(Continuação do Artigo Publicado no Número Anterior)
Perseverança no Plano de Alcançar as Pessoas
Enfatizo a importância de manter os gru-pos celulares como veículos de alcance dentro da igreja. Um dos problemas enfrentados por um grupo de pessoas que se reúnem regularmente é a familiaridade. Quan-do alguém se torna membro de um grupo celular, logo desenvolve laços de familiaridade com outros membros do grupo. Do mes-mo modo que na família, desfrutamos muito a unidade com os que nos são chegados, e agimos diferente quando há visitas no lar. Assim também, no grupo celular é difícil incorporar os membros novos. É por esta ra-zão que o objetivo do grupo celular deve ser realçado continuamente. Trazer pessoas de fora dá aos membros recém-adestrados a oportunidade de ensinar a outros.
Temos a tendência natural de recordar aquilo que consideramos mais importante. Acontece a mesma coisa no grupo celular. Os membros novos do grupo começam a ser adestrados na teologia e na metodologia da conquista de almas. Se não tiverem alguém ao qual possam ensinar o que estão aprendendo, não aprenderão com o mesmo entu-siasmo.
Como Alcançar os Crentes Desanimados
Há muitas pessoas na comunidade que foram membros de igreja, mas agora não assistem a nenhuma. A maioria dos cris-tãos que deixam a igreja parecem ter a mesma história ou uma muito semelhante: ainda crêem em Jesus; ainda se consideram cristãos, mas ficaram desanimados na igreja. Alguns talvez foram excluídos da igreja ou se desgostaram com o pastor e os dirigentes. Alguns podem ter caído em pecado e se sentem envergonhados de voltar para a igreja. Qualquer que seja a causa, há muitos que necessitam ser reconduzidos ao redil.
O dirigente de um grupo celular também está adestrado na arte de aconselhar a ou-tros. Isto é muito importante, pois o cristão desviado não precisa ser tratado da mesma maneira que as pessoas que nunca ouviram o evangelho. Alguém deve ouvir ao que está ferido e mostrar-lhe que a graça de Deus é aplicável a todo aquele que clame a Ele.
Sem julgar e condenar a quem quer que seja, o dirigente do grupo celular apresenta o cristão ferido a outros membros do grupo, os quais também demonstrarão genuíno interesse e preocupação por ele. Quando o cristão ofendido sentir que é amado e aceito, estará disposto a retornar à igreja. O grupo celular torna-se uma par-te pessoal e íntima para alcançar a cris-tãos necessitados que não assistem a ne-nhuma igreja. Se fossem convidados à igre-ja de imediato, poderiam ser repelidos. Por-tanto, não somente a conquista de almas, mas também animar e trazer de volta aqueles que não estão assistindo à igreja constituem os dois aspectos do ministério que po-dem ser exercidos no sistema celular.
Quando um Grupo Celular se Torna Muito Grande
Se você tiver um problema, que ele se deva ao êxito, e não ao fracasso. Assim, os grupos que se tornam muito grandes para o lugar em que se reúnem ou para o propósito para o qual foram criados, devem dividir-se. No entanto, isso não é fácil para al-gumas pessoas. A forma de dividir com êxito é conservar a liderança que o grupo conhece. Lembre-se de que o dirigente do gru-o celular esteve treinando desde o princípio um novo dirigente com esse propósito, de modo que o novo dirigente não é um es-tranho. O grupo se dividirá com facilidade se o propósito pelo qual se deve dividir for salientado continuamente. Os grupos celulares existem para conduzir pecadores a Jesus. Se o grupo tornar-se muito grande, haverá um obstáculo natural para que as pessoas possam conhecer mais acerca de Jesus.
Depois que o grupo celular se dividiu em duas partes, os dirigentes de ambos os gru-pos se reúnem regularmente. Eles se mantêm em contato pessoal com cada membro. Quando alguém está no hospital, essa pes-soa é visitada. Se há uma necessidade pes-soal, o dirigente está ali. Cada indivíduo é pastoreado muito mais pessoalmente do que os membros de igrejas que têm apenas poucas centenas de membros.
Um jovem começou um grupo celular num dos subúrbios de Seoul, e logo passaram a ser tantos que tiveram de alugar ônibus aos domingos de manhã para levá-los à igreja.
Eu jamais poderia ter atendido às neces-sidades dessa comunidade situada a mais de 45 quilômetros de distância, mas o nosso sistema celular estava ali, enfrentando as necessidades com eficiência.
Quando ensino este plano celular em conferências para o desenvolvimento de igrejas, geralmente traço um triângulo no quadro-negro. Se você inverter o triângulo e colocar o pastor na base, estará demonstrando a maneira convencional em que a maioria das igrejas crescem.
Quanto maior for a igreja, tanto maior será o peso que recai sobre os ombros do pastor. No entanto, com o desenvolvimento do sistema celular a igreja pode crescer sem destruir seu dirigente. Eu mostro isto virando o triângulo para cima. O pastor es-tá agora no alto do triângulo. O tamanho da igreja e a carga que traz consigo não afeta o pastor.
Você tem o mesmo Espírito Santo que eu tenho, o mesmo Espírito Santo que abriu meus olhos para ver a realidade do sistema celular como o plano de Deus para o crescimento de igrejas nesta nova era de superigrejas. Ele pode dar-lhe as respostas específicas que você necessita enquanto se aproxima dEle com fé e oração.
Não se deixe desalentar por aqueles que dizem: “Eu não posso trabalhar nessa comunidade.” Cada povo, não importa seu tamanho, tem uma chave para o reavivamento. À medida que você desenvolve um íntimo companheirismo com o Espírito Santo, Ele lhe dá a chave para sua comunidade. Deus não fará crescer sua igreja sem usar a você. Isso não cairá do Céu como a chuva. Deve começar em seu coração. Não é só para a Coréia. É para todos os rincões da Terra. — Christianity Today.