A homossexualidade costumava ser discutida apenas em pequenos círculos privados. Agora ela é discutida em termos mais claros, através da mídia. Artigos escritos por homossexuais, e a respeito deles, não apenas aparecem na literatura secular mas também em jornais cristãos e revistas especializadas em assuntos familiares. Há homossexuais que se consideram ativos, bem como ativos homossexuais. Eles e outros simpatizantes com sua causa têm desafiado a interpretação bíblica tradicional, que vê o comportamento homossexual como inaceitável para os cristãos.

Esses intérpretes advogam que as Escrituras não condenam a homossexualidade como tal, e aceitam isso como um estilo de vida alternativo, “natural”. Estas e outras questões relacionadas são de interesse para muitos adventistas do sétimo dia, que buscam na Bíblia direção ética e moral.

Educação versus natureza

Aqueles que apóiam a “teoria da educação” freqüentemente indicam estudos em psicologia, os quais sugerem que a homossexualidade é um comportamento aprendido ou um desenvolvimento cativo. Eles argumentam que o que é aprendido pode ser desaprendido, e o desenvolvimento cativo é passível de terapia.1 Portanto, a homossexualidade é uma aberração, com etiologia e conseqüências psicossociais.

Outro argumento refere-se à decisão da Associação Médica de Psiquiatria, AAP, em remover a homossexualidade de sua lista de condições patológicas. Muitos entendem que isso significa que a homossexualidade não é mais uma “doença mental”. Talvez a resposta mais sólida para esse argumento é que o voto foi tomado em um tempo de tremendas comoções sociais nos Estados Unidos, em uma velocidade sem precedentes e sob condições de explícitas ameaças de que o movi-mento dos direitos homossexuais iria perturbar as convenções e pesquisas da AAP.2

Esta infeliz politização do processo científico está ainda hoje em pleno movimento. Ela distorce ou predispõe algumas das pesquisas científicas bem como o relatório da imprensa popular. Isso é especialmente verdadeiro com aqueles que advogam a “teoria da natureza”.

A maioria das pessoas lê os relatórios distorcidos da mídia em lugar de buscarem as descobertas da pesquisa de I. L. Ward,3 ou os mais recentes estudos de Simon LeVay, Michael Bailey e Richard Pillard. Por exemplo, a teoria do hormônio pré-natal, pesquisada por Ward e outros, declara que a deficiência do hormônio conhecido como andrógeno durante o período crítico da vida pré-natal, quando a diferenciação de sexo ocorre, produz em uma pessoa com todas as demais características masculinas, o desenvolvimento de um cérebro feminino diferenciado. Além disso, pressão e estresse em ratos e camundongos machos produzem distorções em partes do sistema nervoso central que comunicam o comportamento relacionado ao sexo e à desmasculinização do comportamento sexual. Mas como outros pesquisadores observam, ratos não são seres humanos4

Da mesma forma, as descobertas de LeVay5 têm sido exploradas pela mídia, embora os próprios pesquisadores sejam honestos acerca de seus preconceitos e cautelosos acerca de suas reivindicações.6

LeVay descobriu que a área do hipotálamo, alegada como sendo a região que governa a atividade sexual, é menor nos homossexuais do que nos heterossexuais. Ele estudou o cérebro de 41 cadáveres, 19 dos quais haviam sido homossexuais. O próprio LeVay admite que sua descoberta não estabelece uma relação de causa e efeito. O significado do seu estudo está, conseqüentemente, aberto para debate,7

Em dezembro de 1991, Michael Bailey, advogado dos direitos dos homossexuais, e o priquiatra Richard Pillard publicaram um estudo acerca de gêmeos. Explicando sua pesquisa, Pillard diz acreditar que a descoberta de um componente genético na orientação sexual pode significar que, “isto não é uma culpa, e isto não é culpa sua”. Ele ainda acredita que a pesquisa há de desmentir as reivindicações homofóbicas.8 Vailey e Pillard estudaram diferentes tipos de gêmeos: os idênticos, que têm um código genético idêntico, e os fraternos, possuidores de códigos genéticos diferentes. A pesquisa deles demonstrou que se um gêmeo idêntico é homossexual, as possibilidades do outro também ser homossexual são três vezes maiores do que no caso de gêmeos fraternos. Isto, dizem eles, sugere um elo entre a homossexualidade e os aspectos genéticos. Outros pesquisadores, contudo, permanecem céticos.

Implicações

Muitos homossexuais descobrem as seguintes implicações nesse tipo de pesquisa: 1) os homossexuais nascem homossexuais; 2) a homossexualidade é, portanto, uma condição normal, “natural”; 3) o que é normal não pode ser imoral; e 4) por-tanto, as proibições contra os homossexuais não têm sentido.

Outros homossexuais rejeitam essa linha de raciocínio, afirmando que eles escolheram o estilo de vida homossexual a partir do seu livre arbítrio. Eles vêem com desprezo a pesquisa sobre as causas da homossexualidade, dizendo que isso tacitamente quer dizer que tal orientação é anormal, qualquer que seja sua causa. Este último grupo de homossexuais parece perceber que a pesquisa nas causas genéticas da homossexualidade está, portanto, longe de ser conclusiva. Por outro lado, estudos indicam um considerável número de condições genéticas causadas, que ninguém desejaria rotular como “anormal”. A pesquisa da City of Hope, por exemplo, fortemente sugere que o alcoolismo é uma condição geneticamente relacionada.9 O mesmo é verdade com a esquizofrenia.

Como Joe Dallas corretamente indicou, “ao invés de continuar o debate ‘natureza versus educação’, devemos perguntar se a homossexualidade é desejável, saudável e moral, não importa quais sejam os fatores que determinem sua existência”.10 Do contrário, os defeitos de nascimento deveriam ser considerados naturais e normais.

Todos nascemos com inclinações e tendências que a futura pesquisa pode revelar como sendo geneticamente relacionadas. Mas em nenhum lugar a Bíblia traz implícito que tais inclinações ou limitações neguem suas proibições contra agir a partir destas tendências de forma imoral e não ética. Em relação às Escrituras, inclinações e tendências de qualquer tipo não são pecado pelo qual sejamos pessoalmente responsáveis. Elas são simplesmente parte da depravação geral da humanidade, a partir da queda. Mas todos nós somos responsáveis por aquilo que fazemos em nossa depravação. Nesse princípio está a base para toda justiça – humana e divina. Sem isto, a base comum da interação humana torna-se uma confusão social de incerteza, imaginação e especulação. Da perspectiva bíblica, como uma pessoa chega à sua condição de tendências ou inclinações, é uma questão discutível. A questão real é como ela age face à inclinação para o álcool, interação homossexual, ou pensamentos e sentimentos lascivos.

Atos ou abuso

As publicações em favor da causa homossexual freqüentemente expressam a idéia de que a homossexualidade não é condenada nas Escrituras. O que é condenado são os abusos homossexuais tais como estupro, exploração, violência e idolatria. A literatura pró-homossexualismo busca estabelecer essa tese de três formas:

Primeiro, nos textos claramente associando os atos homossexuais com estupro e violência, estes autores vêem condenação apenas do estupro e da violência, não dos atos sexuais em si. Assim, na narrativa de Sodoma, são a violência e outros pecados que estão sendo punidos, não a homossexualidade. Algumas dessas publicações chegam a sugerir que a palavra conhecer não se refere ao intercurso sexual, mas simplesmente a “familiarizar-se” (Gên 19:4-10). O mesmo argumento é aplicado a Juizes 19:22-25. Tais eruditos afirmam ainda que as leis mosaicas, tais como Levíticos 18:22 e 20:13, condenam a idolatria mas não a homossexualidade.

Isso nos leva ao segundo argumento em favor da tese do estilo de vida homossexual: a narrativa bíblica de vários alegados relacionamentos homossexuais, que não são explicitamente condenados. Nesse caso estão incluídos o suposto relacionamento de Davi e Jônatas (I Sam 18:1; 19:1; 20:30), que não recebe nenhuma condenação nas Escrituras, porque, argumentam, era um relacionamento de amor mútuo, livre de violência e idolatria. Este, continua o argumento, era o caso de Ismael e Isaque (Gên. 21:9), Rute e Noemi (Rute 1:16 e 17) e José e Potifar (Gên. 39). Alguns chegam até mesmo a incluir Nabucodonosor e Daniel (Dan. 2 e 4).

Volvemo-nos agora para o terceiro e último ponto – como explicar os textos bíblicos que desaprovam os atos homossexuais e não podem ser interpretados como envolvendo violência, estupro e idolatria, como Romanos 1:26-28. Em relação a esses textos, a literatura pró-homossexual faz uma distinção sutil entre invertidos e pervertidos. A epístola aos romanos, propõe o argumento, não se refere ao homossexualismo “natural”, “normal” ou “permanente”, envolvendo um relacionamento de amor. Os defensores da idéia afirmam que Paulo está falando daqueles homossexuais que não são homossexuais permanentes, ao afirmar que aqueles que fazem isto estão contra a sua natureza. Ele está alegadamente falando aos perversos heterossexuais que se envolvem em atos homossexuais a partir da lascívia. Assim, novamente, as Escrituras estão, supostamente, desaprovando apenas a exploração, prostituição e homossexualismo libertino. Paulo, afirma-se, ignorava a distinção entre inversão e perversão. Assim ele tratou toda atividade homossexual como sendo uma única. Obviamente, não se pode ter as duas coisas. Como poderia Paulo dizer que eles agiam contrário à sua natureza se ele ignorava tal distinção?

É aqui que o argumento genético torna-se extremamente importante para os homossexuais. Essa abordagem permite que eles afirmem que a tendência homossexual é “natural”. Se isso é verdade, então Paulo está apenas condenando o que era “contrário à natureza”.11 Um estudante da Bíblia respondería que “natural” e “contra a natureza”, em Romanos, refere-se à intenção original de Deus na Criação, não a qualquer condição posterior à queda (Gên. 1:27; 2:18 e 24).12 Todas as condições humanas estão agora manchadas e são mais ou menos “antinaturais”.

Cuidadosos estudantes das Escrituras não serão facilmente convencidos de que os textos do Velho Testamento contrários à atividade homossexual sejam inválidos. A narrativa de Sodoma e Gibeá (Gên. 19:4-10; Juizes 19:22-25) realmente descrevem violência homossexual e estupro. Contudo, as Escrituras condenam ambos, tanto a violência como o homossexualismo. Isso é claro em Levíticos 18:22 e 20:13, onde macho deitar-se com macho é evidentemente condenado. O fato de que isso é classificado como abominação não indica apenas uma condenação de idolatria. Do ponto de vista bíblico, tanto a idolatria como as práticas associadas com ela eram condenadas.13 Alguns têm sugerido que Cão agrediu homossexualmente o seu pai; contudo, a maldição de Noé sobre Cão não provê nenhuma base para inferir-se aprovação para tal ato (Gên. 9:20-27).

No Novo Testamento, a maioria das referências homossexuais aparece nas listas de vícios, tais como I Cor. 6:9-11. A maioria dessas passagens não envolve violência ou idolatria. Esse é o caso em Rom. 1:26-28, onde o ato homossexual em si mesmo é descrito como um vício. A idéia de que Paulo aqui condena apenas os pervertidos e não aqueles cuja homossexualidade é “natural”, não pode ser substanciada.14 Além disso, o consistente testemunho da literatura judaico-cristã opõe-se ao estilo de vida homossexual.

O que diz Paulo realmente

 O argumento básico contra os textos do Novo Testamento é a teoria da inversão-perversão, como descrita anteriormente. Em Romanos 1:24-28, Paulo supostamente opõe-se ao abuso homossexual, não aos atos homossexuais, que, segundo se argumenta, devem ser vistos como naturais ao indivíduo. Como foi observado anteriormente, os termos-chave nesses versos são as expressões “natural” e “antinatural” (contrário à natureza); e muito depende do significado que Paulo atribui a tais termos. O coração do problema tem a ver com as fontes às quais o apóstolo faz alusão, ao afirmar que a homossexualidade é antinatural. 15

Esse contexto demonstra claramente que Paulo usou o grego, e, particularmente, termos da ética estóica. Mas o apóstolo não usa os termos e conceitos da mesma maneira em que estes eram usados pelos estóicos. Como os estóicos, Paulo provavelmente definiu “natureza” como a ordem providencial do mundo. Contudo, para o panteísmo estóico, a natureza era Deus. Eles criam que a existência havia continuado em círculos infindáveis e recorrentes, seguindo uma “lei” ou “fórmula” fixa, chamada logos. Por outro lado, o Deus de Paulo está acima, além e distinto da Natureza. Para ele, a Natureza, desde a queda, não é mais determinativa da essência humana. De sua perspectiva, o apelo à Natureza, em um mundo caído, para determinar o que uma pessoa deve ou não ser é, na melhor das hipóteses, relativo, e na pior, completa-mente sem valor. Dentro da Natureza, apenas distinções relativas podem ser feitas entre o que é natural e o que é antinatural.

Paulo não partilha dos conceitos estóicos acerca de uma autoridade absoluta e determinista na Natureza. Para ele não há Natureza que seja separada de Deus ou que possa ser identificada com Ele. Paulo ensinou que apenas a intenção original de Deus para a humanidade pode ser considerada determinante em definir a essência dos seres, e que Deus revelou Sua vontade nas Escrituras. É difícil ver, na referência à “Natureza”, nesse texto, que Paulo estivesse querendo significar outra coisa senão o mundo e a humanidade como intencionados e criados por Deus; o “antinatural” como sendo uma conseqüência da queda, e, portanto, não parte da intenção de Deus para a sexualidade humana. A abrangência cósmica da queda e degradação da humanidade descritas no primeiro capítulo de Romanos incluem tanto judeus como gentios. Nesse contexto, a homossexualidade não é tratada apenas como uma expressão de idolatria cultista. Ao contrário, ambos são relacionados com as conseqüências da desconsideração do desígnio e propósito do Criador.

Como o Dr. D. Field declara: “Ao escrever acerca das ‘relações naturais’, Paulo não está se referindo aos homens e mulheres, individualmente, como eles são. Sua tela é muito mais ampla. Ele está conduzindo o argumento ao passado, de forma muito mais radical. Por ‘antinatural’, ele quer dizer ‘antinatural à humanidade de acordo com o modelo da criação de Deus’. E esse modelo ele claramente entende ser heterossexual. As-sim, a distinção entre perversão e inversão (a qual Paulo dificilmente poderia ter feito), está fora de ordem.” 16

Quem é meu próximo?

Até agora temos falado acerca da homossexualidade em termos abstratos. Na vida real ela nunca aparece dessa forma; há sempre uma pessoa ou pessoas envolvidas. Muitos cristãos falam muito sobre a homossexualidade como se ela fosse algo em outro planeta. Isso ocorre, em grande medida, porque as pessoas deixam de fazer a distinção entre os homossexuais ativos, possivelmente promíscuos, e a pessoa com inclinações homossexuais, que não é sexualmente ativa. Portanto, o pensamento de encontrar um adventista homossexual é, para dizer de forma branda, muito desconfortável. Quando nos encontramos com um homossexual, descobrimos que ele, ou ela, é parte de nós – um ser humano com esperanças e planos, sonhos e desejos. Para muitas pessoas isto está muito próximo para ser entendido. Freqüentemente tal situação revela a ambivalência e a vulnerabilidade dos nossos próprios impulsos sexuais. A chamada homofobia é freqüentemente o medo do eu, ou medo do desconhecido. O medo levanta barreiras. O amor constrói pontes.

Em meu primeiro ano de ministério pastoral, fui abordado por um jovem quase com a minha idade, o qual confidenciou-me sua inclinação homossexual. Ele era um professor num internato de rapazes. Desejava ser moral e eticamente responsável pelos adolescentes sob sua responsabilidade, mas confessou que esta era a sua luta. Embora não possa lembrar-me de jamais ter formado anteriormente uma atitude acerca dos homossexuais, eu devo tê-los estereotipado como estúpidos, obscenos e sujos.

Minha primeira reação foi de descrença. Aqui estava um jovem devoto, consciente, inteligente e bem-educado, iniciando sua carreira profissional. Ele não poderia ser um homossexual. Ele era muito parecido comigo! Eu era muito jovem para oferecer-lhe aconselhamento ou sugestões. Lembro-me de que estávamos sob algumas árvores, fora da chuva que caía leve, e discutimos suas opções, de amigo para amigo. Uma possibilidade seria ele servir como ministro, assim poderia tratar com outros grupos de pessoas que não jovens rapazes. Isso ele fez posteriormente. Tornou-se, e ainda é, um bem-sucedido ministro adventista do sétimo dia.

O jovem doutor da lei, na história de Je-sus sobre o bom samaritano, desejava saber como herdar a vida eterna (Luc. 10:25-37). Jesus lhe disse “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. O jovem doutor da lei, querendo justificar-se, perguntou “quem é o meu próximo?” A resposta de Jesus, a pará-bola do bom samaritano, ilustra que o próximo pode ser alguém contra quem nossa sociedade e a igreja têm mantido um preconceito tradicional. Quando Jesus terminou Sua história, Ele perguntou ao doutor da lei: “Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” O preconceito do doutor da lei ainda não permitiu que ele tomasse o nome samaritano nos seus lábios. Assim, ele disse: “Aquele que usou de misericórdia para com ele.” E Jesus completou: “Vai tu, e faze o mesmo.”

Como cristãos adventistas, exaltamos a inspiração e a autoridade da Bíblia. Não aceitamos o estilo de vida dos homossexuais como uma alternativa cristã. Rejeitamos isso não apenas por causa das declarações negativas das Escrituras, condenando tal prática. Nós a desaprovamos por causa das muitas afirmações bíblicas descrevendo o estilo de vida heterossexual como o plano de Deus para a sexualidade humana. Se a criação e queda, como descritas na Bíblia, corretamente descrevem nossa situação, então, afirmar as relações homossexuais como “naturais” é equivalente a considerar a queda como algo bom. Nesse caso, não necessitamos de redenção, e nos descartaríamos das Escrituras como algo irrelevante.

Muitos cristãos deploram as tentativas da literatura homossexual de mudar o testemunho bíblico. Como Jones observa, “a única forma de neutralizar o testemunho bíblico contra o comportamento homossexual é, ou grosseiramente mal interpretar a Bíblia, ou minimizar sua autoridade. Os apologistas do movimento ‘cristão gay’ tendem a fazer as duas coisas”.17

Por outro lado, a Bíblia não dá à Igreja nenhum mandato para ameaçar o indivíduo com orientação homossexual como o pior pecador entre todos os outros. Se alguém com um problema de drogas ou álcool tem caído, somos motivados pelo amor de Cristo a intensificar nossa ajuda e cuidado por essa pessoa. O mesmo deve ser verdade com relação ao homossexual.

Nenhum de nós deveria subestimar o poder de Deus em transformar vidas e curá-las. Nossos mórbidos, e algumas vezes exagerados medos e ódio pelos pecadores homossexuais, nunca deveriam ser transferidos para o indivíduo lutando com a homossexualidade. Se a igreja deve ministrar aos pecadores homossexuais, como ela deve ministrar aos demais pecadores, então deve tornar-se um lugar onde aqueles que sentem o desejo homossexual possam ser bem-vindos. Ele deve tomar-se um lugar onde tais pessoas possam receber o apoio da oração, aceitação e ajuda para mudar.

Referências:

  • 1. Elizabeth R. Moberly, Homosexuality: A New Christian Ethic.
  • 2. R. Bayer, Homosexuality and American Psychiatry: The Politics of Diagnosis, pág. 167. Aproximadamente quatro anos depois do voto, uma pesquisa descobriu que 69% dos psiquiatras crêem que a homossexualidade “geralmente representa uma adaptação patológica”.
  • 3. I. L. Ward, “Prenatal Stress Feminizes and Demas-culinizes the Behavior of Males”, Science, 175, (1982) pág. 82.
  • 4. I. L. Ward, “The Prenatal Stress Syndrome: Current Status”, Psycho-neuroendocrinology, 9, (1984), pág. 9.
  • 5. S. LeVay, “A Diference in Hypothalamic Structure Between Heterosexual and Homosexual Men”, Science, 253 (agosto 1991), págs. 1034-1037.
  • 6. Newsweek, 24 de fevereiro de 1992, pág. 46.
  • 7. Idem, idem.
  • 8. J. M. Bailey. R. C. Pillard, “A Genetic Study of Male Sexual Orientation”, Archives of General Psychiatry, 48, (dezembro 1991), págs. 1089-1095.
  • 9. Esta é uma importante peça de pesquisa que tem recebido cobertura parcial da imprensa, comparada com a cobertura das pesquisas homossexuais. Ninguém está promovendo o estilo de vida alcoólico e ninguém está advogando os direitos dos alcoólatras. Ninguém considera ser isto uma condição normal, porque seja causada geneticamente.
  • 10. Joe Callas, “Born Gay?” Christianity Today, 36, (junho 1992), pág. 93.
  • 11. D. S. Bailey, Homosexuality and the Western Christian Tradition, págs. 1-5.
  • 12. Outros autores se oporiam a este argumento, indicando I Cor. 11:14: “Ou não ensina a mesma natureza que é desonra para o vaRão ter o cabelo crescido?” “Natureza” aqui não parece significar mais do que o prevalecente costume social. A palavra “natureza”, obviamente, tem muitos significados e cada um deve ser interpretado em seu contexto.
  • 13. Ver Deuteronômio 23:17 e 18; I Reis 14:23 e 24.
  • 14. Isto também seria verdade em I Cor. 6:9 e 10 e I Tim. 1:8-10.
  • 15. Paulo usa o termo para phusin (contra, ao lado, ou contrário à natureza), e kata phusin (de acordo com a natureza). Essas palavras gregas são comumente usadas para expressar um julgamento ético sobre a homossexualidade. Isso é verdade em Platão (Laws I, 636; VIII, 841). Na literatura helenística a homossexualidade é usualmente referida como antinatural.
  • 16. D. Field, The Homosexual Way: A Christian Op-tion? pág. 16.
  • 17. S. L. Jones, ‘‘The Loving Opposition”, Christianity Today, 19 de julho de 1993, pág. 24.