Volta, ó meu querido irmão, volta!

Por que deixaste a igreja do Deus vivo?

Acaso amaste mais o velho mundo em volta,

Nele buscando um ilusório lenitivo?

Ou porventura tropeçaste em maus exemplos,

De alguém que parecia mui piedoso,

E foste em busca de outras crenças, outros templos?

Ou te encantaram vãos prazeres, falso gozo?

A erudição sutil dos que se julgam sábios,

Tirou-te do Evangelho puro o amor

E preferiste o obscuro ensino de seus lábios

Ao simples, claro, “assim diz o Senhor”?

Volta, irmão, volta!

É tarde, e os homens, cada vez mais corrompidos,

E de Natura os elementos em revolta,

E as guerras e rumores incontidas

-— Tudo isso, e muito mais, bem mostra que é chegado O fim do mundo, deste mundo depravado.

Tão perto já do termo da jornada,

Abandonaste a profissão de fé genuína

  • — Da fé que foi por Deus a nossos pais legada —

E deixas tudo, desprezando a sã doutrina?

Por amor de tua alma, volta, irmão, Que ainda não é tarde para obter perdão!

Retorna, por amor da esposa e filhos,

E não lhes ponhas nos caminhos empecilhos!

Retorna, por amor das lágrimas sentidas

Dos que, na igreja, te chamavam: “ó irmão!”

Retorna, por amor às cruéis feridas

Que ao Salvador causou a tua rebelião!

Sim, volta, por amor ao Salvador Jesus

  • — Ou ficarás indiferente, junto à cruz?

Irmão, na igreja há um lugar vazio

Que espera teu retomo e é como um desafio!

Qual filho pródigo, reflete e volta

  • — Que é muito triste assim ficar sempre em revolta,

Tão longe do Senhor, de Sua grei distante,

E resistindo sempre à Voz solicitante!

Volta, irmão, volta!