Capacitação. Essa palavra é cada vez mais ouvida nas repartições corporativas da América. Quando o chefe executivo de alguma empresa fala a seus vice-presidentes, ele os encoraja pelo uso frequente da palavra “capacitação”. Por sua vez, quando os vice-presidentes se dirigem aos seus gerentes intermediários, procuram motivá-los assegurando-lhes que eles estão “capacitados”. E quando os supervisores e gerentes falam ao pessoal dos departamentos, eles usam uma linguagem ricamente embasada pelo conceito de capacitação.

Essa é a ideia chave do mundo dos negócios e do gerenciamento. É o paradigma atual, a força motivacional que continuará dirigindo os elementos progressivos do corporativismo em direção ao futuro. E qual é a essência dessa nova força na indústria? Talvez isso seja mais facilmente observável quando apresentado em forma de contraste entre os dois conceitos de gerenciamento.

No modelo tradicional ou hierárquico, os líderes controlam os trabalhadores, restringem as informações, agem no sentido de que façam o que foi determinado, sem a chance de correr riscos. Têm como motivação a conquista do poder. São servidos pelos trabalhadores, que, por sua vez, não possuem qualquer autoridade. Segundo o modelo inovador ou participativo, os líderes partilham sua visão e as informações com os liderados. Fazem o que necessita ser feito, são criativos, apesar dos riscos. A conquista do potencial é sua motivação. Servem aos liderados e lhes conferem autoridade.1

Não é preciso muito esforço mental para compreendermos que a Igreja possui a tendência de seguir o modelo tradicional ou hierárquico – uma abordagem monolítica na qual o povo tem pouca força ou influência, e deve esperar pelos programas e diretrizes elaborados pelos administradores, e mandados de cima para baixo. Mas o pensamento corporativo recorda-nos que as pessoas dão o seu melhor e crescem em seu potencial apenas quando são capacitadas para agir.

Capacitação acontece quando um indivíduo é comissionado com uma tarefa específica e tem a responsabilidade de cumpri-la. Isto em si mesmo não é nenhuma novidade, obviamente, porém, é precisamente o que acontece no velho modelo de liderança. A diferença é que juntamente com a responsabilidade, também é conferida autoridade para agir, além da provisão dos recursos necessários e completa liberdade para escolher alternativas adequadas para a solução de problemas, mesmo que isso signifique correr riscos. Capacitar é confiar.

Esse modelo de capacitação é um conceito do Novo Testamento, que está esperando ser redescoberta pela Igreja. É o ideal da Bíblia para a perseguição bem-sucedida do sonho de cobrir todo o mundo com o evangelho. Indubitavelmente devemos, como igreja, reestudar a lição bíblica.

O modelo bíblico

A expressão que a Bíblia utiliza para esse modelo exitoso é ministério através dos dons espirituais, e o assunto é desenvolvido pelo apóstolo Paulo em I Cor. 12:4-6. Ele abre o capitulo com a afirmação de que a Igreja não pode se dar ao luxo de ignorar essa supremamente importante lição, porque o cumprimento de sua missão evangelizadora depende disso. Então, sublinha três passos de implementação.

Primeiro, o Espírito Santo equipa os membros de uma congregação com uma grande variedade de dons espirituais, todos distribuídos bem de acordo com as respectivas personalidades, de modo que todas as pessoas se sintam confortáveis no exercício do seu ministério.2 “Ora, os dons são diversos” (v. 4). Segundo, o processo tem continuidade quando Deus estabelece uma grande variedade de ministérios adaptados a todos os membros da congregação local: “E há diversidade de serviços” (v. 5). E terceiro, o processo é completamente implementado quando Deus capacita (do grego energemata = energia) os membros para o êxito no desempenho dos seus respectivos ministérios. “… Deus é quem opera tudo em todos” (v. 6). Assim o Espírito Santo concede as habilidades para ministrar, cria oportunidades para ministrar e capacita em direção ao sucesso.

Nas três ocasiões em que Paulo elabora o tema dos dons espirituais, ele usa o corpo como uma metáfora da igreja. Baseados nessa ilustração, nós devemos assumir que cada parte do corpo possui uma função específica, que todas as partes trabalham em harmonia, e que esse corpo disciplinado atua otimamente.

Equipando para um ministério específico O que é um dom espiritual? É a habilidade para desenvolver um ministério específico. Cada indivíduo do corpo de Cristo tem uma função, um propósito, um ministério, exatamente como cada órgão do corpo humano tem uma função, um propósito, um ministério. Portanto, da mesma forma que nós nos referimos a pessoas habilidosas para determinadas tarefas seculares, como sendo bem dotadas, também a igreja pode corretamente dizer que todos os seus membros são dotados para o desempenho de um ministério específico.

Sempre que é feita referência aos dons ou ministérios espirituais, é comum alguns membros retrucarem: “eu não estou seguro de que possua algum dom”. Mas três vezes em um só capítulo (I Cor. 12:7, 11 e 18), Paulo enfatiza que cada membro possui um dom para ser usado de alguma forma importante, e um dos deveres primários de cada congregação é procurar facilitar o processo de descoberta desse dom em todos os membros. Max DePree ensina que “quando nós pensamos a respeito de líderes conduzindo pessoas e uma variedade de dons em uma corporação ou instituição, verificamos que a arte de liderar reside em aprimorar, liberar e facilitar o desenvolvimento daqueles dons”.3

Em que consistem tais dons? Repetimos, eles são habilidades específicas para ministrar a outras pessoas, e existem em duas principais categorias: busca – atrair pessoas para Cristo; e conservação – guardar as pessoas em Cristo. Nesse sentido, os dons do Espírito são todos diretamente relacionados com o evangelismo. Em geral, nós pensamos no evangelismo num sentido muitíssimo restrito. A Igreja existe para um único e todo envolvente propósito – evangelismo -, o qual é implementado em três etapas: 1) alcançar e conduzir a pessoa a Jesus; 2) mantê-la na igreja; e 3) integrá-la à missão.

Em I Cor. 12 e 13; Rom. 12 e Efés. 4, entre outras passagens, Paulo enumera, numa terminologia própria do primeiro século, vários aspectos de como a Igreja primitiva conduziu seu ministério. Ela possuía líderes, auxiliares, conselheiros, professores, médicos, pregadores, etc. E ainda necessita deles hoje.

Numa colocação contextualizada, a Igreja necessita também de profissionais de informática, advogados, enfermeiros, jornalistas, músicos, economistas, bibliotecários, pilotos, motoristas, etc., nem todos especificamente mencionados no Novo Testamento. Mas aqui está a chave para nossa compreensão: qualquer que seja o ministério necessário ao cumprimento da missão, Deus dará as habilidades e dotará os membros.

A questão crítica, que cada congregação deve responder, é se confia verdadeiramente que o Espírito Santo provê todos os dons para o desenvolvimento de cada ministério que Ele tem planejado em sua área. Todos devemos concordar que a resposta deve ser um inequívoco “sim”. Se esse é o caso, podemos afirmar que a sagrada tarefa comissionada à Igreja será conduzida a uma decisiva vitória em sequência ao supremo triunfo conquistado na cruz, na medida em que todos os membros encontrem e utilizem seus dons espirituais.

Dotação divina

É importante notar que quando o Espírito Santo nos capacita – e isso é parte integrante do processo do novo nascimento nós podemos começar nosso ministério pessoal imediatamente. Se uma pessoa recebe um dom, ela está habilitada. Com o passar do tempo ele será aperfeiçoado, mas o indivíduo está habilitado desde a ocasião do nascimento espiritual. E a vida espiritual dessa pessoa enfrentará grande frustração enquanto não fizer a descoberta do ministério para o qual Deus a dotou.

A experiência do compositor e pianista Schumann ilustra este ponto. Sua genitora decidiu que ele seria um advogado e o colocou para estudar em Leipzig. Ali o jovem permaneceu grandemente intranquilo e insatisfeito, vivendo numa atmosfera a qual descreveu como “frígida jurisprudência”. Foi então que ele descobriu a música, o dom de sua vida, e sem demora escreveu para sua mãe: “Eu sinto que deveria ter sido destinado para a música”.

Aqueles que possuem o dom da hospitalidade tomam bem-vindos os necessitados de salvação e integram os salvos no companheirismo da igreja. Diáconos e diaconisas tocam a vida das pessoas através de muitos modos práticos buscando satisfazer suas necessidades no lar, na igreja, na escola e na comunidade. Professores instruem no conhecimento da vontade de Deus. Líderes organizam e motivam. Conselheiros ajudam a resolver incertezas e conflitos. Pastores socorrem, alimentam, protegem, mas acima de tudo, capacitam. E existe um número ilimitado de outros dons que podem ser perfeitamente adaptados às necessidades da igreja local e da comunidade. Todos os ministérios e dons devem ser organizados, coordenados e tomados efetivos na conclusão da Obra de Deus, na medida em que nos aproximamos do fim.

O que nos prende

Voltemos ao coração deste artigo. Deus tem previamente equipado a Sua Igreja, cada congregação, todos os membros individualmente, com todas as habilidades necessárias para cumprir Sua vontade em suas respectivas comunidades. Mas, pouquíssimos têm qualquer noção de seus dons, habilidades e ministérios, e muitos continuam como ineptos espectadores. Esperando e orando para que um dia eles sejam incluídos. Que alguém os descubra, e que possam experimentar essa torrente de gozo e energia que outras pessoas experimentam em seu trabalho. E que finalmente conheçam que Deus realmente planejou incluí-los na execução da maior tarefa já confiada a mortais – ministrar a outros em nome de Jesus. Os membros de nossas congregações já estão capacitados pelo Espírito Santo, mas estão esperando por afirmação da parte de seus líderes.

A Igreja tem crescido na dependência de evangelistas profissionais para cumprimento da Grande Comissão. Esses dotados proclamadores do evangelho respondem entusiasticamente ao seu chamado, conduzindo cruzadas em todos os lugares. Mas, parece-me que através desse trabalho, o modelo de capacitação do Novo Testamento é inconscientemente obscurecido e negligenciado. Em minha própria comunidade de fé, os líderes empregam evangelistas itinerantes tendo em vista a consecução do crescimento congregacional e incentivar os membros a lançarem mão desses serviços evangelísticos externos através de pequenas campanhas. E embora isso aparente produzir resultados benéficos, há duas razões suficientes para levar-nos a um reestudo de sua eficácia, pelo menos a longo prazo.4

Conservação

Primeiramente referimo-nos ao problema da conservação. Cada ano meus alunos de Evangelismo e Prática Pastoral expressam sua frustração ante a elevada porcentagem de apostasias que ocorrem sempre após a saída de um evangelista do local onde realizou sua campanha. Quando confrontados com o desgaste, nós evangelistas nos posicionamos premeditadamente na defensiva e rapidamente respondemos que os recém-nascidos espirituais ficaram saudáveis e entusiasmados quando a campanha terminou, atribuindo a responsabilidade ao pastor que supostamente teria falhado em continuar o trabalho, deixando de alimentar e proteger o rebanho.

Ora, se os evangelistas itinerantes não podem tomar tempo para nutrir os novos conversos, talvez seja necessário redefinir seu ministério. Mesmo os apóstolos do primeiro século permaneciam em áreas receptivas durante um bom tempo, com o propósito de firmar os novos crentes. Um relacionamento muito íntimo geralmente se desenvolve entre quem testemunha e quem responde. Ninguém está em melhor posição para solidificar os recém-batizados do que aqueles que os conduziram a Cristo.

Há uma necessidade vital de reconectar evangelismo e conservação. E isto parece estar plenamente consentâneo com a prática do Novo Testamento. Por exemplo, Paulo recomendou a Timóteo no sentido de fazer o trabalho de evangelismo (II Tim. 4:5), uma pessoa que desempenhava funções intimamente relacionadas. Parece-me também ser significante que Paulo enumera juntos os dons de evangelização, pastoreio e ensino (Efés. 4:11).5 Eu creio que é apenas quando esses dons são exercidos em conjunto que uma igreja experimenta unidade e maturidade em Cristo Jesus.

Por conseguinte, do mesmo modo, o ministério múltiplo do pastor apoia esse conceito. Apenas uma vez no Novo Testamento, a King James Version usa a palavra “pastor” traduzida do vocábulo grego poimen. Literalmente ela significa “pastorear”, “guiar”, “dirigir”, “proteger”, conforme pode ser atestado em outros usos. O que faz um guia espiritual? Entre outras coisas, primeiramente, ele resgata e alimenta, o que significa evangelizar e conservar. Não há problema para que o crescimento individual e coletivo dos crentes seja acentuado, se mantivermos esses ministérios numa mesma pessoa ou num ambiente congregacional.

Mas, tão importante quanto o argumento precedente deva ser, é o próximo item que tem maior significado para o futuro.6

Todos estão capacitados

A responsabilidade pelo evangelismo é de todo o corpo de crentes. Frequentemente pastores e membros de uma comunidade sentem-se impotentes diante da eloquência de carismáticos evangelistas. Normalmente o resultado final é que tanto pastores como membros acabam convencidos de que eles jamais poderão igualar este nível de ministério, e decidem não participar no evangelismo. Assim, o problema parece ser de autopreservação e o inspirado plano do Espírito é negligenciado. Numa classe de 75 pastores que participavam de um seminário descobri que apenas uns poucos se sentiam à vontade ou tinham algum plano para participação em evangelismo público tradicional.

Não há aqui nenhuma crítica aos evangelistas. Com base em minha própria experiência, de quão difícil pode ser o trabalho com seus longos dias e intermináveis semanas de pregação e visitação, eu falo apenas de uma prática que promove uma utilização menos que ideal desse dom. A solução deveria ser que esses dotados evangelistas tenham púlpitos de onde possam evangelizar, ensinar e alimentar continuamente de um centro, e desta maneira substancialmente construir o corpo de Cristo e ao mesmo tempo inspirar os membros para que sejam participantes de acordo com sua dotação, em lugar de meros espectadores do processo.

Com sua eloquência, os evangelistas itinerantes acabam dominando o evangelismo, e o modelo do Novo Testamento não é seriamente considerado, muito menos implementado. A despeito disso, o fato é que em muitas igrejas onde tenho pesquisado, nós encontramos sempre alguns 10% de membros habilitados para o evangelismo. Isso deve levar-nos a um exame de nós mesmos e de nosso futuro.

As barreiras estão ficando cada vez mais altas, a tarefa mundial mais e mais difícil, do ponto de vista humano, as dificuldades crescem em complexidade. Por que não experimentar o modelo de capacitação do Novo Testamento, no qual reconhecemos que cada membro já está equipado, dotado e preparado para desempenhar um ministério pessoal? É somente quando os milhares de membros da Igreja se tomarem envolvidos que os bilhões não alcançados da Terra serão alcançados. Reconhecemos esse fato, então por que não agimos de acordo com ele? Deus não estabeleceu um plano para concluir Sua Obra através de uns poucos, mas de muitos.

No primeiro século, os dons espirituais de todos os membros possibilitaram o incrível sucesso de levar o evangelho a todo o mundo conhecido, em uma geração. Sob a Chuva Serôdia do Espírito Santo, podemos contemplar uma repetição do Pentecoste no qual nosso mundo, apesar da explosão populacional, deve ser alcançado em uma geração. Temos o plano, temos o povo, temos o poder do Espírito de Deus. Reconhecemos nós que o Espírito capacita o povo comum?

“Liguem as máquinas”

Não faz muito, enquanto procurava selecionar um canal de televisão, acabei sintonizando os momentos preparatórios para uma corrida da Fórmula Indi. Faltava uma hora para a largada.

Fiquei curioso ao observar os semblantes sérios dos pilotos, ouvir as narrativas de seus recordes anteriores, além das previsões dos resultados, feitas por especialistas. Mas foi o suave poder das máquinas meticulosamente dispostas na pista, cheias de propagandas de seus patrocinadores, que pareceu ser o objeto de mais intensa especulação. A culminância de um ano de planejamento, sonhos e ajustes, chegara afinal. Quando o relógio marcou o horário exato, os carros movimentaram-se em suas posições, preparados para executar as manobras de intermináveis voltas e buscar o cobiçado troféu.

Então, ouvi aquelas famosas palavras: “Cavalheiros, liguem as máquinas”. Em pouco tempo a corrida estava em andamento.

Acabei não vendo todo o desenrolar da competição. Não vi o esgotado vencedor ou os humilhados vencidos, nem mesmo no telejornal noturno. Mas pensei a respeito daquela corrida durante todo o dia, e seu paralelo com a Igreja.

Há um sem número de carros de corrida dispostos meticulosamente na pista. Cada um ostentando as insígnias da Cruz, deixando à margem da pista cristã suas máquinas silenciosas. Há muitos espectadores e pouquíssimos pilotos. Muito para fazer em tão pouco tempo.

A bandeira quadriculada está levantada, avisando que a reta final é chegada. Não é esta, porventura, a hora de cada membro sentir a afirmação da liderança, para responder à capacitação provida pelo Espírito e entrar na pista? O destino de um mundo perdido oscila na balança, enquanto o Espírito Santo fala vez após vez aos membros do corpo de Cristo: “Liguem suas máquinas”.

Referências

1. Lome Plunkett e Robert Fournier, Participative Management, John Wiley e Filhos, Nova Iorque, 1991.

2. Recentes estudos estatísticos experimentais realizados na Andrews University mostraram os perfis específicos de personalidades associados a cada um dos cinco grupos de dons espirituais identificados no New Spirituals Gifts Inventory.

3. Max DePree, Leadership Is an Art, Bantam Doubleday Dell, Nova Iorque, 1989, pág 10.

4. O surgimento desta questão toma necessária uma diferenciação entre um ministério apostólico e um evangelístico. Os apóstolos receberam um específico dom espiritual de fundar igrejas em áreas onde o evangelho não era conhecido, ordenar líderes, e planejar o crescimento futuro da congregação. Paulo, com seus dons apostólicos, viajou constantemente de cidade em cidade. A sua demora em um determinado lugar dependia da receptividade. Em alguns casos ele e seus companheiros sacudiram “o pó de seus pés” (Atos 13:51), e partiram, enquanto em outros lugares, como em Corinto, ele gastou um ano e meio para evangelizar e estabelecer uma igreja familiar (Atos 18:11). Hoje, ainda mais que no primeiro século, há uma premente necessidade de pessoas com o dom do apostolado para entrar em áreas não penetradas pelo evangelho.

5. O mesmo é verdade na obra do apostolado observada no texto. E o dom congregacional de profecia corresponde, em alguns aspectos importantes, à obra pastoral e de ensinar. Paulo o define como “edificação, exortação e conforto” (I Cor. 14:3).

6. Uma questão relacionada é que os evangelistas avaliam-se e são avaliados pelo número de decisões tomadas e pelos batismos efetuados. Nesse contexto, existe a tentação constante de pressionar, forjando decisões para aumentar os números. Conversos que entram para a igreja através de pressões eclesiásticas, frequentemente sucumbem às pressões seculares e saem da igreja. A bem da verdade, nem todos os evangelistas se deixam influenciar por isso, mas as sutis, e às vezes nem tão sutis, pressões para “provar seu chamado com números” necessitam ser reconsideradas. Qualquer igreja que enfatize unilateralmente o crescimento numérico está sujeita a criar um prejudicial clima de pressão.

ROY NADEN, professor de Educação Religiosa na Andrews University, Berrien Springs, Michigan, EUA.