“Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a Tua aliança, derribaram os Teus altares e mataram os Teus profetas à espada: e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará: quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará. Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.” (I Reis 19:13-18).
De todo o relato que envolve o profeta Elias nos capítulos 18 e 19, queremos focalizar sobre a última parte da história: a predição de Elias, feita a Acabe, relacionada à falta de chuva, o triunfo do profeta de Deus no monte Carmelo, a ira de Jezabel e o arrebatamento de Elias.
Entre as queixas que fez ao Senhor a respeito do povo entre o qual profetizava, Elias disse: “Senhor, sou o único que não dobrou os joelhos a Baal.” E Deus respondeu: “Não, ainda há sete mil que não o fizeram.” Esse é o ponto. Não estamos sós. Como adventistas do sétimo dia, em todo o mundo: na Divisão Sul-Americana e no Brasil, não estamos sós.
Somos uma grande família cristã, como membros da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, compomos a segunda maior Divisão do planeta! Somos 1 milhão e meio de membros neste grande Campo! Há mais adventistas do sétimo dia no Brasil do que em outro qualquer país do mundo.
Más não estamos sós; e é bom refletirmos alguma vez sobre o que nossa Igreja verdadeiramente é.
Por exemplo, em todo o território da Divisão Sul-Americana, que se estende desde o Equador, ao Chile e Argentina, envolvendo o Brasil desde a foz do gigantesco Amazonas às cabeceiras do Orenoco, são mais de 1 milhão e 500 mil membros e mais de quatro mil grupos organizados. Cerca de um em cada seis adventistas do mundo vive nesse território. Quando chega o sábado, cada um de nós faz subir louvores e preces a Deus. Ouvimos a Palavra de Deus exposta através de dois mil pastores ordenados e ministros licenciados. Somos um em Seu Espírito, quer falemos castelhano, português, quichua ou inglês.
Que fantástica multidão de crentes! Os membros desta Divisão poderiam encher uma cidade do tamanho de Brasília, e fazer transbordar Montevidéo.
Quando chega o sábado, por ocasião do pôr-do-sol da sexta-feira, crentes adventistas do sétimo dia nas Ilhas Marshall e Nova Zelândia começam a deixar suas casas e se dirigir às igrejas. Ao mesmo tempo, os irmãos das partes mais orientais da Rússia se preparam para seus serviços de culto. Mais tarde, quando já é noite nessa região, os irmãos da Austrália e do Japão começam a adoração. Quatro horas antes, os irmãos indianos fazem o mesmo.
Enquanto você acorda na manhã de sábado, três milhões de irmãos já se encontram na Escola Sabatina e Culto Divino, em Harare, no Sul de Murmansk, e Reiykjavik, no Norte, incluindo os membros nas Áfricas Ocidental e Oriental, bem como na Europa Ocidental. Enquanto cultuamos a Deus aqui, nesta Divisão, há outros 2 milhões e meio de irmãos semelhantemente indo à igreja, no restante das Américas. Ao cair da tarde, o sol finalmente se põe sobre a Ilha Pitcairn, o Alaska e as ilhas do Havaí.
Mais de 9,5 milhões de adventistas do sétimo dia, no mundo, celebram o sábado. Eles se congregam em 43 mil igrejas, para não falar de outras 40 mil instituições que também promovem tais reuniões. Vinte mil pastores estão pregando seus sermões em mais de 700 idiomas diferentes. Quatorze mil novos membros estão sendo batizados e 38 novas igrejas organizadas. Dezoito milhões de dólares em dízimos, e oito milhões em ofertas, contribuirão para atender às necessidades ministeriais e missionárias da Igreja.
Juntos, os adventistas podem encher uma cidade como o Rio de Janeiro, e quase encher outra como Buenos Aires, México ou Bombaim. Em termos locais, a Igreja possui um número de membros três vezes maior que a população uruguaia, duas vezes mais que a do Paraguai. Temos mais membros que a população da Bolívia.
A Igreja opera 161 hospitais, 300 clínicas e ambulatórios. Nosso sistema educacional de 4 400 escolas primárias, 975 escolas secundárias, e 87 faculdades e universidades cada dia educam cerca de um milhão de jovens. Há escolas de medicina nos três continentes. As emissoras de rádio e televisão literalmente cobrem o mundo com seus satélites. Quinze mil líderes e assistentes atuam a partir dos 474 Campos locais, 90 Uniões e 12 Divisões mundiais.
O objetivo principal que desejo enfatizar é que somos uma grande multidão, não estamos sós. E, justamente como Elias teve a promessa da ajuda de Deus, também hoje temos a certeza de que Ele nos ajudará a cumprir nossa missão. Da mesma forma como Ele deu uma missão especial para Elias naqueles dias, tem também uma tarefa específica para cada um de nós como membros e líderes da Sua Igreja.
Essa missão não está limitada ao Brasil, nem somente à Divisão Sul-Americana, mas envolve o mundo inteiro. Façamos a nossa parte.
Jul-Ago 1998
