O autor apresenta a quiroprática nos seus diversos ramos, ao mesmo tempo alerta para os cuidados a serem tomados, caso alguém resolva utilizá-la.

A quiroprática é um sistema controvertido de tratamento da saúde, legalizado nos Estados Unidos e em vários outros países. Nos Estados Unidos, aproximadamente 10,7 milhões de pessoas fizeram 163 milhões de consultas a 30 mil quiropráticos.1 Mais de três quartos dos Estados solicitaram às companhias de seguro que incluíssem os serviços quiropráticos nas apólices de saúde e de seguro de acidente. O governo federal paga por serviços quiropráticos limitados, subordinados à Medicare e à Medicaide seu programa vocacional de reabilitação, e a Internai Revenue Service permite que haja uma dedução médica para serviços quiropráticos. Os quiropráticos citam esses fatos como evidência de “reconhecimento”; contudo, estas são apenas estatísticas comerciais e arranjos legais que nada têm a ver com a validade científica da quiroprática.

Embora já exista por aproximadamente 100 anos, o sistema quiroprático de tratamento da saúde tem deixado de atender às mais fundamentais normas aplicadas às práticas médicas: definir-se com clareza e provar cientificamente o objetivo daquela prática. Mais desapontador ainda é o fato de que a quiroprática nenhuma contribuição deu ao conjunto mundial de conhecimentos, partilhado pelas ciências da saúde, mas continua a isolar-se da corrente principal da comunidade que lida com a saúde.

Essa situação é confusa para muitas pessoas, que não podem entender que no século vinte o governo legalize um sistema não científico de tratamento de saúde. Não tem sentido um sistema com vários milhões de clientes, aparentemente satisfeitos, ainda ser considerado duvidoso. Sem nenhuma explicação mais plausível, muitos estão dispostos a aceitar as afirmações infundadas dos quiropráticos de que a razão pela qual a medicina organizada a eles se opõe, é que os médicos não gostam de competição.

Terapia manipulatória espinal

Supõe-se que 80% dos adultos sofrerão um sério ataque de dor ou mau funciona-mento de coluna em alguma ocasião na vida. Há fortes indícios de que a terapia manipula-tória espinal (TME) seja proveitosa para aliviar a dor de coluna e aumentar a extensão do movimento espinal prejudicado, ao menos temporariamente. Embora a longo prazo a TME talvez não seja mais eficiente do que outras modalidades, parece apresentar alívio mais demorado em cerca de um terço dos pacientes.Além disso, pelo fato de a TME envolver a aplicação das mãos — uma técnica amplamente empregada através da História pelo povo e os curandeiros — ela provoca a sugestibilidade e o efeito placebo.3 Muitas pessoas gostam da TME, por causa do contato direto a ela associado e o alívio subjetivo por ela proporcionado. Charles DuVall, doutor em quiroprática, diz que as pessoas podem tornar-se dependentes da TME.4

Comumente se pensa que quiroprática é sinônimo de TME. Na verdade, a história da TME remonta no mínimo a Hipócrates (400 a.C.), enquanto as raízes da quiroprática não chegam a 100 anos. Os antigos consertadores de ossos e os primeiros osteopatas, usavam a TME como uma panacéia. Hoje em dia a TME é empregada por médicos especialistas (fisiatras, ortopedistas, profissionais de medicina esportiva), médicos osteopatas, terapeutas e treinadores de atletas, bem como quiropráticos.

Uma pesquisa entre pessoas que sofrem da coluna, revelou que os fisiatras são os mais eficientes no tratamento de problemas da espinha dorsal.5 Os fisiatras são doutores em medicina que se especializam em reabilitação. Antigamente eles eram chamados doutores de medicina física. Mas o número dos fisiatras é pequeno, e pode ser difícil encontrá-los. (Mui-tas vezes eles exercem a função junto aos hospitais da Administração dos Veteranos.) Alguns hospitais têm agora centros de trata-mento de coluna que dão destaque ao fortalecimento da musculatura do estômago fraco — uma das principais causas de problemas de coluna — e ao aumento da flexibilidade da coluna. Muitos desses centros oferecem TME, seja mediante um médico terapista, seja por quiropráticos.

Os quiropráticos são os profissionais de TME mais acessíveis ao público, e 85% das pessoas que os utilizam o fazem por problemas neuro-músculo-esqueléticos.6 Os quiropráticos apontam com orgulho os estudos de remuneração dos operários escolhi-dos, que indicam que o tratamento quiroprático devolve os operários mais cedo ao trabalho, e por custo menor, do que o faz o tratamento médico. Esses estudos, porém, não foram avaliados cientificamente pela gravidade dos ferimentos, e nem todos os estudos de remuneração dos operários foram favoráveis à quiroprática. Não obstante, os estudos sugerem que os quiropráticos desempenham um papel im-portante no tratamento de operários portadores de problemas músculo-esqueléticos.

A singular teoria da quiroprática

A singularidade da quiroprática encontra-se não no uso que faz da TME, e sim, na razão teórica para assim fazer. Assim como a osteopatia pré-científica encontrava sua justificativa no “método da artéria” (a crença em que a manipulação aumentava a circulação, reduzindo os espasmos do músculo), a quiroprática baseia-se no “método do nervo” — a crença em que a TME exerce importantes efeitos sobre o “fluir do nervo”.

Literalmente, a palavra quiroprática significa “feito a mão”. O termo foi adotado pelo fundador da quiroprática, Daniel David Palmer. Palmer era um leigo que tinha grande interesse em filosofias metafísicas da saúde, tais como a cura magnética (“magnetismo animal” de Mesmer), frenologia e espiritualismo. Em 1895, ele disse ter recuperado a audição de um porteiro de edifício, quase surdo, massageando a espinha dorsal do homem.

Obcecado por descobrir “a causa primária da doença”, Palmer argumentou que “95% de todas as doenças eram causadas por subluxações” (deslocamentos parciais) da espinha, e o restante por “ossos luxados em alguma parte do corpo”. Palmer dizia que as subluxações colidiam com os nervos da espinha dorsal, impedindo-lhe o funcionamento, e que isto levava à doença. Ele ensinava que o diagnóstico dos médicos era desnecessário; que a pessoa necessita apenas corrigir as subluxações para libertar as energias do vigor natural pertencentes ao organismo. Ironizava os médicos por tratarem apenas os sintomas, alegando que, em contraposição, o seu sistema corrigia a causa da doença.

Palmer não empregava o termo luxação no sentido médico, mas com um significado metafísico panteísta. Cria ele que as subluxações interferiam com a expressão da “Inteligência Universal” (Deus), que ele batizou de “Inteligência Inata” (alma, espírito, centelha de vida).A noção que tinha Palmer, de ter descoberto uma maneira de manipular a força vital metafísica, é muitas vezes mencionada como sua “bioteologia”.

Imperfeição científica

Os quiropráticos comumente dizem que seu isolamento dos meios científicos de saúde, deve-se à oposição da medicina organizada. Os propagandistas da quiroprática mui-to fizeram para que a decisão de uma corte de 1987, que considerou culpados de ilegalidade a American Medicai Association e outros, boicotasse os quiropráticos. Os fatos indicam que o caso Wilk não descobriu nenhuma conspiração secreta por parte dos médicos para eliminar a quiroprática. Ele verificou apenas se a proibição ética da AMA contra associar-se profissionalmente por vontade própria com ministradores de tratamento não científico de saúde, violava ou não a Sherman Antitrust Act. Em 27 de agosto de 1987, a juíza distrital Suzana Getzendanner, decidiu afirmativamente. Ela declarou em seu parecer, não obstante, que a proibição ética da AMA não foi motivada economicamente, mas se baseou na crença da AMA, de que a quiroprática não era do maior interesse dos pacientes.

Palmer pode ser perdoado por suas concepções erradas do século XIX; seus seguidores, porém, não podem ser desculpados por deixar de beneficiar-se dos avanços científicos do século XX para testarem a teoria e a prática da quiroprática. Na verdade, os quiropráticos ja-mais definiram o que significa uma subluxação em termos mensuráveis, nem demonstraram que ela sequer existe. A despeito da competência dos neuro-fisiologistas para medir os impulsos do nervo, os quiropráticos não têm mostrado que o contato com um nervo da espinha altera um impulso fora da zona do impacto, nem mostraram que interromper um impulso nervoso produz doença. O anatomista Edmundo Crelin, da Universidade de Yale, demonstrou que apenas um ferimento danoso da espinha, poderia produzir o choque que Palmer postulou como a base para a quiroprática.8

Mas os erros de laboratório não desestimulam os quiropráticos. Eles argumentam com acerto que ninguém entendeu plenamente os mecanismos de muitos processos médicos eficazes. Como clínicos, eles se acham capazes de detectar subluxações de maneira subjetiva, embora os médicos quiropráticos ainda precisem passar por um teste de credibilidade entre examinadores. Inúmeros estudos relacionados com a capacidade de dois ou mais quiropráticos descobrirem as mesmas subluxações, quer no mesmo exame de raios X, quer nos mesmos pacientes, demonstraram que os quiropráticos não conseguem concordar entre si nem mesmo a respeito de que condições específicas precisam de tratamento.9

Um erro significativo, cometido por uma delegação oficial de representantes da quiroprática, que incluía um radiologista de sua própria escolha, identificou uma única subluxação em uma série de 20 exames de raios X que haviam sido apresentados para reembolso de seguro à Associação Nacional de Carteiros,10 pedindo que os quiropráticos verificassem as subluxações através de raios X. Um relatório de 1986, feito pelo Inspetor Geral do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, revelou que muitas remunerações feitas a quiropráticos não preenchem essa exigência legal.11 O fato de o governo federal não fazer cumprir as leis, tem permitido aos quiropráticos levantarem a questão de uma dupla norma. Há um padrão para a medicina baseada na ciência, e outra para os profissionais não científicos com saber experiente?

Os quiropráticos não só acham as subluxações tão duvidosas como o mito do unicórnio, como também estão em grande desacordo quanto a quem se dirigir em busca de tratamento para elas. Alguns acham que cada superfície de vértebra corresponde a uma desordem específica. Outros acreditam que é preciso ajustar apenas a vértebra atlas (a mais elevada). Os quiropráticos da sacra básica concordam em que apenas uma vértebra precisa ser ajustada, mas em lugar da mais alta, deve ser a sacra, localizada na parte inferior da espinha dorsal. Ainda outra corrente agrupa tanto a vértebra atlas como a sacra. Outros tomam em consideração a coluna inteira, ao passo que outro grupo mede o comprimento da perna a fim de uniformizar a espinha. Tem-se aplicado critérios científicos para resolver essas situações.

Quem quer que procure um determinado número de quiropráticos, achar-se-á diante de uma variedade incrível de métodos de diagnósticos pseudocientíficos. Em 1981, Mark Brown, repórter da Quad City Times, passou cinco meses visitando quiropráticos na região de Deven-port, Iowa (berço da quiroprática). Os métodos de diagnóstico incluíam colocar uma batata no peito do paciente e pressioná-la para baixo sobre seu braço (cinesiologia aplicada), projetando traços sobre a coluna, para ler os contornos do corpo (análise Moire de contorno); ler a íris e comparar as anotações em um mapa (iridiologia); medir o comprimento da perna, para determinar a desigualdade (um quiroprático disse que a perna direita de Brown era mais curta, outro disse que sua perna esquerda era mais curta); medir as diferenças de temperatura da superfície da pele e a palpitação. Outros métodos duvidosos de diagnóstico, usados pelos quiropráticos, incluem adivinhação pelo pêndulo, eletro-acupuntura, reflexologia, análise do cabelo, análise da cristalização herbácea, questionários computadorizados da deficiência nutricional, um teste citotóxico de alergia alimentar, e o teste de urina e saliva de Reams.

Os quiropráticos empregam também uma grande variedade de terapias pseudomedicinais. A terapia magnética (colocar magnetos no corpo), homeopatia, herbologia, colônicos (lavagem do colo), terapia colorida da luz, terapia da megavitamina, eletrônicos (aparelhos de caixa preta) específicos nasais bilaterais (introduzir um balão de borracha no nariz e inflá-lo), e massagem do crânio são apenas algumas terapias sem fundamento, empregadas pelos vários quiropráticos.

Uma pesquisa de comércio de 1988, verificou que 74% dos quiropráticos dos Estados Unidos usam suplementos alimentares em seus métodos. Muitos os prescrevem e vendem diretamente aos pacientes — uma prática considerada ilegal pelos médicos em muitos Estados, e sempre considerada antiética na profissão médica.

Os quiropráticos se gabam, dizendo-se “profissionais que não usam droga”, beneficiando-se das restrições contra o uso de drogas ou cirurgia que os legisladores têm imposto a estes. A palavra droga tem várias definições. Estão incluídos: artigos catalogados em várias farmacopéias oficiais, reconhecidas nos Esta-dos Unidos; artigos destinados ao uso em diagnósticos, cura, mitigação, tratamento ou prevenção de enfermidades no homem ou nos animais; artigos (não alimentares) destinados a afetar a estrutura ou qualquer função do organismo.12 Em 1987, a corte suprema do Estado da Geórgia decidiu que, por serem licenciados como profissionais que não usam droga, os quiropráticos não podem prescrever suplementos alimentares para prevenção ou tratamento de qualquer condição física. Logo depois, o legislativo reagiu aos interesses dos quiropráticos, aprovando uma lei que lhes permitia recomendar suplementos alimentares a seus pacientes, mas não prescrevê-los como remédio.

O uso de raios X pelos quiropráticos é uma questão de afinidade. Os quiropráticos muitas vezes expõem todo o tronco do corpo à radiação de raios X. Uma vez que os efeitos da radiação são cumulativos, expor os pacientes a radiação sempre envolve uma séria avaliação de risco-benefício. Os quiropráticos muitas vezes justificam o uso de raios X como um meio de proteger os pacientes de doenças graves, mas um estudo talvez recente, realizado por um quiroprático radiologista revela que o exame de raios X de toda a coluna vertebral induz, possivelmente, duas vezes mais ao câncer do que a descobri-lo em um paciente. 13

Uma coisa que os quiropráticos salientam é a satisfação de seus pacientes. Os pacientes os colocam acima dos médicos comuns na relação apresentada sobre seus problemas, com-preensão de suas preocupações, quantidade de tempo gasto ouvindo a descrição de seu sofrimento, informação dada a respeito da causa de seu sofrimento, fazendo com que eles se sintam bem-vindos, e outros fatores relacionados com a arte de satisfazer as necessidades humanas. 14 Embora seja importante os médicos fazerem diferença entre a mera satisfação do paciente e a verdadeira eficiência clínica, parece que eles aprenderam alguma coisa com os quiropráticos quanto a satisfazer as necessidades emocionais dos pacientes sofredores.

Partidarismo na quiroprática

Apenas uma minoria entre os quiropráticos de hoje segue a teoria de Palmer de uma-só-causa-uma-só-cura, mas a maioria ainda crê que as subluxações existem e que podem desempenhar um importante papel na causa e tratamento das doenças. Os quiropráticos que desejam ser considerados médicos inteiramente independentes, acham que limitar o valor da TME apenas a aliviar o sofrimento e a aumentar a função, é uma afronta.

Os profissionais que limitam sua profissão a analisar a coluna vertebral e a corrigir as subluxações, são chamados quiropráticos restritos. Os que crêem que estão afetando a “Força Vida Inata” da bioteologia de Palmer, são muitas vezes chamados super-restritos. Os restritos rotulam os quiropráticos que fazem mais do que a TME, de misturadores, porque eles misturam outras modalidades. Essas várias facções quiropráticas têm estado em desacordo umas com as outras durante anos. Cada uma alega ser os verdadeiros quiropráticos, e rotula os outros de cultistas ou “doutores pseudo-médicos”. O conflito entre essas facções tem sido travado nas cortes durante décadas, e continua sem solução.

Às vezes a dicotomia do misturador super-restrito é erroneamente considerada como critério útil para separar os profissionais racionais dos que o não são. Na verdade, ambas as espécies de quiropráticos podem ser irracionais. Os restritos podem ser cultistas que usam em excesso a TME, aplicando-a a condições físicas às quais não oferece nenhum benefício. E os misturadores têm propensão para adotar a mania pseudo-médica, e provavelmente sejam as principais fontes de modalidades de incongruência do mercado de tratamento de saúde. Tanto os restritos como os misturadores se têm oposto tradicionalmente a medidas de saúde pública com base científica, tais como a imunização, a fluoridatação, a pasteurização do leite, a tecnologia moderna alimentar, a prescrição de droga e a cirurgia.

Orientação ao cliente

A habilidade em TME dos quiropráticos varia entre os profissionais, individualmente. A quiroprática é uma pequena indústria sem um órgão que permita revisão crítica, como a que os hospitais proporcionam aos médicos.

Ao serem avaliadas as pretensões de um quiroprático, é interessante perguntar, seja ele homem ou mulher, que doenças os métodos quiropráticos não podem beneficiar. Um profissional judicioso admitirá prontamente grandes limitações no tratamento de quaisquer outros problemas que não os músculo-esqueléticos. O quiroprático menos judicioso pode responder esquivando-se da pergunta com uma resposta do tipo: “trato apenas pessoas que têm problemas de coluna”, ou “Não trato doenças; trato pessoas”. Tais respostas evitam a pergunta e/ou representam a crença na teoria da subluxação.

Não existe nenhuma forma de dizer até que ponto o quiroprático é bom como terapeuta manipulador da espinha dorsal. Os clientes devem confiar na fama do profissional. Ao escolher um quiroprático, os clientes deveriam ter grande cuidado e levar em consideração a seguinte orientação:

  • 1. Pedir que um médico examine primeiro o problema. Procurar excluir a possibilidade de enfermidades graves, ocultas, antes de chegar à conclusão de que o problema é neuro-músculo-esquelético. Enfermidades do coração, câncer, doenças renais, e outros problemas graves que necessitam de cuidados médicos imediatos, podem manifestar-se como se fossem dor ou mau jeito na coluna. Não deixe que um quiroprático radical e despreparado o impeça de obter o pronto diagnóstico e trata-mento. Se o quiroprático recomendar exame de raios X, que este seja feito por um radiologista.
  • 2. Se resolver procurar a TME, informe ao seu médico. Pergunte-lhe se há algum inconveniente em utilizar a TME; peça-lhe que o ajude a encontrar o profissional mais competente nesse ramo (psiquiatra, terapista físico, quiroprático, etc.). Alguns médicos se opõem francamente à TME porque esta não pode ser cientificamente provada como eficaz, mas a maioria está disposta a continuar com o paciente que deseja tentar a TME.
  • 3. Lembre-se de que a principal virtude da TME está na rapidez com que ela produz alívio. Se você não obteve alívio significativo no prazo de três semanas, interrompa a TME. Não se submeta a tratamentos prolongados. Não assine contrato. E não aceite a sugestão de trata-mento quiroprático preventivo. A instrução referente a evitar problemas de coluna por meio de técnicas seguras de levantar-se, exercícios apropriados e ergogênicos (analisar e planejar de novo o lugar de trabalho para evitar sofrimento) é válida.
  • 4. Evite profissionais que: parecem ser confiantes demais ou cultistas apaixonados pelo tratamento quiroprático; desfazem da medicina convencional como antiquiroprática e invejosa; criticam a prescrição de medicamentos ou a cirurgia de maneira ideológica; atacam a imunização, a fluoretização, a pasteurização ou outras práticas da saúde pública; incentivam aos exames de raios X da coluna; usam táticas alarmantes, como dizer que deixar de submeter-se a tratamento quiroprático levaria a sérios problemas no futuro; vendem ervas ou suplementos alimentares; fazem irrigação do colo — estas não têm nenhum valor e podem ser danosas;15 afirmam que existem as subluxações e que é importante corrigi-las.
  • 5. Crianças não devem ser tratadas por quiropráticos. Não existe condição física da infância que os quiropráticos estejam mais capacitados a tratar do que o estão os médicos.

Referências:

  • 1. Chiropractic: State of the Art, Associação Quiroprática Americana, 1986.
  • 2. J. Farrell e L. Twomey, “Acute Low Back Pain”, Medicai Journal of Australia, 1982, págs. 160 a 164; S. Haldeman, “Spinal Manipulative Therapy”, Clinicai Orthopedics & Related Research, 1953, págs. 62 a 70; U. Moritz, “Avaliação da Manipulação e outras Terapias Manuais”, Scandinavian Journal of Rehabilitative Medicine, 1979, págs. 173 a 179.
  • 3. A. Neher, The Psichology of Transcendence (Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1980), págs. 49 a 52 e 244; S. Homola, Bonesetting, Chiropractic, and Cultism (Panama City, Florida: Critique Books, 1963), págs. 95 e 96.
  • 4. C. E. DuVall, “Fatos sobre a TME”, em Chiropractic Claims Manual Ohio: Charles E. DuVall, D. C., D. M„ 1984), pág. 3.
  • 5. A. C. Klein e D. Sobel, Back Relief (Nova Iorque: New American Library, 1980), pág. 402.
  • 6. Chiropractic: State of the Art.
  • 7. A. E. Homewood, The Neurodynamics of the Vertebral Subluxation (Canada: Chiropractic Publishers, 1973), pág. 80.
  • 8. E. S. Crelin, “Um Estudo Científico da Teoria Quiroprática”, American Scientist, 1973, págs. 574 a 580.
  • 9. S. Barrett, “The Spine Salesmen”, em The Health Robberts, 2 a edição (Philadelphia: George F. Stickley Company, 1980), págs. 143 a 145); R. L. Smith, “I Get the Treatment”, em At Your Own Risk: The Case Against Chiropractic (Nova Iorque: Simon & Schuster, 1970), págs. 27 a 37; J. P. Deely, “Chiropractors”, Associação Nacional de Estafetas, Relatório do Diretor, Seguro de Saúde, para Oficiais e Delegados da 45 a Convenção Nacional realizada em Detroit, Michigan, 14 a 20 de agosto de 1966, pág. 53A; W. M. London, “Free Chiropractic Spinal Exams, Consul-tations, and Literature: An Empirical Investigation”, apresentado no Forum Quiroprático na 3 a Reunião Anual da Associação Pública Americana, em Chicago, em 24 de outubro de 1989.
  • 10. Deely, pág. 53A.
  • 11. R. P. Kusserow, Inspection of Chiropractic Ser-vices Under Medicare (Chicago: Escritório do Inspetor Geral, Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Estados Unidos, 1986), págs. 9 a 12.
  • 12. T. Fickel, “Analise da Carcinogenicidade da Radiografia da Espinha” ACA J. Chiropractic, 1986, págs. 61 a 66.
  • 13. D. C. Cherkin e F. A. MacCornack, “Patient Evaluations of Low Back Pain Care From Family Physicians and Chiropractors”, West J. Med., 1989, págs. 351 a 355; R. L. Kane, et al, “Manipulating the Patient: A Comparison of the Effectiveness of Physician and Chiropractic Care”, The Lancet, 29 de junho de 1974, págs. 1333 a 1336.
  • 14. Section 201, United States Food, Drug, and Cosmetic Act.
  • 15. K. W. Kizer, “The Case Against Colonic Irri-gation”, California Morbidity, 1985, n° 38, 27 de setembro.