Nosso maior problema não é o liberalismo, nem mesmo a neo-ortodoxia; o que nos ameaça é uma aproximação sutil e objetiva à Bíblia, à teologia e à pregação em geral, que não se relaciona com o santo viver. Estamos muito ocupados com nossos esquemas denominacionais, com a atraente análise de livros e com nossos programas de memorização da Bíblia — todos excelentes em si e por si — mas, não obstante, estranhamente apartados da vida prática. Auditórios reúnem-se e ouvem semana após semana esta espécie de ensino, sem qualquer evidência de transformação de caráter ou de testemunho ungido pelo Espírito. À própria pregação falta misteriosamente a autoridade do Céu e a aplicabilidade ao nos-so tempo que produz profunda convicção, arrependimento, fé e obediência. Jovens e idosos voltam das assim chamadas conferências bíblicas sem qualquer evidência de terem estado à presença de Deus. Oh, que Deus nos ensine que é tão importante ser espiritual como ser correto em nosso trato com a Bíblia, tão vital ser obediente como ser ortodoxo, e que o propósito da revelação é nada menos que a transformação de vidas humanas!
ESTÊVÃO F. OLFORD, em Heart-Cry for Revival (Fleming H. Revell Company)