“O modelo de Jesus indica que, enquanto os governos do mundo estão sobre aque­les que eles dirigem, os líderes cristãos devem estar entre aqueles que eles lideram.”

Os pastores podem ser muitas coisas, mas há uma coisa que eles devem ser: líderes espirituais.
A pesquisa indica que as igrejas que

crescem, em geral possuem uma forte liderança pastoral. Isso não quer dizer liderança dominadora ou manipulado­ra. Não devemos confundir liderança com domínio.

O modelo de Jesus indica que, enquanto os governantes do mundo estão acima daqueles que eles lideram, os dirigentes cristãos devem estar entre aqueles aos quais lideram. “ Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exer­cem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tor­nar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mat. 20:25-28, grifo suprido).

Líderes e servos

A liderança cristã é liderança servidora. Os Evangelhos falam de liderança servidora pelo menos sete vezes. Quando tentados a usarem sua fun­ ção de liderança para exercer domínio sobre seu povo, os ministros precisam lem­ brar-se de quão contrário é isto aos ensinos de Cristo.

Prestabilidade, naturalmente, não é ser­vidão. A servidão é humilhante, por se tratar de uma condição forçada a você por outra pessoa, que o privada liberdade de escolha. A prestabilidade, por outro lado, é ato voluntário. É a escolha de colocar-se a serviço de outros.

Estilo de personalidade e liderança

Personalidade e liderança estão de relacionadas que raramente ado­ tamos um estilo de liderança diferente de nossa personalidade. Na medida de nossa capacidade, contudo, precisamos adaptar nosso estilo de liderança à igreja ou igre­ jas que dirigimos. Quando sua liderança presente parece muito menos eficaz do que sua liderança numa congregação an­terior, você precisa perguntar-se se isto é porque sua igreja atual exige um estilo de liderança diferente. A liderança que ser­ve, requer flexibilidade para adaptar sua liderança à satisfação das necessidades das diversas congregações.
Dificilmente poderíamos imaginar um líder mais forte do que Paulo. Ele apre­ sentou este princípio da liderança que ser­ve: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; … Fiz-me fraco para com os fra­cos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (I Cor. 9:19-23). A liderança do servo exige adap­tação e flexibilidade.

Uma comissão de igreja composta de profissionais cultos, usados para exami­nar grandes assuntos e tomar decisões importantes, pode não permitir ao pastor um papel dominante em tomar decisões. Uma, composta de pessoas acostumadas a trabalhar em favor dos outros e a obe­decer a ordens, pode aceitar um estilo diferente de liderança pastoral.

Costumamos dizer que há quatro tipos de estilo de liderança: O que ordena, o que persuade, o que consulta e o que par­ticipa. O estilo que ordena e o que persuade podem trabalhar muito bem com o segundo grupo acima. O estilo que con­sulta e o que participa é preferível, e tra­balhará bem com ambos os grupos.

Princípios de administração

H á quatro princípios de administração bem relacionados com a liderança pastoral:
1. Visualizar. Ao chegar a uma nova igreja ou distrito, você precisa fazer uma porção de perguntas. Onde esteve a igre­ ja? Onde está ela agora em termos de missão, programas, facilidades e finan­ças? Aonde quer a igreja chegar daqui a um ano? Daqui a cinco anos? Verifique o que é e o que devia ser.

2. Organizar. Como pode a igreja pas­sar de onde está para onde quer estar? Que programas são necessários? Que pessoal existe disponível? Pouco vale fazer planos, a menos que a igreja disponha do pessoal com capacidade e interesse para levá-los avante. Como podem esses pro­ gramas ser mais eficazmente organizados?

3. Delegar. Uma das razões por que os pastores não delegam mais responsabilidades é que isto exige que eles deleguem também autoridade. Eles são relutantes em fazer isto. A liderança que serve não se sente ameaçada com respeito à distri­buição de autoridade.

4. Supervisar. Dê assistência nos mo- mentos difíceis. Se alguém estiver fraque­jando, procure uma forma de ajudá-lo a ser bem-sucedido. Recompense a realização. “Tenhamos uma afeição verdadeira­ mente calorosa uns pelos outros, como se entre irmãos, e uma disposição para per­mitir que a outra pessoa receba o crédi­to” (Rom. 12:10, Phillips).

Em resumo, a liderança deve basear- se no conceito cristão de prestabilidade. A administração mecânica é importante, mas o estilo de liderança não chega nem perto do espírito de liderança. A atitude com que você lidera é muito mais importante do que a maneira mecânica com que você o faz.