W. R. BEACH

Secretário da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia

VULGAR é declarar-se a importância do papel que os administradores assumem em nosso meio. Êsses homens são chamados para serem líderes na igreja, e a influência dos líderes é extensiva e decisiva.

A liderança é algo mais do que a aceitação de um cargo. Esta responsabilidade tem grande alcance e envolve o destino eterno de almas. De fato, todo passo de progresso nesta grande obra pode ser atribuído à influência de “um homem de Deus.” O líder ou constrói ou destrói. O problema básico em tôda parte e em tôdas as coisas consiste em achar um homem ou uma mulher a quem Deus possa chamar e usar para glorificar o Seu nome.

Êsse tem sido o caso desde o princípio. Uma “nuvem de testemunhas” tem acompanhado o desdobramento e a prossecução da causa de Deus. Verdadeiros líderes que, como Gideão, podiam dizer: “Olhai para mim” (Juí. 7:17), estiveram na vanguarda em todos os tempos. Sua personalidade salientou-se pelo bom ânimo, a constância e a cautela. Foram homens de visão e ação. Seu exemplo inspirou os líderes do Movimento Adventista, em qualquer que fôsse o seu setor de atividade. Agradeçamos a Deus dia a dia por êsses destemidos do passado, inclusive os da igreja remanescente. Nós, de hoje, devemos aspirar ao cumprimento de nossa missão com idêntica inteireza de propósito e dedicação.

Tão necessário é que compreendamos a importância da liderança, que eu gostaria de iniciar a nossa meditação com as seguintes palavras inspiradas:

“Se os líderes na causa da verdade não mostram zêlo, se são indiferentes e destituídos de propósito, a igreja será descuidada, indolente, amante dos prazeres; mas se são cheios do santo propósito de servir a Deus e a Êle sòmente, o povo estará unido, esperançoso, atento.”—Prophets and Kings, pág. 676.

Isto é verdade. O desempenho de um cargo implica, pois, em uma responsabilidade de capital significação. Obrigações especiais são impostas aos líderes. O seu desempenho requer esfôrço árduo, elevado senso do dever, vigilância constante.

Sem dúvida nós, que queremos liderar hoje, precisamos ser homens e mulheres espirituais: Dessa espécie, o Gideão do passado é um exemplo frisante. Dêle acha-se escrito: “O Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina.” Juizes 6:34.

O Espírito do Senhor soprou com violência na igreja apostólica. Os líderes eram canais santificados, pelos quais se manifestavam vida e poder. Tôdas as eras subseqüentes foram influenciadas por aquela manifestação. Essa é a maneira de Deus atuar hoje.

Sòmente líderes cheios do Espírito podem erguer a igreja remanescente de Deus ao alto nível de vida e ação que deve alcançar. A igreja é o receptáculo da graça de Deus, em que Êle Se deleita em revelar o Seu poder para salvação. Aí é que Êle quer fazer experimentos nos corações humanos por meio da atuação de Sua misericórdia, efetuando “transformações tão portentosas que Satanás, com tôda a sua triunfante bazófia, com tôda a sua conspiração do mal contra Deus e con-tra as leis do seu govêrno, fica a contemplá-la como a uma fortaleza inexpugnável aos seus sofismas e enganos.” — Testimonies to Ministers, pág. 18. O dom do Espírito Santo, rico, amplo e abundante, circundará os líde-res da igreja dedicados a êsse plano, de um muro de glória contra que não prevalecerão os poderes do mal. Certamente, nós, os desta hora incomparável, devemos estar inspirados da voluntariedade de atingir a norma divina de mordomos do Seu amor.

Os Administradores de Deus

Desejo agora chamar a vossa atenção para outro pensamento importante. Reconhecemos que os administradores são líderes. Podemos inverter essa ordem e declarar que os líderes são administradores. Mas, de que são êles administradores? Qual é o objetivo de seu empenho e perícia administrativos? Neste ponto é que o título dêste artigo vem em nosso socorro: temos que ser administradores da causa de Deus. Bem faremos com examinar esta declaração, pois a sua significação é de importância transcendental.

Numerosos são os administradores, e de muitas espécies no mundo hodierno. De fato, o pessoal administrativo talvez tenha aumentado em desproporção com as suas realizações. No Govêrno e na indústria chama-se a isso burocracia. Quando se perde o equilíbrio correto entre a atividade e o pessoal, a burocracia surge como uma praga em qualquer organização. Neste sentido, temos que exercer cuidado pa-ra discernir as atividades que são essenciais e colocar à sua frente administradores ativos. Muitas atividades produtivas serão acrescentadas, na igreja de Deus, à impressionante lista existente. Deus ainda possui mil maneiras de nós desconhecidas, com as quais Êle pretende realizar com rapidez a Sua obra. Nós temos que descobri-las. Êste plano de expansão requererá muitos obreiros mais dotados de capacidade administrativa.

O pensamento que estou salientando, porém, relaciona-se com a natureza de nossa administração. Não somos chamados a administrar uma sociedade de antagônicos, nem uma irmandade filosófica, nem uma liga de boa vontade de interêsse da comunidade. Não so-mos convocados para participar das responsabilidades de um “grande negócio”. O nosso empreendimento não é comercial nem industrial. Não temos a responsabilidade de administrar uma república, uma comunidade de nações ou um reino terrestre. Nossa missão é administrar a causa de Deus.

Sem dúvida, os princípios básicos da administração são mais ou menos aplicáveis às várias formas de emprêsas coletivas. De fato, muito há que aprendermos de uma administração correta das espécies mencionadas. O respeito pela lei orgânica e à norma peculiar à administração de um Estado, evoca um requisito similar na administração da causa de Deus. Nenhuma Municipalidade, distrito ou província pode tentar a adoção legal de uma norma que colida com os princípios e poderes estatuídos na constituição nacional. Por outro lado, poderes e responsabilidades definidos são reservados às unidades subsidiárias. Numerosos princípios da qualificação de um estadista são aplicáveis ao exercício do govêrno da igreja.

Havendo nós dito isto, não devemos esquecer as diferenças básicas e a necessidade de pensamento cuidadoso. Cometer-se-ão erros em princípios fundamentais se formos indevidamente influenciados por organizações políticas da terra em que vivermos. Podem ocorrer apostasias quando as igrejas aperfeiçoam uma forma de govêrno comparável ao govêrno civil sob que elas se formaram. A Igreja Católica, Romana, cresceu em poder circundada pela autoridade autocrática de Roma e o domínio absoluto dos antigos reis e imperadores. O resultado final foi uma forma autocrática, totalitária de govêrno eclesiástico de que o papa é o chefe supremo. Os dogmas e pronunciamentos papais constituem a lei suprema da igreja. Êste é apenas um exemplo, que foi repetido sob circunstâncias várias.

Entretanto, desde o princípio, os adventis-tas do sétimo dia têm buscado moldar as suas formas de govêrno da igreja em harmonia com os princípios básicos da organização da igreja apostólica. Empenhamo-nos em seguir os ensinos dos profetas e dos apóstolos. Êsses ensinos devem estar sempre perante nós. Devemos evitar a imitação de procedimentos executivos, legislativos ou judiciais de qual-quer govêrno terrestre. Eu poderia enumerar os verdadeiros perigos neste sentido. Ao contrário, temos que apegar-nos aos princípios básicos da organização e administração peculiar à causa de Deus.

Uma palavra de advertência se justifica, também, no tocante a “grande negócio.” Esta época é de indústria e comércio. Os negócios hoje são efetuados por meio de organizações bem-dirigidas. Esta organização é extremamente eficaz. Muitos princípios básicos de função comercial são essenciais a qualquer boa administração. Êstes fatôres desejáveis surgem especialmente do bom senso e da cor-reta compreensão das boas relações.

Neste ponto, entretanto, podemos também cometer um grande êrro. A igreja de Deus não é um “grande negócio.” Não pode a igreja remanescente ser organizada e administrada como “O Fim do Mundo Ltda.” Boas finanças e operação eficaz são importantes, indispensáveis mesmo; mas o fator “bom negócio,” embora de êxito, e bàsicamente necessário, não deve preponderar. Não deve mesmo merecer a preeminência na estrutura geral. O Movimento Adventista é a causa de Deus, e a sua liderança tem que levar em conta êste conceito fundamental.

Nossa igreja possui um espírito especial. O cuidado de seus líderes deve ser sempre o de manter-se sensível à natureza de seu espírito, e, com isto em mente, desenvolver e expandir uma organização que funcione eficazmente. Muito naturalmente êles evitarão os estilos nacionais ou comerciais e pensarão e administrarão coerentemente dentro da estrutura de uma causa — a causa de Deus.

O Alvo de Nossa Administração

Outro princípio necessita ser salientado. Refere-se êle ao alvo de nossa administração. Tratando do assunto com tôda a objetividade, entendo que os líderes adventistas do sétimo dia assumem a responsabilidade de uma administração mundial. A obra divina nunca estará terminada em nenhum país, igreja ou instituição sem que esteja terminada em tôda parte.

O evangelho eterno tem que ser proclamado a “tôda nação, e tribo, e língua, e povo”. Jesus não disse: “Eu sou a luz da Palestina”. Êle proclamou: “Eu sou a luz do mundo” (S. João 8:12). Não ensinou aos Seus discípulos que seriam “o sal de Nazaré”; disse, porém, “vós sois o sal da Terra” (S. Mat. 5:13). Seu programa foi assim apresentado: “E Eu, quando fôr levantado da Terra, todos atrairei a Mim.” S. João 12:32.

Isto era estratégia em escala universal, e os crentes apostólicos, bem cedo adquiriram êsse conceito da causa de Deus. O concilio de Jerusalém estabeleceu o procedimento da instituição cristã: a igreja não seria sectária ; não seria provincial, nem mesmo continental; seria um empreendimento mundial. Os servidores da igreja seriam administradores de uma mensagem universal.

Regista a História uma apostasia. Estreitou-se a visão da igreja, que se tornou principalmente latina e européia. Deixou ela de ser católica. Esta perda da visão mundial teve conseqüências desastrosas. Desapareceu o estímulo da evangelização do mundo; quebrou-se a espada da conquista. No raiar de nossa época moderna o mundo não europeu estava ainda mergulhado em absoluta ignorância das boas-novas divinas.

Ocorreu, então, a Reforma do século dezesseis. Em parte motivado pela não catolicidade do Catolicismo Romano, foi que surgiu a reforma. Os reformadores buscaram não apenas a pureza interna da igreja, mas também a sua missão universal. Ao mesmo tempo houve uma revolta contra os restritos e opressivos princípios de administração que tornavam impossível a verdadeira catolicidade. Sôbre êste ponto é oportuna a seguinte citação de John C. McNeill:

“A Reforma não foi uma revolta contra o princípio de unidade e catolicidade, mas contra o privilégio e a mornarquia opressiva de Roma — um surgimento não meramente de sentimento nacional mas católico contra o que se tornara um imperialismo super-centralizado na cristandade, que tornara impossível a catolicidade. … A paróquia não era uma congregação mas uma unidade administrativa. O aspecto governamental da unidade não era amparado por um adequado vínculo religioso. A igreja romana substituira o primitivo conceito de catolicidade expresso numa universal livre comunhão, pela idéia da obediência a Roma. … Na Reforma, o povo cristão foi ensinado a pensar, a crer, e a cantar juntos, e foi-lhe concedida nova visão da elevada e universal comunhão que é a igreja católica.” — Unitive Protestantism, págs. 63-65.

Uma volta à idéia de uma missão universal promoveu a fundação de sociedades missionárias para disseminar o testemunho cristão às terras distantes. Foi êsse o comêço da era das missões. Mensageiros da cruz logo partiram para muitos países. Seus esforços foram facilitados pelos empreendimentos da Europa ocidental de domínio do comércio mundial. Em alguns sentidos o amparo do govêrno foi obtido através da negociação de privilégios contratuais e por outras maneiras. Fundamentalmente, o programa foi baseado numa igreja com missões e revestido de roupagem ocidental.

Êste conceito era bem diverso do do empreendimento apostólico. Os discípulos de Cristo saíram para estabelecer uma igreja missionária mundial. A terminação do programa divino no “tempo do fim” será levado a cabo em harmonia com o modêlo apostólico. Deve a igreja remanescente estar preparada para dirigir-se a tôdas as nações, a tôdas as raças, a todos homens de tôdas as crenças.

Uma Missão Mundial

Os líderes desta causa e especialmente os que assumem responsabilidades administrativas extensivas precisam manter constantemente perante si e perante a igreja êste conceito de uma missão mundial. Êles compreenderão e ensinarão que nosso propósito não é converter para o protestantismo nem para um ramo especial do cristianismo. Muito mais ampla e abrangente é a nossa missão. Reconhecerão êles que êste é o último movimento divino, que nosso mandato é ensinar a todos os homens “o evangelho eterno” e encaminhá-los para o redil dos remidos. Com isto em vista nós nos preservaremos, em tôdas as partes do mundo, das afiliações e consecuções nacionais e eclesiásticas, das filosofias regionais de religião, economia, govêrno ou cultura, e permaneceremos firmemente na plataforma da mensagem universal e da organização do mundo.

Cooperaremos, sem dúvida, com todos os homens de boa vontade e bom propósito. Seremos colaboradores conscienciosos. Neste ponto, como em todos os em que nos empenhamos, demonstraremos que temos o garbo da revelação divina e somos portadores da atmosfera da causa divina.

Os administradores que tiverem essa visão mundial da tarefa eliminarão a distinção não ortodoxa que a igreja é algumas vêzes tentada a fazer entre missões “nacionais” e “estrangeiras”. O apêlo evangélico e o empreendimento missionário serão um e o mesmo trabalho e progredirão ao mesmo tempo.

Os ensinos de Jesus bem esclarecem êste ponto. Não pôs Êle uma medida de tempo em Sua grande comissão, para os homens serem enviados a terras distantes depois de os nacionais terem sido convertidos e a obra aí firmada. Sabia Êle que essa estratégia significaria fracasso nacional e estrangeiro. “Ser-Me-eis testemunhas”, disse Êle “tanto em Jerusalém como em tôda a Judéia e em Samaria e nos confins da Terra” (Atos 1:8). Essa foi uma ordem global, com o fito de enviar os discípulos simultaneamente ao outro lado da rua, além das fronteiras e outras praias de mares. O assunto da diferença geográfica era irrelevante. Disse Êle: “O campo é o mundo” (S. Mat. 13:38).

Todos conhecemos administradores de longa visão, grandemente influenciados pelas necessidades das terras distantes, mas que ficaram mais ou menos insensíveis às conversões em terras pátrias. Outros, algumas vêzes, são míopes. Êstes são tocados de forte fervor evangélico para com as pessoas que vêem e a quem consideram parte de sua paróquia, mas estão menos interessados em ganhar as pessoas e lhes estão obscurecidas pelo véu da distância e pela ausência do que consideram ser a sua responsabilidade imediata. Ambos estão errados. Na causa do advento, cada crente, cada obreiro, cada igreja, cada ins-tituição e cada campo é responsável pela evangelização local bem como “pelos confins da Terra.” Os administradores da causa de Deus precisam considerar como sua paróquia o mundo.

Sincronizamos nossa administração com essa consideração fundamental? Isto é alguma coisa em que cada líder nosso deve pensar. Uma pergunta não pode deixar de ser feita: Como pode relacionar-se as necessidades de terras subdesenvolvidas e áreas não atingidas, como o legítimo desejo de expansão e fortalecimento tanto local como estrangeiro? Se trabalhamos na boa terra da América, sôbre que o Senhor com tanta abundância abriu a Sua mão, o problema será bem sentido, e da solução que lhe dermos aqui dependerá em grande medida o êxito do movimento adventista. Entretanto, a mesma pergunta, em maior ou menor grau, tem que ser respondida em tôda parte do campo mundial. Em tôda Terra, Deus chama homens e mulheres pa-ra que evangelizem os seus compatriotas e partilhem os tesouros do evangelho com as pessoas de tôda parte. Sempre há e sempre haverá um campo distante.

Avançando um pouco mais neste conceito de uma administração mundial da graça divina, somos levados a encarar outro problema e achamos para êle a solução divina. Êste problema é indicativo da crise surgida no planejamento missionário das igrejas Ocidentais. A propósito, uma revista de grande influência editou recentemente um artigo com o título seguinte: “Acabaram-se os Missionários?” O pensamento do autor era que, desde os tempos primitivos o missionário que enfrenta o cólera, os canibais com bom ânimo e zêlo, tem hoje a confiança minguada e sua tarefa se aproxima do fim. Com êste pensamento está em jôgo todo o futuro do programa missionário.

Isto não pode constituir-se numa crise para uma igreja mundial dirigida por administradores que tenham a verdadeira visão de nosso govêrno da igreja. As variações de circunstâncias no mundo podem abrir-nos portas para associar-nos com obreiros de além-mar ou além-fronteiras. Entretanto, nosso conceito e organização mundiais possibilitam ajustar os procedimentos e a prover as necessi-dades da causa de fontes mutáveis de homens e de recursos.

Durante muitas dezenas de anos as igrejas da América do Norte assumiram um compromisso muito pesado e, quase sozinhas, para manter o progresso da igreja. Hoje, êsse pêso está sendo partilhado em graus variados por tôdas as Divisões mundiais. O movimento adventista emprega hoje quase 45.000 obreiros em atividades evangélicas e institucionais. Dêsse total, cêrca de 43.000 são nacionais. De mais de 2.000 obreiros estrangeiros, aproximadamente 60 por cento foram enviados para o seu setor de trabalho pela Divisão Norte-americana. Os restantes saíram das outras Divisões. Efetivamente, no ano passado, dos 392 obreiros enviados para o estrangeiro, aproximadamente 50 por cento saíram das praias da América, e 50% foram enviados de outras Divisões mundiais. A bem dizer cada seção do mundo se tornou agora em base local, bem como um campo de evangelização. É êste um desenvolvimento natural para uma verdadeira igreja mundial.

Esta concepção mundial tem também um aspecto de organização. Cada unidade de nossa igreja propaga-se e governa-se por si, dentro da estrutura da igreja mundial. O todo é responsável por cada parte e cada parte é responsável pelo todo. As unidades mais fracas encontram amparo mediante associação com o todo. As mais fortes fruem inspiração nessa mesma associação. Uma igreja mundial é um corpo com muitos membros. Êsses membros organizam e dirigem os seus trabalhos, edificam a casa de Deus e ampliam o Seu trabalho mediante conselho mútuo através da liderança geral. Sem o pensamento de crise nem de agitação social a liderança é constituída como uma projeção natural dessa concepção mundial. As habilitações para essa liderança não são os dotes especiais de uma raça, de um povo nem de uma escola. No jôgo natural das circunstâncias e da experiência, justamente os homens e as mulheres mais bem-habilitados assumem seus cargos como obreiros e líderes.

Êstes princípios são alicerces sôbre que pode ser erguido o edifício da obra mundial. Devem os nossos administradores reconhecê-los. Reconhecerão êles, também, que a obra de Deus é mais bem consolidada numa seção do mundo por uma plêiade de obreiros cosmopolitas. Onde quer que o ideal possa ser conseguido, congregarão êles obreiros nacionais e estrangeiros. Os dons e capacidades serão assim suficientemente variados para contrabalançar as fraquezas e realçar as qualidades. Além disto, essa associação de homens e mulheres de “tôda nação, e tribo, e língua, e povo” constituirá uma constante rememoração

de que o nosso movimento abrange o mundo todo. Os observadores continuarão a maravilhar-se à medida que a causa de Deus avança triunfantemente até aos quatro cantos da Terra.

São êstes alguns dos elementos básicos da administração a que os líderes da causa de Deus se comprometem e dedicam. Considere-mo-los e decidamos com a graça de Deus, ser administradores em conformidade com o modêlo divino.