O mundo vai de mal a pior. Essa é uma afirmação muito ouvida, apesar de bastante pessimista. Não deixa, entretanto, de ter um alguma verdade, porque o mundo vive uma inversão de valores. As palavras de ordem são liberdade, igualdade, originalidade, direitos humanos; mas, infelizmente, os resultados não condizem com a grandeza do seu significado.

A tão propalada liberdade, por exemplo, tem gerado libertinagem, levando algumas pessoas a buscarem satisfação egoísta em detrimento das necessidades e da segurança de outros semelhantes. Em nome da liberdade, hoje, coibe-se, afronta-se, destrói-se mesmo qualquer coisa ou pessoa que represente ameaça a objetivos egoístas. No casamento, essa falsa liberdade tem gerado um crescente número de divórcios. Abusos emocionais, físicos e até mesmo sexuais acontecem com freqüência.

Na política, o novo conceito de liberdade tem levado países a supervisionar, invadir territórios, desconsiderar soberanias, gerando ódio e conflitos que, por sua vez, têm como conseqüência fome, miséria, dor e sofrimento. Nas áreas educacional e social, a falsa liberdade é responsável pelo desrespeito às autoridades, dilapidação de patrimônio, invasão de privacidade.

Atuação feminina

Mas o descalabro não precisa ser deixado a correr solto. É preciso dar um basta à situação; e, não tenho dúvidas, a mulher tem uma força hercúlea na promoção das mudanças necessárias. Deus tem um plano especial para ela, no sentido de elevar a mente de homens, crianças e jovens para temas espirituais. E sempre que estiver submissa ao ideal divino, o propósito do Senhor será cumprido. Por outro lado, sempre que der ouvidos às insinuações satânicas para afastar-se do ideal de Deus, infelicidade e degradação serão os resultados da sua escolha.

Pensando de maneira prática, de que forma poderá a mulher contribuir para melhorar a condição espiritual do mundo? A palavra básica é educação. E isso deve começar cedo, em se tratando de crianças. Desde o berço, o bebê começa a impor sua vontade própria. Caso essa vontade seja alimentada, a criança crescerá incapaz de dominar-se. O bebê deve ser atendido em suas necessidades de alimentação, higiene e estímulo, não devendo ser-lhe permitido, no entanto, que manipule os pais.

Um grande problema quanto à educação de crianças é o tempo de exposição a programas televisivos. As idéias permissivas da Nova Era tão bem infiltradas nos desenhos animados, a violência das cenas, jamais contribuirão para a boa formação moral de nossas crianças. Ademais, as apresentadoras de programas infantis geralmente exploram a sensualidade, razão pela qual as crianças estão amadurecendo sexualmente antes do devido tempo.

Educação infantil também envolve hábitos de alimentação. Quando uma criança está chorosa, que faz sua mãe? Alimenta-a. Se chorar novamente, receberá mais algum alimento para entreter-se. E assim recebe balas, biscoitos, salgadinhos, chocolates, refrigerantes, etc. Todos sabemos que alimentar-se de maneira irregular, não dando tempo para que o alimento seja processado, leva à irritação. Imaginemos quão explosiva ficará a criança que é alimentada cada vez que chora.

Segundo estudiosos, “o açúcar provoca o abarrotamento do organismo, entrava o funcionamento da maquinaria viva; causa degeneração, perda da força vital, provoca uma série de enfermidades neurológicas, cardiovasculares e crônico-depressivas, pois rouba em seu metabolismo, os nutrientes essenciais: vitaminas, proteínas, gorduras, enzimas e cálcio” (Do Éden ao Fast Food. págs. 19 e 20).

Já o uso excessivo de sal provoca hipertensão arterial, hiperacidez gástrica, cardiopatia, câncer, problemas renais e insônia.

O gosto pela moda sensual e provocante pode ter sua origem com uma sementinha lançada na infância. As mães precisam instruir suas meninas, apontando-lhes as conseqüências desse tipo de opção. O vestuário em vez de ser utilizado para cobrir, agasalhar, velar, tem servido para expor, insinuar e provocar. Muitas mães não se encontram preparadas para ajudar suas filhas adolescentes quanto às escolhas daquilo a que assistem na televisão e pelo videocassete, escolha de amigos, quanto ao comportamento durante o namoro, ou quanto à formação do seu guarda-roupa, porque não buscam na Bíblia a orientação segura quanto ao propósito da mulher no mundo.

Nas mãos de Deus

Quando a mulher, tal como qualquer pessoa, ignora o propósito de Deus para a sua vida, jamais poderá realizar-se plenamente e alcançar a felicidade.

A mulher cristã deve mostrar ao mundo que seu modo de vida e a educação provida para seus filhos têm a aprovação do Céu. Somente assim, estará contribuindo para combater a crescente degeneração do mundo. Na verdade, ela precisa negar-se a participar da “nova moralidade”.

Não existe outro meio de a mulher cumprir sua sagrada missão transformadora senão colocando-se nas mãos do Senhor. Quando tomarmos tempo diário para um íntimo relacionamento com Ele, nossa mente será aberta, a consciência será despertada e conheceremos exatamente o que devemos ser e fazer. Afinal, como disse Ellen White, ” é amando-O, imitando-O, confiando inteiramente nEle, que haveis de ser transformados na Sua semelhança” (Caminho a Cristo, pág. 71).

SÔNIA RIGOLI, Diretora do Ministério da Mulher, na Associação Paulista Central