MELVIM K. ECKENROTH
(Professor Assistente de Teologia Prática, Seminário Teológico Adventista)
AINDA que eu falasse as línguas da erudição, e ainda que usasse os métodos aprovados da educação, e deixasse de ganhar para Cristo os meus alunos, ou de edificá-los no caráter cristão, seria como o lamento do vento num deserto sírio.
E ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios, e pudesse dominar tôdas as fôrças do argumento e superar todos quantos ousassem comigo argumentar, e os não ganhasse para Cristo, seria verdadeiramente como o metal que soa e como o sino que tine.
E ainda que possuísse a melhor perícia de ensinar e conhecesse todos os mistérios da psicologia religiosa, e possuísse todo o conhecimento bíblico, e me não empenhasse na tarefa de ganhar outros para Cristo, seria como uma nuvem de orvalho em pleno oceano.
E ainda que eu lesse todos os comunicados da Associação e as lições da Escola Sabatina, e ainda que atingisse os alvos da Campanha da Recolta, e ainda que freqüentasse os cursos ministeriais e os acampamentos de verão, e me satisfizesse com coisas que não fôssem ganhar para Cristo os pecadores e firmar as almas no caráter e atividade cristãs, nada disso me aproveitaria.
O professor, pregador e obreiro ganhador de almas de qualquer território é sofredor e benigno, e se satisfaz unicamente com a disseminação das palavras da verdade salvadora; não inveja os demais que estão isentos da tarefa de ensinar e em situação humilde; não se ensoberbece de alguma grande posição de autoridade, nem se orgulha de sua capacidade intelectual.
O ganhador de almas não se porta com indecência entre os sábados, não busca o seu próprio conforto, nem se irrita facilmente, nem folga com as más informações a respeito de seus irmãos; suporta tôdas as coisas, crê tôdas as coisas que os irmãos garantem, e espera que tôdas as coisas tenham bom fim.
Agora, pois, permanecem o conhecimento, os métodos e o evangelismo, êstes três, mas o maior dêstes é o evangelismo.