“O maior auxilio que se pode prestar a nosso povo é ensiná-lo a trabalhar para Deus”

— Ellen White

Assumir a principal tarefa do pastor tem sido o grande desafio do meu ministério. Quando, há mais de 22 anos, comecei o trabalho pastoral, tinha o conceito de que, para obter sucesso, o pastor deveria trabalhar muito: visitando, pregando, batizando e ajudando no crescimento das finanças das congregações. Desse modo, centralizei meu ministério pastoral em mim mesmo, nas minhas possibilidades e no trabalho requerido. Ao retornar do meu período de férias, alguns irmãos diziam: “Pastor, que bom que o senhor chegou! Esta igreja não funciona sem sua presença. Estávamos ansiosos por sua volta…” Isso lustrava meu ego. Eu apreciava ouvir tais comentários.

Durante muito tempo, vivi um ministério de realizações; porém, com o passar dos anos, fui tomado por um sentimento de frustração e pelo senso de que meu trabalho não era satisfatório. Eu era um pastor dedicado e muito esforçado, mas trabalhava de forma equivocada. As coisas andavam bem, quando eu estava à frente. Porém, assim que me afastava, tudo voltava ao ponto zero. Ao avaliar meu ministério, cheguei à conclusão de que não estava edificando pessoas, não as estava capacitando, nem desenvolvendo plenamente a igreja.

Minha esposa percebia meus esforços e correria, na tentativa de satisfazer as necessidades das congregações. No entanto, o sentimento de frustração estava sempre presente. Houve momentos em que maltratei a “menina dos olhos de Deus”. Muitas vezes, fiquei irado ao perceber a letargia e a indiferença da igreja, bem como sua falta em corresponder às minhas expectativas.

Dois fatos foram marcantes e contribuíram para uma mudança de filosofia de trabalho: primeiro, a leitura do livro intitulado Can the Pastor Do it Alone? (Pode o Pastor Fazer Tudo Sozinho?), de Melvin Steinbron. O segundo fato foi quando um experiente e bondoso irmão foi à minha casa oferecer ajuda. Ele disse: “O senhor é um pastor dedicado, trabalhador, construtor, empreendedor… porém, percebo que procura fazer muitas coisas por nós, mas não conosco. O senhor precisa se aproximar mais de seus oficiais, confiar mais em seus liderados. Precisa nos capacitar para o trabalho, então dividiremos as cargas do seu ministério.” Deus enviou aquele irmão, para dar o conselho certo e indicar a filosofia que eu precisava adotar em meu trabalho. O Senhor sabia da sinceridade do meu coração e do meu comprometimento com Sua igreja. Creio que, no momento certo, Ele colocou esse irmão e esse livro em meu caminho.

Isso resultou em três grandes descobertas, que mudaram o rumo do meu ministério: Primeira, descobri que não podia fazer tudo sozinho. Segunda, entendi que deveria mudar o foco do trabalho – do “eu faço” para “nós fazemos juntos”. Terceira, a necessidade de valorizar a capacitar o tremendo potencial que Deus colocou sob minha responsabilidade – os membros da igreja. Na verdade, embora mudar conceitos pessoais nem sempre seja fácil tarefa, encarei a questão como um assunto de vida ou morte para meu ministério. E Deus me dirigiu na compreensão de que ser pastor é, acima de tudo, ser um capacitador.

Pastor capacitador

O conceito bíblico do pastor como capacitador encontra-se em Efésios 4:11 e 12: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.” De acordo com essa declaração, a principal tarefa do pastor é capacitar os membros da igreja para o ministério, visando à “edificação do corpo de Cristo”, isto é, a igreja.

Para desenvolver essa filosofia de trabalho, o pastor necessita assumir uma nova maneira de pastorear. Graças a Deus, fui despertado para este grandioso ministério do modelo capacitador em contraste com o modelo “eu faço” (ver quadro).

Modelo “eu faço”: Focalizando em mim
e em minhas possibilidades
Modelo capacitador: focalizando nos
membros e no potencial de cada um
1. Pastor e membros perdem1. Todos se sentem recompensados
2. Distanciamento entre pastor
e membros
2. Pastores e líderes trabalham juntos
3. Liderança não é desenvolvida 3. Baseia-se no desenvolvimento da igreja
4. Gera competitividade 4. Desperta e motiva a participação
missionária dos membros
5. Desperta críticas 5. Todos assumem suas responsabilidades
6. Exalta o ego 6. Exalta a Cristo
7. Produz cansaço e frustração7. Delega o que é possível delegar
8. Enfoque nos resultados, em lugar do
desenvolvimento de pessoas
8. Focaliza o crescimento das pessoas
como um processo
9. Resultados são questionados 9. Resultados são mais efetivos
10. Negligencia o grande potencial10. Leva em conta os dons espirituais

Para mim, isso significou mais que uma mudança de modelo ou filosofia de trabalho. Foi uma mudança de estilo de vida, pois resultou em mais tempo para a vida devocional, mais tempo para estudo e para interação com os líderes da igreja. A fim de podermos capacitar outros, precisamos permitir que o Espírito Santo nos capacite primeiro. E Ele o faz, quando buscamos a Deus, Sua Palavra, e quando procuramos aprender dos livros inspirados e da experiência de outros.

Ao escrever aos efésios sobre os dons e ministérios, Paulo apresentou sua visão quanto ao trabalho pastoral, afirmando que isso envolve priorizar o desenvolvimento ou capacitação dos membros, orientando-os, motivando-os e provendo oportunidades para que trabalhem e sirvam de acordo com os dons que o Espírito Santo lhes concedeu. De acordo com o apóstolo, não importa o título ou posição, a principal tarefa do pastor é capacitar (aperfeiçoar) e equipar os membros da igreja, a fim de que se tornem cristãos maduros que usam os dons recebidos para testemunhar. Em assim fazendo, edificam a igreja.

No livro de Atos e nas epístolas, encontramos Paulo como capacitador de outros crentes. Tão logo estabelecia uma nova igreja, imediatamente ele reconhecia o que Deus queria fazer através dos novos conversos e dedicava tempo e esforço para ajudá-los a descobrir e ocupar seu lugar em algum ministério da igreja. Paulo não apenas se regozijava em conduzir pessoas a Cristo, mas também as ajudava no desenvolvimento de seus dons. O apóstolo reconhecia que cada crente era dotado de potencial em forma de dons, talentos e habilidades, e não descansava enquanto o novo converso não descobrisse seu papel, e enquanto não canalizasse seus dons em diferentes ministérios para o crescimento da igreja.

Ao Pastor Timóteo, Paulo deu o seguinte conselho: “E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. ” II Tim. 2:2. Paulo se alegrava ao ver seu próprio ministério se multiplicando na vida daqueles que eram capacitados para o serviço do Mestre. Ao assumir esse trabalho, ele estava, na verdade, seguindo o exemplo de Jesus, que dedicou boa parte de Seu tempo treinando e capacitando os discípulos para a missão.

Trabalho distrital e capacitação

No caso de um distrito com várias igrejas, aí é que se faz mais necessário o pastor assumir seu papel de capacitador. A necessidade de dividir a carga cresce à medida que aumenta o número de congregações. Melvin Steinbron revela que, trabalhando como pastor durante muitos anos, tentou ser eficiente, sem considerar, porém, o aspecto principal do trabalho pastoral: capacitar os santos para o serviço. Ele chega a dizer que, por quase 30 anos conhecia o texto de Efésios 4:11 e 12, mas fez muito pouco para colocá-lo em prática.

Então, diz ele: “Deus me chamou para aceitar e praticar este ensinamento bíblico referente a capacitar os santos para o ministério. Isso trouxe nova dimensão ao meu trabalho. Levou-me aos melhores dias de meu ministério. Meu pastorado mudou para melhor. Nessa nova forma de trabalhar, tenho servido ao Senhor com mais alegria (Sal. 100:2) e com renovada motivação, porque eu não tenho que carregar sozinho a carga do ministério, não tenho que lutar por mim mesmo contra os problemas. Agora, tenho muitas pessoas comprometidas e elas estão trabalhando em diferentes ministérios, visando seu próprio crescimento espiritual e contribuindo para a edificação do corpo de Cristo.” Melvin desafia cada pastor: “O pastor deve con-vencer-se de que capacitar os leigos para que trabalhem em diferentes ministérios visando o crescimento da igreja local é um chamado divino e deve ser prioridade em seu ministério pastoral”1

Embora ocorra capacitação em diferentes situações, sejam elas de ordem formal ou informal, assumir esse modelo de trabalho envolve uma agenda intencional e planejada de treinamento. Entre os pesquisadores desse tema na Igreja Adventista do Sétimo Dia, está Russell Burril, professor de evangelis-mo e crescimento de igreja, na Universidade Andrews. Escrevendo sobre a importância de capacitar os leigos, em um dos seus livros, ele enfatiza que a tarefa principal do pastor é preparar o povo de Deus para o trabalho do ministério: “Se o pastor não está fazendo isso, biblicamente, ele não está fazendo seu trabalho como deveria”2, diz Burrill.

“Quando o pastor assume o trabalho da igreja e faz tudo sozinho, negligenciando sua principal função como capacita-dor e deixando de treinar os membros, a igreja enfraquece espiritualmente”, continua o especialista, acrescentando que “treinar é um componente absolutamente vital que requererá significativa atenção da parte do pastor, se este deseja que os membros participem efetivamente do ministério da igreja”.3

Em seus escritos, Ellen G. White enfatiza exaustivamente o tema em consideração, e que é vital para o trabalho do pastor. Ela escreveu: “Algumas vezes, os pastores trabalham em excesso, procuram tomar todo o trabalho em suas mãos. Isso os esgota e prejudica, mas continuam a se envolver com tudo. Pensam que só eles devem trabalhar na causa de Deus, ao passo que os membros da igreja ficam ociosos. Essa não é, de maneira alguma, a ordem de Deus.”4 Ela também afirma que “o maior auxílio que se pode prestar a nosso povo é ensiná-lo a trabalhar para Deus e a nEle confiar, e não nos pastores.”.5 E mais: “Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o pastor deve não tanto buscar a princípio, converter os incrédulos, como exercitar os membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa.”6

A seguinte citação exerceu grande influência sobre meu ministério: “Muitos teriam boa vontade de trabalhar, se lhes ensinassem a começar. Necessitam ser instruídos e animados. Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos.”’ Portanto, não é por falta de apoio autorizado que o pastor deixará de realizar seu trabalho direcionado à capacitação dos santos para o serviço.

Vantagens

A prática dos princípios embutidos no texto de Efésios 4:11 e 12 produz vantagens significativas, conforme são relacionadas abaixo:

Capacitar os membros de suas congregações leva o pastor a reconhecer e praticar o ensino bíblico do sacerdócio de todos os crentes. O pastor que reconhece não estar sozinho no trabalho da igreja, e que cada crente é um ministro com um lugar designado no qual pode servir, certamente terá um ministério mais efetivo e produtivo.

Provê ao pastor maior extensão de tempo que pode ser dedicado à pesquisa, estudo e oração. Desse modo, ele estará mais bem preparado a fim de enfrentar as exigências do mundo atual.

Revela o reconhecimento, por parte do pastor e dos membros da igreja, da doutrina dos dons espirituais. Na assembléia da Associação Geral de 1980, essa doutrina foi incorporada às nossas crenças fundamentais. De acordo com esse ensinamento, o Espírito Santo é o agente divino que concede dons aos crentes, para a edificação do corpo de Cristo. Nos escritos de Paulo, encontramos que os dons são provisões de Deus para suprir a igreja, a fim de que seus membros, unidos pelo dom maior que é o amor, trabalhem com o propósito de cumprir a missão.

De acordo com George Barna, o papel do pastor, como capacitador, envolve a responsabilidade de ajudar os membros no processo de descobrir, desenvolver e usar seus dons. Encaixar pessoas espiritualmente dotadas nos diferentes ministérios eclesiásticos – as pessoas certas nos lugares certos – é fundamental para o êxito do pastor. Barna especificamente sugere que o pastor deve ajudar os membros a: 1) identificar seus dons; 2) desenvolver e refinar esses dons, através de treinamento; 3) empregar esses dons em ministérios significativos; e 4) aperfeiçoar-se no serviço do Senhor.8

Peter Wagner também defende o modelo de ministério com base no aperfeiçoamento dos crentes. Ele diz que “quando um pastor capacita os membros e estabelece alvos para a congregação, de acordo com a vontade de Deus, obtém da parte dos membros cooperação e os alvos propostos serão alcançados”.9

Outro importante benefício do ministério capacitador está relacionado com a delegação de tarefas e responsabilidades. Quando o pastor treinar e capacitar seus líderes, eles estarão mais preparados para assumir papéis e desempenhá-los com eficiência. A tarefa de delegar é feita com segurança, pois o pastor confia nos que foram capacitados.

Ricardo Norton afirma que, quando o pastor delega poderes e não apenas tarefas ou responsabilidades, isso se torna uma poderosa força no crescimento quantitativo e qualitativo da igreja. Ao mesmo tempo, cresce o respeito pela autoridade pastoral. Os membros se sentem parte do processo, o que eleva sua auto-estima, e vão à luta para alcançar alvos e objetivos. Portanto, o trabalho de capacitar os membros facilita a tarefa de delegar. Sem isso, muitos permaneceriam em seu estado de dormência. A ação de delegar não apenas distribui a carga do pastorado (Êxo. 18:22), mas também favorece o pastor, possibilitando-lhe mais tempo para outros deveres.10

Carl George também enfatiza que “pastores de sucesso reconhecem a necessidade de trabalhar como uma equipe, na qual o pastor não é jogador, mas o treinador… os pastores devem estabelecer o ministério deles ao redor do conceito de que Deus não deseja que o clero faça todas as coisas por si mesmo. Deus conta com os leigos para fazer o trabalho”.11

Uma das causas de sobrecarga e estresse entre os pastores é que “eles não têm desenvolvido a filosofia de ministério em tomo do conceito bíblico de Efésios 4:11 e 12. Eles não têm desenvolvido a arte de despertar líderes que assumam com renovado entusiasmo as responsabilidades de um ministério em que os leigos partilham com o pastor os deveres do trabalho pastoral. Genuínos pastores capacitam, mobilizam e confiam responsabilidades aos seus membros”.12

Outra vantagem de o pastor adotar o modelo de ministério capacitador é que isso facilita sua tarefa importante de ensinar e discipular. Capacitação é um processo de ensino. O ensino é essencial para o crescimento e maturidade de cada membro da igreja. Quando o pastor adotar esse modelo, o discipulado será o resultado natural. Nesse processo, o pastor estará simultaneamente ajudando seus membros no crescimento espiritual deles e preparando-os para exercer seus dons e habilidades naturais para o cumprimento da grande comissão (Mat. 28:18-20) e do grande mandamento (Mat. 22:37-40).13

Nas palavras de Rick Warren, “ensinar sua igreja e levá-la ao comprometimento com a grande comissão e o grande mandamento são elementos indispensáveis para integrar os membros da igreja e envolvê-los na edificação do corpo de Cristo”.14 Para Warren, isso só é possível quando o pastor adota o modelo bíblico do ministério capacitador, “visando em todas as suas ações pastorais o trabalho de capacitar os crentes para o serviço cristão”.

O real propósito do ensino é envolver os líderes no processo de crescimento eclesiástico. Isso os capacita a prestar serviço dinâmico à congregação. Quando o pastor demonstrar interesse em ensinar e capacitar, indubitavelmente será alvo de maior confiança e simpatia por parte do rebanho. A liderança pastoral será fortalecida e toda a igreja será beneficiada.

Processo contínuo

A capacitação sempre será necessária à vida da igreja, porque haverá sempre novos membros e oficiais que precisam ser treinados, novos conhecimentos, ferramentas e técnicas de aperfeiçoamento, novos métodos a serem utilizados e implementados, novos desafios para a pregação do evangelho em diferentes grupos e comunidades. Trata-se, pois, de uma tarefa de grande alcance e que envolve toda a vida pastoral.

Para mim, representou um grande desafio assumir uma filosofia de trabalho pastoral baseada no “aperfeiçoamento dos santos para o serviço”. Quando Deus impressionou meu coração através de estudo, pesquisa, leitura e observação, decidi mudar. Não foi fácil, mas foi uma experiência realmente enriquecedora. Observar meu próprio crescimento e o crescimento dos líderes das minhas congregações, nesse processo, significou uma grande satisfação.

Nos dias em que vivemos, o papel do pastor tem mudado da figura de um superpastor, que, sozinho, era responsável por todas as coisas na igreja, para alguém que inspira, capacita, incentiva e dá oportunidade para os membros se envolverem num ministério produtivo. Sua tarefa é “aperfeiçoar os santos” para o cumprimento da grande comissão. E tornar cada ministério da igreja um conduto através do qual a missão flua, para desenvolvimento de cada crente e para conquista de homens e mulheres para o reino de Deus.

Referências:

  • 1 Melwin J. Steinbron, Can the Pastor Do it Alone? (Ventura, CA: Regai, 1987), págs. 21-23.
  • 2 Russel Burrill, Revolution in The Church (Fallbrook, CA: Hart Research Center, 1993), pág. 48.
  • 3 Ibidem, pág. 51.
  • 4 Ellen G. White, Evangelismo, pág. 113.
  • 5 ______________, Testemunhos Para a Igreja, vol. 7, pág. 19.
  • 6 ______________, Obreiros Evangélicos, pág. 196.
  • 7 _______________, Serviço Cristão, pág. 59.
  • 8 George Barna, User Friendly Churches (Ventura, CA: Regai Books, 1996), pág. 1.
  • 9 C. Peter Wagner, Your Church Can Grow (Glendale, CA: Regai Books, 1979), págs. 51-55.
  • 10 Ricardo Norton, Equipping Lay For Ministryy, (Anotações de classe, Universidade Andrews, 1998).
  • 11 Carl F. George, Prepare Your Church for the Future (Grand Rapids: Fleming H. Revell, 1996), pág.120.
  • 12 Don Cousins, Leith Anderson e Arthur Dekrwyter, Mastering Church Management (Portland, OR: Multnomah, 1990), pág. 42.
  • 13 Lucien E. Coleman, “The Ministry of Teaching”, in Formation For Christian Ministry, ed. Anne Davis e Wade Rowatt Jr. (Louisville, KY: review and Expositor, 1981), págs. 22-25.