“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela RENOVAÇÃO da vossa mente.” Rom. 12:1. Renovar-se é uma atitude dinâmica que reforça a vontade de progredir, provar, criar e produzir ao máximo. A estagnação é preguiça intelectual e receio de sair dos velhos sulcos. Os médicos, professores, vendedores e industriais precisam atualizar-se; fossilizar-se é fracassar e desaparecer. Com maior razão, os evangelistas, pastores, administradores e departamentais devem cultivar a vocação da renovação. Disse Ellen G. White: “Nossa obra é progressiva, e deve haver oportunidade para os métodos serem melhorados…. Os obreiros de Deus devem esforçar-se por ser homens multilaterais; isto é, devem ter amplitude de caráter. Não devem ser homens de visão acanhada, estereotipados com uma única maneira de trabalhar, presos aos mesmos costumes.” — Evangelismo, págs. 81 e 82.

Que coisas convém renovar? Os métodos devem ser revisados e modificados segundo o lugar e as circunstâncias. Os sermões precisam ser reatualizados; na realidade, o pastor deve produzir constantemente novos sermões. A biblioteca deve ser expurgada e atualizada. Sobretudo, cumpre renovar as idéias e os conceitos. Muitas vezes convém renovar as opiniões que temos sobre as pessoas. As relações matrimoniais devem ter nova louçania e viço. Acima dê tudo, porém, cumpre renovar nossa relação com Deus. Esta deve ser uma tarefa diária.

Nossa organização, com muita sabedoria, renova a administração, a direção departamental, e troca os pastores para que os Campos e as igrejas gozem de novas idéias e diversos tipos de liderança.

No entanto, se a administração, a direção departamental ou os pastores permanecem bastante tempo num lugar, devem ter a inteligência de renovar suas idéias, métodos e planos. Lançar novos desafios, empreender novas façanhas. Tudo menos estagnar-se e fossilizar-se.

Enfrentamos uma tarefa colossal: terminar a obra num mundo cada vez mais sofisticado e difícil. É necessário ativar todos os nossos dons e toda a nossa capacidade de renovação. Aconselha a serva do Senhor: “Há necessidade de homens que orem a Deus pedindo sabedoria e que, sob a orientação divina, possam pôr nova vida nos antigos métodos de trabalho e inventem novos planos e métodos modernos de despertar o interesse.” — Evangelismo, pág. 105. Além disso, ela previne que a obra é tão grande e complexa que ninguém deve pensar “que suas habilidades devem realizar a maior tarefa”, e, sim, aceitar as idéias de outros e entre todos levar avante a obra.

Contudo, há algo que jamais deve mudar: nossa lealdade a Deus, a Sua verdade, a Sua Igreja. Tampouco deve mudar ou diminuir nosso fervor e entusiasmo pela conquista de almas.

Francisco Estrello tem um fervoroso apelo em verso:

“Rompe a rotina!
Não faças de tua vida uma mesma nota
Golpeando em surdina;
Deixa os caminhos trilhados e velhos
E segue a rota que ninguém há pisado.

Começa a andar por novos caminhos
E abre sulcos novos onde não tenha penetrado
A relha de aço de nenhum arado.

Rompe a rotina!
Não seja tua vida rincão de museu;
Sacode o pó deixado pelos séculos
E segue avante; caminha e caminha
Numa aventura que nunca termina.

Rompe a rotina!
Sacode a vida com um ritmo novo,
E deixa que em tua alma, fugaz peregrina
Floresça o milagre de um raro renovo.