Somos advertidos de que “farnosia bem passar diàriamente uma hora a refletir sôbre a vida de Jesus” (1). Os resultados de uma ação destas são-nos apresentados assim: “E a vida eterna é esta: que . . . conheçam a Jesus Cristo, a quem enviaste” (2) e ‘ conhecer a Deus é amá-Lo” (3), “pois andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos …” (4). O poder subjugante desta, sôbre a vida dos homens é tal que “quando fôr levantado da Terra, a todos atrairei a Mim” (5), o que nos levaria a “sermos transformados de glória em glória na mesma imagem” (6). E não é êste o grande objetivo da vida? “Restaurar no homem a imagem de seu Autor … tal deveria ser a obra da redenção” (7). Tudo isto e muito mais ainda será a bênção de um estudo cristológico, pois é Seu desejo de “poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento e a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo …” (8).

A Perfeita União da Divindade

É difícil à finita mente humana penetrar a infinita verdade da perfeita união da Divindade. Podemos apenas divisar vislumbres, pálidos reflexos. “Eu e o Pai somos um”, (9) é o ensino dAquele que “estava no princípio com Deus”, “antes de Suas obras mais antigas, desde a eternidade … ”, do “Verbo”, que “estava com Deus e que era Deus” (10). “O Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai, um em natureza, caráter e propósito” (11).

Desta perfeita união diz M. L. Andreasen: “Como é o Pai assim é o Filho — um em essência, um em caráter, um em propósito e pensamento . . . ”. “Quem Me vê a Mim, vê o Pai.” S. João 14:9,(12) é o grande mistério da Divindade. Insondável, incompreensível. “O mais elevado intelecto pode esforçar-se até à exaustão em conjeturas concernentes a Deus, mas infrutíferos serão os esforços. Êsse problema não nos foi dado a solver. Nenhuma mente humana pode compreender a Deus”(13). “Nenhuma mente finita pode compreender completamente a existência, o poder, a sabedoria ou as obras do Ser infinito. … Os mais poderosos intelectos da Terra não podem compreender a Deus. Os homens podem estar sempre a pesquisar, sempre a aprender, e ainda há, para além, o infinito”(14).

Otto H. Cristensen sugere mesmo que a “sua eterna relação era mais íntima do que a de pai e filho, mas que para nossa compreensão e salvação assumiram esta relação”(15).

A unidade do Verbo com as outras pessoas da Trindade é ainda claramente visível no uso do nome Jeová (Yahweh como daqui para diante o grafaremos), aplicado no Velho Testamento a ambos.

“Este nome augusto … não pode ser aplicado a qualquer outro ser, senão ao Ser supremo. É igualmente intraduzível. Não existe termo equivalente em outras línguas. Assim, quando o apóstolo o verte para o grego, escreveu: ‘Aquele que era e é e há de ser’. Há três variantes deste nome glorioso: Ja, Eja e Jeová. Serie diz que o primeiro implica existência absoluta. Significa ELE É. Apenas ocorre uma vez, em Salmo 68:4. O segundo, Eja, estando no tempo futuro, significa ELE SERÁ. Ocorre igualmente apenas uma vez e isto em Êxodo 3:14, onde é traduzido por EU SOU O QUE SOU. A terceira variante é Jeová e inclui o passado, o presente e o futuro” (16). Há no Velho Testamento mais de 6.000 ocorrências deste nome Yahweh, e muitas destas referem-se claramente ao Verbo, que, encarnado, tornou-Se Jesus Cristo, o Messias Salvador.

A palavra do Senhor (Yahweh) em Salmo 102:22 e 25 é aplicada em Hebreus 1:10-12 a Cristo. O nome aparece em Zacarias 11:12 e 13, onde Yahweh devia ser traído — clara referência a Cristo. Em Isaías 43:11, temos: “Eu, Eu sou o Senhor (Yahweh) e fora de Mim não há Salvador”. Assim, o Salvador é Yahweh no Velho Testamento.

Em Jeremias 23:5 e 6 encontramos o Renôvo que será levantado a Davi, e Seu nome será “Yahweh, Justiça nossa”. Em Malaquias 3:1, temos: “E de repente virá a Seu tempo Yahweh”. Novamente em Zacarias 14:5: “Então virá Yahweh … e todos os santos contigo…”. Comparando Zacarias 14:9 com Zacarias 9:9, encontramos a inspirada profecia do Rei entrando em Jerusalém, mas é novamente Yahweh que entra gloriosamente na cidade da Paz. Jeremias 25:31-33 descreve a destruição dos ímpios no dia do aparecimento de Yahweh.

Jesus é descrito em tocante linguagem poética como o Noivo (Efés. 5:32), e a igreja como a Noiva (Apoc. 19:7 e 8). Mas em Jeremias 3:14, é Yahweh que diz: “Eu vos desposarei”. Compare-se ainda o ensino neotestamentário de ser o Verbo o Criador de tôdas as coisas com Isaías 45:18, onde Yahweh é mencionado com o Criador. Isaías 40:3 traz a profecia de João Batista. Mas o caminho deve ser preparado a Yahweh. Veja-se ainda Joel 2:27-32, comparado com Atos 2:32 e 33. Salmo 68:17 —Yahweh subiu, com Efésios 4:7- 10; Isaías 6:1-5 com S. João 12:37-41. Obadias 21 com S. Lucas 1:32 e 33 e finalmente Zacarias 14:9 com Apocalipse 11:15. E que mais próprio do que êste uso comum do mesmo nome? Não são um? Mas não sòmente são um. Cristo Jesus, “desde o início tinha a natureza de Deus” (17), ou “porque Êle que sempre foi Deus por natureza”, (18) é O Eterno Verbo e “era antes de tôdas as coisas, e por quem tôdas as coisas subsistem” (19). Êle “é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (20). Não é um deus qualquer como querem alguns que hoje como no passado negam a igualdade do Verbo com o Pai, porque nÊle habita corporalmente tôda a plenitude da Divindade” (21). “No princípio era o Verbo e o Verbo era com Deus” (22). Não se tornou Deus em qualquer época do passado. É o eterno Yahweh, o eterno “EU SOU” (23). É a eterna fonte da vida, Aquêle que podia dizer: “Porque dou a Minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém Ma tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou. Tenho poder para dar e poder para tornar a tomá-la” (24). Diz-nos a serva do Senhor que “Êle era igual a Deus, infinito e onipotente, . . . eterno, existente por Si mesmo” (25). “Jesus declarou ‘Eu sou a ressurreição e a vida’. Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. ‘Quem tem o Filho, tem a vida’. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente” (26). “Sua existência divina, não podia ser contada pelo cômputo humano. A vida de Cristo antes de Sua encarnação não se calcula por algarismos” (27). Sim, quando em Cristo tôdas as coisas foram formadas, criadas, “sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades”, (28) Êle já existiu, pois “estava com Deus” e “Suas saídas são desde os dias da antiguidade” (29). “Falando de Sua pré-existência, Cristo reporta a mente através de séculos incontáveis. Afirma que nunca houve tempo em que Êle não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. Aquêle cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que vivera sempre com Êle” (30). Apesar de tão claro e tão positivo ensino, reina nos arraiais cristãos. Pergunta-se maliciosa e astutamente:

— Mas, se é Filho, então não pode ser eterno. Sem dúvida teve um comêço. Não é co-eterno com o Pai. Não é, enfim, eterno!

E não haverá mesmo em nosso meio alguma confusão ou incompreensão a respeito da relação PAI-FILHO? Como compreender na eterna Divindade esta relação de Pai e Filho? É relação de descendência? Descende ou deriva o Filho do Pai? Talvez esta incompreensão advenha do fato de não distinguirmos ou não atentarmos para o fato de que há na existência dAquele Ser, certos períodos em que LHE devemos dar nomes distintos.

Na eternidade do passado, Êle era Deus, intimamente associado e fazendo parte da Trindade. Vamos, para clareza dêste estudo, dar-LHE o nome que a Bíblia LHE dá: “Verbo”. O eterno Verbo. Depois houve época quando tornou-Se aquilo que não era antes: — O Filho de Deus, Jesus, o Salvador, Cristo, o Ungido. E isto para nossa salvação. Para o propósito de redimir a raça humana tornou-Se mesmo o Filho do homem.

Apercebemo-nos do perigo que se nos antepõe. Pisamos terreno santo, e a ordem de Deus é a mesma que foi dada a Moisés: “Tira os teus sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás, é terra santa” (31). E é com suma reverência que abordamos êste transcendente assunto. Mas sòmente o poderemos compreender

À Luz do Grande Plano de Salvação

Para não errarmos é preciso deixar que o grande amor de Deus que O fêz dar Seu Filho, nos ilumine a mente e mostre o caminho.

Este plano divino foi concebido primordialmente para reivindicar o caráter de Deus das acusações que Satanás Lhe assacou, e também para redimir a raça humana da maldição do pecado (32). Mas para ser corretamente entendido, devemos es-tudar êste assunto à luz que emana do Grande Plano de Salvação. Fazendo retroceder a mente, chegaremos a um tempo quando forçosamente a Divindade estava só, pois tudo quanto existe neste cosmo, exceto a Trindade, foi criado a seu devido tempo. Só Deus é incriado, existente por Si. É um Ser necessário e não contingente. É infinito, sem comêço nem fim. Neste tempo, não existindo ainda nenhum ser criado, não existia também nenhum perigo de pecado e nem era necessário qualquer remédio para êste ou sequer uma provisão para o mesmo. Estavam então intimamente associados: Deus, o Verbo e o Espírito Santo — a Santíssima Trindade.

No tempo determinado por Deus, surge o plano da criação. Deus resolve trazer à existência sêres inteligentes, possuidores do livre arbítrio, da livre escolha. Há inerentes a êste plano a possibilidade de escolha errada da parte do homem, de surgir o pecado. Apresenta-se um dilema terrível. Dilema só para nós. Para Deus não há dilema, não existe crise, não há imprevisto. Êle sabe o “fim desde o princípio”. Valeria a pena criar sêres humanos com a possibilidade de trazer o pecado e a maldição a êste mundo? Mas Deus que “desde o princípio . . . sabia da apostasia de Satanás e da queda do homem, mediante o poder enganador do apóstata” (33), responde: Sim! Resolve criar Adão e Eva “à Sua imagem” (34). Adão receberia o nome de “Filho de Deus” (35).

Antes, porém, e devido à ameaça do pecado, houve “conselho de paz” no Céu. “Mui prolongada foi aquela comunhão misteriosa — o ‘conselho de paz”’ (36). “Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer a expiação por sua transgressão.” Resolveu-se que Cristo, o Verbo, “tomaria sôbre Si a culpa e a ignomínia do pecado — pecado tão ofensivo para um Deus santo que deveria separar entre Si, o Pai e o Filho. Cristo atin-giria as profundezas da miséria para libertar a raça que fôra arruinada” (37). Então, “perante o Pai pleiteou Êle em prol do pecador, enquanto a hoste celestial aguardava o resultado com um interêsse de tal intensidade que palavras não o poderão exprimir” (38). O Verbo resolve, pois, tomar o lugar de Adão e Eva, do homem ainda não criado, mas como a criação já estava planejada, colocar-Se na brecha que seria aberta pelo pecado, substituir, redimir o primeiro Adão, o Filho de Deus, e tornar-Se assim

O Filho de Deus no Grande Plano de Salvação em termos de onisciência, conhecimento antecipado. É verdade que em caráter, em amor, teria tido esta disposição, sempre. Agora, após a realização do conselho de paz começa a desdobrar-se e a tomar forma, o mistério da piedade. O Verbo resolve tornar-Se aquilo que não era antes — o Filho de Deus, o Salvador do mundo, o Segundo Adão. Resolve ocultar a Sua divindade na natureza hu-mana. Revestir a grande e valiosíssima Pérola na concha das imperfeições humanas.

A Criação do Homem

Finalmente, no devido tempo, o homem é criado. Cristo, o Criador dos mundos físicos, é também o Autor de governos, de ordem e leis tanto no Céu como na Terra. Não sòmente é Êle o Criador, mas sustenta tudo; nÊle o Universo tem sua continuação e ordem.

De alegria “as estrêlas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam” (39).

Adão e Eva, ao saírem das mãos do Criador, eram perfeitos, pois ao passar em revista a obra de Suas mãos, disse Deus que “tudo era muito bom” (40). Tôdas as inclinações e tendências do homem eram para o bem; eram sábios, nobres, aspirando a elevados ideais. Deus tomara tôdas as medidas para o desenvolvimento harmonioso de seu caráter. Êste não é criado; deve ser desenvolvido mediante árduas lutas. É formado por contínua resistência à tentação e vitórias diárias sôbre o pecado. Para que pudesse assim desenvolver o caráter. Deus reservara para Si uma árvore — a da ciência do Bem e do Mal, e dela disse a Adão: “Dela não comerás, porque o dia em que dela comeres, certamente morrerás” (41). Mas Adão não morreu “naquele mesmo dia”. Ao contrário, viveu ainda centenas de anos. Não cumpriu Deus a Sua ameaça? Arrependeu-Se da sentença? Não! Deus não é como o homem para que minta. A sentença certamente se teria cumprido se o “Verbo”, o Filho de Deus, não Se tivesse pôsto de permeio. E assim o “castigo que nos traz a paz estava sôbre Êle e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (42). A sentença a recebeu o Justo. Desde agora existe um Cordeiro de Deus em cujo sangue são “lavados todos os pecados” (43). O Verbo, o Filho de Deus, torna-Se mediante esta intercessão “o Cordeiro morto desde a fundação do mundo” (44).

Em contraste, Adão e Eva perderam a sua filiação divina e tornaram-se “filhos da ira” (45). O Verbo agora torna-Se Filho de Deus por antecipação e os que O aceitam, são salvos pela fé neste sacrifício que Deus proveu para a redenção da raça caída, antecipando o efeito da morte de Cristo na cruz.

O Grande Mistério da Encarnação

Muitos séculos antes, por meio do suave cantor de Israel, o Verbo anunciou a Sua vinda a êste mundo nas seguintes palavras: “Eis aqui venho. No rôlo do livro está escrito de Mim” (46), e Paulo acrescenta: “Pelo que, entrando no mundo, corpo Me preparaste” (47). Cristo veio estabelecer Seu tabernáculo com os homens a fim de torná-los familiar com o caráter e a vontade divinos. Tomou sôbre Si a natureza humana tal qual Adão a possuía antes de pecar, a fim de mostrar que era possível ao homem vencer onde Adão fracassara. Corpo foi-Lhe preparado no divino plano de redenção. Encarnou. Tornou-Se por um pouco de tempo “menor do que os anjos” (48), e isto para poder “chamá-los irmãos”. “E visto como os filhos participam de carne . . . também Êle tomou a descendência de Abraão . . . para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote” (49).

Diante desta incompreensível humilhação, pois “aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz” (50). São João exclama estupefato: “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus” (51). Sim, que grande caridade! Pela sua origem etimológica significa “aquilo que vai muito além do que com justiça se pode esperar do homem” (52).

Ecoarão com vigor sempre renovado as palavras da serva do Senhor: “Cristo foi tratado como nós o merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Êle tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Êle pertencia” (53). Por esta experiência — so frendo com o homem e pelo homem, Cristo tornou-Se o nosso perfeito Salvador (54). Pela encarnação, “Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho” (55). Agora, em Seu nascimento miraculoso e divino, vida exemplar e morte vicária, substituindo o homem, Êle torna-Se de fato e em realidade

O Filho de Deus

Cumpre-se agora em tôda a sua amplitude a profecia de Davi quando diz: “Recitarei o decreto: O Senhor Me disse: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei” (56). Notemos bem dois pontos — recitarei — futuro; e hoje Te gerei. O Verbo tornar-Se-ia Filho pelo ato de ser gerado. E a Bíblia diz que Jesus Se tornaria Filho de Deus. Êste título, aplicado ao Verbo antes dêste evento supremo, é compreensível à luz do grande plano de Deus. Êle pôde ser chamado Filho de Deus por antecipação. Mas é agora que Se torna em realidade o Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo.

Como Filho de Deus, Êle toma o nosso lugar. Sôbre Si leva os nossos pecados ao madeiro e êstes finalmente Lhe quebram o nobre e santo coração. Mas a morte não O pode reter. Russuscita glorioso e após algum tempo ascende ao Céu. Nesta ressurreição e ascensão, tomam lugar acontecimentos de suma importância e que lançam luz sôbre um importante passo da Cristologia.

Quem volta agora ao seio do Pai não é o Verbo que desceu a êste mundo, mas é Jesus Cristo, o Filho de Deus, e consigo leva a humana natureza, redimida, santificada, a encontrar-se de nôvo com Deus sem nenhum véu de permeio. “Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá” (58). “Deus .. . deu” (59), “não O deu sòmente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída” (60).

Ressuscitando, arranca a natureza humana do poder da morte, e ascendendo ao Céu, a reconcilia de nôvo com Deus. “Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto céu. É o ‘Filho do homem’ que partilha do trono do universo” (61). Há aqui uma dupla vitória. A de Cristo sôbre o pecado e a morte e nÊle a natureza nossa, humana, volta à união com o Pai. Assenta-se em Cristo no “trono do universo”. Temos aqui o penhor de nossa ressurreição, de nossa ascensão e união com Deus.

Mas antes de Sua ascensão, como diriamos, “oficial”, Cristo vai buscar a certeza de que Seu sacrifício foi aceito. De que de fato, “ao tomar a nossa natureza, o Salvador Se ligou à humanidade por um laço que jamais se partirá” (62). É-Lhe dito que o sacrifício está completo. A reconciliação aceita. De que não há mais obstáculos à volta dós membros da família humana e agora de nôvo ligados à família divina. É em Cristo a volta do pródigo ao lar eterno. É o primeiro Adão que perdera sua filiação, reintegrado no seu antigo lugar. Por Cristo, o Filho de Deus, torna-se novamente filho de Deus o homem. E esta maravilhosa verdade é agora “proclamada com poder” (63). Primeiramente Êle é “gerado” Filho de Deus. Agora esta união eterna, êste fato de que o homem voltou a ser filho de Deus e de que o Verbo, Jesus Cristo, tanto nos amou ao ponto de reter “para sempre Sua natureza humana” (64), sendo agora eternamente o Filho de Deus, é “proclamado Filho de Deus em poder”, e “disso deu certeza, ressuscitando-O dos mortos” (65). Que maravilhoso Salvador não temos nós! Sim, “conhe-cê-Lo é amá-Lo”! (66).

BIBLIOGRAFIA

1 — D. T. N., pág. 58

2- João 17:3

3- D. T. N., pág. 14

4 — Atos 10:38

5-João 12:32

6-II Cor. 3:18

7 — Educ., pág. 16

8 — Efésios 3:18, 19

9-João 10:30

10 —João 1:2, 1 e Prov. 8:22

11 — Patriarcas e Profetas, págs. 13, 14 (2ª ed.)

12 — The Book of Hebrews, 51

13 —A Ciência do Bom Viver, pág. 380

14 — Patriarcas e Profetas, pág. 42 (2ª Ed.)

15—Ver “Jesus and the Trinity”, em Ministry, julho de 1961

16 — 280 Titles and Simbols of Christ, pág. 214

17 —Fil. 2:6 —Versão de Weimouth

18 —Fil. 2:6 —Versão de Phillips

19- Col. 1:17

20- Heb. 13:8

21- Col. 2:9

22- João 1:1, 2

23- João 8:58

24- João 10:17, 18

25 — Evangelismo, pág. 615

26 — Evangelismo, pág. 616

27 — Evangelismo, pág. 616

28- Col. 1:16

29- Miq. 5:2

30 — Evangelismo, pág. 615

31 — Êxodo 3:5

32 — Valerá a pena um estudo mais profundo dos princípios aqui envolvidos e remetemos o leitor, para êste fim, para o livro “lf You Were the Creator” de George MacCready Price.

33- D. T. N„ pág. 15

34- Gên. 1:27

35 — Luc. 3:38

36 — Patriarcas e Profetas, pág. 57

37 — Patriarcas e Profetas, pág. 57

38 — Ibidem

39- Jó 38:7

40- Gên. 1:31

41 -Gên. 2:16, 17

42-Isa. 53:5

43 — 1 João 1:7 u. p.

44 — Apoc. 13:8

45 – Efés. 2:3

46 – Sal. 40:7

47- Heb. 10:5

48- Heb. 2:9

49- Heb. 2:11-17

50 – Fil. 2:7, 8

51—1 João 3:1

52 – Vede “Treasures From The Greek New Testament”, de Kenneth S. Wuest

53 — D. T. N., pág. 17

54 — Heb. 2:10 e 5:9. Ver margem

55- D. T. N., pág. 17

56- Sal. 2:7

57 —Mat. 1:20 e Luc. 1:35

58 — D. T. N., pág. 17

59 — João 3:16

60 — D. T. N., pág. 17

61- D. T. N., pág. 17

62- D. T. N., pág. 17

63 — Rom. 1:4

64- D. T. N„ pág. 17

65- Atos 17:31

66 — D. T. N., pág. 14