NO ANO DA COLHEITA

“As cidades devem ser trabalhadas. Os milhões que residem nesses centros densamente populados devem ouvir a mensagem do terceiro anjo”. — Evangelismo, p. 35.

O obreiro que sente verdadeiro amor pelas almas perdidas, e almeja ver a obra terminada, não pode estar tranqüilo enquanto milhões jazem em trevas de pecado nas grandes e pequenas cidades deste mundo. A Sra. White conta do quanto se desgastava trabalhando em prol das multidões citadinas: “O encargo das necessidades de nossas cidades tem pesado tanto sobre meus ombros, que algumas vezes parecia que eu ia morrer”. — Id., pp. 43, 35.

Em realidade, cada cidade se constitui em tremendo desafio para o evangelismo. Quantos vivem nestes centros esmagados sob todo tipo de pressões, angustiados, neuróticos, escravizados por vícios e pecados, sem esperança, ansiosos por alguma coisa que lhes alivie os fardos, infunda alguma certeza e lhes traga um pouco de paz. Se os irmãos querem ter uma prova disto, procurem saber daqueles que cuidam do TELEPAZ, dos dramas e conflitos de que tomam conhecimento diariamente. E os casos que não chegam aos nossos ouvidos? Quem pode prever o que aconteceu em nossa própria vizinhança, nas últimas 12 horas?

Como atingiremos estas almas, nós os que possuímos a única solução para os seus problemas?

Acredito que uma série de conferências é um dos mais eficazes meios de chegarmos até onde elas estão. É difícil prever todos os resultados de um trabalho evangelístico feito com amor, dedicação e inteligência, sob a direção de Deus. De vez em quando se ouve falar de uma série realizada há 5 anos ou mais, e que até hoje tem produzido frutos para o celeiro de Deus.

Por que cada obreiro, neste ano da colheita, não realiza um série de conferências? Escolha o local, faça seus planos, estruture o trabalho, e coloque mãos à obra. Prepare o terreno, para que ao semear, você possa colher o máximo. Material não nos falta: temos fichas de pesquisa lições da Escola Radiopostal, “A Bíblia Fala”, programas radiofônicos. Use a força leiga. Faça um esquema de trabalho, um planejamento missionário; apresente à igreja o grande desafio;* os irmãos querem trabalhar.

Sim, este é o ano da colheita. Mas não podemos colher, se cruzarmos os braços. Colheita exige ação, e ação requer muitas vezes sacrifício. Que exemplo encontramos em Paulo? Ele afirma que pregava a tempo e fora de tempo. Notemos suas palavras aos anciãos da igreja de Éfeso: “Jamais deixei de vos anunciar coisa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa”. Atos 20:20.

Este era o método de Paulo: “publicamente” (às multidões reunidas), “e de casa em casa” (visitação aos lares). Uma série de conferências não é porventura o plano missionário que mais se assemelha à maneira de Paulo trabalhar?

Ele nos fala de seu trabalho “de cidade em cidade” (v. 23) e de tudo o que sofria por amor do evangelho. Sua grande meta era finalmente atingir Roma, a grande metrópole do seu tempo, e o Senhor assegurou-lhe que ele teria esta oportunidade (Atos 23:11). Deus conhece os anseios de um evangelista, e lhe dará condições e poder para realizar o trabalho.

Que trabalho maravilhoso poderemos também realizar, movidos pelo espírito evangelístico de que Paulo era possuído! Lembremos que o mesmo Deus que operou através do apóstolo, está a frente de Sua Obra hoje. As maravilhas do passado poderão se repetir neste ano da colheita. Estamos nós prontos e dispostos?