Foi a sessão de 1888 boa ou ruim para a Igreja? Como podeis beneficiar-vos das reações e conselhos de Ellen White?

A sessão da Associação Geral realizada em Mineápolis, Minnesota, em 1888, transformou-se no maior ponto decisivo da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Nossa mudança de rumo efetuou-se vagarosamente durante os três anos que se seguiram à conferência. Durante esse tempo, os persistentes esforços de Ellen White, A. T. Jones e E. J. Waggoner ajudaram a levar a Igreja do espírito de debate e do legalismo de anos precedentes, para um realce sobre a justificação pela fé na justiça de Jesus Cristo.

Essa mudança de direção, porém, não foi resultado da conferência de Minnesota. Em muitos sentidos, o encontro de Mineápolis foi um desastre. A Igreja foi ao fundo, espiritualmente, naquela sessão. Ellen White considerou-a “a mais triste experiência de minha vida”1 e “a mais dolorosa prova de minha vida”.2 É a única sessão da Associação Geral, na história adventista, que foi assinalada por rebelião aberta contra Ellen White por parte de um grande número de nossos ministros. Ela chegou ao ponto de perguntar a si mesma se Deus não iria chamar ainda outro movimento. Com respeito a muitos dos delegados, declarou ela: “Como reformadores eles haviam saído das igrejas denominacionais, mas agora desempenhavam um papel semelhante ao que as igrejas desempenharam. Esperávamos que não houvesse necessidade de outra saída.”3 1

Em que pese, porém, a sua profunda angústia pelo espírito de descrença manifestado por muitos, Ellen White previu com confiança que de algum modo o Senhor venceria, e muitos benefícios adviriam do encontro. Em 4 de novembro, no último dia da conferência, ela escreveu a sua nora: “Já falei aproximadamente umas vinte vezes com muita franqueza, e creio que estas reuniões resultarão em grande bem. Não conhecemos o futuro, mas sentimos que Jesus está ao leme e não naufragaremos.”4

Havia outros que viam tanto o lado positivo como o negativo da sessão. Três semanas após o término desta, W. C. White escreveu ao recém-eleito presidente da Associação Geral, que ainda estava na Europa: “Os delegados que ficaram até o fim da reunião levaram impressões bastante diversas. Muitos achavam que foi uma das reuniões mais proveitosas a que já haviam assistido; outros, que ela foi a conferência mais infeliz já realizada.”5 2

Sem dúvida, aquela sessão levou a reações diversas. Alguns achavam que a sessão foi ruim — muito ruim. Outros, que foi boa — muito boa. O que tornou a reunião tão má? e o que a tornou tão boa?

O outro grupo era dirigido por E. J. Waggoner e A. T. Jones, que serviam não só como co-editores da Signs of the Times, mas também como professores de Bíblia no Healdsburg College. Entre seus amigos estavam W. C. White, S. N. Haskell e C. H. Jones.

Iniciaimente, as divergências entre estes dois grupos giravam em torno da interpretação de duas passagens das Escrituras. Os irmãos do leste criam que os hunos fossem um dos dez reinos de Daniel 7, e que a lei “ordenada” de Gálatas 3:19-25 era o sistema cerimonial judaico. Os irmãos do oeste, por outro lado, eram favoráveis aos Alemanni em lugar dos Hunos, e afirmavam que a lei ordenada em Gálatas era a lei moral.

O fato de Waggoner e Jones serem comparativamente jovens — na faixa dos trinta — enquanto Butler e Smith estavam na casa dos cinqüenta, serviu para exacerbar a situação. Butler achava impossível crer que aqueles dois “jovens inexperientes, que haviam acabado de sentar-se na cadeira editorial, pudessem entender melhor a Bíblia do que ele.6

A indisposição entre os dois lados começou quando Waggoner publicou seu ponto de vista sobre Gálatas 3, em Signs of the Times de 11 de setembro de 1884. Sua explicação de que a lei ordenada era o código moral, contrariava frontalmente a interpretação aceita por Butler e Smith, bem como pela maioria dos ad-ventistas daquele tempo. Acontece que o pai de E. J. Waggoner, J. H. Waggoner, havia tomado posição semelhante 30 anos antes. O Pastor Waggoner defendera em 1845 que “nem uma só declaração” de Gálatas “referia-se à lei cerimonial ou lei levítica”. A epístola, escreveu ele, “trata tão-somente da lei moral”.7

Aparentemente, Ellen White pôs fim à primeira controvérsia, ao afirmar que a interpretação de Waggoner estava errada.8 Durante as próximas três décadas a questão da lei em Gálatas não recebeu muita atenção; ao menos o assunto não provocou nova polêmica. Smith, Butler e os demais estavam certos de que Gálatas 3:19 se referia ao sistema cerimonial. Criam também que Ellen White defendia este ponto de vista, uma vez que ela havia rejeitado a posição de J. H. Waggoner.9

Agora o Waggoner mais moço, em certo sentido havia tirado a luva e deliberadamente reviveu a controvérsia. Ele esboçou sua posição numa série de nove artigos publicados na revista Signs de 8 de julho a 2 de setembro de 1886. Butler sentiu-se provocado. Ele considerou os artigos uma afronta a sua liderança. Resolveu pôr fim à questão de uma vez na sessão da Associação Geral de 1886. De pressa, produziu um panfleto de 85 páginas, que distribuiu aos delegados, quando estes se reuniram em Battle Creek para a sessão da Associação Geral, em novembro daquele ano. Nesse opúsculo, Butler escreveu: “O escritor admite considerável surpresa que durante o último ano, ou talvez dois anos, o assunto (da lei em Gálatas) se tenha tornado bem saliente, nas instruções dadas aos que se estão preparando no Healdsburg College para trabalhar na Causa; também nas lições impressas no lnstructor, destinadas a nossas Escolas Sabatinas fora do país, e em inúmeros outros artigos argumentativos na Signs of the Times, nossa revista missionária pioneira, levando assim estes pontos de vista amplamente ao público leitor que não está familiarizado com a nossa fé. Dessa maneira, ingentes e repetidos esforços têm sido feitos no sentido de afirmar que a lei moral é o assunto de que trata o apóstolo nos textos mais salientes de seu argumento na carta aos Gálatas….

“Protestamos resolutamente contra a apresentação de pontos de vista controvertidos da maneira indicada, concernentes a assuntos sobre os quais nosso povo não está de acordo.”10

Na Conferência Geral de 1886, uma comissão teológica de nove membros foi indicada para estudar o ponto em discussão, o que eles fizeram imediatamente. Alguma coisa da tensão produzida entre os dois grupos de líderes da Igreja pode ser percebida pela carta de Butler a Ellen White, escrita logo depois do encerramento da reunião. “O irmão E. J. Waggoner continuava… alimentando o conflito”, escreveu ele. “Foi organizada a comissão teológica. … Quatro ficaram a favor do Signs: Haskell, Whitney, Wilcox e Waggoner, e cinco contra: Smith, Canright, Covert, J. H. Morrison e eu. tivemos um debate de várias horas, mas nenhum dos lados ficou convencido. A questão era se deveriamos levar isto à Conferência e envolver em luta um grande público ou não. Não pude recomendá-lo, pois achei que seria mais desastroso e resultaria apenas em acaloramento e debate.”11

A confrontação pública não pôde ser totalmente evitada naquela reunião; passou-se uma resolução dirigida a Waggoner, enquanto outra foi anulada. A conferência votou pedir aos editores adventistas “que não permitissem que pontos de vista não defendidos por uma expressiva maioria de nosso povo… fossem publicados em nossas revistas denominacionais, como se fossem as doutrinas aceitas por este povo, antes que fossem examinados e aprovados pelos irmãos experientes da liderança”.12

Contudo, a resolução de Butler, que apelava para que houvesse uma censura da Signs pelo fato de ter publicado os nove artigos sobre Gálatas no começo daquele ano, foi rejeitada. Butler lamentou: “Por justa razão, acho que ela devia ter sido aprovada, mas seria muito desagradável para o irmão Haskell e alguns outros, que fosse dita ainda que uma só palavra, dizendo que a Signs havia cometido erro.’’13

Num esforço para conseguir unidade e um pouco de paz, Ellen White, que estava na Europa, escreveu aos contendores, tanto de um lado como do outro e lhes apontou as falhas. Ela levou Waggoner e Jones a procurarem desenvolver suas idéias diante dos alunos de Healdsburg College e a publicá-las para o mundo.14 Depois, seis semanas mais tarde, após ler as primeiras páginas do panfleto de Butler sobre Gálatas, Ellen White o admoestou: “Acho que você foi muito contundente.’’15

Como deferência a Ellen White, a sessão da Associação Geral de 1887 foi realizada em Oakland, Califórnia, a apenas uns dez quilômetros de sua casa em Healdsburg. Evitou-se a discussão pública sobre a questão de Gálatas, mas, de acordo com o Pastor Butler, houve algumas discussões particulares sérias sobre o assunto. Ele informou mais tarde a Ellen White: “Na Conferência Geral de Oakland no último ano ele (Waggoner) reuniu-se em particular com alguns dos nossos ministros para falar sobre este assunto e leu-lhes uma longa análise que preparara, baseada no meu panfleto, e procurou por todos os meios engenhosos que pôde, introduzir seu ponto de vista sobre o assunto…. Não tenho nenhuma evidência de que o Pastor E. J. Waggoner ou aqueles que o seguem tenham a ideia de desistir, mas penso que eles ainda se propõem a lutar por isso até um fim amargo.”16

A discussão pública da questão de Gálatas e outros pontos controvertidos já não podia agora ser evitada. Na verdade, no início de 1887 Ellen White já a havia reconhecido como inevitável. Ela disse a Butler naquela ocasião: “A questão agora já foi exposta de maneira tão plena perante o povo, por vós mesmos e também pelo Dr. Waggoner, que deve ser enfrentada ampla e diretamente em discussão aberta…. Distribuístes vosso panfleto; é natural que o Dr. Waggoner tenha também uma oportunidade, da mesma forma que tivestes. Acho que nem tudo é ordenado por Deus. Mas irmãos, não devemos cometer nenhuma injustiça”.17

Em julho de 1888, na preparação para a reunião de Mineápolis, Waggoner, Jones, W. C. White e mais alguns ministros da Califórnia, reuniram-se por vários dias em um retiro na montanha. W. C. White escreve: “Passamos dois dias examinando a história dos diversos reinos que desempenharam uma parte no desmembramento de Roma; e um dia, no exame da Lei em Gálatas do Pastor Butler, e outros tópicos que tratam dessa questão, no término dos quais o Pastor Waggoner leu alguns manuscritos que ele preparara em resposta ao panfleto do Pastor Butler. … No final de nosso estudo, o Pastor Waggoner perguntou-nos se seria correto que ele publicasse seus manuscritos, e na próxima Conferência Geral os colocasse nas mãos dos delegados, como o fez o Pastor Butler com os seus. Achamos que seria correto, e o animamos a mandar imprimir 500 exemplares.”18

Com o apoio de seus irmãos, Waggoner publicou seu livro The Gospel in the Book of Galatians (O Evangelho no Livro de Gálatas), e levou consigo um bom suprimento quando foi para Mineápolis.

Oito semanas antes da conferência iniciar-se, Ellen White instou com seus irmãos para que se lembrassem do seu cristianismo na próxima reunião. Aos “irmãos que se reunirão na Associação Geral”, escreveu ela: “Que cada alma se despoje agora da inveja, do ciúme, da ruim suspeita, e mantenha o coração em íntima união com Deus. Se todos fizerem isso, terão a arder-lhes no altar do coração aquele amor do qual Cristo lhes falou. Todos os grupos terão a bondade e a ternura cristãs. Não haverá nenhuma contenda; pois os servos de Deus não devem contender….

“A correta interpretação das Escrituras não é tudo o que Deus requer. Ele não Se compraz apenas em que conheçamos a verdade, mas… devemos pôr em prática, no trato com os nossos semelhantes, o Espírito daquele que nos deu a verdade.”19

De qualquer maneira, formou-se um conceito errado quanto aos temas a serem apresentados na reunião que precederia a Conferência Geral. De acordo com W. C. White, Butler lhe escrevera uma carta na qual “dava uma lista dos assuntos que ele achava que deveriam ser levados em consideração. Entre estes, mencionava especialmente os dez reinos e a lei de Gálatas…. O Pastor Butler se esqueceu, e não admite que tenha escrito tal carta em alguma ocasião.’’20

Waggoner e Jones vieram bem preparados com sua munição teológica e histórica, mas, por alguma razão, Uriah Smith e seus companheiros não fizeram nenhum preparativo especial. Trouxeram, contudo, várias centenas de cópias do panfleto de Butler sobre Gálatas, as quais distribuíram entre os delegados.21

Infelizmente, o apelo de Ellen White em favor da bondade e compaixão foi grandemente ignorado, quando a comissão ministerial se reuniu na quarta-feira, 10 de outubro, uma semana antes da sessão de abertura da Associação Geral. As palestras de Jones sobre os dez reinos, apresentadas no segundo dia da reunião, resultaram em discussões que às vezes se tornavam acrimoniosas. Serena, a irmã White confiava em que um bom espírito viesse afinal a prevalecer. No sábado à noite, 13 de outubro, ela pregou sobre o amor de Deus e depois fez apelo para testemunhos. “Muitos deram testemunho”, escreveu ela, “de que aquele foi o dia mais feliz de sua vida…. Aquela foi uma ocasião de refrigério para muitas almas, mas ele não continuou em alguns.”22

Ellen White culpou tanto o Pastor Butler como o Pastor Smith por obstruírem o caminho, de maneira que a verdade e a luz fossem tratadas como hóspedes indesejáveis. Às 2:30 h da manhã de 15 de outubro, ela escreveu a Butler: “Não me sinto nenhum pouco constrangida em dizer que foi trazido para esta reunião, não um espírito de esforço para obter a luz, mas de obstrução do caminho, para que não penetre um raio nos corações e mentes do povo, mediante algum outro conduto que não seja aquele que decidistes ser o conduto apropriado.”23

Quando a comissão ministerial foi absorvida na sessão da Associação Geral, as apresentações incluíram mensagens mais poderosas da parte de Waggoner sobre a justificação pela fé em Cristo; estas, porém, foram vistas com desconfiança pelo grupo de Butler e Smith. Smith certamente expressou os sentimentos de muitos, quando declarou: “Poderíamos concordar com os seis temas preliminares do irmão Waggoner sobre justificação; eu mesmo teria sido o primeiro a exultar com eles, não tivesse de há muito sabido que ele desejava pavimentar o caminho para suas posições sobre Gálatas.”24

As discussões sobre a lei em Gálatas levaram os irmãos do leste e do oeste a se afastarem mais do que nunca. Os agravos existentes tornaram-se ainda piores, quando os dois lados se confrontaram com seus pontos de vista opostos. Uma das conseqüências mais lamentáveis do espírito acrimonioso revelado por Butler, Smith e outros para com Waggoner e Jones, foi que aquelas animosidades foram dirigidas também contra Ellen White. A essa altura, estava em jogo uma questão mais importante do que os dez reinos ou a lei no livro de Gálatas: a aceitação ou rejeição de Ellen White como mensageira do Senhor.

Na verdade, os homens de Butler-Smith já desconfiavam da Sra. White mesmo antes de a sessão começar, por causa da conhecida amizade que sabiam existir entre seu filho e Waggoner e Jones. Eles estavam certos de que ela fazia parte da “conspiração” da Califórnia. Essas desconfianças se lhes confirmaram na mente quando ela apoiou fortemente a Waggoner em suas mensagens sobre justificação pela fé. Foi responsabilizada pela associação. A respeito dessa mudança de atitude para com ela, escreveu Ellen White: “Era evidente que nossos irmãos estavam desiludidos. Eles haviam perdido a confiança na irmã White, não porque a irmã White houvesse mudado, mas porque outro espírito se apoderara deles e os controlava.”25

A irmã White caracterizou a atitude do grupo Butler-Smith como rebelião. Ela declarou: “A posição e a obra que Deus me confiou nesta conferência foram menosprezadas por quase todos. A rebelião foi geral. Seu curso foi um insulto ao Espírito de Deus.”26

“Os irmãos têm gracejado, criticado, comentado, desmerecido, apanhado e escolhido um pouco e recusado muito, até que os testemunhos não significassem nada mais para eles.”27

A rejeição de Ellen White foi seguida pela rejeição de tudo o que ela defendia, incluindo as apresentações de Waggoner sobre justificação pela fé. A Butler, escreveu ela: “De um modo geral, o espírito dos ministros que vieram a esta reunião é de rejeição da luz.”28 Parece que a maioria dos 96 delegados foi influenciada por esse espírito de cinismo e descrença. Notai as palavras citadas na ocasião: “Quase todos” haviam rejeitado a autoridade da profetisa; “de modo geral os ministros” se opunham à nova luz. Lamentavelmente, a profetisa foi obrigada a escrever estas declarações quase inacreditáveis: “Em Mineápolis, Deus deu preciosas gemas da verdade a Seu povo em novo engaste. Esta luz do Céu foi rejeitada por alguns com toda a obstinação que os judeus manifestaram ao rejeitar a Cristo.”29

As implicações dessas atitudes pecaminosas são atordoantes, quando consideradas. Ellen White reputou nossos pais espirituais como responsáveis, pelo menos até certo ponto, pelo prolongamento de nossa longa noite de sofrimento. Declarou ela: “Satanás… os impediu de obter aquela eficiência que poderia pertencer-lhes ao levarem a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram após o dia de Pentecostes. A luz que devia iluminar toda a Terra com a sua glória foi resistida, e em grande parte por causa da ação dos nossos próprios irmãos, retirou-se do mundo.”31

Os sermões de Waggoner sobre salvação por meio da fé na justiça de Cristo, deram uma nota que há muito tempo estivera ausente dos sermões dos pastores adventistas. A maioria dos conversos adventistas veio de outras igrejas cristãs, e sua aceitação de Cristo foi tida como certa. Os pastores adventistas pregavam muito mais sobre a lei e o sábado do que sobre Cristo. Eles se tornaram contendores capazes que se orgulhavam de sua habilidade de superar numa discussão seus opositores que guardavam o domingo. Os sermões de Waggoner eram diferentes. Ele se concentrava em Cristo — Sua divindade, Sua humanidade e Sua justiça, que Ele nos oferece como um dom. Neste novo realce, Waggoner tinha o total apoio de Ellen White. Ela disse aos delegados: “Vejo a beleza da verdade na apresentação da justiça de Cristo em relação à lei, conforme o doutor nos tem exposto…. O que tem sido apresentado se harmoniza perfeitamente com a luz que Deus achou por bem dar-me durante todos os anos de minha experiência.”32

“Em Mineápolis”, disse ela mais tarde, “Deus outorgou preciosas gemas da verdade a Seu povo em novo engaste.”33 “Em Sua grande misericórdia, o Senhor enviou a Seu povo uma mensagem mais preciosa por meio dos Pastores Waggoner e Jones.”34

As mensagens foram como águas vivas às muitas almas sedentas que se achavam presentes. W. C. White considerou os sermões de Waggoner o ponto decisivo de sua vida.35 Sete anos depois da conferência A. O. Tait ainda estava sentindo o fulgor. “Positivamente, há ainda em Battle Creek um certo número de homens que não vê luz na bendita verdade quanto à justiça de Cristo, que nos tem sido enviada como chuveiro de bênçãos desde a Associação Geral de Mineápolis. Achei aquela doutrina precisamente o alimento de que minha pobre alma necessitava, aqui em Mineápolis, e me convertí naquela reunião; e, desde então, me tenho regozijado na luz.”36

Perto de meio século depois, C. C. McReynolds ainda olhava retrospectivamente para a sessão de Mineápolis como uma experiência verdadeiramente memorável e abençoada. Ele se lembrava: “No final da quarta ou quinta lição do Pastor Waggoner, eu era um pecador vencido e arrependido. Sentia que só podia vencer com o Senhor. Retirei-me para um bosque; não quis jantar; passei a tarde ajoelhado e sobre meu rosto diante do Senhor com minha Bíblia. Cheguei ao ponto de crer na promessa feita por Deus em Sua Palavra, de perdão para os meus pecados, e de que isto dizia respeito tanto a mim como a qualquer pecador. Sua promessa em I São João 1:9; Isa. 1:18; Gál. 1:4 e Tito 2:14 e muitas das promessas foram examinadas. Eu O vi aí como meu Salvador pessoal e ali me converti de novo. Todas as dúvidas de que meus pecados estavam realmente perdoados foram afastadas, e desde então jamais duvidei de minha aceitação como um perdoado filho de Deus.”37

Esta espécie de encontro divino deve ter sido experimentada por mais do que uns poucos apenas, pois Ellen White declarou: “Constantemente o Espírito do Senhor vinha à reunião com poder convincente, a despeito da descrença manifestada por alguns dos presentes.”38

A fim de que não se perdessem os benefícios desse novo realce sobre Cristo e Sua justiça, Ellen White, Jones e Waggoner passaram os próximos três anos dirigindo reavivamentos em reuniões campais e em nossas igrejas maiores em todo o país. Havia ainda muita oposição, especialmente em Battle Creek, mas houve muitas vitórias. Com referência a dois destes reavivamentos Ellen White lembrava: “Trabalhamos — e alguns sabem quão arduamente — creio que uma semana inteira, indo pela manhã e à tarde, a Chicago, a fim de podermos introduzir aquelas idéias na mente dos irmãos….

“Eles acham que devem confiar em sua própria justiça e nas próprias obras, e olhar para si mesmos, e não se apropriar da justiça de Cristo e introduzi-la na vida e no caráter…. Passou-se uma semana antes que houvesse uma oportunidade e o poder de Deus viesse sobre aquela congregação como uma maré montante. Digo-vos, ele devia tornar livres os homens; devia apontar-lhes o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

“E lá em South Lancaster houve o poderoso toque do Espírito de Deus. Há ali alguns que estiveram naquela reunião. Deus revelou Sua glória; e cada aluno do colégio foi trazido à porta ali em confissão, e houve o toque do Espírito de Deus. E a mesma coisa aconteceu de lugar em lugar; por toda parte onde estivemos, vimos o toque do Espírito de Deus.”39

Com o passar do tempo, muitos — talvez a maioria — dos que haviam pecado tão pertinazmente em Mineápolis, confessaram sua culpa e pediram perdão ao Senhor. Isto incluiu não só os Pastores Butler e Smith, como também os líderes que os apoiavam. A atitude expressa pelo Pastor I. D. Van Horn, ao escrever a Ellen White em 1893, é típica: “Estou realmente envergonhado da parte que desempenhei no ‘gracejo’, na ‘sátira’, no ‘sarcasmo’ e no ‘chiste’, nos quais fomos tão indulgentes eu próprio e outros do mesmo quarto naquela reunião de Mineápolis. Foi muito errado — tudo errado — e deve ter sido ofensivo ao Senhor que testemunhou tudo. Gostaria que tudo fosse apagado da minha memória.”40

Além desses reavivamentos, foram realizadas por nossos ministros em Battle Creek, entre 1889 e 1891, três reuniões ou classes bíblicas, totalizando 46 semanas. Essas reuniões deram também realce especial ao assunto da justificação pela fé. A. T. Jones e E. J. Waggoner encontravam-se entre os instrutores dessas classes, e eles foram também os oradores principais na maioria das sessões da Associação Geral durante toda a década de 1890. Os livros Caminho Para Cristo, O Maior Discurso de Cristo, O Desejado de Todas as Nações e Parábolas de Jesus, de Ellen White, com seu enfoque sobre o ministério de Cristo, Seus ensinos e Seu caráter, foram publicados entre 1892 e 1900. Podemos agradecer a Deus porque, começando com a conferência de Mineápolis, o assunto da justificação pela fé na justiça de Cristo veio a ocupar um lugar mais amplo na mente e na experiência dos Adventistas do Sétimo Dia.

Sete lições para os nossos dias

Não devemos terminar com a narração dos males e das virtudes da reunião de Mineápolis. Precisamos aprender lições importantes da experiência de nossos antepassados. Precisamos realçar estas lições, meditar sobre elas, e agir de conformidade com elas, do contrário estaremos em perigo de repetir os erros que eles cometeram um século atrás.

Em primeiro lugar, “Devemos humilhar individualmente nossa alma diante de Deus e lançar fora nossos ídolos.”41 Alguns têm perguntado se a Igreja Adventista do Sétimo Dia deveria hoje, numa ação da Associação Geral, pedir desculpa formal ao Senhor pelos pecados de nossos irmãos de Mineápolis. Ellen White jamais pediu uma ação dessa espécie. Ela reconhecia a responsabilidade da liderança em corrigir os males e em dar à Igreja o tom espiritual apropriado. Mas nos 27 anos que ela viveu depois da reunião de Mineápolis não sugeriu sequer uma vez que devêssemos aprovar uma ação oficial na qual nos dissociássemos formalmente da atitude não cristã manifestada por muitos em Mineápolis. Instou, contudo, com as pessoas envolvidas, para que confessassem seus pecados. Advertiu: “As palavras e atos de todos quantos tomaram parte nesta obra permanecerão registradas contra eles, até que confessem seu erro.”42 “Arrependimento”, disse ela, ”é o primeiro passo a ser dado por todos aqueles que devem voltar-se para Deus.” E insistia em que “ninguém pode fazer este trabalho por outro. Cumpre-nos humilhar individualmente a alma diante de Deus e lançar fora nossos ídolos.”43

Em segundo, devemos “orar sem cessar” (I Tess. 5:17). Não podemos dar-nos ao luxo de negligenciar nossa vida de oração sequer por um dia. O Pastor C. C. McReynolds descreve o espírito de falta de oração em Mineápolis. “Estávamos ouvindo um bom relatório sobre a irmã White. Dizia que ela era favorável ao Pastor Waggoner, e que ele era um dos seus prediletos. Despertou-se então o espírito de controvérsia e, quando os delegados voltaram da última reunião do dia, só se ouvia murmúrio, acompanhado de gargalhada e gracejo, e se faziam alguns comentários bastante desagradáveis; não prevalecia nenhum espírito de solenidade. Apenas uns poucos não tomavam parte na hilaridade. Não foi observada a hora de culto, e nada mais da solenidade que deveria ter sido sentida e manifestada numa ocasião como aquela estava presente.”44

Visto que muitos delegados não mantinham constante comunhão com Deus, abriu-se a porta para que Satanás lhes controlasse, por algum tempo, a mente. Eles não possuíam nenhuma defesa contra as suas tentações. Não devemos permitir que um capítulo tão triste se repita.

Em terceiro lugar, devemos aprender a amar a todos os nossos irmãos, entre os quais os que não participam de nossas interpretações pessoais das Escrituras. Referindo-se a Mineápolis, Ellen White lamentou: “A divergência na aplicação de umas poucas passagens bíblicas faz os homens se esquecerem de seus princípios religiosos. Elementos se organizam, provocando uns aos outros por meio de paixões humanas a se oporem de maneira áspera e condenatória a tudo que não esteja de acordo com suas idéias. Este espírito não é de cristão, mas de outro.”45

Ela admoestou os irmãos: “A. T. Jones e o Dr. Waggoner defendem pontos de vista sobre alguns aspectos doutrinários que todos admitem não serem questões vitais…. É uma questão vital, porém, se somos cristãos, se temos um espírito cristão, e se somos verdadeiros, abertos, francos uns com os outros.”46

A lei em Gálatas e os dez reinos de Daniel 7 não eram “questões vitais” — não negociáveis, como o sábado e as doutrinas do juízo investigativo. Elas figuravam naquela espécie de interpretações bíblicas na qual se deve tolerar alguma liberdade de crença. É correto ser indiferente para com nossos irmãos e irmãs cujos pontos de vista não são iguais aos nossos, em questões que todos concordam não serem vitais? Manifestar um espírito não cristão para com as pessoas da Igreja que diferem de nós nestas questões e em outras semelhantes, é repetir o espírito de Mineápolis. Pouco antes da reunião de Mineápolis, Ellen White exortou os irmãos: “O que se necessita é da iluminação do Céu, para que ao olharmos no rosto dos nossos irmãos, possamos dizer: Estes são os que foram comprados pelo preço do sangue de Cristo. Eles Lhe são preciosos à vista. Devo amá-los como Cristo me amou.”47

Certamente é um bom conselho para nós hoje.

Em quarto lugar, devemos examinar pessoalmente as Escrituras, e não permitir que outros pensem por nós. Em Mineápolis, Ellen White pôde notar que muitos dos nossos pastores estavam simplesmente seguindo a orientação dos Pastores Butler e Smith na compreensão das Escrituras. Eles não estavam fazendo seu próprio julgamento. A lealdade à liderança — uma virtude recomendável — torna-se uma grave fraqueza quando levada a seguir cegamente a liderança em todas as circunstâncias.

Em 19 de outubro, Ellen White advertiu os delegados: “Não acrediteis em qualquer coisa simplesmente perque outros dizem que é a verdade. Tomai vossa Bíblia e examinai-a por vós mesmos.”48

Em 24 de outubro ela apelou novamente: “Desejo que os homens moços tomem uma posição, não porque alguém a tomou, mas porque compreenderam a verdade por si mesmos.”49

E em 3 de novembro, último sábado da conferência, ela apelou uma vez mais aos irmãos: “Devemos estar preparados para investigar as Escrituras com mentes desarmadas, com reverência e imparcialidade. Convém orarmos sobre questões de divergências em pontos de vista das Escrituras.”50

No dia seguinte, 4 de novembro, Ellen White escreveu a sua nora: “Os ministros têm sido a sombra e o eco do Pastor Butler por aí, desde que seja saudável e para o bem da Causa…. O Pastor Butler… acha que sua posição lhe confere tal poder que sua voz é infalível. Tirar isto da cabeça dos irmãos tem sido um assunto difícil.”51 Não caiamos na armadilha de pôr um homem onde só Deus deve estar.

Quinto, devemos realçar a justificação pela fé em nossa pregação; deveríamos tornar o assunto claro como o cristal para o povo, e estar certos de que nós mesmos desfrutamos de um relacionamento salvífico com Jesus Cristo. Ellen White exortou: “A fé na justiça de Jesus Cristo, em benefício da alma de cada indivíduo, deve ser apresentada ao povo, para que a estudem e a considerem cabalmente. E impossível falar demasiadamente sobre o tema, nem com demasiado ardor.”52

É provável que todos os delegados de Mineápolis insistissem em que acreditavam na doutrina da justificação pela fé em Cristo. Muitos, porém, não agiam nem pareciam estar de acordo com isto, quer na conferência de 1888, quer nos meses subseqüentes. Dirigindo-se à sessão da Associação Geral de 1889, Ellen Whi-te declarou: “A verdaderia religião, a única religião da Bíblia, que ensina o perdão através dos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto; que defende a justificação pela fé no Filho de Deus, tem sido menosprezada, difamada e ridicularizada. Tem sido denunciada como levando a arrebatamento e fanatismo.”53

Mesmo o pensamento de Uriah Smith sobre o assunto, parece ter sido não muito claro às vezes. Por exemplo, em editorial na Review de 11 de junho de 1889, ele escreveu: “A lei é espiritual, santa, justa e boa, o padrão divino de justiça. A perfeita obediência a ela trará justiça perfeita, e esta é a única maneira pela qual pode alguém alcançar a justiça….

“Há uma justiça que podemos obter, a fim de ver o reino do Céu, a qual é chamada de ‘justiça nossa’, e essa justiça vem pelo fato de estarmos em harmonia com a lei de Deus. Em Deut. 6:24 e 25, lemos: ‘E o Senhor nos ordenou que fizéssemos todos estes estatutos, para temer ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje. E será para nós justiça quando tivermos cuidado de fazer todos estes mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado.’ O Senhor não lhes mandaria fazer aquilo para o que Ele não havia feito provisão adequada; e, se eles o fizessem, isto lhes seria justiça.”54

Uma semana depois de publicado este editorial, alguém perguntou a Ellen White: “O que esse artigo do irmão Smith na Review quer dizer?” Ela respondeu publicamente: “Ele não sabe a respeito do que está falando; ele vê as árvores como homens andando…. É impossível exaltarmos a lei de Jeová, a menos que nos apoderemos da justiça de Jesus Cristo.”55

Em seu extenso manuscrito, “Olhando retrospectivamente para Mineápolis”, escrito pouco depois do término da conferência, Ellen White declarou: “Dou testemunho de que a mais preciosa luz esteve a resplandecer das Escrituras na apresentação do grande assunto da justiça de Cristo em relação com a lei, o qual deve ser constantemente conservado diante do pecador como sua única esperança de salvação….

“É um estudo que pode exigir o esforço da mais elevada inteligência humana, que o homem, caído, enganado por Satanás; que tomou o lado da questão pertencente a Satanás; possa ser ajustado à imagem do Filho do infinito Deus — esse homem será semelhante a Ele, para que, em virtude da justiça de Cristo concedida ao homem, caído mas redimido, Deus o ame, assim como amou ao Seu Filho….

“Este é o mistério da piedade. Esta figura é do mais alto valor. Deve-se meditar sobre ela, usá-la em cada sermão, pendurá-la na parede da memória, pronunciá-la por lábios humanos, e deve ser investigada por seres que experimentaram e conheceram que o Senhor é bom. Ela deve ser a base de cada sermão.”56

Dificilmente a irmã White poderia ter-se expressado com mais clareza e mais decididamente do que quando disse: “O ponto que mais me tem impressionado a mente durante anos é a imputada justiça de Cristo….

“Não há ponto sobre o qual se deva demorar com mais empenho, repetir mais freqüentemente, ou tornar mais impressivamente gravado na memória de todos, do que a impossibilidade de merecer o homem caído alguma coisa por suas boas obras. A salvação é apenas mediante a fé em Jesus Cristo.”57

Em sexto lugar, não devemos “desprezar as profecias” (I Tess. 5:20). Se tão-somente houvesse Uriah Smith dado atenção a este conselho em Mineápolis, ter-se-ia poupado a si mesmo e a muitos outros de sofrimento. O maligno, porém, convenceu a Smith de que Ellen White se contradissera. Ela havia dito em 1856, que o ponto de vista de J. H. Waggoner sobre Gálatas três estava errado. Agora, em 1888, ela parecia apoiar o Waggoner mais jovem, que possuía essencialmente o mesmo ponto de vista de seu pai.

Na verdade, Ellen White não tomou posição sobre Gálatas 3, na conferência de Mineápolis. De maneira inteligente, ela evitou tomar partido quanto a este assunto. Na realidade, ela indicou que sua compreensão dessa passagem era, em alguns aspectos, diferente da que possuía o Dr. Waggoner.58

Smith, porém, não deu atenção. Ele se permitiu demorar-se sobre o que considerava fossem erros de Ellen White. Sua indiferença para com a profetisa de Deus continuou por mais de dois anos. Finalmente, em 7 de janeiro de 1891, ele fez uma confissão cabal. Dela escreveu Ellen White: “O irmão Smith… segurou-me a mão quando deixava a sala, e disse: ‘Se o Senhor me perdoar pela tristeza e pesares que lhe tenho trazido, afirmo-lhe que esta será a última vez. Eu manterei suas mãos erguidas.’… Raramente o Pastor Smith derramava lágrimas, mas ele chorou, e sua voz ficou embargada.”59

Esta rejeição temporária da voz profética foi prejudicial não só à experiência cristã de Uriah Smith, mas teve também um efeito ondulante e solapador na confiança de outros. Ellen White lembrou-lhe que ele não poderia anular as conseqüências já disseminadas de sua influência. Ela apelou: “Depois de sua atitude ter abalado as mentes e a fé nos testemunhos, o que você ganhou? Se você recuperar sua fé, como poderá remover a impressão de descrença que semeou em outras mentes?”60 Quão melhor é que estejamos firmes em nossa convicção da evidência que Deus nos deu, de que Ellen White foi Sua profetisa!

Como item número sete, mantenhamos nossa confiança na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esta é a organização eclesiástica à qual se refere Apoc. 12:17. Não há nenhuma outra. Embora Ellen White tenha revelado dúvida quanto a isto em Mineápolis, ela não conservou aquelas dúvidas por muito tempo. Antes que deixasse aquela cidade, ela escreveu a sua nora: “Tremo ao pensar o que teria sido desta reunião se não tivéssemos estado ali…. Deus operaria de alguma forma para impedir este espírito trazido à reunião, que teve um poder controlador…. Mas não estamos nem um pouco desanimados. Confiamos no Senhor Deus de Israel. A verdade triunfará e pretendemos triunfar junto com ela.”61

Pelo resto de sua vida, Ellen White continuou a dar esta mesma nota de confiança no movimento do advento. Nos anos 90, o “régio poder” na administração da Associação Geral arrancou dela as incisivas palavras: “A voz de Battle Creek… já não é a voz de Deus”;62 “A igreja está em estado laodiceano. A presença de Deus não está no meio dela.”63 Foi, porém, capaz de dizer ao mesmo tempo: “Deus está à frente da obra, e porá tudo em ordem. Se alguma coisa necessitar ser acertada, na direção da obra, Deus atentará para isto, e operará no sentido de corrigir tudo o que estiver errado. Tenhamos fé em que Deus está dirigindo a nobre embarcação que levará a salvo ao porto o Seu povo.”64

Os baluartes de Satanás jamais triunfarão. A vitória estará do lado da mensagem do terceiro anjo. Como o Capitão das hostes do Senhor fez cair os muros de Jericó, assim triunfará o povo que guarda os mandamentos do Senhor, e todos os elementos de oposição serão derrotados.”65

“Sinto-me encorajada e abençoada quando penso que o Deus de Israel ainda está guiando Seu povo, e que continuará a estar com ele até ao fim.”66

Referências: 1-66.

Questionário

1. Se a conferência de Mineápolis foi o ponto decisivo, foi a volta para melhor ou para pior?

2. Quanto da disputa de Mineápolis achais que foi provocada por conflitos de personalidade, e quanto por divergências teoló-gicas importantes?

3. A que lei ou leis está Paulo se referindo em Gálatas 3:19-24? (Ver SDAB Commentary, vol. 6, págs. 1109 e 1110.)

4. Se todos os grupos da Conferência de Mineápolis tivessem ouvio o apelo de Ellen White em favor de bondade e mansidão, quão diferente teria sido a conferência?

5. Como podemos revelar amor cristão genuíno pelos nossos irmãos e irmãs que estarão ativos sob quaisquer circunstâncias?

6. Por que é perigoso rejeitar a luz que o Senhor nos envia?

7. A aprovação de Ellen White às mensagens apresentadas por Waggoner em Mineápolis dão carta-branca para endossar tudo o que ele ensinou?

8. Por que Ellen White disse certa vez que Uriah Smith “não sabe de que está falando”?

9. Que lições podemos aprender da Conferência Geral de 1888, além das enumeradas neste artigo?

10. Como teria você se comportado se tivesse sido delegado na Conferência Geral de 1888?

Bibliografia

1. Manuscrito 21, 1888.

2. Manuscrito 30, 1889.

3. Ibidem.

4. Carta 82,1888 (Mensagens Escolhidas, Livro 3, págs. 177 e 178).

5. W. C. White a O. A. Olsen, 27 de novembro de 1888.

6. G. I. Butler a E. G. White, 1 de outubro de 1888, pág. 23.

7. J. H. Waggoner, The Law of God, págs. 80, 81 e 74.

8. Uriah Smith a Ellen G. White, 7 de fev. de 1890.

9. Ellen White não definiu sua posição sobre a lei em Gálatas senão vários anos mais tarde. Ela não a considerava assuntos diferentes, mas cria que a lei ordenada incluía tanto a lei cerimonial como a moral. Ver Comentários de Ellen White em SDAB Commentary, vol. 6, págs. 1109 e 1110.

10. George I. Butler, The Law in the Book of Galatians, pág 4.

11. G. I. Butler a Ellen G. White, 16 de dez. de 1886.

12. Advent Review and Sabbath Herald, 14 de dez. de 1886, pág. 779.

13. G. I. Butler a Ellen G. White, 16 de dez. de 1886, pág. 6.

14. Carta 37, 1887.

15. Carta 13, 1887.

16. G. I. Butler a Ellen G. White, 1 de out. de 1888.

17. Carta 13, 1887, 5 de abril de 1887.

18. W. C. White a Dan T. Jones, 8 de abril de 1890.

19. Carta 20, 1888, 5 de agosto de 1888.

20. W. C. White a Dan T. Jones, 8 de abril de 1890.

21. Ibidem.

22. Manuscrito 24, 1888 (Mensagens Escolhidas, Livro 3, págs. 163 e 164).

23. Carta 21 a., 1888.

24. Uriah Smith a Ellen G. White, 17 de fev. de 1890.

25. Ellen G. White, manuscrito 24, 1888.

26. Carta 14, 1889.

27. Carta 40, 1890.

28. Carta 21, 1888

29. Manuscrito 13, 1889.

30. Carta 6, 1896.

31. Mensagens Escolhidas, Livro 1, págs. 234 e 235.

32. Manuscrito 15, 1888.

33. Manuscrito 13, 1888.

34. Carta 57, 1895.

35. W. C. White a G. C. Tenney, 5 de maio de 1893.

36. A. O. Tait a W. C. White, 7 de out. de 1895.

37. C. C. McReynolds, “Experiências Durante a Conferência Geral de Mineápolis, Minn., 1888”, escrito em 1931.

38. Carta 51a., 1895.

39. Manuscrito 9, 1890.

40. I. D. Van Horn a Ellen G. White, 9 de março de 1893, escrito em Battle Creek.

41. Patriarcas e Profetas, pág. 590.

42. Carta 24, 1892.

43. Patriarcas e Profetas, pág. 590.

44. McReynolds.

45. Manuscrito 30, 1889.

46. Carta 83, 1890.

47. Carta 20, 1888.

48. Signs of the Times, 11 de nov. de 1889.

49. Manuscrito 9, 1888.

50. Manuscrito 15, 1888 (escrito em 1 de novembro)

51. Carta 70a., 1888.

52. Carta 85, 1889 (abril de 1889).

53. Carta 24, 1889.

54. Review and Herald, 11 de junho de 1889, pág. 376.

55. Manuscrito 5, 1889.

56. Manuscrito 24, 1888.

57. Manuscrito 36, 1890.

58. Manuscrito 15, 1888.

59. Carta 32, 1891.

60. Carta 59, 1890.

61. Carta 70a., 1888.

62. Carta 4, 1896.

63. Manuscrito 156, 1898.

64. Review and Herald, 20 de set. 1892, pág. 594.

65. Testemunhos Para Ministros, pág. 410, (declaração publicada a primeira vez em 1898).

66. Life Sketches, págs. 437 e 438.

ROBERT W. OLSON — Secretário do Ellen G. White Estate em Washington, D.C.