Bobby Clinton, professor no Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, Califórnia, escreveu o livro The Making of a Leader [A Formação de um Líder], leitura obrigatória a todos os que exercem liderança. Clinton chegou à conclusão de que apenas 30% ento dos líderes terminam bem a carreira que começaram. Quanto a nós, devemos ter em mente que o limite da perseverança no cumprimento da nossa vocação é até a vinda do Senhor, conforme o ensinamento transmitido por Jesus na parábola das dez minas: “Então, chamou dez dos seus servos e lhes deu dez minas. Disse ele: ‘Façam esse dinheiro render até a minha volta’” (Lc 19:13).

Mas, de acordo com Dwight Moody, a razão pela qual muitas pessoas desistem, “é que elas querem se dedicar a muitas coisas”. Por isso, ele trabalhava tendo com base o seguinte lema: “Consagre-se e, depois, concentre-se”. Seu filho, William Moody afirmou que “nada o desviava de seu propósito de proclamação do evangelho, de múltiplas formas”. O genro Arthur também registrou: “Acredito firmemente que ele tinha um objetivo supremo na vida: agradar a Deus em todos os seus projetos, principalmente levando pessoas à salvação pela fé no Senhor Jesus. Ele jamais abandonou o primeiro amor”.

“Consagre-se e, depois, concentre-se, então você será usado por Deus”

No fim da vida, Moody falou aos amigos de ministério: “A hora deste mundo é passageira, transitória e desaparece rapidamente. Eu não acredito que homens e mulheres dedicados à causa de Deus estejam em busca de cargos honoríficos, glória e fama terrestres. Vamos deixar essas coisas em segundo plano, ficar acima delas e buscar a honra que vem do alto. Consagre-se e, depois, concentre-se, então você será usado por Deus!”

Na mencionada parábola, o “nobre senhor” deu autonomia para que os servos administrassem seus negócios. “Ele não estaria por perto para lhes dar ordens específicas a cada dia de trabalho – estava confiando que eles descobririam por conta própria” (Eugene H. Peterson, A Linguagem de Deus, p. 168). Finalmente, chegou o grande dia da prestação de contas:

“Então mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto tinham lucrado. O primeiro veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu outras dez’. ‘Muito bem, meu bom servo!’, respondeu o seu senhor. ‘Por ter sido confiável no pouco, governe sobre dez cidades.’ O segundo veio e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco vezes mais’. O seu senhor respondeu: ‘Também você, encarregue-se de cinco cidades’. Então veio outro servo e disse: ‘Senhor, aqui está a tua mina; eu a conservei guardada num pedaço de pano. Tive medo, porque és um homem severo. Tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste’. O seu senhor respondeu: ‘Eu o julgarei pelas suas próprias palavras, servo mau! Você sabia que sou homem severo, que tiro o que não pus e colho o que não semeei. Então, por que não confiou o meu dinheiro ao banco? Assim, quando eu voltasse o receberia com os juros’. E disse aos que estavam ali: ‘Tomem dele a sua mina e deem-na ao que tem dez’. ‘Senhor’, disseram, ‘ele já tem dez!’ Ele respondeu: ‘Eu lhes digo que a quem tem, mais será dado, mas a quem não tem, até o que tiver lhe será tirado. E aqueles inimigos meus, que não queriam que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e matem-nos na minha frente!’” (Lc 19:15-27). O infiel sempre perde tudo.

“Deus mesmo originou planos para o avançamento de Sua obra, e Ele proveu a Seu povo um excesso de meios a fim de que, quando Ele solicitar auxílio, possam atender, dizendo: ‘Senhor, a Tua mina rendeu dez minas’” (Lc 19:16; Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 58).

“Feliz o servo a quem o seu Senhor encontrar fazendo assim quando voltar” (Lc 12:42).