testamento atribuem suprema importância a Jesus de Nazaré, “nascido de mulher” (Gál. 4:4), mas existindo antes de Abraão (ver S. João 8:58). O cristianismo não remonta simplesmente a uma primitiva comunidade de crentes; está arraigado em Jesus de Nazaré.

Mas, quem é Jesus? Simplesmente um judeu do primeiro século? É difícil admitir que um homem do primeiro século, por mais importante que seja, tenha dito a última palavra sobre todas essas questões. A recomendação de que nos entreguemos a Ele como pessoa tem inferências ainda mais alarmantes. Quem é Ele?

Ele certamente era um homem. Seus primeiros discípulos não tinham dúvida acerca da genuína humanidade do homem de Nazaré. Referiam-se a Ele como “varão aprovado por Deus” (Atos 2:22), homem ungido “com o Espírito Santo” e que “andou por toda parte, fazendo o bem” (Cap. 10:38). Ao mesmo tempo, eles afirmavam que viam a Deus em todo aspecto de Sua obra — no passado, presente e futuro. Ele era, diziam, nada menos que divino. Rememorando Sua vida terrestre, encaravam os milagres realizados por Ele como “sinais” de Deus, isto é, atos de Deus que acompanhavam a Jesus e O investiam de significação revelacional (ver Caps. 2:22; 10:38). Também O encaravam como objetivo das profecias do Velho Testamento, tanto em termos gerais (ver Caps. 7:52; 10:43) como no tocante a tais acontecimentos especiais como a crucifixão (ver Cap. 3:18) ou a ressurreição (ver Cap. 2:25-31). Embora alguns desprezassem a Jesus e O rejeitassem, Deus — asseveravam eles — O glorificou (ver Cap. 3:13), exaltou-0 à Sua própria destra (ver Cap. 2.33) e, segundo declara o primeiro sermão cristão a ser registrado, “O fez Senhor e Cristo” (verso 36). Deus O escolheu para ser Juiz de todos, tanto dos vivos como dos mortos (ver Caps. 10:42; 17:31).

Sua Cristologia pode não ter sido, desde o princípio, muito desenvolvida. Talvez tenhamos de esperar até que cheguemos a alguns dos escritos mais teológicos do Novo Testamento para tais declarações formais e sistemáticas, mas essas afirmações antigas contêm todas as matérias-primas para uma minuciosa doutrina cristã da pessoa e obra de Cristo.

Os escritores do Novo Testamento também gostavam de considerar a Jesus como estando em mui íntima comunhão com o Pai. Paulo, por exemplo, está tão acostumado a conceber o Pai e o Filho como estando intimamente relacionados, que atribui muitos dons e graças indiferentemente a um ou outro. Assim, o evangelho é o evangelho de Deus bem como o evangelho de Jesus Cristo, poucos versos mais adiante (Rom. 1:1 e 16). Os dois são tão chegados que quase não importa que nome é usado. O perdão é de Deus ou de Cristo (ver Colos. 2:13; 3:13) ou de Deus por amor a Cristo (ver Efés. 4:32). Um dia compareceremos perante o tribunal de Deus, que também é mencionado como tribunal de Cristo (ver Rom. 14:10-12; II Cor. 5:10). E, se bem que no Velho Testamento o grande dia no fim do mundo, quando será efetuado o juízo, é o “dia do Senhor”, ele também é descrito como “dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Cor. 1:8; cp. Rom. 2:16). Como poderia alguma coisa demonstrar mais surpreendentemente o lugar conferido a Cristo na mente dos cristãos primitivos do que o espetáculo de convictos judeus monoteístas atribuírem tão livremente funções e atributos divinos a Jesus de Nazaré?

O Evangelho de S. João começa com a desconcertante declaração: “No princípio era o Verbo.” Essa expressão é estranha para nós e quase não sabemos que fazer com ela. Mas o vocábulo logos (verbo) era comum no primeiro século. É precisamente nesse sentido (que, como João sabia, judeus e gregos o compreenderíam e apreciariam), que o apóstolo afirmou ser Jesus de Nazaré responsável por toda a criação, bem como pela concessão da verdadeira luz a homens e mulheres (ver S. João 1:3, 4 e 9). Para João, o logos com o qual seus contemporâneos estavam tão familiarizados era uma pessoa e nada menos do que Deus (v. 1).

Havendo enunciado a essencial divindade de Cristo, João passa a declarar que ocorreu uma encarnação: “O Verbo Se fez carne.” V. 14. Anos antes Paulo fizera uma declaração similar: Aquele que subsistia em forma de Deus assumiu “a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Filip. 2:7). Deus, o Filho, tornou-Se homem; ocorreu uma união tão íntima entre Deus e a criada natureza humana que um Homem, Alguém de nossa própria raça, podia dizer: “Sou Deus.” Em determinado momento da História, Deus, o Filho, entrou neste mundo de maneira sem igual e sem precedente e começou a existir como homem! A Encarnação não pode ser explicada pelo que sucedeu antes; tem de ser ligada por uma linha vertical diretamente com Deus.

Embora seja deveras arrogante afirmar que podemos conhecer a mente de Cristo, não ficamos sem evidências do conceito que Jesus tinha de Si mesmo. Entre outras coisas, Ele sabia que era Filho de Deus num sentido singular (S. Luc. 2:41-52; S. João 20:17; 5:17 e 18), bem como o Filho do homem, o qual tem autoridade para perdoar pecados e é Senhor do sábado (S. Mar. 2:10 e 27). A compreensão que Cristo tinha de Si mesmo evidencia-se vividamente nas grandiosas declarações “Eu Sou” registradas no quarto Evangelho.”Eu sou o pão da vida” (S. João 6:35) e “Eu sou a luz do mundo” (Cap. 8:12) são afirmações singulares; como também: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Cap. 11:25) ou “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Cap. 14:6). Essas declarações não poderiam ter sido mais abrangentes e universais. Parece difícil evadir-se à conclusão de que na mente de Jesus havia clara conexão entre Ele mesmo e o grande Eu Sou como o nome de Yahweh no Velho Testamento (Êxo. 3:13 e 14). Vemos isto com maior clareza noutra declaração de Cristo: “Antes que Abraão existisse, Eu sou.” S. João 8:58. Os que ouviram isso estavam tão cientes das inferências dessa declaração que “pegaram em pedras para atirarem nEle” (v.59).

Embora fosse plenamente Deus, Jesus era também plenamente homem, segundo testificam os escritores do Novo Testamento, os quais nos dizem que Ele “crescia… e Se fortalecia” (S. Luc. 2:40) e “crescia… em sabedoria [e] estatura” (v. 52), e que “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Heb. 5:8). Eles no-Lo apresentam como tendo fome (S. Mat. 4:2) e sede (S. João 19:28) e sentindo necessidade de dormir e descansar (S. Mat. 8:24; S. João 4:6). Podia manifestar amor e compaixão (S. Mar. 10:21; S. Mat. 9:36) e precisava ser amparado pela oração (S. Mat. 14:23; S. Luc. 6:12).

Contudo, da maneira mais natural, Cristo dizia-Se possuidor de uma vida sem pecado (S. João 8:46), e isso, evidentemente, nunca foi contestado por Seus inimigos. Os escritores do Novo Testamento reiteraram-no livremente (S. Luc. 1:35; S. Mar. 1:24; II Cor. 5:21; Heb. 4:15; IS. Ped. 1:19; IS. João 3:5). Não quero asseverar aqui que a vida sem pecado de Cristo surgiu de alguma necessidade automática de Sua natureza que, por exemplo, O colocasse acima da tentação. Conquanto Ele fosse sem pecado e livre de tendências ou propensões para o mal, realmente foi tentado ao máximo. “Tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”, especifica o autor da Epístola aos Hebreus (Cap. 4:15). A realidade das tentações de Cristo constitui considerável parte das evidências de Sua natureza humana. Essa realidade é acentuada pelo relato do encontro de Cristo com Satanás, no deserto (S. Mat. 4:1-11) e pela angústia que Ele sentiu no Jardim do Getsêmani (S. Luc. 22:39-46), para não mencionar outras coisas. Evidentemente, a vida sem pecado por parte de Jesus não resultou tanto de alguma necessidade automática de Sua natureza como da constante entrega de Si mesmo ao Pai.

Ele provavelmente descreveu Seu papel da melhor maneira possível ao declarar que o “Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (S. Mar. 10:45). Outrossim, o evangelho que Paulo recebeu e transmitiu começava declarando que “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (I Cor. 15:3). Seria difícil exagerar a importância da morte de Jesus no Novo Testamento, cujos autores se ocupam em mostrar como essa morte ocorreu historicamente e o que ela significa teologicamente. Isto constitui, na verdade, o próprio âmago da mensagem do evangelho. Para Paulo, era essencialmente um ato de Deus, ou melhor, o ato de Deus, e absolutamente central. Ele tornou-o o centro de sua mensagem (Gál. 6:14; I Cor. 2:2).

Era fundamental para Paulo que Cristo houvesse morrido “pelo” pecado e sido crucificado “pelos” homens. Cristo, explica ele, “foi entregue por causa das nossas tansgressões” (Rom. 4:25), “morreu pelos nossos pecados” (I Cor. 15:3) e “Se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados” (Gál. 1:4). O próprio Salvador retratou Sua morte sob este aspecto ao comentar: “Isto é o Meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de Mim.” S. Luc. 22:19. Por isso dizemos que a morte de Cristo foi “vicária”, isto é, Ele morreu pelos outros ou para benefício deles. Tem havido grandes diferenças de opinião a respeito das palavras “por vós”, e freqüentemente se tem feito distinção entre “em vosso favor” (hyper) e “em vosso lugar” (anti). Creio que a Escritura não autoriza uma distinção tão radical. “Em lugar de” e “em favor de” não contradizem nem excluem um ao outro. A cruz é maior do que qualquer definição e mais significativa e profunda do que qualquer explicação. A morte de Cristo foi plenamente “em favor de” porque ocorreu “em lugar de”. Sua morte foi vicária e substituinte, e uma demonstração do amor de Deus. De fato, como João declara, “nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I S. João 4:10).

Contudo, uma teologia da redenção que desse exclusiva atenção à morte de Cristo inevitavelmente seria desequilibrada e depauperada do ponto de vista bíblico. Na realidade, o evangelho recebido e proclamado por Paulo, a que aludimos mais acima, não somente revelou “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, mas acrescenta imediatamente: “e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (I Cor. 15:3 e 4). Paulo proclama que a morte e a ressurreição de Jesus pertenciam juntas ao próprio centro do evangelho. Sua relutância em falar de uma sem a outra se reflete em Romanos 8:34: “Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou.” Há um laço indissolúvel que une a morte e a ressurreição de Jesus Cristo no ministério da salvação.

A ressurreição de Cristo ocupa uma posição central na fé cristã. Com base em sua experiência da ressurreição, os primeiros discípulos encaravam a vida e a morte de Jesus numa luz inteiramente nova. A ambigüidade e a sensação de derrota que os circundavam desapareceram. Provavelmente, sua fé na ressurreição foi o principal fator que levou a igreja primitiva a reconhecer a divindade de Jesus. E logo que os crentes primitivos aceitaram Sua divindade, começaram, sob a orientação do Espírito, a lançar os fundamentos da doutrina da Encarnação, proclamando que Jesus era o Verbo que Se fez carne (S. João 1:14). Da doutrina da Encarnação eles foram inelutavelmente conduzidos à preexistência de Jesus (v. 1. Filip. 2:5-9) e ao assunto de Sua relação com toda a criação e com a história da salvação (Colos. 1:15-20; Rom. 8:19-22; Efés. 1:9, 10, 22 e 23). A mensagem do Novo Testamento tornou-se, e ainda é, a mensagem do Senhor ressurrecto, pois a ressurreição de Cristo é o princípio e não o fim da história.

Os escritores do Novo Testamento também não separavam a ressurreição da ascensão de Cristo. À sua vista, a ressurreição, a ascensão e a posição atual de Cristo à “destra de Deus” são todas resultado de uma só ação da parte de Deus ao vindicar a Cristo depois de Sua humilhação na cruz (Rom. 8:34; Filip. 2:8 e 9; Efés. 1:20 e 21).1 As duas, porém, permanecem bem distintas. É uma coisa afirmar que Jesus ressuscitou dentre os mortos; declarar que Ele partilha agora da soberania de Deus sobre o Céu e a Terra, é outra coisa, embora esteja intimamente relacionada com a primeira. Pois isto é realmente o que a ascensão de Cristo proclama. Ela afirma que Cristo, ressuscitado dentre os mortos, é ao mesmo tempo Rei e Sacerdote. Como Rei, Ele partilha do trono de Deus, tendo toda a autoridade no Céu e na Terra (S. Mat. 28:18; Atos 2:33; I Cor. 15:25; Heb. 1:3; I S. Ped. 3:22). Ele ocupa incomparável posição de dignidade e honra à mão direita de Deus. Mas também é Sacerdote. À destra de Deus Ele faz intercessão por nós (Rom. 8:34; Heb. 7:25; 9:24; I. S. João 2:1 e 2). O sacerdócio de Cristo é mais plenamente elucidado na Epístola aos Hebreus, onde o apóstolo retrata o Cristo ressurrecto como nosso “Sumo Sacerdote” (Caps. 2:17; 7:26), o qual “a Si mesmo Se ofereceu sem mácula a Deus” (Cap. 9:14). Ele é ao mesmo tempo Sacerdote e Sacrifício, não nos conduzindo a um “santuário feito por mãos”, e, sim, ao verdadeiro santuário, o santuário celestial, comparecendo “por nós” à presença de Deus (vs. 11-15 e 24; Cap. 10:19 e 20). Sua obra é por nós; e também está em nós (Cap. 10:16). Só nEle somos “aperfeiçoados” ou nos tornamos “completos” (Caps. 2:10-18; 10:14).

Ele é nosso Mediador (Caps. 8:6; 9:15; 12:24). E isto num sentido muito mais amplo do que é indicado pela tradução usual. Ele não está entre Deus e o homem. Não é apenas um terceiro personagem entre Deus e o homem; é infinitamente mais do que isso. NEle, que tanto é humano como divino, Deus e o homem se encontram diretamente. Não é um intermediário. Como verdadeiro Deus, traz Deus ao homem; e como verdadeiro homem, conduz o homem a Deus. É “misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas coisas referentes a Deus” (Cap. 2:17).

Seu sacerdócio mediador chegará, porém, ao fim; pois, segundo infere a mesma Epístola, “Cristo, tendo-Se oferecido uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, não para lidar com o pecado, mas para salvar os que O aguardam ansiosamente” (Cap. 9:28, versão inglesa). Jesus sabia que haveria um tempo na Terra em que os Seus discípulos teriam de empreender sua obra sem a visível presença do Mestre (S. João 7:34-36; 13:33; 14:1 e 2). Ele também previu o fim da História, o dia em que voltaria para Seu povo (S. João 14:3, 18 e 19; 16:16 e 22); haveria uma ressurreição dos mortos (S. Mar. 12:25-27; S. Luc. 14:14; S. João 5:25-29) e a separação final entre os salvos e os perdidos (S. Mat. 8:11 e 12; 13:24-30 e 36-43; 25:31-46).

Assim, nosso Senhor aparecerá a segunda vez em glória. Voltará à Terra e cumprirá Sua promessa: “vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também”. S. João 14:3. O propósito redentor da parte de Deus, centralizado em Cristo, atingirá seu cumprimento.

Uma das coisas mais surpreendentes acerca da volta de Cristo é, porém, que nós cristãos precisamos almejá-la e aguardá-la. Devemos lembrar-nos de que ela é “a bendita esperança” (Tito 2:13). Os cristãos primitivos ansiavam-na e ficavam impacientes ao notar que estava demorando. Isto parece estranho a nossa mentalidade atual. Eles desejavam o fim do mundo, e nós o tememos. Será que nossa noção do fim não corresponde mais à noção deles?

Estamos acostumados a relacionar o fim com alguma catástrofe cósmica e chegamos a dispensar a significação cósmica da obra de Cristo, que os crentes primitivos sempre tinham em vista. Para eles, o fim do mundo, posto que cataclísmico, significava a vitória de Cristo. Sua morte e ressurreição já assinalavam o começo do fim do mundo, introduzindo na Terra e na história humana a ordem final das coisas. Começou a nova criação, e já temos vida eterna. Vivemos nos últimos dias e já desfrutamos a vida do mundo por vir. A ordem final das coisas existe, agora — plenamente no próprio Cristo, mas de maneira incompleta no resto da criação. Portanto, quando tudo estiver pronto, Cristo virá outra vez, “para salvar os que O aguardam ansiosamente” (Heb. 9:28, versão inglesa).

Não admira que os primeiros cristãos estivessem ansiosos de que tudo fosse resolvido rapidamente. Não admira que no fim do Apocalipse João exclamasse: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus”! Apoc. 22:20.

Referências

1. Em diversas passagens a ressurreição não é encarada como um acontecimento separado da ascensão. Ver, por exemplo, Atos 2:32 e 33; Efés. 4:9 e 10; I Tim. 3:16; I S. Ped. 3:21 e 22.

2. Segundo foi traduzido na única outra passagem que faz alusão a Cristo como Mediador, a saber, I Timóteo 2:5. É interessante notar que o texto grego não contém a palavra entre.