James A. Cress
Secretário ministerial da Associação Geral da IASD
“Porque decidi nada saber entre vós, senão a Je-sus Cristo e este crucificado” (I Cor. 2:2). Tente praticar esse lema de Paulo. Pregue sobre Jesus. Somente Jesus. Pregue sobre Jesus crucificado, como o antídoto contra o pecado. Fale de Jesus como nosso Criador, Exemplo, Substituto, Segurança, Mediador e Rei vindouro.
Você não precisa pregar sobre nada mais. Quando achar que já esgotou o assunto “Jesus”, comece de novo e repita a velha história. A repetição refresca seu coração ao passo que aquece o coração dos ouvintes.
O que há tão essencial em pregar sobre Jesus crucificado? Isso é o próprio evangelho – eu merecia morrer, mas Jesus tomou meu lugar. “Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. ‘Pelas Suas pisaduras fomos sarados.’” — O Desejado de Todas as Nações, pág. 25.
Nada mais belo, simples, claro, conciso, abundante, generoso, transbordando perdão e restauração. Anos atrás, tomei algumas notas e adaptei uma mensagem de Maxie Dunham sobre o sangue de Jesus. Mas o que significa esse sangue para você e para mim?
Segurança. A experiência da Páscoa (Êxo. 12:13) envolve proteção. Deus não apenas passava ao largo das casas protegidas pelo sangue. Ele protegia cada porta marcada e cada pessoa abrigada pelo sangue. Pense nisso. Proteção pelo sangue mesmo na hora do juízo. Proteção da penalidade do pecado, da fúria da morte. Como? Responde Dunham: “Alguns falam superficialmente sobre ‘segurança eterna’ embora o Senhor tenha levado o nosso fardo, para manter-nos seguros uma vez que O aceitamos como Salvador! Não abuse da graça de Deus. Ele fez a Sua parte. Cristo pagou o alto preço da nossa salvação, com o Seu próprio sangue. Estamos protegidos apenas enquanto clamamos continuamente o poder do sangue!”
Submissão. O sangue derramado quando o cordeiro era sacrificado deveria ser aplicado às casas. Imagine a cena. O Senhor, na forma de Anjo do Juízo, movendo-Se sobre a Terra com penetrantes olhos, perscrutando tudo e todos, reclamando os primogênitos, mas deixando as casas marcadas com sangue. Protegendo os que ouviram o chamado de Deus e escolheram a fidelidade.
Chegara a hora do juízo trazendo morte aos lares. Deveria haver derramamento de sangue. Para os impe-nitentes, a morte do seu primogênito. Para os arrependidos, a morte do unigênito Filho de Deus. O resultado depende de qual sangue era derramado. Não era um trabalho limpo aplicar o sangue. O processo era desagradável, mas conduzia à mais feliz realidade. O sangue salpicado falava de fé, obediência, testemunho e submissão.
Substituição. O cordeiro era morto por toda a família. Israel era salvo por um cordeiro, o melhor e mais perfeito que fosse encontrado. Transpondo os umbrais pincelados de sangue, a família festejava o cordeiro morto em seu lugar. Na verdade, a substituição é um tópico inexaurível, mas uma verdade simples no plano da redenção. Nós a estudaremos por toda a eternidade, mas podemos aceitá-la e experimentá-la neste momento. Não compliquemos; não dificultemos. Apenas simplifiquemos: Eu merecia morrer. Jesus tomou o meu lugar. Substituição. Específica. Individual. Jesus tomou o meu lugar.
Purificação. O cordeiro deveria ser sem defeito; o pão, sem fermento. Isso significava ausência de pecado no sacrifício, o que atribuiria ausência de pecado em todos os que fossem cobertos pelo sangue, pois “o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7). Qualquer que tenha sido o seu passado, ele é perdoado e esquecido. Ninguém é tão mau que não possa ser lavado pelo sangue de Cristo. Como nosso grande Mediador, Ele reclama Seu próprio sangue em nosso benefício. Sua purificação leva-nos à regeneração completa.
Serviço. O propósito da purificação é o serviço. “Muito mais o sangue de Cristo… purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Heb. 9:14). Jesus me aceita como eu sou, mas não me deixa como estou. Ele predeterminou em nossa criação e recriação que deveriamos servi-Lo como Deus vivo. Sendo purificados, devemos viver à altura do Seu reino.