Os agricultores que reabastecem de pão a nação, nada mais temem do que a sêca ou a garoa, quando necessitam de chuvas. O profeta Oséias usa esta figura para ilustrar o êxito da igreja em sua vitória final.

Que os dias de sua oportunidade são escassos é um fato que de pouca prova necessita. Em conformidade com o registo profético, as horas finais da igreja deverão ser suas melhores horas. Entretanto, a presente situação assume alguma perplexidade ao lembrarmos que está em suas horas finais, mas não nas melhores.

Estamos batizando dezenas de pessoas em vez de milhares. Em alguns lugares está o pecado assumindo a proporção de objeto inamovível e não tem feito senão entravar o progresso da fôrça irresistível. Na experiência de muitíssimos ministros ocorre a agonia da derrota, em vez do cântico de triunfo. Não vê êle o esplendor magnífico da aurora, mas as sombras indefinidas do escurecer.

Não temos uma necessidade imperativa de mais profunda revelação da graça de Deus? Que os homens são justificados pela fé e santificados pela graça é a mensagem que devemos fazer soar aos ouvidos de um mundo desiludido. Pela falta dêste verdadeiro conceito sofre a igreja cristã carência de espírito. Mas, quando Cristo e a plenitude de Sua redenção são apresentados ao mundo, os homens a quem Deus chama, não podem resistir. “E Eu, quando fôr levantado da Terra … todos atrairei a Mim,” declarou o Salvador. Êste é o poder de Deus para a salvação. Quando à trombe-ta fôr dado êste sonido certo, a presente garoa transformar-se-á na chuva serôdia. Por isto nós, os obreiros, devemos orar e para isto fazer planos.

E. E. C.

“Observem as Variações!”

Havendo-me sido pedido que participasse de um ensaio musical para um concêrto da primavera, interessei-me nas técnicas do diretor musical do colégio. Enquanto estava aprimorando a parte expressiva de um cântico, êle interrompeu os cantores com esta observação: “Por favor, observem as variações!” E então cantou a parte como ela devia ser cantada. Por estar eu trabalhando numa redação, onde muitas vêzes falta aos artigos a devida ligação, fiz uma interessante comparação mental.

Também nos é preciso prestar atenção às ligações em nossas reuniões, quer religiosas quer sociais. Lembramos uma destas, quase perfeita, num sábado, com copiosas bênçãos espirituais. Tratava-se de um programa de jovens. Durante o culto vespertino evidenciou-se a presença do Espírito de Deus na congregação. Logo nos dispersamos, sentindo perfeita harmonia, pois Deus falara poderosamente por meio de Seus servos.

Para gaudio daquela juventude, seguiu-se uma bem sucedida reunião noturna. A comissão organizadora planejara bem tôdas as suas partes. E podemos acrescentar que ela foi bem uma amostra das muitas que temos tido em nosso meio. Ao terminar, os jovens entusiástica e um tanto espalhafatosamente votaram o seu pleno êxito. Mas sempre existem entre nós algumas almas perspicazes que sentiram profundo desapontamento. Felizmente ponderaram estas coisas secretamente. Umas poucas partes não satisfizeram as normas adventistas, pois houve alguma leviandade e frivolidade. Benevolamente podemos refletir: Não haverá mudança? Não é tempo de o ministério guiar as reuniões sociais da igreja, ou estão êles esperando pelas variações?

L. C. K.

A Recompensa do Serviço

QUANDO deres um jantar, ou uma ceia, disse Cristo, “não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem vizinhos ricos, para que não suceda que êles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque êles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.” S. Luc. 14:12-14.

Cristo pinta nessas palavras um contraste entre as práticas interesseiras do mundo e o desprendido ministério de que Êle deu o exemplo em Sua vida. Êle não oferece por êsse ministério nenhuma recompensa de lucro ou reconhecimento mundano. “Recompensado te será”, diz Êle, “na ressurreição dos justos. ” Então se tornarão manifestos os resultados de tôdas as vidas, e cada um ceifará aquilo que semeou.

Êste pensamento deve ser para todo obreiro de Deus um estímulo e animação. Nossa obra para Deus parece muitas vêzes nesta vida quase infrutífera. Nossos esforços para fazer o bem talvez sejam diligentes e perseverantes, e todavia é possível que nos não seja dado ver-lhes os resultados. Talvez o esfôrço se nos afigure perdido. Mas o Salvador assegura-nos que nossa obra se acha registada no Céu, e que a recompensa não pode falhar. Diz o apóstolo Paulo; escrevendo inspirado pelo Espírito Santo: “Não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” Gál. 6:9. — Obr. Evangélicos, págs. 512 e 513.