Um ministro escocês conta a história duma pobre mulher escocesa que a êle se dirigiu em sua angústia, e falou-lhe da pobreza em que se encontrava. Ela teria que conseguir algum trabalho em sua idade avançada ou ficar em necessidade. Perguntou-lhe o pastor se ela não possuía amigos ou membros de sua família que pudessem sustentá-la, ao que respondeu que tinha um filho, na Índia, a serviço do govêrno.

— Êle lhe escreve? — indagou o pastor.

-Oh, sim, êle muitas vêzes escreve — disse — envia as mais amorosas cartas e costumeiramente inclui um papel fantasiado com gravuras no canto. Guardo-os todos em minha Bíblia. Mas sou orgulhosa demais para dizer-lhe quão pobre estou e não posso esperar que me envie dinheiro.

— Não se importaria em me mostrar alguns dêstes papéis? — inquiriu o pastor.

Ela buscou sua Bíblia, e retirou dentre as folhas muitos daqueles padaços de papel. Verificou-se serem notas do Banco da Inglaterra, tôdas de avultado valor.

— Ora essa! A senhora tem aqui dinheiro em abundância! — exclamou, surprêso, o pastor. Tem a Bíblia cheia de tesouros.

Quantos cristãos há que têm ilimitadas riquezas espirituais entre as capas de sua Bíblia mas não fruem êsse patrimônio. — Keith L. Books, Illustrations for Preacher and Speakers.