Que efeito exerce o aborto na demanda exercida em nossa sociedade? É o aborto um simples ato de um paciente não hospitalizado, que pode ser praticado e esquecido no mesmo dia?

Aproximadamente um quarto de todas as gestações nos Estados Unidos agora terminam em aborto. Embora não haja nenhuma estatística disponível sobre o número de mulheres adventistas que tiveram um aborto, o número parece ser bem grande em certas áreas.

Em 1986, a Corte Suprema dos Estados Unidos declarou que embora seja legal proverem os Estados informação sobre os riscos que envolvem a maioria das práticas médicas, é uma violação da Constituição dos Estados fornecer informação médica relacionada com os riscos do aborto. Por causa dessa lei, a responsabilidade de informar as mulheres nesse país agora recai grandemente sobre os médicos, clérigos e outros profissionais.

Como aconselharia você a uma mulher que viesse pedir sua opinião a respeito da possibilidade de ela praticar um aborto? Os conselhos que as mulheres recebem dos pastores adventistas variam grandemente, porque a igreja não tomou uma posição clara sobre o assunto.

O conselho que você dará depende do que você souber a respeito do aborto e suas implicações sobre a pessoa que tem o aborto e aqueles que a cercam. Devem interessar de modo especial os efeitos médicos e psicológicos sobre a mulher, os efeitos sobre outras crianças da família, os efeitos sobre o pai e a relação do casal, e os efeitos sobre o pessoal médico envolvido no procedimento.

Riscos médicos do aborto

De acordo com os quatro principais estudos médicos, as possíveis conseqüências médicas para as mulheres que tiveram dois ou mais abortos incluem diminuição de futuras condições de engravidar, duas a três vezes mais as chances de aborto ou do nascimento prematuro de bebês, e duas a três vezes e meia mais a probabilidade de nascimento de bebês com peso inferior.

Efeitos psicológicos sobre as mulheres

As mulheres que têm um aborto enfrentam complicações emocionais que incluem culpa, ansiedade, depressão, sentimento de perda, revolta, perda da estima própria, pesadelos, volta ao passado e alucinações.2

Num artigo escrito para Adventist Singles Ministery Bulletin, Garland Day descreveu sua experiência ao reunir estes sofrimentos psicológicos dos efeitos do aborto. “Cada mês, quando atravesso a América do Norte, defronto-me com quatro a seis questões que estão procurando chegar a um acordo com o envolvimento pessoal que têm num aborto; pais que sonham com a criança que nunca existiu e seus sentimentos de culpa, remorso e pesar; mães que experimentam séria depressão, pensamentos de suicídio e sua incapacidade de aceitarem o perdão de Deus ou a elas próprias. Uma queixa comum, que ouço constantemente, é: ‘Gostaria que alguém me tivesse dito como me sentiria depois; que eu apenas tivesse sabido mais acerca do aborto antes de concordar com ele.’ ”3

Um estudo de manifestações do aborto a longo prazo, como um acontecimento estressante entre trinta mulheres, revelou que 100 por cento haviam experimentado sentimentos de culpa, tristeza, remorso e perda; 92 por cento tiveram sentimentos de culpa, revolta e depressão; 85 por cento estavam admiradas com a intensidade de reação emocional; 81 por cento se sentiam como se tivessem sido logradas; e que, enquanto certa porcentagem se considerava como não sendo religiosas por ocasião do aborto, depois do ocorrido 96 por cento achavam que o aborto foi o tirar de uma vida ou um assassínio. Sessenta e cinco por cento das mulheres do estudo tiveram idéias de suicídio e 31 por cento tentaram o suicídio.4

Por que as mulheres que abortaram se sentiram culpadas, quando as leis de nossa nação declaram que o aborto é legal? Como disse um autor, “o aborto viola algo muito básico na natureza de uma mulher. Normalmente ela é a doadora da vida…. A maioria das mulheres que tiveram um aborto, acham que mataram seu bebê.”5

As mulheres podem também sentir-se envergonhadas depois de seus abortos. Isto é diferente da culpa, que leva a mulher a achar que é uma “pessoa má”.6 Em parte porque a família da mulher que abortou, o médico e o staff médico não querem ser envolvidos com seu remorso, ela é isolada dos meios comuns de apoio. Tampouco pode ela expressar sua dor através do processo funeral, porque a morte de seu filho não é aceita pela sociedade como uma realidade.7

No Japão, onde mais de 50 milhões de abortos ocorreram desde que a prática foi legalizada em 1952, algumas mulheres procuram aliviar sua dor comprando alguns pequenos Budas de pedra para colocarem em um templo co-mo memoriais a seus “bebês de água”. Um templo que tem mais de 10 mil dessas estátuas, tornou-se atração comercial.8

Enquanto alguns têm insistido em que ritual semelhante deveria ser praticado nos Estados Unidos, outros vêem isto como mais uma exploração do sofrimento das mulheres. Quão melhor seria ajudar uma mulher antes do aborto! Falar-lhe sobre as possíveis conseqüências e efeitos do aborto pode ajudá-la a decidir-se contra o ato e assim evitar a necessidade do ritual pós-aborto.

Aquelas que tiveram um aborto, podem necessitar de aconselhamento espiritual. Só quando a mulher que abortou é capaz de reconhecer seu senso de culpa e lutar contra ele, consegue confessar, e obter perdão e alívio.

Em Abortion’s Second Victim, Pam Koerbel descreve sua própria experiência de aborto e seus efeitos subseqüentes sobre sua vida e matrimônio. Ela agiu através de sua dor e sofrimento, e encontrou perdão e alívio, com a ajuda de Deus e de seu marido. Ela sugere que no processo da cura, a mulher deve esquecer a si mesma e as demais pessoas envolvidas em seu aborto: médicos, enfermeiras, o serviço de aconselhamento e seu marido ou namorado. 

Além disso, ela pede perdão a seus parentes que lamentaram sua decisão.9

O aconselhamento que as mulheres recebem antes de um aborto, muitas vezes é insatisfatório para prepará-las para as dificuldades psicológicas que elas enfrentam mais tarde. Os conselheiros podem usar expressões tais como “tecido fetal” e “produtos de concepção”, ao referir-se ao que, na realidade, a mulher entenderá como sendo um filho ou uma filha. Às vezes, as mulheres sentem revolta e se sentem exploradas depois de seu aborto. E por que não? O aborto é agora a principal indústria nos Estados Unidos, totalizando cerca de 500 milhões de dólares ao ano.10

Um panfleto publicado por Women Exploited by Abortion (Mulheres Exploradas Por Causa de Aborto), uma organização destinada a ajudar as mulheres que convivem com as conseqüências do aborto, inclui declarações de várias mulheres, relativas a sua experiência com o aborto. Essas mulheres testificam das várias dificuldades mentais e físicas para enfrentar as quais seus médicos não as prepararam.11

Os problemas psicológicos com os quais lida o WEBA incluem remorso, culpa, raiva, amargura, medo de castigo, preocupação com a data do nascimento ou idade do bebê percebido, necessidade de tornar-se grávida nova-mente (para ter um “bebê de compensação”), e atitude de auto-destruição, tal como o uso de droga e álcool, anorexia, e tentativa de suicídio.12

Estudos recentes no Canadá, revelam que “mesmo que uma mulher ache que o aborto foi uma escolha sábia na ocasião, isso não indica que não haverá nenhum problema com o remorso e a culpa não solucionados”.13 As mulheres que têm aborto por “razões genéticas” também estão em perigo, de acordo com um es-tudo britânico.14 As mulheres que têm problemas psiquiátricos enfrentam riscos mais adiante, caso tenham um aborto.15 As mulheres violentadas ou estupradas, observou-se, sentem-se melhor emocionalmente quando têm seus bebês no tempo certo, desde que não sejam submetidas a uma segunda violência.

As crianças e o aborto

Os filhos da família de uma mulher que praticou aborto sofrem de várias maneiras. Às vezes a mulher que abortou tem dificuldade de relacionar-se com o seu próximo filho, desenvolvendo até mesmo uma aversão por tocá-lo.16 Observou-se também que os índices de maus-tratos são mais elevados entre mulheres que tiveram aborto do que entre as que não tiveram.17

O psicólogo Philip Ney concluiu, de acordo com suas descobertas, que “a ampla aceitação do aborto leva a todas as crianças a alarmante mensagem de que o amor que elas recebem é condicional”. As crianças pequenas são muitas vezes informadas das gravidezes, insucessos ou abortos de suas mães, e respondem ao aborto “como o fazem as crianças que enfrentaram o maior desastre de sua vida”.18

Os homens e o aborto

De acordo com o Prof. Arthur Shostak da Universidade de Drexel, os homens também têm reações negativas para com a experiência do aborto. Sentem culpa, remorso, tristeza e pesadelos. Muitos sentem também uma “perda de paternidade”. Quando Shostak solicitou fundos aos Institutos Nacionais de Saúde para pesquisas posteriores, foi-lhe dito separado do registro, que ele lhe foi negado porque seu estudo poderia ser considerado como contrário ao aborto.19

O casal e o aborto

De acordo com Pam Koergel, as mulheres que têm aborto o fazem por temor.20 Às vezes esse temor está relacionado com a perda de um relacionamento que elas estimam. Podem também ser pressionadas a praticar aborto pelos maridos ou namorados.

O pesquisador Emily Milling descobriu que em um estudo de mais de 400 casais que passaram pela experiência de um aborto, setenta por cento dos relacionamentos fracassaram.21 Linda Bird Franke observou que “quase todo relacionamento entre pessoas solteiras é interrompido ou antes ou depois do aborto”. A razão? O sexo torna-se associado com lembranças de sofrimento e culpa.22

Alguns casais que se uniram em matrimônio depois de um aborto, experimentaram severo trauma em sua tentativa de conciliar sua decisão, enquanto outros se tornaram mais unidos quando resolveram seu sentimento de culpa por meio de um relacionamento saudável com o Senhor.23

O pessoal médico e o aborto

O pessoal médico apresenta às vezes reações semelhantes às dos pais e mães que consentiram no aborto. O pessoal da enfermagem sente pesadelo, depressão e bebe em excesso. Elas podem também vir a ter ressentimento das mães que estão praticando aborto e ficar com raiva dos médicos que lhes permitem fazer o “trabalho sujo” de cuidar do feto morto depois de a mãe se livrar dele.24

Os médicos muitas vezes têm dificuldade de reconciliar seus sentimentos. O Dr. John Szenens descreve o conflito: “Você tem que tornar-se um pouco esquizofrênico. Em uma sala você anima a paciente, dizendo-lhe que a leve irregularidade do coração do feto não é importante — que ela irá ter um bebê bonito e saudável. Então na sala seguinte você afirma a outra mulher, em quem, você acabou de fazer um aborto salino, que é bom que o coração seja irregular… que ela não deve preocupar-se, pois não iria ter um bebê vivo.”25

Szenens descreve também como começou a fazer abortos de fetos de 15 a 16 semanas de vida e, mais tarde, de fetos de 24 semanas. Ele achava que essa progressão era uma boa coisa — caso contrário ele poderia ter tido mais de um dilema a respeito de estar ou não cometendo assassínios.

Um médico anônimo é citado em um livro, como a dizer: “A primeira vez me senti como um assassino, mas o fiz repetidas vezes, e agora, 20 anos depois, estou enfrentando o que me aconteceu como médico e como ser humano. É certo que trabalhei arduamente. Por certo, o dinheiro foi importante. E oh! foi coisa fácil, uma vez que dei este passo, considerar aquelas mulheres como animais, e seus bebês apenas como tecido.”26

Legalidade e moralidade

O aborto legal em discussão pode parar por aí. Depende das decisões da futura Corte Suprema. É interessante notar que em 1975 a Corte Suprema da Alemanha Ocidental baniu o aborto, em discussão durante o primeiro trimestre, declarando que “não podemos ignorar o impacto educacional do aborto com respeito à vida.”27

Devemos lembrar que apenas pelo fato de uma coisa ser legal, isto não a torna necessariamente moral. No século XIX, a Corte Suprema declarou que os negros não eram pessoas ou cidadãos como as palavras são usadas em nossa constituição. Nesse século a mesma Corte declarou outro grupo como não sendo pessoas.28 Hoje concordamos em que a escravidão foi um erro. Não gostaríamos de um dia despertar e ver que o aborto também foi um erro?

O que a igreja pode fazer

Em âmbito local, os pastores e suas congregações precisam relacionar-se de maneira redentora com as mulheres que estão com gravidez de crise. Sei de uma jovem solteira da igreja adventista que deu à luz um filho. Por haverem os membros da igreja demonstrado amor e apoio na difícil fase, ela finalmente foi rebatizada e se casou com um homem cristão decidido, que se dispôs a adotar-lhe o filho.

Recentemente, visitei uma senhora cristã, casada, que estava grávida do terceiro filho. Disse-me que, por causa dos fortes enjôos, sentiu-se tentada a praticar aborto. Foi-me uma idéia descoroçoadora o imaginar que o aborto tenha vindo também com facilidade de uma opção. Procurei animá-la em sua gravidez, lendo uma passagem bíblica e orando com ela. Os textos úteis, que mostram o interesse e o plano de Deus pela criança em gestação incluem Salmo 139:13-16; Jeremias 1:5; S. Lucas 1:13-16; Gálatas 1:15.

Uma vez que 75 por cento dos abortos nos Estados Unidos são praticados por mulheres solteiras, parte da solução do problema está em ajudar as pessoas jovens a verem a importância da contenção das relações sexuais pré-maritais.

Necessitamos também apoiar mais as mulheres que preferem permanecer em casa e criar filhos. Algo tão simples como prover babá ocasional gratuita para uma mãe atormentada, pode ajudar a guardá-la de sentir a necessidade de um aborto, caso outro bebê esteja vindo muito próximo dos calcanhares de seu filho de passos vacilantes.

Precisamos considerar cuidadosamente o papel educativo que a igreja deve desempenhar na comunidade, e que apoio ela e seus membros devem dar às organizações que estão lutando para desestimular o aborto. Parece-me claro que a voz da igreja deve ser ouvida.

Na década de 1940 apenas alguns cristãos tais como Dietrich Bonhoeffer falou contra a perseguição dos judeus. Bonhoeffer, que é conhecido principalmente por sua defesa em favor dos judeus, foi também contra o aborto. Ele escreveu que “a destruição do embrião no ventre da mãe é uma violação do direito à vida que Deus concedeu àquela vida nascente… e que nada mais é do que assassínio.29

Bonhoeffer cria que finalmente a perseguição de Hitler aos judeus estender-se-ia aos cristãos. É importante notar que muitos outros morreram primeiro: “Os idosos, os fracos, os senis e mentalmente retardados e as crianças deficientes.” Outros “julgados indesejáveis”, entre os quais epilépticos, os amputados da Primeira Guerra Mundial, as crianças com orelhas deformadas e mesmo as que urinavam na ca-ma. Os médicos tomavam parte nesse planejamento sobre assuntos de saúde e matavam para salvar o dinheiro da sociedade.30

Hoje são principalmente os bebês em gestação que estão sendo sacrificados. Quando, porém, as pessoas se acostumam com isto, seu respeito pela vida se deteriora. Certamente os adventistas do sétimo dia, que convidam homens e mulheres para adorarem a Deus como Cria-dor, Redentor e Amigo de todos, deveriam es-tar na vanguarda dos que estão procurando preservar a sociedade da perda de vista do amor de Deus por todos.

Ardyce Sween

  • 1. As estatísticas citadas nesta seção, são de uma folha de ocorrência, intitulada “Medicai Complica-tions Following Abortion” (The Shady Grove Preg-nancy Center, 16.220 Frederick Avenue, Gaithersburg, Maryland).
  • 2. M. H. Liebman, M. D., and J. S. Zimmer, “The Psychological Sequela of Abortion: Fact and Fallacy”, in David Mall and Walter F. Watts, M.D., eds., Psychological Aspects of Abortion (Frederick, Maryland: University Publications of America, 1979). Citado em “Abortion: Some Medicai Facts” (panfleto preparado por NRL Educational Trust Fund, 419 7th Street, NV, Suite 402, Washington, DC. 20.004).
  • 3. Garland Day, “Abortion: A Noble Protest”, Adventist Singles Minnistries Bulletin, julho de 1986, págs. 6 e 7.
  • 4. Anne Catherine Speckhard, “The Psycho-Social Aspects of Stress Following Abortion” (Christian Action Council, 710 W. Broad Street, Suite 405, Falis Church, Virginia).
  • 5. Dr. & Mrs. J. C. Wilke, Handbook on Abortion Cincinnati, Ohio: Hiltz Publishing Company, 1972), págs. 41 e 42. Citado em Pam Koerbel, Abortion’s Second Victim (Wheaton, Illinois: Victor Books, 1986), pág. 123.
  • 6. Terry L. Selby, “Post Abortion Trauma”, (Unpu-blished manuscript, Counseling Associated of Bemid-ji, Inc., Bemidji, MN 56.601), pág. 10.
  • 7. Idem, pág. 15.
  • 8. Baseado em uma transcrição de um documentário japonês de televisão. Citado em Curt Young, The Least of These (Chicago; Moody Press, 1983, 1984), Pág. 65.
  • 9. Koerbel, págs. 148 e 178.
  • 10. Young, pág. 30.
  • 11. Ver panfleto “Before You Make the Decision”, tirado de WEBA National Headquarters, P.O. Box 267, Schoolcraft, MI 49.087.
  • 12. Patti McKinney and Jill Lessard, “Surviving Abortion: Help for the Aborted Woman”, (WEBA panfleto).
  • 13. ‘‘The Pain that Follows: Coping After An Abortion”, (panfleto conseguido de Lifecycle Books, P.O. Box 792, Lewiston, NY 14.092).
  • 14. Ibidem.
  • 15. Ibidem.
  • 16. Philip B. New, “A Consideration of Abortion Sur-vivors”, Child Psychiatry and Human Development, 13, Nº 3 (Spring, 1983), pág. 173. Citado em Young, pág. 68.
  • 17. TYoung, pág. 67.
  • 18. idem, págs. 66 e 67.
  • 19. Idem, págs. 65 e 66.
  • 20. Koerbel, pág. 121.
  • 21. Day, pág. 6.
  • 22. Linda Bird Franke, The Ambivalence of Abortion (Nova Iorque: Random House, 1978), pág. 47. Citado em Young, pág. 56.
  • 23. Koerbel, pág. 10.
  • 24. Young, pág. 93.
  • 25. Dra. Magda Denes, “Performing Abortions”, Commentary, outubro de 1976, págs. 35 e 37.
  • 26. John Rice, The Murder of the Helpless Unborn … Abortion (Murfreesboro, Tennessee: Sword of the Lord Publishers, 1971), pág. 31.
  • 27. John Powell, S. J., Abortion: The Silent Holocaust (Allen, Texas: Argus Communications, 1981), pág. 128.
  • 28. Young, págs. 6 e 15.
  • 29. Citado por Powell, pág. 29.
  • 30. Ibidem.