Uma jovem, que gostava muito de flôres, estava cultivando uma roseira junto de certa muralha de pedra. Crescia a planta vigorosamente, mas não florescia. Dia após dia a môça a cultivava, regando-a e fazendo o possível para que ela produzisse. Certa manhã em que a jovem, desapontada, permanecia perto da roseira, julgando que todos os seus esforços tivessem sido inúteis, ouviu a voz da vizinha. Era uma inválida que vivia prêsa à sua habitação. Disse-lhe esta: — Você não pode imaginar o quanto tenho gozado com as flôres da roseira que plantou.
A moça, erguendo-se sobre a muralha, pôde ver do outro lado grande quantidade de botões e rosas: uma haste da planta, atravessando um interstício da parede, fora florescer luxuriantemente do outro lado.
Aí está uma lição magnífica. Muitas vêzes somos tentados a julgar que os nossos esforços estão sendo inúteis, quando realmente estão produzindo efeitos onde a nossa percepção não os apanha. A nossa missão é a de fazer o bem: os frutos aparecerão onde e quando a Providência o determinar.