Em meados de 2005, enquanto eu ponderava sobre o chamado para unir-me à equipe da Associação Ministerial da Associação Geral, o pastor James Cress, então secretário ministerial, convidou-me a passar uma semana com ele e os secretários associados. Durante aquela semana, eu investi tempo em acompanhar as atividades de cada membro da equipe. Isso foi extremamente necessário, para que pudéssemos trabalhar em harmonia. Eu tinha que captar a visão ministerial da equipe. Necessitávamos desenvolver um senso de família.

“A igreja deve acompanhar progresso dos novos crentes em sua compreensão de Deus”

Cada semana, nas igrejas em todo o mundo, homens e mulheres experimentam essa mesma situação. Enquanto lutava para decidir se mudaria de trabalho e me transferiría com a família para mais de mil quilômetros longe de outros familiares e amigos, compreendi a luta de muitas pessoas, no momento de decidir mudar de uma igreja em que mantêm relacionamentos enraizados, para outra congregação. Elas se sentem impulsionadas a captar uma nova visão de serviço e desenvolvimento de um novo senso de família.

Isso não acontece apenas com pessoas que se mudam de uma cidade para outra e precisam encontrar uma nova igreja, mas também com quem se transfere de uma denominação para outra, ou membros afastados que retornam à igreja.

Por assimilação, refiro-me ao processo de unir algo ou alguém a alguma coisa que já existe, possibilitando uma troca de experiências que levam ao crescimento das duas partes. Trata-se de um relacionamento simbiótico, isto é, todos os elementos contribuem mutuamente um com o outro, nutrindo um ao outro. Esse processo de assimilação gera benefícios para todos na igreja – para aqueles que entram nesse novo relacionamento bem como para aqueles que já fazem parte da igreja, há pouco ou muito tempo.

A assimilação leva ao fortalecimento espiritual. Muitos têm o pensamento de que os novos crentes devem ser alimentados automaticamente da espiritualidade que já existe na congregação. E, de fato, a igreja deve nutrir e educá-los, e verdadeiramente o faz. Contudo, também é verdade que esses indivíduos, que podem ter vindo de outras congregações, são semelhantes àqueles novos irmãos participantes de sua nova congregação – crentes crescendo em Cristo que amam ao Senhor e desejam caminhar de acordo com a luz que possuem. Então, alguém deve ter a iniciativa de se aproximar deles, dialogar com eles a respeito de Deus, acompanhando o progresso desses novos irmãos em sua compreensão sobre Deus, e se alegrando em andar com Ele.

A assimilação permite que as pessoas se fortaleçam mutuamente através de seus dons espirituais. Minha família e eu temos sido abençoados desde que nos mudamos para Washington D.C., onde frequentamos a igreja de Dupont Park. Temos sido espiritualmente alimentados e ensinados como resultado dos vários ministérios ali desenvolvidos; não apenas como resultado de pregação ou música, mas outros ministérios como, por exemplo, a unidade a que pertenço na Escola Sabatina, com seu calor humano.

Mas, também temos dado nossa contribuição. Meu filho atua como diácono jovem, minha filha trabalha com os jovens, minha esposa cuida dos desbravadores e eu dirijo a classe bíblica para novos crentes. Estávamos procurando oportunidades para servir, e as encontramos.

A assimilação diminui as cargas sobre outros. Duas professoras da classe Rol de Berço da igreja de Dupont Park estão nessa atividade há mais de 40 anos. Quando nossa família se juntou a essa igreja, minha esposa se dispôs a ajudar naquela classe. Qual foi o efeito produzido? Três professoras dividiam entre si a carga, permitindo-se mutuamente descansar de vez em quando.

Como fazer para que alguém leve a carga de outro? Às vezes, isso é o maior desafio; mas o pastor consciente, desperto para as necessidades e o peso das cargas colocadas sobre os ombros dos heróis voluntários da igreja, fará seu melhor para que a igreja assimile os novos membros, recém-batizados ou transferidos, envolvendo-os nos vários ministérios.