Tive ontem uma experiência aprazível. Fui, nas belas horas matinais do sábado, a uma igreja em que era esperada para falar. Ao chegar ao asseado e atrativo vestíbulo dêsse templo, saiu-me ao encontro a espôsa do pastor. Ela é uma pessoa encantadora, de bom gôsto e com aquela modéstia no vestir que devia caracterizar todos quantos pertencem ao maravilhoso corpo de Cristo. Enquanto assinava o livro de visitas, acudiu-me o grato pensamento — Estou com o povo de Deus, na casa do Senhor.
Fiquei encantada igualmente com o modesto vestuário da superintendente e da secretária da escola sabatina. Disse a superintendente que a jovem senhora que apresentava a música era membro nôvo da igreja. Ela, da mesma maneira, tinha a aparência de um membro da igreja remanescente!
Essa questão de vestuário e sua relação para com a moral em nossos dias ocupa a mente de nossos cristãos pensantes de tôda parte. Se ouvimos aos que lançam as modas dêste mundo, chegam-nos aos ouvidos declarações incomuns. Mesmo esta semana, disse uma comentarista de rádio: “Qualquer coisa está em moda: use roupas, ou não use coisa alguma, e você estará na moda; mini-saia ou nenhuma saia, e você ainda estará moderna.” Afinal, quem está brincando com a alma e o coração da moral do mundo hoje em dia? A mudança é tão rápida, tão insidiosa, tão rebaixadora, que não pode provir senão do maligno.
Faz pouco ainda que se tornou comum ver fileiras de joelhos em cima, na frente da igreja, em todo púlpito, no vestíbulo, nas alas. Podemos nós pedir e receber a bênção do Senhor quando aceitamos coisas que nos eram ainda há pouco repulsivas? “As modas de hoje não comunicam beleza,” declarou uma modista: “São para mostrar uma liberdade e um desembaraço nunca dantes permitidos.”
Escreveu a serva do Senhor: “A simplicidade de vestuário faz com que a mulher sensata se apresente no melhor aspecto. Julgamos o caráter de uma pessoa pelo tipo de vestimenta que ela usa.” “Uma mulher modesta, piedosa, trajará modestamente.” — Testimonies, Vol. 4, pág. 643. E noutro lugar: “Há sôbre nós, como um povo, terrível pecado — havermos permitido os membros de nossa igreja vestirem-se de maneira incoerente com a fé que professamos. Cumpre-nos erguer-nos imediatamente e cerrar a porta contra as seduções da moda. A menos que assim façamos, nossas igrejas ficarão desmoralizadas.” — Id., pág. 648.
Se a serva do Senhor viu isto em seus dias, que pensaria ela da clamorosa exibição de pernas para além dos joelhos, a exposição de cinturões, os apertados shorts e slacks, cujos portadores parecem encher as ruas de nossas cidades — sim, até os bancos das igrejas? Boas mulheres que ainda há poucos meses se haveriam chocado por exposições de nus, estão agora expondo seu corpo nas passarelas, e os crimes que envolvem mulheres atingem as alturas.
Há decadência por tôda parte — nos jornais, e mesmo nas escolas, onde estão privando as criancinhas da inocência de sua infância, forçando-lhes na mente coisas sexuais que, em sua pureza, elas não têm emoções para perceber. Por todo lado está em publicidade a impureza. São contemplados e admirados astros da televisão que têm espôsa número dois, quatro, seis, e poucos pensam mais haver nisso qualquer coisa errada.
O campus encontra-se repleto de decadência, regozijando-se os estudantes nessa e naquela liberdade, quando na realidade estão penetrando noutra prisão, mais opressiva que qualquer outra em que já hajam entrado — a prisão da degradação. As pessoas que desejam sinceramente instruir-se são preteridas porque as escolas de alto saber encontram-se cheias de fermento em busca de liberdade — liberdade de gritar palavras de quatro letras, liberdade para terem dormitórios mistos, liberdade para serem imorais — e tudo para quê? Ninguém sabe. E ainda não é o fim.
Importa, todavia, que haja uma classe de pessoas que siga o puro e admirável Salvador, que não tema erguer-se e ser contada; que não tema usar vestuário próprio e decente, e afrontar os ditos do mundo e mesmo, talvez, de alguns da igreja. Não posso crer que os crentes a orar nas alturas dos montes no tempo de angústia se achem trajados de mini-saias ou de shorts justos. Tão pouco tempo resta para pôr nossa casa em ordem! O Senhor roga-nos instantemente: “Congregai os Meus santos, aquêles que fizeram comigo um concêrto com sacrifícios.” Sejamos, irmãs minhas, suficientemente bravas para descer a bainha de nossos vestidos, e têrmos uma santa ufania de ser diferentes — separadas para Seu serviço.