A Expiação, Apêndice C, Parte I — Sacrifício Expiatório

I. A Cruz Expiatória — Ponto Central

O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado é a grande verdade ao redor da qual se agrupam todas as outras verdades. — Gospel Workers, p. 315. Obreiros Evangélicos, p. 312.

Ela [a cruz] é a coluna central à qual se vincula o sobresselente e eterno peso de glória que cabe aos que aceitam a cruz. Sob a cruz de Cristo, essa coluna imortal, e em torno dela, o pecado jamais reviverá, nem o erro alcançará domínio. — Carta 125, 1900.

O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado é a grande verdade ao redor da qual se agrupam todas as outras verdades. A fim de ser devidamente compreendida e apreciada, toda verdade da Palavra de Deus, desde o Gênesis ao Apocalipse, precisa ser estudada à luz que dimana da cruz do Calvário. «Apresento perante vós o grande, magno monumento de misericórdia e regeneração, salvação e redenção — o Filho de Deus erguido na cruz. Isto tem de ser o fundamento de todo discurso feito por nossos ministros. — Obreiros Evangélicos, p. 312.

A Cruz de Cristo desafia, e afinal vencerá todo poder terrestre e infernal. Na cruz centraliza-se toda a influência, e dela irradia toda influência. É o grande centro de atração; pois nela Cristo deu a vida pela raça humana. O sacrifício foi oferecido com o fim de restaurar o homem a sua perfeição original; sim, mais que isso: foi oferecido para lhe proporcionar uma inteira transformação do caráter, tomando-o mais que vencedor.

Se a cruz não encontra uma influência em seu favor, ela cria essa influência. Através de geração após geração, a verdade para este tempo se revela como verdade presente. Cristo na cruz foi o meio pelo qual a misericórdia e a verdade se encontraram, e a justiça e a paz se beijaram. Este é o meio que deve mover o mundo. — Manuscrito 56, 1899.

uma grande verdade central que deve sempre ser conservada na mente, ao estudar as Escrituras: Cristo, e Ele crucificado. Todas as outras verdades acham-se investidas de influência e poder correspondentes a sua relação para com esse tema. É unicamente à luz que dimana da cruz que podemos discernir o exaltado caráter da lei de Deus. A alma paralisada pelo pecado só pode ser dotada de vida graças à obra efetuada na cruz, pelo Autor de nossa salvação. — Manuscrito 31, 1890.

Suspenso da cruz, Cristo foi o evangelho. . . . Esta é nossa mensagem, nosso argumento, nossa doutrina, nossa advertência aos impenitentes, nossa animação aos entristecidos, a esperança de todo o crente. Se pudermos despertar, no espírito dos homens, um interesse que os leve a fixar em Cristo os olhos, podemos pôr-nos de lado, e pedir-lhes que apenas continuem com os olhos fitos no Cordeiro de Deus. — Manuscrito 49, 1898.

Reuni as mais vigorosas declarações afirmativas atinentes à expiação que Cristo fez pelos pecados do mundo. Mostrai a necessidade dessa expiação. — Evangelismo, p. 187.

O fato de que os companheiros de Cristo na crucifixão foram colocados, um à direita e o outro à esquerda, é significativo; Sua cruz é posta no próprio centro do mundo. — Manuscrito 52, 1897.

Cristo, e Ele crucificado, é a mensagem que Deus deseja Seus servos façam soar na extensão e largura do mundo. A lei e o evangelho serão, então apresentados como um todo perfeito. — Review and Herald, 29-9-1896.

Jamais deve ser pregado um sermão, nem ser dada instrução bíblica em qualquer aspecto, sem apontar aos ouvintes “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. — S. João 1:29. Toda doutrina verdadeira faz de Cristo o centro, cada preceito recebe força de Suas palavras. — Testimonies, Vol. 6, p. 54.

Remover do cristianismo a cruz, seria como apagar do céu o Sol. A cruz nos aproxima de Deus, reconciliando-nos com Ele . . . Sem a cruz não teria o homem nenhuma união com o Pai. Dela depende toda a nossa esperança. — Atos dos Apóstolos, pp. 209 e 210.

O estudo da encarnação de Cristo, de Seu sacrifício expiatório e obra mediadora, ocupará a mente do diligente estudante enquanto o tempo durar. — Obreiros Evangélicos, p. 248.

Cristo crucificado pelos nossos pecados, Cristo ressurrecto dos mortos, Cristo ascendido ao alto, é a ciência da salvação que devemos aprender e ensinar. — Testimonies, Vol. 8, p. 287.

Nenhum sermão deve jamais ser feito sem apresentar a Cristo, e Ele crucificado, como o fundamento do evangelho. — Idem, Vol. 4, p. 394.

Temos de tornar-nos expositores da eficácia do sangue de Cristo, pelo qual nossos próprios pecados foram perdoados. — Idem, Vol. 6, p. 82.

A ciência é demasiado limitada para compreender a expiação; o maravilhoso e misterioso plano da redenção é de tão vasto alcance que a filosofia não o pode explicar; permanecerá para sempre um mistério que o mais profundo raciocínio não pode devassar. Se pudesse ser explicado pela sabedoria finita, perderia sua dignidade e caráter sagrado. É mistério o fato de que Alguém, igual ao Pai eterno, se humilhasse a ponto de sofrer a cruel morte de cruz para redimir o homem; e mistério é que Deus amasse o mundo de tal maneira que permitisse que Seu Filho fizesse esse grande sacrifício — The Signs of the Times, 24-10-1906.

É estudado desígnio de Satanás impedir as almas de crer em Cristo como sua única esperança; pois o sangue de Cristo, que purifica de todo pecado, só é eficaz em favor daqueles que acreditam em seus méritos. — Obreiros Evangélicos, p. 158.

II. Completa Expiação Sacrifical Feita na Cruz

Ele [Cristo] plantou a cruz entre o Céu e a Terra, e quando o Pai contemplou o sacrifício de Seu Filho, Ele ante esse sacrifício Se curvou, em reconhecimento de sua perfeição. “Basta”, disse Ele. “A expiação é completa”. — The Review and Herald, 24-9-1901.

Na morte de Cristo, o Cordeiro morto pelos pecados do mundo, o tipo encontrou o antítipo. Nosso grande Sumo Sacerdote fez o único sacrifício que é de qualquer valor para nossa salvação. Quando Ele Se ofereceu na cruz, foi feita uma perfeita expiação pelos pecados do povo. Estamos agora no pátio, esperando e aguardando o cumprimento da bendita esperança — o glorioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. — The Signs of the Times, 28-5-1899.

Nosso grande Sumo Sacerdote completou a grande oferta sacrifical de Si mesmo quando sofreu fora da porta. Então foi feita expiação perfeita pelos pecados do povo. Jesus é nosso Advogado, nosso Sumo Sacerdote, Intercessor nosso. Nossa situação presente, pois, é semelhante à dos israelitas, no pátio, esperando e aguardando o cumprimento da bendita esperança — o glorioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. — Manuscrito 128, 1897.

Chegara o tempo de aceitar o universo celestial o seu Rei. Anjos, querubins e serafins, estavam agora defrontando a cruz. … O Pai aceita o Filho. Linguagem alguma poderia transmitir a alegria do Céu ou a expressão de satisfação e deleite de Deus em Seu Filho unigênito ao ver completada a expiação. — The Signs of the Times, 16-8-1899.

O Pai demonstra Seu infinito amor por Cristo, que com Seu sangue pagou o nosso resgate, recebendo e acolhendo os amigos de Cristo como amigos Seus. Ele está satisfeito com a expiação feita. É Ele glorificado pela encarnação, a vida, morte e mediação de Seu Filho. — Testimonies, Vol. 6, p. 364.

O Pai deu ao Filho toda a honra, fazendo-O assentar-Se a Sua mão direita, muito acima de todos os principados e potestades. Expressou Ele Sua grande alegria e deleite em receber o Crucificado e coroá-Lo de glória e honra. E todos os favores que Ele demonstrou a Seu Filho ao aceitar a grande expiação, são demonstrados ao Seu povo. . . .Deus os ama, como ama a Seu Filho. … O selo do Céu foi aposto à expiação de Cristo. Seu sacrifício é em todos os sentidos satisfatório. — The Signs of the Times, 16-8-1899.

O sacrifício de Cristo é suficiente. Ele fez a Deus uma oferta completa, eficaz; o esforço humano sem os méritos de Cristo, é de nenhum valor. — The Review and Herald, 19-8-1890 (24-3-1896).

Como foi completo o sacrifício feito em nosso favor, assim deve ser a nossa restauração do aviltamento do pecado. — Ciência do Bom Viver, p. 451.

Sua morte na cruz do Calvário foi o ponto culminante de Sua humilhação. Sua obra como redentor está além da concepção finita. Unicamente os que morreram ao próprio eu, cuja vida está escondida com Cristo em Deus, podem ter qualquer concepção da inteireza da oferta feita para salvar a raça caída. — Carta 196, 1901.

III. A Encarnação, Requisito do Sacrifício Expiatório

Cristo adquiriu o mundo dando um resgate por ele, assumindo natureza humana. Ele foi não só a oferta, mas Ele mesmo foi o Ofertador. Revestiu de humanidade a Sua divindade e voluntariamente tomou sobre Si a natureza humana, tornando possível oferecer-Se como resgate. — Manuscrito 92, 1899.

Nenhum dos anjos poderia ter-se tomado penhor da raça humana: sua vida provém de Deus; não poderiam entregá-la. Todos os anjos se submetem ao jugo da obediência. São os designados mensageiros dAquele que é comandante de todo o Céu. Mas Cristo é igual a Deus, infinito e onipotente. Ele podia pagar o resgate para a liberdade do homem. É Ele o Filho eterno, de existência própria, e nunca sofrera jugo nenhum; e quando Deus perguntou: “A quem enviarei?” pôde Ele responder: “Aqui estou, envia-Me”. Podia Ele comprometer-Se a tornar-Se penhor do homem; pois podia dizer o que o mais elevado anjo não poderia: Tenho poder sobre Minha própria vida, “poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la”. — The Youth’s lnstructor, 21-6-1900.

O homem não podia expiar a culpa do homem. Seu estado pecaminoso, caído, faria dele uma oferta imperfeita, sacrifício expiatório de menos valor que Adão antes da queda. Deus fizera o homem perfeito e reto, e depois de sua transgressão, não podia haver sacrifício aceitável a Deus por ele, a não ser que a oferta feita fosse de valor superior ao homem tal como era este em seu estado de perfeição e inocência.

O divino Filho de Deus era o único sacrifício de valor suficiente para satisfazer plenamente as reivindicações da perfeita lei de Deus. Os anjos não tinham pecado, mas eram de valor menor do que a lei de Deus. Eram sujeitos à lei. Eram mensageiros a fazer a vontade de Cristo e ante Ele se curvar. Eram seres criados, em período de prova. Quanto a Cristo, nenhuma exigência foi imposta. Ele tinha poder para depor a vida e para retomá-la. Nenhuma obrigação lhe foi imposta, quanto a empreender a obra da expiação. Foi sacrifício voluntário, o que Ele fez. Sua vida era de valor suficiente para salvar o homem de seu estado caído. — The Spirit of Prophecy, Vol. 2 (ed. de 1877), pp. 9 e 10.

IV. O Cristo Imaculado Foi Uma Oferta Perfeita

Cristo não poderia ter efetuado essa obra, não fosse Ele pessoalmente imaculado. Só Alguém que fosse a perfeição em Pessoa, poderia ser ao mesmo tempo o portador de pecados e o perdoador de pecados. Ele está perante a congregação dos Seus remidos como seu penhor carregado de pecados, com a mácula do pecado, mas é o pecado deles que ele carrega. Através de toda a Sua vida de humilhação e sofrimento, desde o tempo de Seu nascimento como infante em Belém, até que pendesse da cruz do Calvário, e com voz que abalou o Universo clamasse: “Está consumado!” o Salvador foi puro e imaculado. — Manuscrito 165, 1899.

Cristo era sem pecado, do contrário Sua vida em carne humana e Sua morte na cruz não teriam sido de maior valor quanto a conseguir graça para o pecador, do que a morte de qualquer outro homem. Conquanto tomasse sobre Si a humanidade, Sua vida era unida à Divindade. Ele pôde depor a vida como sacerdote e também como vítima. Possuía em Si mesmo poder para depô-la e para assumi-la de novo. Ele Se ofereceu a Deus sem mácula. — Manuscrito 92, 1899.

Quando pronunciou o brado: “Está consumado!” Cristo sabia que havia vencido a batalha. Como conquistador moral, plantou Seu estandarte nas alturas eternas. E não houve alegria entre os anjos? Nenhum filho, nenhuma filha de Adão poderia deixar de prevalecer-se agora dos méritos do imaculado Filho de Deus, e dizer: Cristo morreu por mim. Ele é meu Salvador. — Manuscrito 111, 1897.

Como portador de pecados, e sacerdote e representante do homem perante Deus, Ele [Cristo] participou da vida da humanidade, assumindo nossa carne e nosso sangue. A vida está na viva, vitalizante corrente de sangue, e esse sangue foi dado em favor da vida do mundo. Cristo efetuou uma expiação completa, dando a vida em resgate nosso. Ele nasceu sem uma mancha de pecado, mas veio ao mundo de maneira semelhante aos demais membros da família humana. Não tinha Ele apenas uma aparência de corpo, mas assumiu a natureza humana, participando da vida da humanidade. De acordo com a lei que Ele mesmo dera, a herança perdida foi resgatada pelo parente mais próximo. Jesus Cristo depôs Sua veste real, Sua real coroa, e revestiu de humanidade a Sua divindade, para tornar-Se substituto e penhor da humanidade, a fim de que, morrendo como humano, pudesse Ele, por Sua morte destruir aquele que tinha o poder da morte. Ele não poderia ter feito isso como Deus, mas vindo como homem, Cristo pôde morrer. Pela morte venceu a morte. A morte de Cristo levou à morte aquele que tinha o poder da morte, e abriu as portas do túmulo a todos os que O recebem como Salvador pessoal. — Carta 97, 1898.

V. Culpa e Punição Transferidos para o Substituto

Morrendo na cruz, transferiu Ele a culpa, da pessoa do transgressor para a do Substituto divino, mediante a fé nEle como seu Redentor pessoal. Os pecados de um mundo culpado, que em figura são representados como “vermelhos como o carmesim”, foram imputados ao Penhor divino. — Manuscrito 84a, 1897.

O santo Filho de Deus não tem a carregar pecados ou pesares Seus próprios; carregava Ele os pesares alheios; sobre Ele foi colocada a iniqüidade de todos nós. Mediante simpatia divina, Ele Se une ao homem, e como representante da raça humana Ele Se sujeita a ser tratado como transgressor. Ele olha para o abismo da desgraça, que com os nossos pecados nós abrimos, e propõe-Se a pôr uma ponte através do abismo que separa de Deus o homem. — Bible Echo and Signs of the Times, 1-8-1892.

Ele foi tomado de horror ante a medonha obra que o pecado operara. Sua carga de culpa, por causa da transgressão do homem à lei do Pai, era tão grande que a natureza humana era inadequada para suportá-la. O sofrimento dos mártires não pode ser comparado com a agonia de Cristo. A presença divina com eles estava em seus sofrimentos; mas de Seu amado Filho estava oculta a face do Pai. — Ibidem.

No jardim do Getsêmani, Cristo sofreu em lugar do homem, e a natureza humana do Filho de Deus vacilou ante o terrível horror da culpa do pecado. . . .

O poder que infligiu justiça retributiva ao Substituto e Penhor do homem, foi o poder que susteve e amparou o Sofredor sob o tremendo peso da ira que teria caído sobre o pecaminoso mundo. Cristo sofria a morte pronunciada sobre os transgressores da lei de Deus. — Manuscrito 35, 1895.

Que foi que sustentou o Filho de Deus em Sua traição e julgamento? Ele viu o trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. Ele apanhou um vislumbre da expansão da eternidade e viu a bem-aventurança daqueles que, mediante Sua humilhação receberiam perdão e vida eterna. Foi ferido por suas transgressões, moído por suas iniqüidades. O castigo que lhes trouxe paz esteve sobre Ele, e por Suas pisaduras foram eles curados. Seu ouvido apanhou as aclamações de alegria dos remidos. Ele ouviu os remidos cantando o hino de Moisés e do Cordeiro. — Testimonies, Vol. 8, pp. 43 e 44.

VI. Cristo, Tanto a Oferta Sacrifical como o Sacerdote Oficiante

A infinita suficiência de Cristo demonstra-se pelo fato de tomar Ele sobre Si os pecados do mundo inteiro. Ele ocupa a dupla posição de ofertador e de oferta, de sacerdote e vítima. Era santo, inocente, imaculado e separado dos pecadores. “Aí vem o príncipe deste mundo”, declara Ele, e “nada tem em Mim”. Era Ele um Cordeiro sem defeito, sem mácula. — Carta 192, 1906.

Como o sumo sacerdote punha de lado suas magníficas vestes pontificais, e oficiava trajando a branca vestimenta de linho de um sacerdote comum, assim Cristo esvaziou-Se, tomando a forma de servo, e ofereceu o sacrifício, sendo Ele mesmo o sacerdote, e Ele mesmo a vítima. — The Southern Watchman, 6-8-1903.

VII. A Cruz, o Centro na Expiação

A cruz tem de ocupar o lugar central porque ela é o meio da expiação do homem e por virtude da influência que exerce em todas as partes do governo divino. — Testimonies, Vol. 6, p. 236.

A expiação de Cristo não é simplesmente um meio inteligente de receber o perdão dos pecados; é um remédio divino para a cura da transgressão e a restauração da saúde espiritual. É o meio ordenado pelo Céu, pelo qual a justiça de Cristo pode não só estar sobre nós, mas em nosso coração e caráter. — Carta 406, 1906.

Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. Ele teve que sofrer a agonia de uma morte pública na cruz, a fim de que disso fosse dado testemunho sem uma sombra de dúvida. — Manuscrito 101, 1897.

Adão deu atenção às palavras do tentador e, cedendo a suas insinuações, caiu em pecado. Por que a pena de morte não lhe foi imposta imediatamente? — Foi porque se encontrou um resgate. O Filho unigênito de Deus ofereceu-Se voluntariamente para tomar sobre Si o pecado do homem e fazer expiação pela raça caída. Não poderia haver perdão do pecado se não se fizesse essa expiação. Se Deus tivesse perdoado o pecado de Adão sem uma expiação, o pecado se teria imortalizado, e ter-se-ia perpetuado com um atrevimento sem restrições. — The Review and Herald, 23-4-1901.

Nos concílios do Céu a cruz foi ordenada como meio de expiação. Este havia de ser o meio divino de ganhar homens para Ele. Cristo veio à Terra para mostrar que, mesmo humano, Ele pôde guardar a santa lei de Deus. — Manuscrito 165, 1899.

Cristo deu-Se a Si mesmo como sacrifício expiatório para salvação de um mundo perdido. — Testimonies, Vol. 8, p. 208.

VIII. A Providência da Expiação Abrange Toda a Humanidade

A expiação de Cristo abrange toda a família humana. Ninguém, alto ou baixo, rico ou pobre, livre ou escravo foi excluído do plano da redenção. — Carta 106, 1900.

Cristo sofreu fora das portas de Jerusalém, pois o Calvário estava fora dos muros da cidade. Isto foi para mostrar que Ele morreu, não pelos hebreus apenas, mas por toda a humanidade. Ele proclama a um mundo caído que é Ele seu Redentor, e insta com eles a que aceitem a salvação por Ele oferecida. — The Watchman, 4-9-1906.

Como o sumo sacerdote aspergia o sangue ainda quente sobre o propiciatório enquanto a fragrante nuvem de incenso ascendia a Deus, assim, enquanto confessamos os pecados e alegamos a eficácia do sangue expiatório de Cristo, devem nossas orações subir ao Céu, fragrantes dos méritos do caráter de nosso Salvador. Não obstante nossa indignidade, devemos lembrar-nos de que existe Um que pode remover o pecado, e que está disposto e mesmo ansioso por salvar o pecador. Com Seu próprio sangue Ele pagou a pena por todos os malfeitores. — The Review and Herald, 29-9-1896.

Jesus recusou-Se [depois da ressurreição] a receber a homenagem de Seu povo, até que tivesse a certeza de estar Seu sacrifício aceito pelo Pai. Subiu às cortes celestiais, e ouviu do próprio Deus a afirmação de que Sua expiação pelos pecados dos homens fora ampla, de que por meio de Seu sangue todos poderiam obter a vida eterna. — O Desejado de Todas as Nações, p. 590.

Os pecados do povo foram, em figura, transferidos para o sacerdote oficiante, que era um mediador para o povo. O sacerdote não podia ele mesmo tornar-se oferta pelo pecado e com sua vida fazer expiação, pois era também pecador. Por isso, em vez de sofrer ele mesmo a morte, matava um cordeiro sem defeito; a pena do pecado era transferida para o inocente animal, que assim se tornava seu substituto imediato, e simbolizava a perfeita oferta de Jesus Cristo. Através do sangue dessa vítima, o homem, pela fé, olhava ao futuro, ao sangue de Cristo, que expiaria os pecados do mundo. — The Signs of the Times, 14-3-1878.

IX. Múltiplos Resultados da Expiação

A expiação de Cristo confirmou para sempre o eterno concerto de graça. Foi o cumprimento de todas as condições das quais Deus fez depender a livre comunicação da graça à família humana. Foram então derribadas todas as barreiras que interceptavam a mais abundante plenitude do exercício da graça, misericórdia, paz e amor aos mais culpados da raça de Adão. — Manuscrito 92, 1899.

Em nosso favor Ele morreu na cruz do Calvário. Pagou o preço. Satisfez-se a justiça. Os que crêem em Cristo, os que reconhecem que são pecadores, e que como pecadores têm de confessar seus pecados, esses receberão perdão gratuito e abundante. — Carta 52, 1906.

Pela transgressão o homem foi separado de Deus, interrompeu-se a comunhão entre eles, mas Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário, levando em Seu corpo os pecados do mundo todo; e a cruz serviu de ponte entre o Céu e a Terra. Cristo leva os homens para junto do abismo e aponta para a ponte que o atravessa, dizendo: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz, e siga-Me”. Deus nos dá um tempo de prova, no qual podemos demonstrar se seremos ou não leais a Ele. — Manuscrito 21, 1895.

O sacrifício expiatório, visto pela fé, traz paz e conforto e esperança à alma trêmula que arca ao peso do senso de culpa. A lei de Deus é o detector do pecado, e ao ser o pecador atraído ao Cristo moribundo, ele vê o caráter ofensivo do pecado, arrepende-se e lança mão do remédio, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. — The Review and Herald, 2-9-1890.

Assim, mediante a crucifixão de Cristo, os seres humanos são reconciliados com Deus. Cristo adota os rejeitados, e eles se tornam objeto de Seus cuidados especiais, membros da família de Deus, porque aceitaram Seu Filho como Salvador seu. É-lhes dado poder para se tornarem filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Obtêm um inteligente conhecimento do que Cristo é para eles, e das bênçãos que podem receber como membros da família do Senhor. E em Sua infinita condescendência, Deus Se agrada em assumir para com eles a relação de Pai. — Carta 255, 1904.

O mundo não reconhece que, a preço infinito, Cristo adquiriu a raça humana. Não reconhece que, pela criação e pela redenção, Ele tem um justo direito de reivindicação quanto a todo ser humano. Mas como Redentor da raça caída, foi-lhe dada a escritura de posse, que Lhe dá o direito de reivindicá-los como propriedade Sua. — Carta 136, 1902.

Cristo comprometeu-Se a tornar-Se seu substituto e penhor, dando ao homem um segundo período de prova.’ Quando o homem transgrediu mesmo o menor preceito de Jeová, isso foi desobediência justamente como se o teste fosse mais amplo. Mas como foram providenciados graça, misericórdia e amor! A divindade de Cristo empreendeu arcar com os pecados do transgressor. Este resgate repousa em terreno sólido; esta paz empenhada destina-se ao coração que recebe a Jesus Cristo. E recebendo-O pela fé somos abençoados com todas as bênçãos espirituais dos lugares celestiais em Cristo. — Manuscrito 114,1897.

Cristo recebeu sua ferida mortal, que foi o troféu de Sua vitória, e da vitória de todos os que nEle crêem. Essas feridas aniquilaram o poder de Satanás sobre todo leal, crente súdito de Jesus Cristo. Pelo sofrimento e morte de Cristo, os seres humanos, caídos por causa do pecado de Adão, são, mediante sua aceitação de Cristo e fé nEle, elevados à posição de herdeiros da imortalidade e de um eterno peso de glória. Os portais do Paraíso celestial são abertos de par em par aos habitantes deste mundo caído. Pela fé na justiça de Cristo podem os rebeldes contra a lei de Deus apegar-se ao Infinito e tornar-se participantes da vida eterna. — Carta 103, 1894.

“E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer”. Esta é a crise do mundo. Se Eu Me tornar a propiciação do mundo, ele será iluminado. A apagada imagem de Deus quer ser reproduzida e restaurada, e uma família de crentes santos habitará afinal o lar celestial. Este é o resultado da crucifixão de Cristo e da restauração do mundo. — Manuscrito 33, 1897.

Nosso resgate foi pago por nosso Salvador. Ninguém precisa ser escravizado por Satanás. Cristo está ante nós como nosso exemplo divino, nosso Auxiliador todo-poderoso. Fomos comprados por um preço que é impossível computar. Quem pode medir a bondade e a misericórdia do amor que redime? — Manuscrito 76, 1903.

Deus testifica da grande obra da expiação para reconciliar consigo o mundo, dando aos seguidores de Cristo uma verdadeira compreensão do reino que Ele estava estabelecendo na Terra, cujo fundamento Sua própria mão colocou. O Pai deu toda a honra ao Filho, fazendo-O assentar-Se a Sua mão direita, muito acima de todos os principados e potestades. Expressou Ele Sua grande alegria e deleite em receber o Crucificado, e coroá-Lo de glória e honra. E todos os favores que Ele demonstrou a Seu Filho ao aceitar a grande expiação, são demonstrados ao Seu povo. Os que em amor uniram a Cristo os seus interesses, são aceitos no Amado. Sofrem com Cristo, e Sua glorificação é-lhes de grande interesse, porque são aceitos nEle. Deus os ama como ama a Seu Filho. — The Signs of the Times, 16-8-1899.