Os líderes responsáveis pelo cuidado da igreja devem se esforçar para agir com espírito de bondade, tolerância e alto compromisso com os membros. Para tanto, devem buscar a semelhança com Cristo no caráter, a fim de que suas atitudes no trato pessoal revelem o Mestre. Amor e respeito pelos membros da igreja devem caracterizar o ministério pastoral. O tratamento cortês e a bondade devem ser praticados por aqueles a quem é dada a responsabilidade de cuidar, guiar e fazer crescer a igreja nestes tempos difíceis.

As Escrituras ensinam que aqueles que pastoreiam a igreja devem cultivar um caráter cristão genuíno. Integridade e amor capacitarão os ministros a exercer influência positiva na congregação e os colocarão em sua devida posição como modelos espirituais (Tt 1:5-9). Além disso, o espírito de sacrifício, humildade, compaixão e confiabilidade fazem parte das qualidades exigidas pelo Bom Pastor que distinguem o alto padrão moral daqueles que aceitam a vocação ministerial (Jo 10:11-16).

Como líderes da igreja, os pastores devem ser pessoas de profunda espiritualidade e princípios sólidos. Seu relacionamento com Deus é o fundamento de seu ministério e serviço. Sua verdadeira efetividade não reside em suas capacidades pessoais, mas na dependência Daquele que tudo pode fazer. Nesse sentido, Ellen White declarou: “As maiores vitórias para a Causa não são obtidas por meio de argumentos, amplas instalações, abundância de influência e de recursos, mas são aquelas vitórias obtidas no lugar reservado com Deus, quando a fé zelosa e angustiante lança mão do poderoso braço do poder” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 384 [443, 444]).

Apesar do correr do tempo e das grandes mudanças pelas quais as sociedades passaram, “os mesmos princípios de piedade e justiça que deviam orientar os líderes entre o povo de Deus nos dias de Moisés e de Davi” deveriam ser seguidos pelos líderes da igreja cristã (Ellen G. White, Atos do Apóstolos, p. 61 [95]). Assim, a aplicação atual desses princípios é necessária, lógica e natural no contexto da igreja como corpo espiritual de Cristo.

Buscar conhecer a Deus pessoalmente e viver de maneira amorosa deve ser nossa prioridade
como pastores adventistas. Ellen White afirmou: “A eficiência e o poder que acompanham o ministério verdadeiramente convertido fariam os hipócritas de Sião tremer, e os pecadores temer. O padrão da verdade e da santidade está se arrastando no pó. Se aqueles que dão os solenes avisos de advertência para este tempo compreendessem sua responsabilidade para com Deus, veriam a necessidade de fervorosa oração (Ministério Pastoral, p. 14). Que nossa liderança vá além das habilidades e seja reconhecida por nossa consagração.