Podem algumas igrejas adventistas estar paralisadas, ou mesmo morrendo, por ignorar as características de uma igreja saudável? A resposta, infelizmente, é “sim”. Mas isso não precisaria estar ocorrendo. Hoje se sabe que as oito qualidades “mágicas” das igrejas que crescem são: liderança capacitadora, ministério baseado nos dons, espiritualidade contagiante, estruturas funcionais, culto inspirador, grupos familiares, evangelismo voltado para as necessidades das pessoas e relacionamentos amoráveis.
Essas características foram reveladas por uma pesquisa feita pelo Instituto para o Desenvolvimento Natural da Igreja, da Alemanha. O projeto, desenvolvido de 1994 a 1996, seguiu critérios científicos e incluiu mil igrejas de 32 países, resultando num dos livros mais importantes dos últimos anos na área.1 Em síntese, a pesquisa mostrou que onde existe uma interação dessas oito qualidades a igreja cresce de forma natural. Igrejas com um índice mínimo de qualidade de 65 em todos os oito valores têm 99,4% de chance de estar crescendo.2
Além disso, o estudo forneceu a base estatística para o que Christian Schwarz classifica de um novo paradigma em crescimento de igreja – a abordagem “natural” ou “biótica”. “Biótico implica nada menos do que uma redescoberta das leis da vida (em grego, bios)”, escreve o autor. “O alvo é deixar florescer o crescimento automático implantado por Deus, em vez de desperdiçar energia com programas humanos.”3
Ele cita como típico exemplo da abordagem “biótica” Mateus 6:28, onde Jesus aconselha Seus ouvintes a considerar (ver, observar, estudar, aprender, pesquisar) “como crescem os lírios do campo”. A ênfase, no caso, não está na beleza dos lírios, mas no processo de crescimento (“como eles crescem”).
O estudo do instituto alemão vem ganhando adeptos em muitos países. No Brasil, segundo o Pastor Walter Feckinghaus, diretor executivo da Editora Evangélica Esperança, o livro vendeu cerca de oito mil exemplares em três anos. Na Universidade Andrews, o Dr. Erich Baumgartner é um dos mais convictos adeptos da abordagem biótica. A Seeds 99 foi organizada em torno dos princípios do livro.
A obra, naturalmente, é conhecida e usada por alguns pastores adventistas do Brasil, mas parece não ter recebido a atenção que merece. O Pastor Ramildo Bezerra dos Santos, responsável pelo setor de produção de materiais do Ministério Pessoal da Divisão Sul-Americana, diz que os conceitos do livro são bons, mas reconhece que têm sido apenas parcialmente promovidos. Outro pastor criticou o fato de o estudo vir da Alemanha, que não é nenhum exemplo em crescimento de igreja. Porém, usar esse tipo de argumento é o mesmo que dizer: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” Sabemos que pode.
Pois bem, a pesquisa revelou que as oito qualidades são eficazes. Mas seriam elas “adventistas”? Analisando uma por uma, este artigo procura mostrar que sim e dá algumas sugestões de como implementá-las.
“Liderança é influência – nada mais, nada menos”, define John Maxwell.4 Ele está certo, mas é necessário acrescentar que o verdadeiro líder não apenas atrai seguidores, mas também sabe motivar equipes e formar outros líderes. O trabalho do líder cristão é fazer discípulos (Mat. 28:19) e aperfeiçoar os “santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efé. 4:12). O líder cristão partilha o poder (Núm. 27:20). É bom lembrar que nos tempos bíblicos, um discípulo (do grego mathetes) era um estudante que se associava a um professor para aprender do seu pensamento e de sua vida.
Infelizmente, há “líderes” que ficam no cargo durante dez ou 15 anos e não preparam seus sucessores, não formam equipes, nem delegam tarefas e poderes. Tendem a controlar tudo e a segurar todo o poder para si, esquecendo-se de que apenas a semente que é espalhada tem chance de reproduzir e se multiplicar.
Por outro lado, muitos pastores reclamam porque têm distritos com múltiplas igrejas. Eles se sentem sobrecarregados e sonham com distritos de uma ou duas igrejas. Mas isso reflete uma falta de visão do que deve ser o trabalho do pastor. Será que o ideal é mesmo um pastor em cada igreja?
Para Russel Burril, professor na Universidade Andrews, a resposta é um definitivo “não”. Sério defensor do ministério leigo, ele revela que a Igreja Adventista não tinha pastores fixos nas primeiras décadas de sua história.5 O papel principal dos pastores não era cuidar do rebanho, mas plantar igrejas e capacitar os membros para o trabalho. Ao longo do século 20, isso mudou nos Estados Unidos; o resultado foi lamentável para o crescimento da igreja, e agora várias associações estão tentando reverter o quadro.
Se lá eles percorreram o caminho da “profissionalização” ministerial e não o aprovaram, por que repetir o erro aqui? A solução não é reduzir o número de igrejas por pastor, mas mudar o enfoque do trabalho pastoral – de “babá” para capacitador.
Ellen White ressaltou repetidamente a importância da liderança capacitadora. “A maior ajuda que pode ser dada ao nosso povo é ensiná-lo a trabalhar para Deus, dependendo dEle e não de ministros”, escreveu. Segundo ela, os pastores deveriam gastar “mais tempo educando do que pregando”. O melhor trabalho que eles podem fazer “é ensinar, educar”. “Cada igreja deveria ser uma escola missionária”.6
Como desenvolver essa característica na sua igreja?
Adote e pratique uma teologia voltada para o ministério de todos os crentes. “No Novo Testamento, a igreja não tem um sacerdócio – ela é o sacerdócio”, observa Burril.7 Há uma diferença funcional entre clérigos e leigos, mas o status é o mesmo.
Procure preparar o maior número possível de líderes leigos e envolvê-los na missão da igreja8
Apóie, motive e monitore o desenvolvimento de novos líderes (se possível, crie uma escola contínua de líderes).
Incentive o trabalho em equipes e dê autonomia para essas equipes.
Espere grandes coisas dos membros, pois as pessoas tendem a se comportar de acordo com as expectativas.
Ministério baseado nos dons
O bom senso diz que as pessoas fazem melhor aquilo que elas conhecem e apreciam. Na igreja, os membros deveriam trabalhar de acordo com os seus dons espirituais. Isso é bíblico e lógico. Contudo, a maioria das igrejas ainda funciona com base em antigas listas de cargos.
Cada fim de ano, ocorre o mesmo ritual: a comissão de nomeações tenta preencher os cargos, os membros brigam porque queriam ou não queriam determinado cargo. Depois, durante o ano, muitos se sentem frustrados no desempenho de suas funções – quando desempenham alguma coisa! Sejamos honestos: a comissão é uma idéia democrática, mas o tempo da “comissão-preenche-cargo” já passou. Será que a pessoa troca de dom a cada ano?
O ministério baseado nos dons não despreza as necessidades da igreja, mas acima de tudo, leva em conta os talentos e dons que Deus colocou na igreja. Uma das principais palavras gregas para “dom” no novo Testamento é charisma9 (plural, charismata), a qual significa “dom generoso” ou “dom da graça”. Ignorar ou minimizar esses dons é desconsiderar o Doador.
A Igreja Adventista crê oficialmente nos dons espirituais,10 mas é possível que na prática não esteja incentivando a expressão de todos eles, especialmente os dons miraculosos. De alguma forma, nós institucionalizamos o dom de profecia através do White Estate e da pesquisa, e o dom de cura através da rede hospitalar. Essa opinião é também partilhada pelo Dr. Erich Baumgartner. Porém há espaço para as duas coisas – dom institucionalizado e dom personalizado, histórico e atual.
Os dons “são preciosos, em seu devido lugar”, afirma Ellen White.11 “Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade”.12 É preciso pedir e usar os dons, pois, caso contrário, eles se reduzem a “fraqueza”13 – e a igreja também. De fato, a “maior causa de nossa fraqueza espiritual como um povo é a falta de fé real nos dons espirituais”.
Os dons espirituais são discutidos em quatro passagens principais: Romanos 12, I Coríntios 12 (duas vezes), Efésios 4 e I Pedro 4. Nenhuma lista repete totalmente as demais. Isso sugere que, coletivamente, elas não exaurem todos os dons possíveis, mas são apenas ilustrativas dos vários dons concedidos à igreja.15 Hoje, Paulo poderia acrescentar cantores, escritores e apresentadores de programas de TV, por exemplo.
Como trabalhar com base nos dons?
Reconheça que há um leque de diferentes dons, mas todos vindos de uma mesma fonte: o Espírito Santo (I Cor. 12:4). A “igreja reflete unidade em sua totalidade, mas não uniformidade em suas partes”.16
Ensine sobre os dons. “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”, escreveu Paulo (I Cor. 12:1).
Conscientize a igreja de que os dons não são para enriquecer o crente individualmente, nem para enfeitar a igreja, mas para construir o corpo de Cristo (I Cor. 12:7; 14:5, 12).
Esclareça que todos os membros necessitam uns dos outros, pois nenhuma pessoa tem todos os dons (I Cor. 12:14-21), assim como nenhum dos dons é dado a todas as pessoas (12:28-30).
Mostre que os dons deve ser exercidos num ambiente de “ordem” (I Cor. 14:33,40).
Ajude os membros a descobrir seus dons. Cada cristão tem algum tipo de dom, porque o Espírito presenteia “cada um” (I Cor. 12:1). Sugira-lhes estes passos: ore, faça testes e questionários, explore as possibilidades, experimente tantos dons quantos puder, examine seus sentimentos, avalie os resultados.
Incentive o uso dos dons, para que eles se desenvolvam (I Tim. 1:14: I Ped. 4:10).
Espiritualidade contagiante
Deus não aprecia igrejas mornas (Apoc. 3:15) – nem frias. A igreja precisa de “fogo” para crescer. “‘Doutrina pura’ sozinha”, diz Schwarz, “não leva ao crescimento.”É necessário um genuíno relacionamento com Cristo (João 15:1-8).
Seria um erro a Igreja Adventista abandonar a sua preocupação com a pureza doutrinária, mas é igualmente um erro ela não buscar uma experiência mais envolvente. Verdade e amor, assim como doutrina e relacionamento, caminham lado a lado.
Se nós pertencemos a Cristo, teremos fome e sede dEle. “Teremos o desejo de refletir Sua imagem, possuir Seu Espírito, cumprir Sua vontade e agradar-Lhe em tudo”, diz Ellen White. Orar não será uma obrigação, mas um prazer e uma fonte de força. Teremos intimidade com Deus e esperaremos grandes coisas dEle. Como desenvolver uma espiritualidade apaixonada na igreja?
Retrate a Deus como alguém que Se importa com as pessoas.
Leve a igreja a sentir Deus de forma real e incentive o amor supremo a Ele.
Planeje seminários e cursos sobre oração.
Crie encontros e redes de oração.
Desenvolva um estilo de culto mais participativo.
Libere sua igreja para ser um pouquinho mais “carismática”. Afinal, o padrão das igrejas do Novo Testamento e da Igreja Adventista em seu início é claramente “carismático”, embora não necessariamente nos termos modernos.
A igreja deveria ser um organismo vivo e dinâmico. Porém, muitas igrejas estão mortas e paradas – vítimas do tradicionalismo. George Knight, utilizando uma classificação do sociólogo David Moberg, diz que as igrejas passam por cinco estágios: organização incipiente, organização formal, eficiência máxima, institucionalismo e desintegração. 19
Muitos sentem que a Igreja Adventista nos Estados Unidos está no estágio 4, correndo o risco de entrar no estágio 5. No Brasil, é provável que esteja entre os estágios 3 e 4.
É óbvio que as instituições são necessárias, mas é igualmente óbvio que o institucionalismo é perigoso. Ele é perigoso e nefasto porque suga a vitalidade da igreja. As instituições passam a absorver as forças e os recursos que deveriam ser usados na evangelização. A burocracia cresce e paralisa o corpo. A máquina torna-se um fim em si mesma. Os programas ganham mais atenção do que as pessoas. As doutrinas se fossilizam. A adoração vira um ritual.
Para crescer, a igreja precisa ter uma estrutura funcional, em todos os níveis e em todas as áreas. Isso significa que algumas mudanças podem ser necessárias. Como disse Jesus, “vinho novo deve ser posto em odres novos” (Luc. 5:38).
Tradicionalmente, a Igreja Adventista tem condenado o tradicionalismo (sem trocadilho). Ela sempre esteve aberta a mudanças e aperfeiçoamento – inclusive no aspecto doutrinário.20 A vida é movimento; a igreja é dinâmica. Mas temos de ser vigilantes!
Segundo Ellen White, a igreja foi organizada para avançar e evitar confusão.21 O objetivo da organização era facilitar a missão, não atrapalhá-la. Porém, com o tempo, a maquinaria começou a ficar complicada, e White viu a necessidade de “um esforço para simplificar o trabalho”,22 evitando a burocracia e o institucionalismo. Ela adverte que ninguém deveria fechar o caminho a novos métodos pela crítica.22
Como valorizar as estruturas funcionais?
Faça um levantamento para descobrir em que áreas sua igreja precisa mudar. Pense nos valores (quem somos, o que cremos?), na visão (onde queremos chegar?), na missão (como chegaremos lá?) e nos alvos (o que realmente queremos?).
Saiba “vender” as mudanças necessárias. Hoje há uma série de boas fontes para ajudar o pastor a implementar mudanças.24
Mostre aos membros a diferença entre fundamento e tradição, princípios e regras, essência e forma.
Crie uma estrutura “permissiva”, em que equipes e times possam ser formados livremente para desenvolver projetos específicos.
Reduza o número de comissões e encontros inúteis ou infrutíferos.
Leve sua igreja a se comprometer com a criatividade, a inovação, a qualidade e a excelência em todos os níveis.
Crie um ambiente de liberdade e flexibilidade (cf. II Cor. 3:17).
O culto não precisa ser “chato”; ele pode ser ao mesmo tempo santo e “divertido”. Deus deve ser adorado em “espírito e verdade” (João 4:24). A experiência da adoração deve tocar a mente (razão) e o coração (afeições/emoções), levando o adorador a entender e sentir Deus. Se o culto não põe o adorador na presença de Deus, para beber do rio divino de bênção e cura, ele falhou em um de seus propósitos básicos.
Ellen White valorizava o culto inspirador. Para ela, “a atitude sem vida dos adoradores na casa de Deus é uma grande razão por que o ministério não é mais produtivo”.25 Considerava a música um grande poder para o bem, uma excelente ferramenta evangelística, e incentivou os membros a educar suas vozes e a usar um grupo de cantores e instrumentos no culto.26
Como criar um culto inspirador?
Elabore uma lista de checagem para avaliar seus cultos.22
Alterne a estrutura do culto – se necessário, crie um novo culto em horário diferente.28
Crie um estilo de culto mais participativo, ao invés de apresentacional.
Escolha um facilitador que encoraje a adoração não só no sábado, mas também no dia-a-dia da semana.
Adote um estilo de música mais contemporâneo, levando em conta o seu contexto cultural. Use instrumentos modernos.
Faça cultos nos quais o adorador seja inspirado pela beleza e participe no mistério divino.
“Claramente, a igreja primitiva foi organizada sobre o princípio de pequenos grupos, com um ancião liderando o grupo”, afirma Burrill. “Não havia pastores, como os conhecemos hoje.”29 Se os grandes encontros serviam para o ensino e o evangelismo, os pequenos atendiam às necessidades pessoais. Os pioneiros adventistas conscientemente tentaram copiar tal modelo.20
Isolado, diz Schwarz, este é o fator mais significativo relacionado ao crescimento de igreja.31 Não é por acaso que as novas e bem-sucedidas “igrejas apostólicas” e as megaigrejas usam os pequenos grupos como elemento estruturador do seu ministério.32 Essas igrejas têm celebrações semanais, no templo, mas o ministério é desenvolvido no dia-a-dia, nas casas.
Ellen White definiu a importância dos grupos familiares com uma frase inequívoca: “A formação de grupos pequenos como base do esforço cristão foi-me apresentada por um que não pode errar.”33 Ou seja, trata-se de um método divino! Como valorizar este aspecto na sua igreja?
Inclua os pequenos grupos em sua agenda, conscientizando e ensinando os membros sobre o assunto.
Estruture a vida da igreja em torno dos grupos familiares: não transforme os pequenos grupos em apenas mais uma atividade.
Crie um programa de formação de novos líderes e multiplicação de pequenos grupos através de divisão de células.
Estabeleça uma rede integrada de “apoiadores” dentro dos pequenos grupos.
Permita que os pequenos grupos cumpram totalmente o seu objetivo social e espiritual, sem impor uma agenda evangelística.
Evangelismo voltado para as necessidades
O evangelho é relevante por si mesmo, mas isso não é óbvio para a mente secularizada. As coisas espirituais “se discernem espiritualmente” (I Cor. 2:14). Portanto, a melhor maneira de abordar as pessoas é ministrar às suas necessidades, onde elas estão, no nível delas.
Em uma clássica passagem, Ellen White diz que o método de Cristo é o único que dará verdadeiro sucesso. Ele (1) misturava-Se com as pessoas desejando-lhes o bem; (2) mostrava simpatia e interesse por elas; (3) atendia suas necessidades; (4) ganhava sua confiança; (5) convidava-as para segui-Lo.34 Como valorizar o evangelismo voltado para as necessidades?
Ministre cursos para a comunidade – algo do tipo “Como ter um casamento bem-sucedido”, “Como ser feliz”.
Crie programas para ajudar as pessoas viciadas a encontrar a liberdade.
Amplie os programas de atendimento aos pobres e aos feridos emocionalmente.
Desenvolva uma comunidade que proporcione o senso de “pertencer”, através de pequenos grupos.
Crie oportunidades para as pessoas se sentirem úteis.
Apresente pregações e ensinos práticos, relacionando a verdade à vida.
Crie uma mentalidade “encarnacional” na igreja, motivando os membros a adotar a perspectiva dos pré-adventistas.
Incentive os membros a evangelizar sua oikos (a esfera de influência e relacionamento da pessoa).
Use a linguagem do seu público-alvo.
No mundo atual, caracterizado pela mobilidade e a superficialidade, as pessoas têm uma forte necessidade de relacionamentos amoráveis. A igreja é a agência ideal para satisfazer essa necessidade, porque os verdadeiros discípulos de Cristo amam uns aos outros (João 13:35).
De acordo com Ellen White, “é pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo”.33 “O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão afetuoso e amável.”36 Esse argumento não pode ser contestado. Se os cristãos fossem mais corteses e bondosos, “de onde agora há uma”.37 Deus está procurando canais para levar o óleo do amor e da alegria até as pessoas.38 Como valorizar relacionamentos amoráveis em sua igreja?
Crie uma comunidade aberta aos convidados e visitantes.
Planeje momentos de companheirismo na igreja, através de almoços e jogos, por exemplo.
Promova o bom humor e aumente os risos e sorrisos na igreja.39
Incentive o espírito de aceitação e otimismo.
Reconheça e valorize o potencial das pessoas.
Faça sermões e seminários sobre o fruto do Espírito.
Podemos concluir que essas oito características qualitativas são genuinamente “adventistas”, porque elas são bíblicas, estão sintonizadas com o pensamento de autores adventistas, especialmente Ellen White, e ajudam a Igreja a cumprir a sua missão. Se elas forem praticadas, o crescimento da igreja será 99% certo. Se fizermos a nossa parte, Deus fará a dEle – de forma natural. ☆
MARCOS DE BENEDICTO, editor da Casa Publicadora Brasileira
Referências:
1 Christian A. Schwarz, O Desenvolvimento Natural da Igreja (Curitiba: Editora Evangélica Esperança. 1996). As citações neste artigo são da edição em inglês. Natural Church Development. 3a ed. (Carol Stream, IL: Church Smart Resources. 1998).
2 Ibid., pág. 40.
3 Ibid., pág. 7.
4 John Maxwell. The 21 Irrefutable Laws of Leadership (Nashville, TN: Thomas Nelson, 1998). pág. 17.
5 Russell Burrill. Radical Disciples for Revolutionary Churches (Fallbrook, CA: Hart Research Center, 1996). págs. 60 e 61.
6 Ellen G. White. Testimonies for the Church (Mountain View, CA: Pacific Press. 1948). vol. 7. págs. 19 e 20: Obreiros Evangélicos (Tatuí. SP: Casa. 1993), pág. 193: A Ciência do Bom Viver (Tatuí. SP: Casa. 1990). pág. 149.
2 Russell Burrill. Revolution in the Church (Fallbrook. CA: Hart Research Center. 1993). pág. 24.
8 Para quem lê em inglês, há vários livros enfatizando o ministério leigo e demonstrando como capacitar os leigos. Exemplos: Let My People Go: Empowering Laity for Ministry (Nashville. TN: Abingdon. 1980). de A. Lindgren e N. Shawchuk: Empowering Lay Volunteers (Nashville. TN: Abingdon. 1991). de Douglas W. Johnson: Can the Pastor Do it Alone? (Ventura. CA: Regal 1987), de Melvin J. Steinbron: e Liberating the Laity: Equipping All the Saints for Ministry (Downers Grove. IL: InterVarsity. 1985). de R. Paul Stevens.
Charisma. usado quase exclusivamente por Paulo (a exceção é I Ped. 4:10). aparece 17 vezes no Novo Testamento.
10 Nisto Cremos (Tatuí. SP: Casa. 1989. capítulos 16 e 17.
11 Ellen G. White, Obreiros Evangélicos (Santo André. SP: Casa. 1983). pág. 481.
12 _______________. Atos dos Apóstolos (Tatuí. SP: Casa,
1990). pág. 111.
13 __Mensagens Escolhidas (Santo André. SP:
Casa. 1985). vol. I. pág. 127.
14 ______________, Review and Herald. 14/08/1868.
15 Millard J. Erickson. Christian Theology (Grand Rapids. Ml: Baker, 1991), pág. 876.
16 Simon J. Kistemaker, / Corinthians. The New Testement Commentary (Grand Rapids, Ml: Baker. 1996). pág. 418.
12 Schwarz. Op. Cit., pág. 27.
18 Ellen G. White, Caminho a Cristo (Tatuí. SP: Casa. 1996). pág. 58.
19 George Knight. “Adventismo, institucionalismo e o desafio do secularismo”, O Ministério, janeiro/fevereiro de 1992, págs. 6-15.
20 George Knight, “Mudanças no adventismo”. Ministério. janeiro/fevereiro de 1994. págs. 14-22.
21 Ellen G. White. Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos (Santo André, SP: Casa, 1979), pág. 26.
22 __General Conference Daily Bulletin,
29/01/1893.
23 __Review and Herald. 30/09/1902.
24 Alguns livros úteis nesse sentido são: Dying for Change (Minneapolis: Bethany. 1990). de Leith Anderson: Pouring New Wine Into Old Wineskins (Grand Rapids. Ml: Baker. 1993). de Aubrey Malphurs: Sacred Cows Make Gourmet Burgers (Nashville, TN: Abingdon, 1995), de William M. Easum; The Interventionist (Nashville, TN: Abingdon, 1997), de Lyle E. Schaller; e Diffucion of Innovations (Nova York: Free Press. 1995), de Everett M. Rogers.
25 Ellen G. White. Testimonies for the Church (Mountain View, CA: Pacific Press. 1948). vol. 5. pág. 493.
28 Para uma análise da posição de Ellen White sobre esse assunto. ver Paul Hamel. Ellen White and Music: Back
grounds and Principies (Washington, DC: Review and Herald. 1976), págs. 76-101.
27 A revista Leadership, primavera de 1999, págs. 62 e 63. traz um modelo (“Was It Worship?”).
28 Ver Charles Arn. How to Start a New Service (Grand Rapids. Ml: Baker, 1997).
29 Revolution in the Church, pág. 119.
30 Russell Burrill. Recovering na Adventist Approach to the Life & Mission of the Local Church (Fallbrook, CA: Hart Research Center. 1998). capítulos 6-8.
31 Schwarz, pág. 33.
32 George G. Hunter II, Church for the Unchurched (Nashville. TN: Abingdon, 1996).
33 Ellen G. White, Serviço Cristão (Santo André. SP: Casa. 1978). pág. 126.
34 __A Ciência do Bom Viver, pág. 143.
33__Obreiros Evangélicos, pág. 480.
36__Conselhos Sobre a Escola Sabatina. (Ta
tuí. SP: Casa, 1996). pág. 100.
32__Testimonies for the Church (Mountain
View, CA: Pacific Press, 1948). vol. 9. pág. 189.
38 __Parábolas de Jesus. (Tatuí. SP: Casa.
1996), pág. 419.
39 A pesquisa de Schwarz revelou que há uma relação direta entre risos na igreja e seu crescimento qualitativo e numérico (Schwarz, pág. 36).
“A maior ajuda que pode ser dada ao nosso povo é ensiná-lo a trabalhar para Deus.”