GEORGE E. VANDEMAN

Secretário Adjunto da Associação Ministerial da Associação Geral

Como Nunca Ficar “Cansado”

NÃO posso pensar em melhor maneira de iniciar, hoje, nossa mensagem, do que ler a promessa existente em Salmo 103, versículos 2 e 3: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de Seus benefícios. É Êle que perdoa tôdas as tuas iniqüidades, e sara tôdas as tuas enfermidades”.

Meditai cuidadosamente nestas palavras, amigos, pois elas contêm uma das mais estonteantes promessas das Escrituras. Em média, os homens somente de maneira muito vaga sentem que a religião tem uma fonte de poder à sua disposição. Muitos, contudo, não conhecem método algum plausível de aproveitar êsse poder, e isso é o que desejamos hoje descobrir — a fé que cura.

Suponho que quando alguns de vós leram o anúncio da reunião desta noite, tiveram pensamentos bem confusos. Talvez tenham pensado que seria uma missão de cura onde se imporiam as mãos sôbre o enfêrmo, em meio de agitação e de demonstrações públicas. Outros podem ter julgado, ao lê-lo cuidadosamente, que não passaria de uma promessa de compreenderem êles mesmos — “como nunca ficar cansado”. Muitos, estou certo, meditaram ansiosamente nesta frase, cogitando em como poderiam alcançar êsse ideal. Alguns poderão discordar de que os abalos nervosos não são causados por excesso de trabalho. Outros, opressos pelas dificuldades, viram no anúncio um raio de esperança. Pode isto oferecer-lhes um meio de alívio? Quem quer que sejais, ou o que quer que necessitardes, estareis dispostos a orar calmamente a Deus para que vos traga justamente o auxílio que desejais?

A Religião e Nosso Bem – Estar Físico

Talvez a coisa mais importante que eu posso dizer para principiar, é o seguinte: A dificuldade da maior parte das pessoas é não reconhecerem que a religião tem muito que ver com o corpo, bem como com a mente. Não permitem que o poder renovador de Deus realmente se apodere de seus nervos e demais tecidos. Podereis perguntar: Que pretende o orador dizer? Simplesmente isto: Há viva e direta ligação entre a mente e o estômago, a corrente sanguínea, os tecidos, e o sistema nervoso. Veremos que a questão de como Deus cura é muitíssimo maior do que a imposição das mãos sôbre os que estão desesperadamente mal. A imposição das mãos faz parte do plano de Deus, mas apenas comparativamente poucos necessitam dessa bênção. A maioria, contudo, necessita diàriamente dos pontos vitais que discutiremos esta noite.

Mais uma palavra: Podemos dar graças a Deus por Jesus ser o Grande Médico. Ouvimos mais a respeito de Suas curas do que de Seus ensinos. Tende a bondade de notar III S. João 2: “Amado, desejo que te vá bem em tôdas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai à tua alma”. Isso é uma novidade para muita gente. É a saúde de alguém igual a sua expe-riência cristã? Sim, é isto que êle diz. Deus deseja que sejais radiantemente sadios. E há um meio de consegui-lo. Qual é?

Diz Deus: “Vinde a Mim, … e Eu vos aliviarei”. Algumas pessoas julgam que isso significa apenas descanso espiritual. Esperam inteiramente um descanso no futuro, mas muitos têm pôsto na mente que devem acabar com o cansaço e com a exaustão aqui.

“Como nunca se cansar” obviamente necessita de uma pequena qualificação. Antes de tudo, há um cansaço que advém do trabalho físico. Em S. João 4, verso 6, é-nos dito que Jesus ficou cansado e Se assentou para descansar. O sábio disse que doce é o sono do trabalhador. Sim, amigos, o resultado normal de um dia de trabalho é um saudável cansaço que leva ao sono reparador e faz bem a qualquer pessoa.              

Há o cansaço que vem da doença, e o que provém naturalmente da idade avançada, mas, além dêstes três estados naturais é possível nunca ficar “cansado”.

O cansaço físico, ou corporal, proveniente do trabalho pesado pode ser facilmente equilibrado. A perda de energia durante o dia pode ser recuperada numa boa noite de sono; de fato, dizem-nos os médicos que não pode haver déficit de fadiga. Não pode ser transferido de um dia para o outro ou de uma para a outra semana. Em outras palavras, se estiverdes cansados depois de vinte e quatro horas de descanso completo, vossa dificuldade é cansaço da mente ou do espírito. Não é física, mas espiritual.

Para descansar fisicamente, não há necessidade de três ou de seis meses de férias. Certamente é bom ter uma mudança, mas a pessoa se pode cansar descansando! Se depois de alguns dias a pessoa não se sente descansada, preocupa-se com sua falta de descanso, e então não descansa porque se preocupa.

Causas do Desequilíbrio Nervoso

Perguntais: Que dizer do desequilíbrio nervoso? Contrariando a crença popular, aquêles que sabem, dizem-nos que o desequilíbrio nervoso não é causado pelo excesso de trabalho. Disse o Dr. Austin F. Riggs: “O trabalho árduo e mesmo abundante, quer seja físico quer mental, nunca em si mesmo produziu um simples caso de esgotamento nervoso”.

O Dr. A. A. Brill acrescenta: “Ninguém jamais sofreu de desequilíbrio nervoso como resultado do trabalho. Essas enfermidades simplesmente não existem”.

Também o Dr. Paulo Dubois dá uma inqualificável declaração, raramente apresentada pelos grandes médicos: “Em todos os meus casos nervosos nunca encontrei um único que pudesse ser atribuído ao excesso de trabalho”.

E, como para selar a questão, diz o Dr. Ira Wile: “Indubitavelmente, não há coisa que se chame desequilíbrio por excesso de trabalho”.

Qual é, então, a causa do cansaço? estareis, certamente, perguntando. Duas, podem ser apontadas, que perfazem a causa total. Primeiro: pensar demais no que poderá produzir o desequilíbrio, realmente poderá, às vêzes, levar ao colapso nervoso. Nossa mente tem fôrças de sugestão a que o corpo atende intimamente. Certo pregador afamado planejou dez sermões consecutivos sôbre a maneira de evitar o desequilíbrio nervoso, e terminou apenas com um. Infelizmente tanto se preocupou com o aspecto negativo, que enfraqueceu sua própria resistência nervosa. Verdade psicológica é que, seja o que fôr que vos domine a mente, domina-vos também. Julgo prudente abordar êsses problemas com um oferecimento positivo de auxílio.  uma  que cura. Pensemos nisso, e estaremos em condições de evitar colidir de frente com um desequilíbrio nervoso, em vez de para êle avançar diretamente.

Segundo, e talvez mais importante, há algum conflito no fundamento de qualquer um dêsses colapsos. A causa dêsse conflito deve ser descoberta e ajustada. Mas não me interpreteis mal. Essas dores e desequilíbrios não são imaginários, são, todos, tragicamente reais, mas devidos a atitudes mentais e espirituais erradas. Quais são essas atitudes mentais e espirituais erradas que levam à dificuldade? Dentre elas mencionamos cinco, que são:

O egoísmo torna-vos cansados. A pessoa cujos pensamentos se centralizam sòmente em si mesma é, em geral, pessoa cansada. Procura viver de modo impossível, e não alcança a felicidade. Nenhuma pessoa egocêntrica é verdadeiramente feliz. Não fomos feitos dessa ma-neira, e nenhuma porção de inatividade descansara uma pessoa egoísta.

A ansiedade cansa-vos. Preeminente ministro viajava em avião. Já havia terminado a refeição, quando o comandante por êle passou, perguntando-lhe se gostara do lanche, e êste lhe disse que sim. Perguntou, por sua vez, cortêsmente, ao pilôto se também gostara.

  • — Não, eu tenho digestão difícil, respondeu-lhe o aviador.
  • — Que o está preocupando? perguntou-lhe o ministro.

O piloto olhou admirado, e disse:

  • — Sim, estou preocupado. Estou com temor de que me ponham numa direção que eu não gostaria de tomar. Por isso estou preocupado.

O ministro lhe respondeu:

  • — Essa é a sua dificuldade Sua preocupação está-lhe alterando o aparelho digestivo.

Notai o que diz Eclesiastes 11:10: “Bani da mente, tôda ansiedade e conservai o corpo livre de dor”. (Trad, de Moffat.)

Há uma úlcera conhecida como úlcera de Dunquerque, e que se desenvolveu, em grande escala entre os que esperavam ansiosamente ser retirados da praia. Outro texto que faz pensar encontra-se em Provérbios 17:22: “O coração alegre ajuda e cura: o espírito quebrantado solapa a vitalidade”. Sim, a ansiedade encontrar-se atrás de muita exaustão. (Trad, de Moffat.)

O temor cansa-vos. “A inquietação é geral, o mêdo é específico”, e, portanto, ainda mais perigoso. Um grande médico sentou-se num restaurante defronte de uma senhora que usava uma cruz de ouro.

— Se mais pessoas cressem naquilo para que é usada a cruz e para isso vivessem, disse êle, eu nada teria que fazer. Vejo de setenta e cinco a cem pacientes todos os dias, e o de que mais sofrem são: temor, solidão e egoísmo.

As Emoções e a Doença

Um de meus amigos, deão de uma escola de medicina, escreve: “As emoções, como causa de enfermidades, porém ser mais importantes do que os fatôres físicos”. Declara que uma emoção como o mêdo estimula automaticamente a glândula suprarrenal que, por seu turno, lança adrenalina na corrente sanguínea. Esta circula no sangue, aumentando o número de batidas do coração e contraindo os vasos sanguíneos, aumentando assim a pressão sanguínea. Também estimula o fígado, de modo que quantidades crescentes de açúcar são lançadas no sangue. Também aumenta a média das respiracões, e paralisa temporàriamente a atividade dos órgãos digestivos. Diz êle: “Uma emoção como o mêdo é a reação normal do organismo para fazer face a uma emergência”. O corpo põe-se fìsicamente, em guarda, pronto para saltar. Esta é a razão de. em resposta ao mêdo, a pessoa ser capaz de fazer proezas, que de outra maneira seriam impossíveis. Infelizmente a ira e o ressentimento produzem quase a mesma reação, e quando essas emoções são produzidas continuamente, sem necessidade de uma crise, o resultado é um distúrbio funcional.

Certo jovem que tinha uma úlcera gástrica, sofria espasmos no estômago à hora da refeição. Descobriu-se que durante sua infância o sino para o almôço era o sinal para a rixa habitual da família ao redor da mesa.

Notai que a Bíblia está adiantada de seu tempo ao desvendar essa situação. Salmo 6, verso 7, diz: “As dificuldades consomem minha fôrça, envelheço sob os ultrajes” (Moffatt). Também Provérbios 14:30, segundo Moffatt, diz: “A mente tranqüila é vida e saúde, mas a paixão faz o homem anodrecer”. Sabíeis que êstes versos estão na Bíblia? Com que clareza descrevem os maus efeitos das atitudes mentais erradas!

Acreditais que o Deus, do Céu poria Sua mão curadora indiscriminadamente sôbre os homens e mulheres que, devido a uma vida não consagrada, trazem sôbre si enfermidades, e usariam suas novas fôrças na dissipação? Cura Deus apenas para restaurar, de maneira que possamos desrespeitar as leis da saúde e continuar a Lhe desobedecer? Certamente Deus perdoa, e em muitos casos tem salvo um homem a despeito do passado, mas não sem levar êsse homem ao arrependimento e, finalmente, à compreensão da vontade de Deus. Jesus continuamente dizia, quando curava o enfêrmo: “teus pecados te são perdoados”. Vêdes agora por que Jesus se aproximou da questão dessa maneira? Êle desejava remover a causa e ensinar um caminho melhor à pessoa curada.

Finalmente, a culpa torna-vos cansados. O fardo do pecado cria temor, desconfiança, e o desejo de evasão às realidades da vida. A culpa produz conflito entre o que é direito e o que é errado, e a luta cansa-vos. Salmo 38:3 é bem acertado: “Não há saúde nos meus membros, por motivo dos meus pecados”. (Moffatt).

O pecado é como um germe. Cobri-o, e êle crescerá. Apostema e enferma o corpo. Jesus vos convida a confessar vossos pecados, pois é fiel e justo para perdoar êsse pecado e purificar-vos de tôda a injustiça. Lede repetidamente estas palavras em I S. João 1:9, e sentireis na vida o poder perdoador de Cristo.

Como Deus Cura

Desejo esclarecer um ponto. Deus ainda está curando hoje, como o fêz por meio de Cristo, tantos anos atrás. Êle cura de várias maneiras e por diferentes meios e métodos, mas em cada caso é Deus quem cura. Nós limpamos o caminho; Deus efetua a cura. Sem dúvida estais perguntando: Como cura o nosso Deus?

Não é falta de fé dizer que Deus cura por meio de médicos e cirurgiões. S. Lucas era médico; e Jesus freqüentemente usava remédios simples, como o ungüento para os olhos. Sòmente agora estamos descobrindo que alguns dos mais poderosos remédios são encontrados na terra e nas plantas. E, também, Deus cura por meio da sugestão mental. Um olhar equilibrado, são, à vida, confiando em Deus, aliviar-nos-á de muito temor de doença. Um negociante, em viagem de avião, adoeceu gravemente. Descontrolou-se-lhe o coração. Não podia respirar. A altitude foi demasiada, declarou êle. Um médico sentou-se ao seu lado, e, tentando ajudá-lo, perguntou-lhe onde morava. O negociante respondeu que morava na cidade do México. Ao dizer-lhe o médico que a cidade do México está a mais de 2.200 metros do nível do mar, e o avião estava, no momento, a menos de 700 metros de altura, o homem melhorou imediatamente.

A ciência médica está provando que há “cegos com nervos optícos perfeitos, paralíticos tão sãos dos membros como o próprio médico, aleijados que nunca estiveram feridos, surdos que nunca sofreram dos ouvidos. Por que, então, estão doentes? Porque sua mente ficou conturbada, centralizavam a sua fé em si mes-mos, e não em Deus. Em qualquer parte do subconsciente, como que os fios estão cruzados.

Deus cura por meio da educação. Creio num plano de viver melhor. Haveria muito menos pedidos de orações especiais pelos enfermos, se soubessemos como cuidar dêsses corpos e dessas mentes. Atitudes mentais claras e sadias, com base no conhecimento do amor de Deus e de Seu poder, são um dos meios mais práticos com que Deus cura.

Deus cura libertando do temor, da melancolia, do egoísmo, dos ressentimentos e da culpa. Deus também cura pelo toque do Espírito. Queremos, hoje, responder às seguintes perguntas: Como poderemos dominar o temor, a preocupação e a ansiedade? Onde encontrar libertação do egoísmo, da melancolia, do ressentimento e da culpa? Como poderá o homem pôr a vida em harmonia com a Fonte vivificante do poder restaurador e curador? A resposta é breve mais importante. É pela fé.

O Lugar da Fé

“Oh!” dirá alguém, “eu temia justamente isso. É aí que sou vencido mesmo antes de começar. Não tenho fé, e se a tivesse não saberia como usá-la.” Cobrai ânimo, amigo. Há muito nos é dito para “ter fé”. Gostaria, no entanto, de tentar mostrar-vos como ter fé e como podereis adquirir capacidade espiritual para desenvolver fé firme e eficiente, uma Té que possa transformar completamente tôda coisa errada que interfira com vosso bem-estar. “Ah!” direis, “eu tudo daria por uma fé assim”. E ela se poderá desenvolver como resultado de dois passos muito simples.

O primeiro envolve a prática da oração sim-ples mas de coração, a devoção diária e a meditação, lendo a Palavra de Deus. Henry Drummond foi um dos intelectos cristãos superiores de seu tempo. Contudo seu segrêdo era tão simples que qualquer pessoa pode pô-lo em prática: “Passar dez minutos por dia em comunhão com Cristo. Sim, dois minutos, tornarão diferente o dia todo”.

Multiplicai esta prática dia a dia e sereis beneficiados pelos efeitos cumulativos do há-bito e da mudança mental de perspectiva. Todos nós conhecemos homens fortes e de felicidade radiante, que viveram como “vindo de grande profundeza de alma”. Ao lhes examinardes o viver diário, descobris que revela ês-tes períodos regulares de meditação. Dizem as Escrituras Sagradas: “Une-te pois a êle e tem paz”. Sentai-vos calmamente o tempo suficiente para “permitir que se forme nata”. Esta prática simples produzirá domínio sôbre o temor e as fraquezas, e edificará em vós uma fé viva e duradoura. Se achais que não tendes tempo, tão sòmente lembrai-vos de que sem-pre temos tempo para o que queremos fazer. A prova trará a recompensa.

Jeremias 2:32 diz: “Meu povo se esqueceu de Mim por inumeráveis dias”!

A pouca fé, ou a falta absoluta de fé origina-se de viver esquecido. Paderewski disse que se êle deixasse de tocar violino um só dia, poderia notar diferença no modo de tocar. Se deixasse de praticar dois dias, sua família podia notar a diferença. Se deixasse três dias, seus amigos o reconheceríam, e se passasse uma se-mana o público o descobriría. Isso ilustra a perda sutil e perigosa da fôrça e do controle íntimos que o homem sofre quando negligencia êsses momentos calmos com Deus. Se omitirmos êsses momentos calmos um dia, veremos a diferença, e quanto mais os omitirmos, tanto mais se alargará o círculo, até nossa família, nossos amigos, e nossos conhecidos o notarem. Rogo-vos, considerai sagrado êsse tempo. Tão simples é o segrêdo, e tão grandiosos os resultados, que compensa extraordinariamente observar bem vossos instantes de quietude.

Tranqüilamente, relaxai o corpo, depois permiti à mente relaxar-se também, e então abri, conscientemente, para Deus as portas do espírito. Permiti às energias divinas fluírem por vós, ao passardes um período de tempo lendo de Cristo e meditando em Seu amor e Seu poder salvador. “Contemplando, seremos transformados”.

Confiar mais do que Experimentar

O segundo método para ter fé é submeter a vida à vontade de Deus, com confiança infantil; é crer por um ato de confiança; é entrega completa. Algumas pessoas se esforçam extremamente para crer. Isso não é fé. É uma ansiedade que procura parecer fé. No entanto, podeis dizer: “Creio, Senhor, ajuda a minha incredulidade. Em Ti confio, embora questões obscuras me povoem a mente”. Ao vos apegardes positiva e firmemente às verdades que sabeis serem certas, notareis que estais triunfando sôbre as fracas dúvidas de um corpo prêso à Terra. Então a concepção da graça perdoadora de Deus e a certeza da energia interior são os fenômenos mais impressionantes de tôda a experiência humana. Estais lançando mão do poder que cura. A fé vos liga a Deus. Oh, sim! necessitamos cooperar inteira e completamente com Deus, mas a maior bênção recebemos quando aprendemos a cooperar confiando, em vez de experimentar frenèticamente em nossas fracas e limitadas fôrças.

Os japoneses descobriram um método de amarrar as raízes mestras de árvores que estavam destinadas a ser gigantes da floresta. Com as raízes mestras atadas, no entanto, nunca mais passaram de plantas de vaso. Muitos cristãos— e infelizmente seu número é uma legião— se tornam anões na eficiência, na liberdade, na fôrça, sòmente porque a raiz mestra está amarrada com o egoísmo, a ansiedade, o temor ou a culpa. Êstes e muitos outros empecilhos deformadores desanimam e derrotam suas tentativas em busca de Deus, e conduzem à enfermidade. Ó amigo! liberta-te e deixa que a raiz mestra se implante firmemente em Cristo, a Fonte do poder espiritual, a fim de alcançar diàriamente uma vitória sólida e duradoura.

Deus Pode Atender às Vossas Necessidades

Eu não sei quem sois nem qual poderá ser vossa necessidade particular, mas Deus o sabe, e isso é o que importa, sobretudo. Ouvistes, hoje, a voz de Deus revelando o fardo da culpa que deve ser descarregado? Tendes tido o desejo de trocar as cadeias mais familiares do pecado secreto pela liberdade e o respeito próprio? Está a vossa personalidade sendo perturbada por desejos em conflito? Está a vossa vida paralisada pelo temor? Estão ressentimentos profundamente arraigados envenenando-vos o corpo? Vêdes o que Deus pode fazer por meio de Seu perdão e guia, a uma atitude mental sã e agradável? E se eu não mencionei vossa necessidade, mas se, pelo Espírito de Deus, vistes o caminho com maior clareza, estais dispostos a aceitá-lo? Quantos, nesta hora, desejam que os lembremos em nossas orações? Quantos desejam, mais que qualquer outra coisa neste mundo serem curados e desejam a fé interior que os ligue com êsse Poder, Cristo Jesus, e a Sua paz curadora? Conceda-vos Deus o vosso desejo. (Orar em seguida.)