Certa noite na extremidade oriental de Londres, um jovem médico ia apagar as luzes da sala da missão em que trabalhava. Encontrou um menino maltrapilho, escondido num canto escuro, que implorou lhe fôsse permitido ali pernoitar. O médico levou o menino desamparado para seu próprio quarto, deu-lhe alimento e procurou saber sua história. Ouviu então que o garôto vivia num depósito de carvão com uma porção de outros meninos. Conseguiu convencê-lo para que lhe mostrasse onde se encontravam êstes meninos. Foram por uma rua estreita e finalmente chegaram a uma abertura na parede de uma fábrica. “Olhe aí”, disse êle. O médico acendeu um fósforo, e olhando ao redor, penetrou no depósito. Finalmente encontrou treze meninos com apenas uns poucos cobertores já velhos para lhes protegerem do frio. Um garoto estava abraçando seu irmãozinho de quatro anos de idade. Todos dormiam profundo sono. O médico então obteve uma visão e esta foi de trabalhar para seu Senhor. Cuidou dêstes meninos e iniciou o “Lar Bernardo” para as crianças abandonadas. Por ocasião da morte do Dr. Bernardo, os jornais anunciaram que acolhera e circundara de uma atmosfera cristã perto de 80.000 meninos e meninas desprovidos de lar. Centenas dêles tornaram-se excelentes cidadãos cristãos. Oh, como devíamos ter olhos para ver os necessitados ao nosso redor.
Olhos para ver