NÃo tenteis fazer com que tôdas as pessoas vos sigam o exemplo e apoiem a opinião. Concedei aos outros a oportunidade de demonstrar o êrro, se é que êle existe. Escutar a opinião alheia fortalecerá a vossa confiança e vos dará um forte apoio.

Israel queria um rei, mas o Senhor sabia que isso não seria para o bem dêles. Não obstante, o Senhor atendeu, e concedeu a Israel uma experiência. Foi até ao ponto de procurar-lhes um rei.

Deus permitiu o mal no universo, por saber que, com o tempo, os Seus princípios seriam vencedores.

Os caracteres fortes são sempre mais difíceis de serem tratados, mas conquanto sejam mais difíceis, nunca devemos tratar de livrar-nos dêles. Se vos empenhais muito em mostrar que sois fortes, estais cometendo um êrro grave. Ficareis finalmente rodeados de um grupo de cabeças fracas, que se inclinarão perante vós e vos prestarão homenagem, mas nunca vos serão uma fonte de honra nem de inspiração. Dai aos vossos coobreiros liberdade em vossas reuniões de comissão. Atraí em vosso favor boa disposição, dai-lhes alguma coisa para fazer, e nunca os considereis elementos incômodos, dignos de serem eliminados. Podem êles muitas vêzes ser um auxílio valioso. Não os considereis inimigos nem opositores. Bom é ter caráter forte, mesmo que nem sempre concordem convosco.

Buscai ser justos, compreensivos e tolerantes com êles. Êles adotarão o mesmo espírito. Sêde com êles tal como desejarieis que fossem convosco. Dai-lhes uma oportunidade, e não os desprezeis. Estudai-lhes as peculiaridades, e então ponde-os em lugar onde possam prestar o melhor serviço.

Se revelamos espírito correto, então tudo quanto é indigno e irreformável desaparecerá como a palha diante do vento. — J. F. HUENEGARDT.

Convite Cordial

UMA declaração casual de um de nossos missionários do sul do Pacífico, que nos visitou faz pouco, evidencia um princípio vital no evangelismo. Contava êle alguns dos incidentes que sofrem os que trabalham entre povos primitivos, onde a luz do Evangelho somente agora começa irradiar, e o canibalismo ainda prevalece. Perguntamos:

— Como conseguem os senhores que essa gente primitiva bandone os hábitos selvagens como o de comer carne humana?

A resposta foi significativa:

— Uma das coisas que temos que levar em conta, ao pregar a essa gente, é nunca mencionar nada a êsse respeito. Nunca expomos uma série de regulamentos relativos ao assunto. O Espírito de Deus chega a ser-lhes mestre e despertar-lhes no coração aborrecimento às coisas que antes amavam.

“Com efeito, vimos que os irmãos põem-se a discutir entre êles êsses assuntos, e às vêzes notamos que não permitem que os que haviam antes seguido essas degradantes práticas pagãs entrem na casa de cultos. Surpreendeu-nos ver homens postados à porta dos salões de cultos, para perguntar aos que entravam se haviam comido carne humana ou participado de orgias de carne de porco. Se tal fôsse o caso, dizia-lhes que não podiam entrar. Naturalmente, dissemo-lhes que deixassem essas pessoas entrar, para que também viessem a escutar o Evangelho.

“O Espírito de Deus chega a ser o mestre dessa gente, e não temos que dizer muito nesse sentido. Ao ser tocado o coração, a mente ilumina-se e surge uma barreira contra os hábitos degradantes.”

Um grande princípio fica assente nestas frases. Os pecados mais vis e execrados podem ser vencidos quando o coração atende ao Espírito de Deus. O Espírito Santo é capaz de, em poucos minutos, ensinar mais do que os grandes da Terra em muitos anos.

Foi dito a Isaías que falasse “benignamente a Jerusalém.” (Isa. 40:2.) Ao ser tocado o coração, podemos amoldar vidas, e hábitos que as mantinham em sujeição durante tôda a existência, são quebrantados. Isto não se deve ao raciocínio humano, mas ao poder do Espírito. Ao pregarem os apóstolos, os corações eram quebrantados.

Se queremos ser mais eficientes na pregação da verdade, apelemos para o coração, em vez de fazê-lo à mente. Nisto consiste o poder do ministério de verdadeiro êxito. O Evangelho é “o poder [dunamis, raiz da palavra dinamite] de Deus para salvação de todo aquêle que crê.” — Roy A. Anderson.

A Conduta do Bom Cidadão

O PRIMEIRO cuidado do homem deve ser o evitar as repreensões de sua própria consciência; o segundo, o de escapar às censuras do mundo. Se o último interfere com o primeiro, deve ser pôsto completamente de parte, mas por outro lado, não pode haver maior satisfação para um espírito honesto, do que ver as aprovações que se dá a si próprio: uma pessoa está mais certa do seu procedimento quando o veredito que dá a si própria é assim garantido e confirmado por todos os que a conhecem — Joseph Addison.