‘‘Ao recebermos o pão e o vinho que simbolizam o corpo partido de Cristo e Seu sangue derramado, unimo-nos, pela imaginação, à cena da comunhão no cenáculo. Afigura-se-nos estar atravessando o jardim consagrado pela agonia dAquele que levou sôbre Si os pecados do mundo. Testemunhamos a luta mediante a qual foi obtida nossa reconciliação com Deus. Cristo crucificado Se apresenta entre nós.
“Contemplando o Redentor crucificado, compreendemos mais plenamente a magnitude e significação do sacrifício feito pela Majestade do Céu. O plano da salvação glorifica-se aos nossos olhos, e a idéia do Calvário desperta-nos vivas e sagradas emoções de alma. No coração e nos lábios achar-se-ão louvores a Deus e ao Cordeiro; pois o orgulho e o culto de si mesmo não podem medrar na alma que conserva sempre vivas na memória as cenas do Calvário.
“Aquêle que contempla o incomparável amor do Salvador, será elevado no pensamento, purificado no coração, transformado no caráter. Sairá para servir de luz do mundo, para refletir, em certa medida, êste misterioso amor. Quanto mais conteplar-mos a cruz de Cristo, tanto mais adotaremos a linguagem do apóstolo quando disse: ‘Mas longe esteja de mim gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo’.”— O Desejado de Tôdas as Nações, pág. 494.