CRISTO HOJE — Há alguns anos, um artista parisiense montou o seu estúdio num auto. Ao guiá-lo êle, dum lugar para outro, pintando ce­nas de rua e de tôda a moderna vida parisien­ se, apresentava também a Cristo. Tôda Paris se maravilhava da sua ousadia. Em meio da insensatez geral, ombreado pela multidão folgazã e estulta, Se erguia Cristo — com olhos perscrutadores, tristonhos, súplices! O pintor, também, não O pintava nas vestes orientais, mas em traje moderno. Era o Cristo onipresen­te que êle buscava representar; era a mensagem de que Cristo está hoje em Paris, e Lon­dres, e Nova York, como estêve na Jerusalém de há dois mil anos; e pintando Cristo assim no coração das multidões folgazãs, lembrava- lhes êle aquilo que, somente, pode glorificar a vida: o poder do amor que leva ao sacrifício.

— The Minister‘s File Service.

FIDELIDADE A CRISTO — Um imperador romano disse a um arquiteto grego:

—Edifica-me um coliseu, e, se me agradar, coroar-te-ei na presença do povo e farei uma festa em tua honra.

O arquiteto fêz sua obra magnificamente. Chegou o dia da inauguração. O imperador er­gueu-se em meio às aclamações do povo, e disse:

— Aqui estamos para inaugurar êste coliseu e honrar seu construtor. É êste um grande dia para o império romano. Para o celebrarmos, trazei os cristãos e, para nossa diversão, lan­cemo-los aos leões.

Os cristãos foram postos no centro do anfi­teatro. Os leões meio famintos foram liberta­ dos de suas jaulas e saltaram para dentro da arena a fim de dilacerarem os cristãos. A turba gritou: “Viva o imperador!”

Então, o arquiteto grego ergueu-se de sua ca­ deira de honra e, pedindo silêncio, exclamou:

—Também eu sou cristão!

Êle foi então agarrado e atirado às feras, juntamente com os outros, e foi visto rolar no pó do anfiteatro.

Farias tu isto por Jesus?

PAZ PERFEITA — Foi oferecido certa vez um prêmio à pessoa que pintasse o melhor quadro representativo da paz. Dois houve que pare­ ciam superiores. Um retratava uma paisagem de verão. Um regato corria tranqüilamente através de verdejante prado. Nem a mais leve viração convulsionava as árvores. O céu estava claro. Duas rêzes pasciam à sombra de grande carvalho. Uma borboleta garridamente colori­ da voava de flor em flor. Pássaros poisavam nos galhos. Isso era paz.

Mas o prêmio foi conferido ao artista que pintou em sua tela um agitado oceano fustigan- Relâmpagos cruzavam o espaço. Mas ao lado do rochedo, protegido por pequena escarpa, podia ver-se uma gaivota branca em seu ninho. As ondas furiosas arremetiam contra seu retiro, mas ela não sentia temor algum. Con­templava tranqüilamente tudo, sabendo que estava segura em seu refúgio. O abrigo do crente é Cristo. Assentado nos lugares celestiais em Cristo, êle contempla tudo sem temor.

Keith L. Brooks, em Ilustrações para Pregadores e Oradores.