Os Ideais Produzem Realização
ESTAVA um senhor idoso preparando argamassa para um belo edifício. Verdadeiramente era uma ocupação servil; mas o ancião contou que cada manhã, ao dirigir-se para o trabalho, parava junto à vitrina do escritório dos empreiteiros, para contemplar a maqueta do edifício, tal como seria quando estivesse terminado, e seguia, então, para o seu trabalho com o pensamento de fazer o melhor que lhe fôsse possível na criação da beleza arquitetônica. Era a visão do ideal que influenciava o velho operário e transformava a argamassa numa obra de arte. Assim é o ministério em todo o elevado idealismo. Grandes realizações nascem de grandes sonhos. Os pensamentos que temos são as fôrças que nos impulsionam. Todo ideal elevado é um repto moral. Mediante sua revelação daquilo que nos falta, êle nos convida para as alturas, traz à tona o melhor de que somos capazes, desperta-nos o senso da responsabilidade, e convida-nos a aspirar.
Ocupação Servil
Em um recital de órgão, a pessoa encarregada do mecanismo de sôpro sofreu de mal repentino. Imediatamente, um compositor célebre, que estava no subsolo do órgão, assumiu a ocupação de movimentar os foles. No final da execução, alguém que se cientificou do que acontecera, censurou o compositor por haver executado êsse trabalho servil. “Trabalho servil?!” retrucou êle. “Amo tanto a música que nada do que eu possa fazer por ela me parece servil.”
Devemos amar tanto a Cristo que nada do que possamos fazer por Êle se nos afigure servil.
Tudo Pela Graça Divina
DOIS ou três anos antes da morte do eminente servo de Cristo, John Newton, um velho amigo e irmão seu no ministério, visitou-o e participou do desjejum. Seguiu-se um período de oração, em que foi também lido um trecho das Escrituras. Nessa leitura ocorreu o versículo: “Pela graça de Deus, sou o que sou”. Após a leitura dêsse passo, proferiu êle êste tocante solilóquio: “Eu não sou o que devia ser — e como sou imperfeito e deficiente! Não sou o que queroser. Aborreço o mal e me apegaria ao bem. Não sou o que espero ser. Breve, muito breve, estarei livre da morte, do pecado e da imperfeição. Entretanto, embora eu não seja o que devia ser, nem o que quero ser, nem o que espero ser, bem posso dizer que não sou o que antes fui — escravo do pecado e de Satanás; e de todo o coração me associo ao apóstolo, e reconheço que “pela graça de Deus, sou o que sou”. — 6.000 Sermons Illustrations.