Convido-os a meditar numa mensagem que foi apresentada pelo Senhor Jesus, o Rei de Israel, e que se encontra no manifesto de Seu Reino, dirigido a Seu povo, aplicando-se portanto a cada um de nós no tempo presente.

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.”

O Significado do Termo “Julgar”

Tenhamos cuidado para não ser desorientados pelo sonido dessas palavras. O vocábulo traduzido aí por “julgar” aparece mais de cem vezes no Novo Testamento e tem mais de uma acepção. Pode significar: tirar uma conclusão, como a que Simão tirou quando Jesus relatou a parábola dos dois devedores: “Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-Lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.” S. Luc. 7:42 e 43; formar uma opinião, como quando Paulo exorta os Coríntios a fugir da idolatria e acrescenta: “Falo como a criteriosos, julgai vós mesmos o que digo.” I Cor. 10:15.

Para compreender seu verdadeiro sentido, devemos considerar o contexto. Jesus está mostrando que o caráter e a conduta de Seus seguidores devem ser radicalmente diferentes da justiça dos escribas e fariseus, e muito superiores: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos Céus. ” S. Mat. 5:20. Tudo que segue deve ser estudado à luz desta declaração.

Jesus não Se refere ao senso de discriminação que o cristão deve possuir para distinguir entre o que é bom e o que é mau, nem está dizendo que devemos ser cegos e não perceber nada. Ele Se refere à crítica severa e condenatória. Refere-Se ao juízo parcial que aumenta ás faltas dos outros e passa por alto as virtudes que possam ter; isto é, que os discípulos devem comportar-se de maneira exatamente contrária à dos fariseus.

Um Sábio Conselho

Um conhecido relato fala de um pastor que certo domingo pregou um ser-mão sobre a mordomia cristã. Apresentou a parábola dos talentos e instou com a congregação para que colocasse sobre o altar do serviço todos os talentos e dons que Deus lhes havia dado. Depois do culto, um membro aproximou-se dele e disse:

— Pastor, não sou um homem especialmente dotado. Não me sinto capaz para ensinar na escola dominical, nem para angariar dinheiro para a igreja, nem para fazer todas as outras coisas sobre as quais o senhor falou esta manhã. Mas, pastor, tenho um talento, um talento que pode ser de algum benefício para a igreja.

Jesus nos ama e por isso ordena que não julguemos. Se queremos fazê-lo, devemos ter em mãos todos os dados. Antes de julgar devemos conhecer todos os pormenores. Assim atua o Senhor.

— Qual é esse talento? — perguntou o pastor.

— Bem — disse o homem — tenho o talento da crítica. Posso criticar construtivamente. Posso criticar seus sermões, o coral, cada coisa que é feita, e também criticar os membros. Que devo fazer com o meu talento?

O ministro permaneceu em silêncio durante o tempo em que orou a Deus por sabedoria. Declarou então o seguinte:

— Recorda o que fez na parábola o homem que tinha um talento? Ele o enterrou. Sugiro que o irmão faça a mesma coisa.

Creio que nós também devemos seguir o mesmo conselho se temos esse talento. Talvez não cometamos pecados grosseiros, mas como somos propensos a criticar os outros! Todos temos violado essa ordem, e até o melhor entre nós é um pecador quando se trata do uso da língua.

Alguém disse que há três níveis de conversação: o mais elevado é o das idéias; o segundo diz respeito às coisas; e o mais baixo, tem que ver com pessoas. Acho que passamos a maior parte do tempo falando de pessoas, criticando-as e censurando-as. Já pensamos que seria de nossa igreja, de nosso lar e de nós mesmos, se de hoje em diante obedecêssemos à ordem de Jesus e abandonássemos a crítica?

De que falamos quando estamos em casa? De que falamos quando estamos à mesa? Sobre que conversamos quando nos encontramos com nossos irmãos? De que falam nossos jovens? Falamos de pessoas e atos de pessoas? Oxalá Deus nos ajude a abandonar este mau hábito, para não representarmos o papel dos antropófagos ou dos bandidos que atacaram o homem que descia de Jerusalém para Jericó.

A irmã White declara que a crítica e o mexerico causam terrível dano à igreja. Há uma citação que me alarmou e prendeu minha atenção: “Os bisbilhoteiros e mexeriqueiros são uma terrível maldição para as vizinhanças e as igrejas. Dois terços de todos os males da igreja provêm desta fonte.” — Testimonies, vol. 2, pág. 466.

Se fizéssemos uma pesquisa de todos os problemas que tem havido na igreja, verificaríamos que a maior parte se deve ao hábito de criticar e bisbilhotar. As palavras de Jesus têm por objetivo curar uma enfermidade que parece ser própria de todos nós. Dificilmente há uma pessoa que não tenha o desejo de inquirir das faltas dos outros. E, como muitos de nós estamos contagiados por essa epidemia, é meu propósito apresentar os perigos da crítica e o remédio que a Palavra de Deus indica para este mal.

1. Não Devemos Julgar Porque é Perigoso

Três idéias se destacam na passagem que citamos. A primeira é que não devemos julgar os outros porque é perigoso. Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados.” A forma imperativa exige que resistamos a tal curso de ação ou que desistamos dele, porque seremos julgados. Mas, julgados por quem?

Julgados talvez pela História. Registram-se dezenas de casos de pessoas que abriram a boca para criticar abertamente a outros, e o tempo se encarregou de julgar a eles mesmos.

Jesus foi criticado durante Seu ministério. Até mesmo na cruz foi julgado severamente. A quem ocorre pregai um reino baseado no amor e no perdão, até aos inimigos? É um impostor Crucifica-o! — bradaram eles. Pergunto: a quem julgam os séculos?

Davi Livingstone decidiu estudar Medicina, para servir no campo missionário. Quando foi para a África, alguns de seus companheiros pensaram que estava perdendo a áurea oportunidade de sua vida: atuar em Londres e acumular uma grande fortuna. A quem julga o tempo?

Quando Isaac Newton enunciou a lei da gravitação, alguns de seus críticos se abalançaram a dizer: “Este matemático louco não terá vinte seguidores em sua vida. ” Passaram-se mais de dois séculos, e quem é considerado louco pelo tempo?

A Natureza não muda. As árvores continuam sendo árvores, as montanhas continuam sendo montanhas, e os rios continuam correndo para o mar; mas a natureza humana se altera, se transforma, e o que hoje dizemos de alguém, amanhã pode recair sobre nossa própria cabeça. Meus irmãos, o tempo pode julgar-nos, porque nós mudamos; não somos os mesmos. Além disso, somos falíveis e na maioria das vezes criticamos com desconhecimento dos fetos.

Que sucedería se o Senhor nos julgasse da mesma maneira? Que pensaríamos da justiça de nosso país se julgasse a um suposto réu sem levar em conta todos os fatos, todos os testemunhos e tudo que lançasse luz sobre o caso? Nós a consideraríamos parcial. Sabiamente Jesus ordena a Seus seguidores: “Não julgueis. ”

Quanto mal se pode fazer, mesmo dizendo a verdade! Podemos dizer somente a verdade; contudo, a forma em que nos expressamos pode sugerir que não devemos confiar em alguém.

Seremos julgados pela sociedade. Parece ser uma lei humana que aquilo que geralmente condenamos nos outros constitui um defeito que nós mesmos possuímos. Seremos julgados com a mesma medida e com o mesmo critério. Convidamos os outros a que vejam a mesma coisa em nós. Jesus disse: “Com o critério com que julgardes, sereis julgados. ”

Não devemos julgar também porque seremos julgados por Deus. Ninguém está qualificado para julgar, porque o assento ’de juiz pertence ao Senhor. Nós não podemos ler o coração, não conhecemos os motivos que ocasionam os atos. Deus pedirá contas de todos os que ajudarem a Satanás na obra de criticar. “A dureza e o hábito de criticar as faltas de outros devem ser reprovados como obra do diabo. Cumpre fomentar e robustecer nos crentes o amor e a confiança mútua. Oxalá que, movido pelo temor de Deus e o amor dos irmãos, cada qual feche os ouvidos aos mexericos e acusações.” — Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 252.

Jesus nos ama e por isso ordena que não julguemos. Se queremos fazê-lo, devemos ter em mãos todos os dados. Antes de julgar devemos conhecer todos os pormenores. Assim atua o Senhor. Após o Dilúvio, os homens começaram a construir uma grande torre. A Bíblia diz: “Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam.” Viu o que faziam e confundiu sua língua (Gên. 11:1-7). Séculos mais tarde, antes de destruir com o fogo as cidades de Sodoma e Gomorra, disse Deus: “Descerei, e verei se de fato o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até Mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei.” Gên. 18:21.

Irmãos e irmãs, fazemos o mesmo quando julgamos aos outros, quando criticamos a nossos irmãos? Descemos também para investigar tudo, para falar com a pessoa e ver como aconteceram as coisas? Ou criticamos somente porque somos maliciosos ou porque alguém nos disse algo?

E visto que é mau julgar, é horrível dar expressão audível ao que ouvimos, sem nos dar ao trabalho de documentar se é assim como nos disseram. Nós o ouvimos de um terceiro, e o passamos a um quarto, a um quinto, a um sexto. E o boato corre. Por isso Jesus nos manda: “Não julgueis”, ou seja: Não critiqueis, não condeneis.

Quanto mal se pode fazer, mesmo dizendo a verdade! Podemos dizer somente a verdade; contudo, a forma em que nos expressamos pode sugerir que não devemos confiar em alguém. Talvez haja um laivo de malícia, uma segunda intenção em nossa voz. A pena inspirada disse o seguinte: “É cruel dar a entender e insinuar, como se soubéssemos em relação a esse amigo ou aquele conhecido, muita coisa ignorada pelos demais. Essas insinuações prosseguem e criam impressões mais desfavoráveis do que se os fatos fossem francamente relatados, de maneira livre de exagero. Que danos não tem sofrido a igreja de Cristo por causa dessas coisas!” — Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 492.

Deus proibiu a bisbilhotice entre Seu povo. “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo: Eu sou o Senhor.” Lev. 19:16. A crítica e o mexerico são como uma bola de neve, que de algo tão pequeno que um bebê pode segurar, se converte, só por ser rodada, numa montanha que ninguém pode mover.

Davi foge de Saul, e chega a Nobe, a cidade dos sacerdotes. Aimeleque lhe dá pão. Davi pergunta: “Não tens aqui à mão lança ou espada alguma?” E o sacerdote responde: “A espada de Golias, o filisteu, … está aqui, envolta num pano. . .; se a queres levar, leva-a.” Ali se achava presente Doegue, idumeu, um dos servos de Saul. Davi vai embora, o sacerdote olvida o incidente, Doegue se encontra com Saul e em certo momento menciona o que viu, dando a entender a Saul que Davi e Aimeleque estavam conspirando juntos contra ele. E o resultado não se fez esperar. Saul ordenou que fossem mortos todos os sacerdotes e seus familiares, tanto homens como mulheres, meninos e crianças de peito (I Sam. 21:7-9; 22:6-20).

Quão verdadeiras são as palavras inspiradas! “Um olhar, uma palavra, mesmo uma inflexão da voz, podem ser a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum coração, infligindo-lhe ferida incurável.” — Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 20.

Meus amados irmãos, “vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!” (S. Tia. 3:5). Cuidemos de não estar tirando a vida de ninguém por meio do que sai de nossa boca. Não alimentemos a tendência para criticar. Houve um entre os doze que cultivou a disposição para criticar e acusar. Foi justamente o que traiu e vendeu a seu Senhor. “Se Satanás pode levar professos crentes a agir como acusadores dos irmãos, sente-se contente com razão, pois aqueles que assim fazem estão-no servindo tão justamente como Judas quando traiu a Cris-to. ” — Testemunhos Para Ministros, pág. 504.

Cristo reprova ambos estes males: A excessiva sagacidade — derivada da falta de amor — quando esquadrinhamos intimamente as faltas dos irmãos, e a condescendência pessoal com que defendemos e acariciamos nossos próprios pecados.

2. Não Devemos Julgar Porque é Hipocrisia

A segunda idéia que se destaca nessa passagem é que não devemos julgar porque é hipocrisia. “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?” S. Mat. 7:3 e 4.

Na vida real esta suposição é impossível, é uma ridicularia. Cristo apresenta o ridículo de que um cego possa ver algo tão pequeno no olho de outrem. A palavra traduzida por “argueiro” é uma pequenina partícula que se introduziu no olho. A palavra traduzida por “trave” é a viga mestra que sustenta todo o teto de um edifício, e é impossível que alguém possa ter semelhante viga dentro do olho.

Por que razão Jesus fala do olho? Sem dúvida está-Se referindo à percepção moral, e podemos parafrasear Suas palavras deste modo: “Se tua percepção moral está totalmente errada, não julgues a teu irmão cuja percepção moral está um pouquinho errada.” Ele apresenta uma falta que se encontra comumente nos hipócritas. Embora tenham olhos de lince para ver as faltas alheias, e empreguem uma linguagem severa e exagerada para descrevê-las, lançam suas próprias faltas para trás das costas ou encontram desculpas para elas.

Cristo reprova ambos estes males: A excessiva sagacidade — derivada da fal-ta de amor — quando esquadrinhamos intimamente as faltas dos irmãos, e a condescendência pessoal com que defendemos e acariciamos nossos próprios pecados. Ou como disse o poeta: “Num alforje sobre o ombro levo todos os vícios: na frente os alheios; atrás, os meus.”

O pecado é uma influência cegante em nossa vida, pois nos arrebata a percepção moral, e quando criticamos é justamente porque estamos cegos, e acontece a mesma coisa quando estamos bisbilhotando. Cristo disse: Não olhes para o cisco no olho de teu irmão; olha para o que há em teu próprio olho. No entanto, o crítico não vê a perfeição do olho, mas somente aquela minúscula partícula inserida no olho. Observa para ver o que é mau, e não percebe o que é bom. É como se olhasse para as faltas do próximo com um microscópio eletrônico. Focaliza o defeito e, por certo, o vê grande, descomunal, desproporcionado. Olha depois para sua própria falta pelo lado oposto de um telescópio e contempla sua falta tão longe, que a vê reduzida infinitesimalmente. Isso é o que costumamos fazer, e é precisamente o que Jesus condena.

É esta uma forma muito sutil de pecado: procurar ajudar o irmão, escondendo nosso próprio mal. Orgulhamo-nos da exatidão de nosso juízo e estamos tão equivocados como o cego que quer guiar a outro cego.

Não observemos as faltas dos outros com o microscópio. Se procedermos assim, não veremos nada em sua verdadeira grandeza, e quem faz semelhante coisa condena-se a si mesmo. Demonstra que é hipócrita. Foi o que sucedeu com Davi quando Natã lhe relatou a parábola do rico e do pobre (II Sam. 12:1-7). Quando se ascendeu o furor do rei, disse-lhe o profeta: “Davi, estás condenando a ti mesmo; tu és esse homem.”

Estimados irmãos, acatemos a ordem de Cristo. Tiremos a trave de nosso olho. Tiremos a trave da soberba, que tanto dano nos causa, a trave do orgulho, a trave de nossa obstinação, a trave de nosso amor ao mundo, a trave de nossa indiferença, a trave de nossa falta de amor para com os irmãos. Cada um conhece e sabe qual é a trave que tem em seu olho. Não pensemos do próximo algo contrário do que dita o amor. Não condenemos o culpado mais severamente do que merece. Não tiremos conclusões injustas ou cruéis a respeito de nenhum irmão. Não façamos suposições acerca de seus motivos, nem os julguemos.

Há um trecho de ouro no livro O Maior Discurso de Cristo, de Ellen G. White: “Enquanto não vos sentirdes dispostos a sacrificar o amor-próprio e mesmo dar a própria vida para salvar um irmão em erro, não tirastes a trave do próprio olho de maneira a estar preparados para ajudar a um irmão.” — O Maior Discurso de Cristo, pág. 128.

“Os bisbilhoteiros e mexeriqueiros são uma terrível maldição para as vizinhanças e as igrejas. Dois terços de todos os males da igreja provêm desta fonte. “

3. Devemos Amar a Nossos Irmãos Antes de Julgá-los

E, finalmente, a terceira idéia que se depreende do texto é que devemos amar a nossos irmãos antes de julgá-los. Os rabis têm uma expressão que diz o seguinte: “Há três faltas muito graves que destruirão o homem: a idolatria, o incesto e o assassínio, mas quem bisbilhoteia e critica, mata a três, pois o mexerico mata a três: o que o profere, o mexeriqueiro e aquele que o ouve. ”

Quem aceita opróbrio contra o seu próximo não pode receber a aprovação de Deus. À pergunta do salmista: “Quem, Senhor, habitará no Teu tabernáculo? Quem há de morar no Teu santo monte?” é dada a resposta: “O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho. ” Sal. 15:1-3.

Quantos males seriam evitados na igreja se nossa língua estivesse onde deve estar, e se não falássemos nem ouvíssemos falar mal dos outros! Sei que todos queremos estar na Nova Jerusalém, mas há uma classe de cristãos que não entrarão ali. O livro do Apocalipse omite a tribo de Dã entre as tribos dos vencedores. A razão está em que Dã foi uma tribo dada à crítica, e ninguém que critique entrará no Céu. Diz a Escritura: “Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os talões do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás.” Gên. 49:17. Poderíamos encontrar uma descrição mais atilada dos efeitos da crítica, do que esta?

Eliminemos completamente a crítica e desaparecerão dois terços dos males que afligem a igreja. Pela graça de Deus, resolvamos acabar com o mexerico e com a crítica.

Conclusão da página 20.

Com esta segurança podemos cantar com o coração transbordante de gozo:

“Salvo em Jesus, meu Mestre, gozo o prazer da paz;

Tal comunhão com Ele toda aflição desfaz.

Ele me deu certeza: Salvo estarei no além.

Oh, que prazer, que gozo enche meu ser também!

— Cantai ao Senhor, no 282.

Sim, fomos salvos no momento da justificação. Estamos sendo salvos no decorrer do processo da santificação. E seremos salvos quando ocorrer a Sua glorificação. Esse tríplice aspecto da salvação nos permite repetir com alegria as palavras inspiradas: “Temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.”