Não permita brechas que favoreçam a tentação da infidelidade sexual.
Talvez um dos maiores exemplos bíblicos de integridade sexual seja o de José. Solteiro, ele foi assediado pela esposa de seu senhor, Potifar, e ceder à tentação resultaria em adultério. Do ponto de vista humano, se ele sucumbisse às insistências da mulher receberia “o encobrimento, os favores e as recompensas”; porém, se negasse e permanecesse íntegro, experimentaria “a desgraça, a prisão e talvez a morte” (Patriarcas e Profetas, p. 176). De maneira resoluta, José permaneceu firme em seus princípios. Se compararmos a situação dele com a de um ministro do Senhor, notaremos semelhanças e diferenças. O que está em jogo na vida de um pastor que comete adultério?
Seu casamento e sua família. Embora haja casos em que a esposa esteja disposta a perdoar e exista a possibilidade de salvar o casamento, normalmente um pastor que comete adultério acaba se divorciando, destruindo seu lar e afetando seriamente a vida de seus filhos. Aqueles que vivenciaram isso percebem as terríveis feridas emocionais que todos os envolvidos carregam pelo resto da vida.
Vale a pena destruir uma relação matrimonial por alguns minutos de suposto “prazer”? Definitivamente, não! Quando pensamos nos tipos de amor, especialmente do ponto de vista bíblico, costuma-se falar de eros, filéo e ágape. Este último geralmente se aplica ao amor perfeito de Deus, que pode estar presente em nossa vida por intermédio de Seu Espírito (Gl 5:22; 1Co 13). Por sua vez, o amor filéo costuma se relacionar com os sentimentos afetuosos dos laços familiares, enquanto eros se refere ao amor sexual. Com isso em mente, é importante recordar que jamais outra mulher no mundo poderá amar você conjugando os amores eros, filéo e ágape como sua esposa.
Seu ministério. Deus é misericordioso em perdoar pecados quando nos arrependemos, mas devemos nos ater às suas consequências que, no caso de adultério, acarretará a perda do sagrado ministério, ficando desempregado e sem qualquer possibilidade de retomar a vocação tão amada.
Sua salvação. Essa consequência é a mesma para todos os seres humanos e, claro, é a mais grave de todas. Vale a pena arriscar a própria salvação para viver em uma relação de adultério? Certamente, não! E ainda que alguém pudesse conseguir manter seu pecado escondido, assim como José, devemos nos lembrar de que nada escapa aos olhos de Deus. Ellen White escreveu: “Sob o olhar examinador de Deus e dos santos anjos, muitos tomam liberdades de que não se achariam culpados na presença de seus semelhantes; porém, o primeiro pensamento de José foi em Deus. ‘Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?’” (Patriarcas e Profetas, p. 176).
Amigo pastor, hoje é o dia de tomar a firme decisão de, à semelhança de José, nos manter fiéis a Deus, à nossa esposa e aos nossos princípios de integridade. Não permita brechas que favoreçam a tentação da infidelidade sexual. Está mais do que evidente que ceder a esse respeito não vale a pena!
Walter Steger, editor associado da Ministério, edição em espanhol