Nossa Igreja necessita de um reavivamento, de uma revivificação, de uma renovação de poder e de uma nova visão da vontade de Cristo a seu respeito como organização, e a respeito de seus membros. Êsse reavivamento deve abranger todos os aspectos da vida e da obra da Igreja.
Em primeiro lugar, necessitamos de um reavivamento do conceito bíblico acêrca da Igreja. Não é suficiente que a igreja se estabeleça majestosamente numa esquina da rua principal, bem no centro da cidade, tôda ornamentada de pedras e latão brunido, e declare ser uma igreja. Sua tarefa mais importante é falar a todos sôbre o amor de Deus e a volta iminente de Seu Filho. Embora a Igreja se encontre no mundo e trabalhe em seu favor, não deve pertencer ao mundo. Se a Igreja se tornasse semelhante ao mundo, perderia o seu caráter peculiar e a razão de sua existência.
Em segundo lugar, necessitamos de um reavivamento do amor para com as pessoas — tôdas as espécies de pessoas: vermelhas e amarelas, pretas e brancas, cultas e ignorantes, delicadas e grosseiras. Quando faço alusão ao amor, não me refiro a simples tolerância ou aceitação ou um espírito ecumênico. Refiro-me ao amor que manifesta solicitude pela alma do homem que está no outro lado da rua, no escritório pegado ao nosso; do homem que dirige o pôsto de gasolina ou da garçonete do restaurante em que tomamos a refeição do meio-dia. Que sabem êles a respeito de Cristo? Quanto compreendem da Bíblia e seus ensinos? Há alguém que os ame, que se importe com sua vida ou com sua morte? A Igreja deveria fazê-lo, e se não o fizer, é ela realmente uma Igreja?
O amor é o único poder que nos constrange a interromper o nosso trabalho, alterar os nossos planos, fazer o que é “desagradável” e ir falar com alguém acêrca de Deus e Seu amor. Precisamos
de amor que compreenda e perdoe, de amor que demonstre cuidado e solicitude, de amor comunicável, de amor que ame quando todos os outros deixarem de manifestar desvêlo. Necessitamos de um reavivamento do amor.