QUE bênção divina é ter parte direta nos vários ramos da obra que, sôbre o mar de vidro, logo celebrará o seu triunfo!
Com o fim de conseguir um ministério adventista mais piedoso, consagrado e ativo, animar a obra evangélica, aperfeiçoar a obra pastoral, revigorar os vários departamentos e instituições da obra, a Divisão Sul-Americana acaba de dar nova roupagem a “O Pregador Adventista” bem como o novo nome de “O Ministério Adventista”.

Esta nova revista produzira maiores bênçãos, mais inspiração e auxílio ao sugerir métodos de trabalho que contribuam para produzir o “forte clamor” que apressará o grande dia de nossa esperança: a segunda vinda de Cristo em glória e majestade.

”O Ministério Adventista” especializar-se-á em fo­mentar a quíntupla maneira de evangelizar o Brasil, ou seja: 1. Evangelismo público em seus diversos aspectos; 2. evangelismo leigo, porque a obra que nos foi confiada nunca será terminada sem que os membros das igrejas unam suas forças à rios pasto­res e evangelistas; 3. evangelismo por meio da página impressa, o mais poderoso e indispensável auxi­liar dos evangelistas, pastores, colportores e membros leigos; 4. evangelismo por meio da instrução em nossas escolas, e colégios, cujos professores tra­balham para o fim supremo da salvação das crianças c da preparação dos jovens para a obra de Deus; e 5. evangelismo médico, o braço direito da obra evangélica, que ajudará muitas almas a encontrarem o caminho da salvação.

Quanto mais amemos a verdade, os que trabalhamos nalgum destes cinco setores de evangelismo, tanto mais desejaremos aperfeiçoar a nossa maneira de transmiti-lo. Leiamos o que, a esse respeito, nos diz a serva do Senhor: “Quanto maior é a influência que sobre nós exerce a verdade, tanto maior será o nosso fervor para alcançar a perfeição em nossa maneira de transmiti-la. O Senhor requer de todos os que se empenham em Seu serviço, que alcancem todos os benefícios que Ele lhes pôs ao alcance. A cir­cunstância de possuirmos a verdade é-nos de importância infinita. Que importância tem, então, que a mesma nada perca do seu poder, ao passar de nos para os que estão em trevas!”. — E G. White, em Review and Herald, de 14 de janeiro de 1902.

Além disso, “O Ministério Adventista” quer contribuir para que haja melhores pregadores que ma­nejem bem a Palavra da verdade. Não é possível pregar sem revelar aos ouvintes o muito ou o pouco que se sabe de Deus e da natureza humana. Disse Santo Agostinho: “O que vivo, isso reparto”, e assim temos que fazer também nós.

“O Ministério Adventista” trará artigos cheios de sugestões, que contribuirão para tornar mais eficiente o trabalho dos abnegados pastores em favor das ovelhas do seu redil.

Em poucas palavras, nossa nova revista de evangelismo servirá aos nobres interesses do território de língua portuguesa de nossa Divisão na obra evan­gelizadora. Médica, educativa e também na obra de ganhar para Cristo a juventude. Também abor­dará os problemas do lar dos obreiros, deixado para a igreja e o mundo, bem como tratará doutros tópi­cos de interesse que servirão de inspiração e orientação na consecução da breve vitória da tríplice mensagem.

Queridos obreiros, lutemos, dirigidos pelo Espírito Santo e cheios de amor às almas, com sabedoria e energia inquebrantáveis, para, durante o período de 1° de janeiro a 15 de maio de 1954, ganhar duas mil almas — alvo da Divisão Sul Americana — como nossa contribuição para o alvo mundial de 35.000 almas batizadas durante esse período, em homenagem a Deus e para estimulo dos delegados à Assembléia Mundial da Associação Geral, que inicia­rá suas sessões no dia 24 de maio próximo, em São Francisco da Califórnia. O fim único visado com esse alvo é apressar a segunda vinda de Cristo. Oxalá cada campo, na medida das suas possibilidades, busque atingir esse nobre objetivo!

Para terminar, os funcionários da redação de “O Ministério Adventista” desejam a todos os obreiros um feliz e abençoado ano novo, e grande colheita de almas resgatadas do lamaçal do pecado, em 1954.

WALTER SCHUBERT

A Maior Aspiração

É UM sentimento natural e comum aspirar o indivíduo a certa posição em sua carreira ou profissão.
Um jovem cadete, por exemplo, ao ingressar na tropa, como aspirante, não tem apenas o alvo de conquistar a primeira estrela prateada de segundo tenente; ele tem as vistas voltadas para o posto supremo, deseja chegar a general.

Em nosso meio como igreja, um jovem, ao começar a trabalhar como simples obreiro bíblico, tem a atenção voltada para o dia em que o hão de re comendar à ordenação. É possível – e isto é comum se dar — que assista a muitas cerimônias de consagração e se veja como que transportado àquele dia talvez ainda longínquo — em que ouça o seu nome ser proferido na ordenação.

Em aí chegando, galgando tal posição na Obra de Deus, gozando todos os privilégios e regalias de ministro ordenado, terá chegado às culminâncias de suas aspirações como obreiro. Esse é o grau máximo que lhe oferece a Igreja Adventista. É uma honra ser ministro do Evangelho; é um titulo solene e que deve ser zelado com carinho e cercado de imacula­bilidade. Unia vez ministro, ministro sempre por toda a vida, e mesmo depois de morto, será citado… como Fulano de Tal, ministro do Evangelho. Apenas a negação do Mestre, a conduta incompatível com suas funções, o alijarão do pedestal de ministro do Evangelho. Isto sim, é desonra, aviltamento, derrota, vilipendio! Mil vezes a morte a pecar como ministro, a ponto de merecer o caçamento da credencial!

Ora, alguém poderá sugerir: “Mas então os cargos de chefe de departamento, gerente, diretor de colégio, presidente de Associação, União, Divisão ou Associação Geral, não são superiores aos de ministro do Evangelho? Absolutamente não! Um presidente de campo é apenas um ministro em função de um cargo, para o qual foi eleito por determinado tempo, presidência ele não é mais do que ministro. O cargo em comissão para o qual foi eleito é apenas uma fase de sua carreira ministerial. E tanto é que, terminado o período para o qual foi eleito, apenas perde o título transitório, permanecendo aquele que realmente o definia: ministro do Evangelho.

Não devemos fugir de maiores responsabilidades, quando convidados a arcá-las. Ingressemos nelas, seja na direção de um colégio, na presidência de um campo ou outro ramo da Obra, com a honrada altivez de ministro; e, findo o prazo, se não nos for pedido que continuemos, deixemo-las com os mesmos sentimentos com que entramos. E em assim fazendo, e sinceramente sentindo, estaremos honrando o MINISTÉRIO, ao qual para todos os efei­tos pertencemos.

— Orlando G. de Pinho

Pregadores Joviais

É UM pregador demasiado sério, taciturno, de maior honra para a causa de Deus do que um ministro jovial? Há certamente um feliz meio termo a que nos devemos ater.
Como porta-vozes de Deus, não nos faria bem estudar de tempos a tempos nossa expressão facial para estarmos seguros de que nos sentimos alegres ao levar as boas-novas de salvação? A alegria deveria irradiar de nossa face bem como de nossa vida. As vezes temos observado pregadores levantarem-se e dizerem: “Sinto-me alegre por ver-vos aqui esta noite,” enquanto sua expressão facial está séria, quase melancólica. Tais boas-vindas dificilmente partem do coração!

Algumas vezes os que foram alegres, irradiando esperança nos primeiros tempos de seu ministério tornaram-se inconscientemente mais sóbrios, quase ao ponto de levar o auditório a se interrogar se há de fato verdadeiro gozo em ser ministro do Senhor. Falta fé simples e genuína em nossa própria vida? Talvez nos estejamos tornando super-ansiosos acerca do trabalho ou de nosso bom êxito pessoal na causa. Se assim é, precisamos desenvolver de novo firme fé nas promessas de Deus, o que, afinal de contas, é a melhor espécie de teologia.

Pode estar bem imbuirmo-nos do espírito de nossa juventude, participar de suas aspirações e otimis­mo, também observar em silêncio os juvenis, notan­do como se empenham em todas as atividades da vida, alegremente e de coração. Procuramos a melhor expressão quando nos assentamos diante de uma câmara fotográfica para tirar uma fotografia, e não é o mundo todo uma câmara fotográfica? O povo está de contínuo tirando-nos fotografias men­tais e retendo-as no espírito.

Acima de tudo, se o coração está cm forma, a face também o estará. Os santos não têm necessida­de do halo imaginário que os artistas pintam em seus quadros. Mas se possuem um cântico no coração, terão sobre a cabeça o que mais se aproxime de um halo. Sejamos pregadores joviais.

— B. C.

Os Nativos das Ilhas Gilbert

Os nativos das ilhas Gilbert, no Pacífico, ao sul de Havaí, têm um provérbio, que diz: “Branda é a voz de um chefe.” Isto significa, cm geral, diz Sir Artur Grimble, que serviu longo tempo ali como comissário britânico, que a gentileza e a cortesia podem andar de mãos dadas com o poder. É o que cada presidente deve sempre lembrar. A fôrça dever-se-á expressar com gentileza.

 — Curtis Courier.