Sem dúvida, os relacionamentos interpessoais são o maior e mais precioso ativo que um pastor administra. Obviamente, ele também gerencia recursos materiais e organiza atividades e agendas. Contudo, nada disso faria sentido sem a interação pessoal, que dá sentido ao ministério. Em última análise, o pastor foi chamado para levar pessoas aos pés de Jesus, e pouco poderia ser alcançado sem relacionar-se com elas.
Além da relação-chave entre o pastor e suas ovelhas, há outros relacionamentos que o ministro precisa cultivar. A seguir, menciono alguns deles:
Cônjuge. Todo pastor precisa de uma esposa para apoiá-lo, sustentá-lo e ser seu porto seguro. O ministério dificilmente será bem-sucedido se a mulher, além de suas ocupações e seu ministério, decidir não apoiar o trabalho de seu marido.
Amigos. “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão” (Pv 17:17). Precisamos de alguém para nos ouvir, que nos entenda, em quem possamos confiar e que nos alerte sabiamente quando perceber que estamos tomando o caminho errado. Um amigo é isso e muito mais! Às vezes, pode ser necessário encontrar um amigo fora do círculo pastoral.
Exemplos influenciadores. Certamente, Cristo é nosso grande modelo de ministério e espiritualidade, mas também podemos ser influenciados por outros pastores com mais experiência, diferentes dons ou maiores habilidades. Alguém para tomar como parâmetro e exemplo, sendo conscientes de que se trata de outro ser humano, com fraquezas e debilidades comuns a todos. Isso se aplica bem à área da pregação. Não apenas podemos receber benefícios espirituais, mas também aprender muito, ouvindo sermões daqueles a quem Deus destacadamente deu esse dom importante.
Parceiros de ministério. Nesse caso, podem ser os anciãos (poucos têm a possibilidade de ter um pastor associado em seu distrito), que trabalham lado a lado com o pastor na tarefa de ministrar aos irmãos. Idealmente, esses parceiros complementam o pastor em seus dons e são pessoas de confiança.
Equipe de oração. A oração é uma das principais armas nesse conflito espiritual em que o pastor desenvolve seu ministério. É essencial ter um grupo de intercessores que oram pelo pastor, por sua família e seu trabalho. Isso pode parecer um detalhe pequeno, mas não é. Forme e mantenha esse grupo ativo. Você vai sentir a diferença!
Discipulador e discipulado. Normalmente, nosso discipulador será alguém com experiência, que já esteve onde queremos estar e está disposto a nos guiar até lá. Todos precisamos de um discipulador. Josué teve Moisés. Marcos tinha Pedro. Barnabé tinha Paulo. Também podemos ser Moisés, Pedro ou Paulo para outros e, assim, completar o círculo virtuoso do discipulado.
Com a orientação do Espírito Santo, você pode desenvolver esses relacionamentos importantes e verá como seu ministério será mais proveitoso, além de fazer a diferença na vida de outras pessoas.
O pastor foi chamado para levar pessoas aos pés de Jesus, e pouco poderia ser alcançado sem relacionar-se com elas.
Marcos Blanco, editor da revista Ministério, edição em espanhol