ORMOND K. ANDERSON

Evangelista, Divisão do Oriente Médio

FORA da igreja não há esperança de vitória para o cristianismo. Jesus declarou: “Edificarei a Minha igreja.” Ela é Sua. Êle é o arquiteto. Na hora do desânimo deve a pessoa escutá-Lo dizer: “Edificarei a Minha igreja.” “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam.”

A igreja não é nenhum empreendimento nosso. Ela é Sua. Nós somos coobreiros Seus. A todo momento Êle está com zeloso cuidado aguardando os Seus. Vociferam os críticos, zombam os escarnecedores, os detratores ridicularizam, surgem falsos profetas, “mas a igreja dos que são fiéis a Jesus permanecerá.” O seu meio-dia não lhe está às costas; o fulgor sétuplo do Sol empalidecerá ante o esplendor dos justos que, como o Sol, resplandecerão no Reino do Pai.

Estamos edificando uma instituição duradoura. Quando tôdas as bandeiras dos impérios e repúblicas terrestres estiverem desfeitas em farrapos e a mão da morte houver ferido a Terra, a igreja de Jesus Cristo se erguerá gloriosa, liberta das manchas e marcas da corrução. As “portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Ela permanecerá por tôda a eternidade.

O quadro pintado no livro do Apocalipse belamente revela que a igreja remanescente terá formado caráter imaculado. Cantará ela o cântico da vitória alcançada pelo sangue de Cristo, e êsse cântico ecoará por todo o vasto universo de Deus.

Nestes dias perturbados e desconcertantes façamos nós a decisão de ser firmes e inamoviveis na fé, sempre edificando a nossa vida e a de quantos Deus nos confiar a guarda na igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, lembrando-nos nós de que cada alma é uma pedra viva no templo do Senhor.

Ao edificarmos para Êle, não esqueçamos jamais que o homem prova ser cristão não apenas por amar todos os homens em geral, mas especialmente por amar os irmãos em Cristo. Os pagãos do primeiro século exclamaram para os cristãos: “Vêde como êles se amam uns aos outros!” João, o amado, declarou: “Aquêle que ama a seu irmão está na luz, e nêle não há escândalo”. (I S. João 2:10).

Disse alguém que “muitas igrejas nas cidades são constituídas de pessoas que não se conhecem umas às outras, e não desejam umas às outras conhecer-se. Muitas são as igrejas rurais compostas de pessoas que umas às outras se conhecem, e muito o lastimam.” O amor é a lei da igreja. O amor é o sinal do discipulado. O amor é o evangelista-chefe e o principal obreiro. O amor é a fôrça que tudo vence.

A igreja de Cristo deve ser o lugar mais cálido e acolhedor em tôda a comunidade. A ambição mais acariciada de cada congregação deve ser: “Nenhum estranho, membro ou visitante deve ficar sem ser cumprimentado. Nenhum membro desafortunado deve ficar desatendido. Nenhum inválido deve ficar sem ser visitado. Nenhuma pessoa necessitada deve ficar sem ser auxiliada. Nenhuma alma transviada deve permanecer sem ser aconselhada. Nenhuma casa enlutada deve ser esquecida. Nenhum ato de misericórdia ser descurado. A igreja será um lar” — e um lar para cada pessoa, sem ter em conta a idade ou a condição.

A Bíblia não basta para tornar fortes os homens. São precisos as mãos e o coração humanos. A revelação advinda através dos homens santos do passado, precisa ser completada com a revelação a ser fruída por intermédio dos homens que agora vivem. Lembrai que “o mais forte argumento em favor do cristianismo é um cristão amável e cativante.”