Por que as pessoas religiosas em geral são suscetíveis ao preconceito, e de que maneiras pode este ser combatido?

Preconceito. Palavra feia — uma atitude que podemos discernir facilmente e, via de regra, podemos condenar em outras pessoas, mas achamos muito difícil admitir em nós mesmos. Clifford T. Morgan explica a dinâmica: “Preconceito é, na realidade, uma forte tendência para caracterizar em excesso as pessoas. Ele aglomera muitos indivíduos com base em algum característico comum e grandemente irrelevante…. Cada membro do grupo é então considerado como tendo os mesmos característicos.’’1

Temos a tendência de nutrir preconceito para com membros de grupos que diferem daqueles nos quais nos sentimos confortáveis: outras raças, o outro sexo, outras religiões, outros grupos sócio-econômicos, etc.

O preconceito não se manifesta em franca discriminação; ele se revela muitas vezes em exclusivismo ou falta de compaixão social. As pessoas preconceituosas não oferecem ajuda a “grupos de fora’’, especialmente quando essa ajuda pode incorrer em sacrifício pessoal. Se elas não detestam francamente estes grupos de fora, no mínimo desconfiam deles e são indiferentes a sua condição. Elas parecem considerar estes infortúnios dos grupos de fora como castigo auto-infligido.

O preconceito e a religião

Visto que o preconceito é repulsivo, em geral não queremos admitir perpetrá-lo. E, na verdade, os cristãos deveriam ser as pessoas mais sem preconceito de qualquer grupo. Nosso Deus é definido como amor (I S. João 4:8), e a recomendação para amarmos o nosso próximo como a nós mesmos baseia-se em nossa religião (S. Mat. 22:37-39). Na parábola do Bom Samaritano (S. Luc. 15:25-37), Jesus estendeu o conceito de “próximo” aos grupos alheios ao nosso. A igreja primitiva devia aprender que o evangelho deve ligar as divisões entre judeus e gentios, escravos e livres, homem e mulher (Gál. 3:28). Devia descobrir que Deus não é parcial para com nenhum grupo de pessoas (Atos 10:34 e 35), e que o favoritismo ao lidar com classes sociais é pecado (S. Tia. 2:1-9).

Isto seria o ideal. Qual é a realidade? Temos aqui um paradoxo. Mais de vinte e cinco anos atrás, Gordon Allport declarou que cientistas sociais e psicológicos observaram que, “em média, as pessoas religiosas são mais intolerantes do que as que não são religiosas”2 Doze anos mais tarde, Andrew Greeley observou: “Os dados da pesquisa sobre a relação entre a religião e o preconceito são esmagadores.”3

Por volta desse tempo, J. D. Davidson esteve fazendo reportagem sobre um estudo das congregações Batista e Metodista em Indiana. Ele notou que os membros leigos que alcançavam notas altas numa quantidade de crenças verticais (crenças a respeito de Deus), tinham a tendência de obter notas baixas numa porção de “conseqüências sociais” (participação em várias formas de ativismos sociais motivados religiosamente), enquanto aqueles que recebiam notas altas em uma quantidade de crenças horizontais (i.e., importância das pessoas) recebiam notas altas em conseqüências sociais.Mais recentemente, Daniel Batson e Larry Ventis concluíram: “Ao menos para os cristãos brancos da classe média, nos Estados Unidos, a religião não está associada com o aumento do amor e da aceitação, mas com o aumento da intolerância, do preconceito e do fanatismo.”5

Como pode ser isto? À primeira vista, a situação parece incompatível e inacreditável. Um erudito cristão descreve os contrastes que devemos esperar encontrar: “A fé cristã proclama a união da humanidade; o preconceito separa os homens. A fé cristã procura tomar a vida mais plena e mais enriquecida; o preconceito diminui e limita a vida dos homens; o preconceito guinda alguns homens para se tomarem soberanos de outros. A fé cristã lança fora o temor; o preconceito origina-se no te-mor.”6

Por que a relação?

Os estudiosos da religião e do comportamento identificaram certo número de fatores que podem levar muitas pessoas ao fanatismo. Comentarei abreviadamente sete deles.

doutrina da revelação. Se Deus nos deu a verdade, devemos estar certos. Se estamos certos, os outros devem estar errados. A posse da “verdade” apresenta um verdadeiro campo minado para aqueles que abraçamos a religião revelada. Requer senso apurado de equilíbrio o atravessar este campo sem pisar nos explosivos. “Existe aqui um paradoxo. Por um lado, a religião ensina o amor, o respeito e a equidade; mas, por outro lado, ela ensina o particularismo — somente a religião eleita tem a verdade e pode oferecer salvação.”7 Esta crença, em combinação com outras necessidades psicológicas, abre amplamente a porta para o preconceito.

Pessoas escolhidas. Intimamente relacionada com a doutrina da revelação está a doutrina da eleição: Deus escolheu o meu grupo (igreja, raça, sexo) de alguma forma especial. “Seja qual for a justificativa teológica que a doutrina possa ter, o ponto de vista de que o grupo de um é escolhido (e outros grupos não o são) leva imediatamente ao distanciamento da irmandade, à intolerância. Assim acontece porque ele nutre o orgulho e a fome do indivíduo por status — duas importantes bases psicológicas do pre-conceito.”8

Greeley diz que “os grupos religiosos… constituem, dentro da sociedade maior, várias associações de grupos interiores que, por seu turno, geram desconfiança, temor e hostilidade para com os membros do grupo de fora, uma hostilidade poderosa, principalmente porque as diferenças sentidas são o primeiro resultado de toda socialização. O crescimento religioso… significa não só o crescimento como membro de um grupo religioso, como também como alguém distinto dos membros de outros grupos religiosos e distintamente em oposição a estes.”9

Batson e Ventis explicaram que a religião pode “justificar a rejeição calosa de alguém que não gosta de si mesmo. Pois aqui parece estar um corolário trágico, involuntário, para saber se o indivíduo está entre os eleitos de Deus. Se alguns são os ‘eleitos’, as ‘ovelhas’, o ‘povo escolhido’, a ‘familia de Deus’, então os outros são os ‘malditos’, os ‘bodes’ os ‘rejeitados’, os ‘infiéis’. Longe do encorajamento do amor fraternal universal, tais rótulos certamente encorajarão à rejeição e à intolerância.”10

Focalizar a salvação. Uma coisa que diz respeito à vida além desta, a salvação pessoal pode levar à falta de interesse pela condição temporal das pessoas. Milton Rokeach realizou uma pesquisa na qual ele pedia que as pessoas mencionassem 18 valores de importância. Aqueles que colocaram a “salvação” no alto de sua escala de valores, foram os mais ansiosos por manter o status quo, e em geral foram os mais indiferentes às necessidades das minorias e do pobre. Eles eram significativamente inferiores em compaixão social e mais contrários aos direitos civis do que aqueles para os quais a salvação era de menor importância.11

É possível nos concentrarmos tanto nas recompensas do mundo futuro que nos esqueçamos deste. A estima pela nossa própria salvação pode levar a uma falta egoísta de estima pela dos outros. Se, pois, não notarmos o necessitado e opresso, nossa mensagem para eles pode soar como: “Suporte estoicamente. Quando Jesus vier você será recompensado”. Foi a tendência das pessoas religiosas para tolerarem a injustiça por causa da promessa de futuras recompensas que levou Kari Marx a rotular a religião de “o ópio do povo”.

A ética do trabalho. Paradoxalmente, os cristãos podem tornar-se preconceituosos por uma razão oposta à transcendência. A denominada “ética protestante” estimula os crentes a trabalharem arduamente e a não gastarem dinheiro em prazeres frívolos. Como resultado, estes cristãos têm a tendência de acumular posses e progredirem na escala sócio-econômica. Eles podem vir a considerar sua prosperidade como sendo um sinal do favor de Deus e considerar os menos afortunados como estando no desfavor divino. Estes cristãos se comparam com outros e concluem que, na verdade, eles se sentiriam inteiramente bem em um sistema no qual as recompensas se baseiam no mérito.

Allport descreveu o fenômeno da seguinte maneira: “Para muitas pessoas, a religião é um hábito enfadonho, ou uma vestimenta tribal a ser usada em cerimônia ocasional, para conveniência familiar, ou para conforto pessoal. É algo para se usar, mas não para se viver. E ela pode ser usada de várias maneiras: para aumentar o status do indivíduo, para sustentar-lhe a confiança própria, para aumentar seus rendimentos, para conquistar amigos, poder ou influência. Pode ser usada como defesa contra a realidade e, mais importante, para prover uma super-sanção para a própria maneira de viver do indivíduo. Tal sentimento me diz que Deus vê as coisas à minha maneira.”12

Conservadorismo religioso. Por sua própria natureza, a igreja é um agente do conservadorismo. Os cristãos adoram a um Deus “que não muda”, e falam de verdades eternas. Vivendo em um mundo assinalado por mudanças rápidas em tecnologia, ciência, ajustes e categorias sociais, eles consideram a igreja como a única instituição com a qual podem contar para preservar o melhor do passado — uma coluna de estabilidade por meio da qual preservar a ordem e a segurança em sua vida. Douglas Walrath nos lembra de que a igreja dá realce à tradição em quase todo aspecto desta vida.13 Os religiosos podem ver os membros dos grupos de fora como ameaça à estabilidade e permanência de sua própria maneira de viver.

Satisfação das necessidades. É um axioma psicológico o fato de que o comportamento é o resultado da tentativa de satisfazer as necessidades. Na maioria das vezes o preconceito atende a uma necessidade de superioridade ou status,14 seja mental, moral, religiosa ou social. Mas a religião pode também satisfazer a esta necessidade. Podemos considerar-nos superiores àqueles que não possuem nem a “verdade” nem o “relacionamento” com Deus, que temos. Podemos não ter a riqueza, o poder, ou o prestígio que possuem as outras pessoas de nossa sociedade, mas em nossa religião temos algo muito melhor do que elas, de maneira que podemos olhar para elas com certo enfatuamento. E podemos em especial sentir a necessidade de distanciar-nos daqueles que são bem inferiores a nós na escala teológico-social.

“A razão por que as pessoas religiosas são em média mais preconceituosas do que aquelas que não vão à igreja, não é que a religião instile o preconceito. É, antes, porque um grande número de pessoas, em virtude de sua disposição psicológica, requer para sua economia de vida tan-to o preconceito como a religião.”15 Assim, se elas próprias são duvidosas e inseguras, o pre-conceito aumenta sua auto-estima e a religião traz segurança. Se elas estão opressas pela culpa, o preconceito provê um bode expiatório e a religião proporciona alívio. Se elas temem o fracasso, o preconceito explica, através da postulação, que os grupos de fora ameaçam, e a religião assegura uma recompensa.16

Restrito estilo cognitivo. A última ligação entre religião e preconceito que discutiremos, envolve o modo como as pessoas processam a informação. As pessoas preconceituosas muitas vezes possuem rígidos hábitos de pensar. Falta-lhes complexidade no processamento da informação e, assim, preferem as respostas simples, sem ambigüidade, pretas ou brancas . Tanto a religião como a intolerância muitas vezes atendem às necessidades daqueles que exigem clara distinção entre o bem e o mal.17

James Dittes resumiu os dados da pesquisa sobre as características da personalidade que acompanham o preconceito: 1) necessidade de estrutura inalterável; 2) necessidade de absolutismo religioso (“Dizer: ‘Não sei’, deixá-los-ia à mercê de sua âncora cognitiva”); 3) mentalidade estreita — não se predispõem a novas idéias; e 4) alta estima pela hierarquia e a ordem.18 As pessoas inflexíveis muitas vezes procuram uma religião que fale com certeza, pois tal religião oferece proteção contra a ambigüidade que elas não podem tolerar. As novas idéias e os grupos diferentes lhes ameaçam a estabilidade — pois se algumas coisas são incertas, então talvez não se possa contar com nada.

Maneiras de ser religioso

Conquanto haja explicações perfeitamente razoáveis para a relação entre o preconceito e a religião, nem todas as pessoas religiosas, naturalmente, são preconceituosas. Muitos estudiosos do assunto acreditam que a maneira como os indivíduos integram a religião a sua vi-da, acentua a diferença. Richard Gorsuch e Daniel Aleshire, por exemplo, observaram que os não membros e os membros muito ativos são os menos preconceituosos, e os marginalmente ativos mais preconceituosos.19

Vários eruditos aplicaram tabelas diversas para os pólos extremos da religiosidade. As mais conhecidas e mais completamente pesquisadas são a dimensão “extrínseca” e a “intrínseca” que Allport descreveu. A primeira é “uma forma de vigilância religiosa auto-servidora, utilitária, autoprotetora, que proporciona ao crente conforto e salvação a expensas dos grupos de fora”. A última “indica a vida que acolheu as crenças totais de sua fé sem reserva, entre as quais o mandamento de amar o próximo. A pessoa dessa espécie tenciona mais servir sua religião do que fazer com que ela o sirva”.20

Dittes identificou duas espécies de religião na parábola do filho pródigo de São Lucas 15. A atitude franca, generosa do pai, caracteriza a religião pródiga, e a “obediência servil e desejo de recompensa”, do irmão mais velho, simboliza a religião contratual. Dittes salienta que o preconceito está associado com a religião contratual, não com a religião pródiga, porque “o preconceito, afinal de contas, tem uma íntima semelhança de família com a religião contratual. … Em um momento de religião contratual, estamos tomando os insondáveis mistérios de Deus e suas relações conosco e transformando-os em uma ação (e.g., ir à igreja) ou em um objeto (e.g., rosário) ou numa regra (e.g., ‘não beba’) que é sondável e manejável, mas que agora é também forçado a ser tratado como Deus…. Num momento de preconceito, esta-mos transformando os ricos e insondáveis mistérios de outras pessoas em estereótipos ou gravuras ou dizeres que podem ser dirigidos, em nosso benefício, mas que têm pouca semelhança com as verdadeiras pessoas. A mente preconceituosa e a mente contratual — como a do irmão mais velho — reduzem sua experiência e seu mundo a limites estreitos e conhecidos que elas possam patrulhar e controlar.”21

Dessa forma, resolvemos o problema da religião e do preconceito não ao abandonar a religião, mas substituindo a religião contratual e a extrínseca pela pródiga e intrínseca. Ou talvez melhor ainda, amadurecendo em nossa experiência religiosa.

Em 1950, Allport publicou sua primeira maior declaração distintiva entre a religião imatura e a madura. Ele apresentou seis critérios que identificam a fé religiosa madura.22 Roland J. Fleck resume e comenta estes critérios como segue:

  • 1. Bem diferenciados. O cristão amadurecido sabe que a religião é complexa, e examina continuamente sua fé.
  • 2. Dinâmico. A fé amadurecida pode resultar de necessidades simples, mas, com o tempo, torna-se a principal força motivadora.
  • 3. Consistente. A vida religiosa amadurecida produzirá uma moralidade consistente.
  • 4. Compreensiva. A fé amadurecida suscita todas as perguntas cruciais da vida, procurando respostas funcionais para estas perguntas. A tolerância será a característica natural desta abrangência.
  • 5. Integrante. A religião do cristão amadurecido não é regionalizada ou isolada de outros aspectos do mundo.
  • 6. Solucionadora de problema. O cristão amadurecido está sempre procurando descobrir a verdade — reconhecendo, contudo, que a entrega não requer completa certeza.23

Quando avançamos em tal maturidade, não perdemos nossa fé religiosa ou mesmo nossa crença na revelação e eleição. “Mas o dogma é temperado com a humildade; em harmonia com a injunção bíblica, (nós detemos) o juízo até o dia da colheita. Um sentimento religioso dessa natureza inunda toda a vida de motivação e significado. Já não se limita a segmentos isolados de interesse pessoal. E só com um sentimento religioso tão amplo lança raiz firme o ensinamento de fraternidade.”24 Religião tão amadurecida produz a habilidade de “agir com sinceridade mesmo sem certeza absoluta. Ela pode estar certa sem ser infalível”.25

Vencendo o preconceito

Uma vez que entendamos o preconceito, podemos ter uma sensação de ultraje — um pre-conceito contra as pessoas preconceituosas. Devemos, porém, ser muito cuidadosos. “Quando atacamos o preconceito, em nós mesmos ou em outros, e procuramos censurá-lo ou afugentá-lo, raramente somos bem-sucedidos. Pois nossa censura e nossa ameaça apenas aumentam a necessidade em favor do preconceito…. Se queremos banir o preconceito, devemos anular a necessidade em prol do preconceito, não aumentar a necessidade.”26

Dittes sugere várias maneiras em que a comunidade cristã pode enfraquecer as necessidades de satisfazer o preconceito:

  • 1. Quando o preconceito traz sentimentos de importância e superioridade ao considerar os outros inferiores, a comunidade cristã pode suprir estes sentimentos mais profunda e mais seguramente oferecendo o mesmo habilitador abraço que o pai do pródigo ofereceu a ambos os filhos.
  • 2. Quando o preconceito traz o defensivo poder da paliçada e o poder agressivo da dominação de vidas alheias, a comunidade cristã oferece o poder que vem de nos predispormos às infinitas riquezas da criação de Deus e às muitas criaturas maravilhosas nossas iguais.
  • 3. Quando o preconceito faz as pessoas se sentirem como triunfantes, ao permitir que elas estejam em evidência, a comunidade cristã pode mostrar que as categorias de vencedores e perdedores são aspectos transitórios de nossa cultura. O auge do sucesso de Deus é o serviço e a cruz.
  • 4. Quando o preconceito desenvolve o senti-mento de pertencer a um grupo “de dentro” em face de isolamento e solidão, e produz um senso de solidariedade de grupo ao criar separações artificiais entre este grupo e os “de fora”, a comunidade cristã pode encontrar maneiras, entre os grupos pequenos e os grandes, de criar um senso de verdadeiro objeto de propriedade.
  • 5. Quando o preconceito ajuda as pessoas a conviverem com um mundo aterrador, encerrando-as em pequenas fortalezas, a comunidade cristã pode mostrar-lhes que elas não precisam salvar-se a si mesmas. Isto já foi feito.27

Conquanto, como cristãos, devamos ver o pre-conceito como pecado, devemos também seguir o exemplo de Jesus e amar o pecador. Quando amamos e aceitamos as pessoas preconceituosas, diminuímos a insegurança que lhes alimenta o preconceito; tornamo-lo desnecessário. Não somente isto, estabelecemos o comportamento apropriado para lidar com aqueles que diferem de nós. O preconceito é uma tentativa de garantia de nosso valor pessoal mediante certas estruturas protetoras. A fé cristã diz às pessoas preconceituosas: “Seu valor pessoal não necessita de garantias tão frágeis. Ele já está assegurado por Alguém cuja garantia não pode ser desafiada nem mudada.”28 1 2 3

Roger L. Dudley

  • 1. Clifford T. Morgan, A Brief Introduction to Psychology 2- ed. (Nova Iorque: McGraw-Hiil, 1977), págs. 383 e 384.
  • 2. Gordon W. Allport, Personality and Social En-counter (Boston: Beacon Press, 1960), pág. 257.
  • 3. Andrew M. Greeley, The Denominational Society (Glenview, Illinois: Scott, Foresman and Company, 1972), pág. 207.
  • 4. J. D. Davidson, “Religious Belief as an Independent Variable”, Journal for the Scientific Study of Religion 11 (1972): 65-75.
  • 5. C. Daniel Batson and W. Larry Ventis, The Religious Experience: A Social-Psychological Perspective (Nova Iorque: Oxford University Press, 1982), pág. 257.
  • 6. James E. Dittes, Bias and the Pious (Minneapolis: Augsburg Publishing House, 1973), pág. 50.
  • 7. Merlin B. Brinkerhoff and Marlene M. Mackie, “The Applicability of Social Distance for Religious Research: An Exploration”, Review of Religious Research 28 (1986): 158.
  • 8. Allport, pág. 258.
  • 9. Greeley, pág. 216.
  • 10. Batson and Ventis, pág. 254.
  • 11. Milton Rokeach, “The H. Paul Douglas Lectures for 1969”, Review of Religious Research 11 (Fali 1969): 3-39.
  • 12. Gordon W. Allport, “Behavioral Science, Religion, and Mental Health”, Journal of Religion and Health 2 (abril de 1963): 193.
  • 13. Douglas A. Walrath, “Social Change and Local Churches: 1951-75”, in Understanding Church Growth and Decline: 1950-1978, Dean Hoge and David Roozen, eds. (Nova Iorque: Pilgrim Press, 1979), págs. 248-269.
  • 14. Morgan, pág. 386.
  • 15. Gordon W. Allport, “The Religious Context of Pre-judice”, Journal for the Scientific Study of Religion 5 (Fali 1966): 451.
  • 16. Dittes, págs. 60 e 61.
  • 17. Ver Dittes, pág. 28; Greeley, págs. 211 e 213.
  • 18. Dittes, págs. 30-32.
  • 19. Richard L. Gorsuch and Daniel Aleshire, “Christian Faith and Ethnic Prejudice: A Review and Interpretation of Research”, Journal for the Scientific Study of Religion 13 (1974): 281-307.
  • 20. Allport, Personality and Social Encounter, pág. 257.
  • 21. Dittes, págs. 75-77.
  • 22. Gordon W. Allport, The Individual and His Religion (Nova Iorque: Macmillan, 1950), pág. 57.
  • 23. “Dimensions of Personal Religion: A Dichotomy or Trichotomy?” in Research in Mental Health and Religious Behavior, William J. Donaldson. Jr., ed. (Atlanta: The Psychological Studies lnstitute, Inc., 1976), pág. 192.
  • 24. Allport, Personality and Social Encounter, pág. 265.