I. “O ISRAEL DE DEUS.”

  • 1. Não é a nacionalidade, mas a fé em Cristo que torna alguém “israelita” (Gál. 3:28 e 29).
  • 2. A nação judaica não é o “Israel de Deus” (Rom. 2:28 e 29; Apoc. 2:9; 3:9).
  • 3. Há um “Israel de Deus” (Gál. 6:16; Efés. 1:5; Rom. 9:4).
  • 4. Abraão tinha oito filhos, mas apenas um dêles era “israelita” (Gên. 16:15; 21:3; 25:1 e 2; Rom. 9:6 e 7).
  • 5. O mesmo princípio é revelado nos gêmeos de Isaque (Rom. 9:10).
    • a. Esaú, por desprezar a primogenitura, tornou-se edomita (Gên. 25:30-34).
    • b. Jacó, o “suplantador” (Gên. 27:36), tornou-se “israelita”, um vencedor, por meio da oração vitoriosa (Gên. 32:9, 24-28; Osé. 12:2-4).

Nota. — Dessa forma, “israelita” é alguém que vence seus pecados pela fé em Cristo — e não a astúcia (S. João 1:47). (Comparar com Apoc. 14:1-5; 7:1-4; 12:11; I S. João 5:3 e 4).

  • 6. Sendo Abraão o “pai de todos os que crêem”, sem levar em conta a nacionalidade, torna-se êle “o pai de muitas nações” (Rom. 4:11, 16-18; Gál. 3:7). Logo, os judeus que não crêem não podem ser o “Israel”.
  • 7. Cristo e Seus fiéis seguidores são semente de Abraão (Gál. 3:16 e 29).

II. A NAÇÃO JUDAICA DEIXOU DE SER O “ISRAEL DE DEUS.”

  • 1. A parábola dos lavradores contada por Jesus ilustra como Deus procurava tornar a nação judaica Seu verdadeiro “Israel.” Contudo, ao rejeitarem a Cristo, o reino lhes foi tirado (S. Mat. 21:33-43).
  • 2. Que esta rejeição dos judeus como uma nação foi definitiva, é demonstrado em Jeremias 19: 1-11. Êste povo não pode ser juntado de novo, como o vaso do oleiro quebrado “não pode mais refazer-se.”
  • 3. Deus, porém, “não rejeitou o Seu povo, que antes conheceu” e que aceitaria a Cristo. Tornaram-se “um remanescente”, como os 7.000 nos dias de Elias (Rom. 11:1-5).
  • 4. Deus denominou a “Israel” de “uma oliveira verde” (Jer. 11:16). Os judeus que rejeitaram a Cristo foram cortados e lançados fora como ramos secos, e os crentes gentios foram enxertados entre os remanescentes, tornando-se dessa forma parte da linhagem de Israel (Rom. 11:17-22).
  • 5. Os judeus que não crêem não podem tornar-se parte do “Israel”, a menos que sejam “enxertados na sua própria oliveira” (Rom. 11:22-24).
  • 6. O “enxêrto” implica numa obra individual, e não num movimento de massa.

III. ISRAEL REUNIDO EM SUA TERRA

  • 1. Deus prometera a Abraão que êle herdaria a terra, e contudo êle jamais recebeu um palmo dela (Gên. 13:14 e 15; Atos 7:5). (Se todos os judeus que há no mundo se mudassem para a Palestina, não cumpririam a promessa de Deus, pois o próprio Abraão deve herdá-la com êles).
  • 2. Deus prometera a Abraão que êle seria o “herdeiro do mundo”, e não sòmente da Palestina (Rom. 4:13). (Sendo assim, povos de tôdas as nações estão na Terra prometida a Abraão, como os que vivem na Palestina).
  • 3. Embora os patriarcas vivessem na Palestina, confessavam ser peregrinos, buscando uma pátria melhor (Heb. 11:13-16). (Por conseguinte a Palestina não pode ser a Terra da Promessa.)
  • 4. Abraão olhava para uma cidade que tinha os “fundamentos” (Heb. 11:10; Apoc. 21:14).
  • 5. Esta cidade, Deus a tem “preparado” (Heb. 11:16; Apoc. 21:2).
  • 6. Todos os que entram nesta cidade o fazem como “israelitas” (vencedores) (Apoc. 21:7 e 12). Nenhum portão está assinalado “Gentios Cristãos.” Comparar com Efés. 2:11 e 12.
  • 7. A Ezequiel foi mostrada a ressurreição como o tempo em que “tôda a casa de Israel” será reunida em sua terra (Ezeq. 37:1-14).
  • 8. Israel será reunido quando a grande trombeta fôr assoprada (Isa. 27:12 e 13; I Tess. 4:16; S. Mat. 24:31).
  • 9. Então Israel será “salvo pelo Senhor, com uma eterna salvação” (Isa. 45:17 e 18; Rom. 11: 26).
  • 10. Abraão e tôda a sua semente, herdarão a Terra para sempre (Atos 7:5; Gál. 3:16 e 29; Ezeq. 37:11 e 12).
  • 11. Então cumprir-se-á o plano original de Deus (Deut. 32:8).

IV. “ISRAEL” A LUZ DO MUNDO

(Profecias concernentes à nação judaica, dadas sob condição)

1. O plano de Deus por ocasião do Êxodo:

  • a. Deus pusera Israel na Palestina (na encruzilhada das nações) para ser uma luz a tôdas as nações (Deut. 28:9 e 10; 4:6; S. Mat. 5:14).
  • b. Em vista de ter Israel falhado em alcançar o ideal de Deus, Seu propósito não pôde ser cumprido (Heb. 4:8).

2. O plano de Deus por ocasião da volta de Is-rael do cativeiro de Babilônia:

  • a. Deus propusera Seu acalentado plano por meio de Ezequiel (Ezeq. 40 a 48).
    • (I) Deus prometera construir-lhes uma cidade (Ezeq. 40:2)
    • (II) Haveria um templo glorioso (Ezeq. 41:1).
    • (III) Êle poria Seu trono lá (Ezeq. 43:7).
    • (IV) O rio da vida fluiría do santuário. (Ezeq. 47:1-9).
    • (V) As árvores produziríam fruto mensalmente; suas fôlhas seriam remédio (Ezeq. 47:12).
    • (VI) Cristo habitaria entre êles para sem-pre (Ezeq. 43:7; Isa. 51:3).

Nota. — Devido aos pecados de Israel, o propósito anterior necessàriamente tem que ser cumprido na Nova Terra.

  • b. Estas promessas eram condicionais ao arrependimento e cordial cooperação com o plano de Deus (Ezeq. 43:9-11; 44:6). (Observar o se). Se não se arrependessem, não se requeriam pormenores do plano de Deus (cap. 43:11).
  • c. O plano requeria o sacerdócio levítico e o sistema sacrifical; portanto não pode ser cumprido depois da morte de Cristo (Ezeq. 43: 18-25; Heb. 7:11-18).
  • d. Estas promessas não podem referir-se ao estado da Nova Terra (Ezeq. 47:10 e 11).
  • e. Posteriormente Zacarias apresentou o plano de Deus a Israel (Zac. 14:8-11).
  • f. Esta oferta não pode referir-se à Nova Terra (Zac. 14:1-3, 12-19).
  • g. Dadas sob condições (Zac. 6:15). (Observar o se outra vez.)

3. O último oferecimento de Cristo a Israel.

  • a. Predito por Jeremias (Jer. 31:31-40).
  • b. As últimas setenta semanas dedicadas a salvar os judeus (Dan. 9:24-27).
  • c. Os judeus desprezaram e rejeitaram a última oportunidade como nação (S. Luc. 19: 41-44).
  • d. Cristo lamenta a recusa final dos judeus (Isa. 49:4 e 5).
  • e. Com o “remanescente” “preservado do [antigo] Israel,” Cristo unirá os salvos procedentes dos “gentios” (Isa. 49:6; Rom. 9:27; Atos 13:46 e 47).

V. O MOVIMENTO SIONISTA É UM ÊRRO

  • 1. Os hebreus buscam o sangue da expiação:
    • a. Sem derramamento de sangue não há remissão (Heb. 9:22; Lev. 17:11).
    • b.  A lei de Moisés proíbe as ofertas sacrificais judaicas exceto na “porta do tabernáculo” ou do Templo (Lev. 17:3 e 4; Deut. 12: 11, 13 e 14).
  • 2. A ruína aguarda os judeus na Palestina:
    • a. A Palestina deve tornar-se o cenário de grande conflagração (Joel 3:9-16; Apoc. 16:12-16).
    • b. A única esperança dos judeus está em aceitarem a expiação pelo sangue de Cristo (Isa. 1:18-20; Ezeq. 18:31 e 32).

VI. RESUMO E CONCLUSÃO

  • 1. “Deus não faz acepção de pessoas” ou de nacionalidade, mas sim de caráter (Atos 10:34 e 35).
  • 2. “Israel” significa “vencedor” pela fé em Cristo, não na nação hebraica (Rom. 9:6 e 7; Gên. 32:24 e 28; Gál. 3:7, 16 e 29).
  • 3. Deus escolheu os judeus como Seus representantes a fim de revelarem ao mundo o caráter de verdadeiros “israelistas”, e anunciarem Sua verdade salvadora a tôdas as nações (Deut. 28:1, 9 e 10; Sal. 67:2).
  • 4. Por esta razão Êle os pôs na Palestina, estrada entre as nações, propôs-Se a torná-la miniatura do Éden (Ezeq. 47:9 e 12; Isa. 51:3).
  • 5. Fracassando os judeus em tôdas as crises, e representando mal a Deus, adotando costumes pagãos, foram rejeitados como nação; contudo os indivíduos fiéis formaram um núcleo no qual os gentios foram enxertados, formando assim o “Israel de Deus” (S. Mat. 21:43; Rom. 11: 17-23).
  • 6. Deus que sabia o fim desde o principio, mostrou a Abraão que aquelas promessas se cumpriríam na Nova Terra (Heb. 11:10, 13-16; Apoc. 21:1, 2 e 12).
  • 7. Ezequiel e S. Paulo procuraram conduzir a mente dos judeus para a ressurreição como a “esperança de Israel” (Ezeq. 37:1-14; Atos 28:20; 23:6; 24:15; 26:6-8).
  • 8. A promessa de Deus a Israel, portanto, não é a imigração de todos os judeus para a Palestina, mas que “todo o Israel”, os vencedores de tôdas as épocas (incluindo Abraão) herdarão a Nova Terra, depois da ressurreição dos mortos.