Já que o contracheque do pastor não pode determinar se ele é eficiente ou não, o autor desta matéria estabelece alguns princípios que podem ajudá-lo a fazer sua própria avaliação.

A avaliação é indispensável ao crescimento. A prática não torna necessariamente perfeito. Pode apenas tornar permanente. Se você fizer algo às vezes bastante errado, isto se torna a única maneira em que você se sente bem. As habilidades pastorais ou de qualquer outra espécie são aprendidas de maneira mais conveniente por meio da prática, seguida de avaliação, de um plano de desenvolvimento, acompanhado da prática que experimenta e desenvolve esse plano, seguido de avaliação, etc. A avaliação é indispensável para ajudar-nos a conhecer nossa força e fraquezas e prover-nos uma base sobre a qual possamos estabelecer um plano para o desenvolvimento pessoal.

É importante para o pastor que não só ele se-ja avaliado, como também a sua igreja. Peter Wagner faz a corajosa declaração de que o adestramento do seminário é impróprio, porque não prepara o ministro para diagnosticar as necessidades e o potencial de sua congregação.

A avaliação assusta alguns ministros. Ela de-via ser levada a sério — mas não tão seriamente. Você jamais seria capaz de realizar perfeitamente tudo o que se espera de um pastor. Ninguém é tão talentoso assim. Você será sempre forte em algumas áreas e um pouco fraco em outras. Deus concede a cada um de nós forças suficientes para nos fornecer coragem, e fraquezas em quantidade suficiente para nos comunicar humildade. Por outro lado, você pode crescer até onde é capaz de fazer aceitavelmente tudo o que se espera de um pastor.

O conselho de Paulo é encorajador: “Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem.” II Cor. 8:11 e 12.

Duas lições: Em primeiro lugar, Paulo fala de uma “prontidão de vontade” e de uma “disposição mental”. Deus não nos julga por aquilo que realizamos, mas de acordo com o nosso desejo de realizar. Ele Se alegra com aqueles que são corajosos o suficiente para enfrentar as limitações de seu desempenho, porque eles mostram boa vontade para realizar.

Em segundo lugar, nosso texto fala de cumprimento segundo o “que não temos” e “de acordo com o que temos”. Deus não compara uma realização pastoral especial que praticamos com a de outra pessoa, mas com a quantidade de talentos que nos concedeu para realizar naquele setor.

Na parábola dos talentos, Jesus ensinou que Deus Se sente tão feliz com o servo que recebeu dois talentos, como com aquele que obteve cinco talentos, quando eles estão fazendo o melhor que podem com os talentos que possuem. Ele fica desapontado com os servos de um talento, não porque têm apenas um talento, senão porque, possuindo tão pouco, eles procuram com tanto empenho ocultar o fato. Eles se desiludem e nada fazem com aquilo que possuem.

A avaliação muitas vezes é inútil para o ministro. Em muitas profissões há até certo ponto uma base numérica automática. O vendedor sabe quantas vendas fez. O comerciante sabe quanto ganhou. Mas a única avaliação numérica do sucesso do pastor talvez seja o número de pessoas batizadas. É um bom indicador, mas um indicador muito incompleto. Os presidentes de Associação que parecem avaliar os ministros baseados apenas nos batismos, podem agir assim não tanto por considerarem a avaliação completa, mas por ser este o único meio facilmente disponível.

O cheque de pagamento do ministro adventista não avalia sua eficiência. Ele não se baseia em quão bem está o ministro fazendo o seu trabalho, mas em há quanto tempo o esteve ele realizando. A congregação não oferece muita avaliação imparcial. Não é fácil ao ministro fazer avaliação honesta, precisa.

A avaliação está disponível agora a você, me-diante um caderno de notas preparado pela Associação Ministerial da Associação Geral. Verificamos que nenhum teste ou instrumento serve a todas as personalidades pastorais ou a todas as situações. Por isso, tomamos o ponto médio ao preparar este livreto que contém 16 instrumentos diferentes, dos quais você pode escolher.

Há testes para até seis áreas: o pastor avaliado por si mesmo; o pastor avaliado por sua igreja; descrição da atividade pastoral; objetivos pastorais; a igreja avaliada por si mesma e/ou o pastor; e o administrador da igreja avaliado pelo pastor, por ele próprio ou por outros.

Um dos testes foi preparado por nós, mas a maioria veio das associações, e foram compilados de respostas a uma pesquisa do campo mundial. Agradecemos àqueles que os apresentaram, pelo bom trabalho que fizeram e pela disposição em partilhar.

Há pelo menos seis áreas nas quais o pastor pode ser avaliado, segundo um livreto preparado pelo autor, com base em pesquisas no campo mundial.

Algumas Associações podem utilizar modelos como estes para avaliar seus pastores. É aí que a avaliação é muitas vezes considerada pe-los pastores como má — e pode sê-lo caso não seja feita no clima correto. Seja como for, nosso realce é a avaliação pessoal.

Esses instrumentos de avaliação vão até você acompanhados por nossa prece de que juntos, você e o Senhor, possam usá-los como um meio de ajudá-lo a se tornar cada vez mais eficiente em Seu serviço.