A Igreja de Deus em todos os seus segmentos, enfrenta necessidades de toda ordem. Essas necessidades se evidenciam na falta de recursos financeiros para fazer frente aos tremendos desafios da missão. De maior número de templos devidamente apropriados para reunir nossos queridos irmãos. De mais colégios (internatos e externatos) e escolas, visando à educação cristã para os nossos filhos.

Evidenciam-se ainda na falta de mais pastores devidamente preparados para atender os desafios do momento. De mais líderes devidamente qualificados em todos os aspectos para darem o rumo certo aos objetivos da Igreja. De construção de mais hospitais, clínicas, no plano da Obra médico-missionária. Da criação de universidades para atender os universitários da Igreja. Da implantação de doutorados na área de filosofia, teologia e outros.

Poder-se-ia continuar a interminável lista de tantas outras necessidades, quer de caráter social, material ou espiritual.

Pergunta-se: Qual é realmente a maior necessidade da Igreja? A um humilde casal de missionários no sul da África, foi perguntado: “Qual é a vossa maior necessidade?” Com expressão humilde e sincera, responderam: “Temos falta de muitas coisas, mas, a nossa maior necessidade é a do PODER DO ESPÍRITO SANTO”.

Necessidade de poder do Espírito Santo

Enquanto Jesus estava no monte da transfiguração com Pedro, Tiago e João, os outros nove estavam no sopé da montanha, entre a aflita e necessitada multidão. Um pai levou o filho epiléptico aos discípulos, para ser curado. Clamou-lhes por compaixão e ajuda. Eles nada puderam fazer. Estavam destituídos de PODER. Estavam cheios do espírito de crítica, incredulidade, e sem interesse pela missão que Cristo lhes havia confiado.

Tão logo Jesus desceu do monte, o desesperado pai O procurou, e contou-Lhe a triste história, acrescentando: “Eu o trouxe aos Teus discípulos e, não o puderam curar” (Mat. 17:16).

Que tragédia! Que desonra ao nome do Salvador! Quanta coisa envolvida na patética frase do angustiado pai! “Não o puderam curar”.

O Salvador pede então que o atribulado filho seja trazido a Sua presença. Antes, porém, de curá-lo, exclama: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?” E, cheio de profunda compaixão e até mesmo consternado, ordena: “Trazei-mo aqui” (Mat. 17:17).

Onde quer que haja alguém necessitando de Sua ajuda, não importa qual o problema — de ordem física, moral ou espiritual — Ele solicita: “Trazei-lo aqui”.

A causa do fracasso

Após a miraculosa cura, perguntaram os discípulos em particular a Jesus: “Por que não pudemos, nós, expulsá-lo?” (Mat. 17:19, ú. p.). Ao que Jesus respondeu: “Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (Mat. 17:20).

Resumindo a resposta de Cristo, pode-se dizer simplesmente que a maior necessidade deles era falta de PODER. A Igreja sofre derrotas, por falta de poder. O nome do Senhor é desonrado, por falta de poder. Os resultados de batismos são tão inexpressivos, por falta de poder. O ministério é fraco, por falta de poder. Os púlpitos são pobres, por falta de poder. O testemunho individual e da Igreja é pobre, por falta de poder. Não há mais fidelidade e reavivamento, por falta de poder. Poder do Espírito Santo em grande medida.

Há uma necessidade imperiosa na Igreja, para que ela alcance os objetivos divinos. Trata-se do poder do Espírito Santo.

“Tem que haver um reavivamento e reforma, sob o ministério do Espírito Santo” . — SC., 42. “Não podemos sobreviver, nem depender de formalidades… O que nós necessitamos é da influência vivificante do Espírito Santo de Deus.” — TM., 64. (grifos supridos)

A necessidade do poder do Espírito Santo só é sentida pela alma que o busca como o fez Jacó (Gên. 32:26). Essa busca deve ser pessoal e diária. As bênçãos divinas do arrependimento, da verdadeira conversão, do perdão dos pecados, da volta de Cristo, do preparo para encontrá-Lo só serão alcançados pelo derramamento do poder do Espírito Santo.

A nossa maior necessidade não é de sofisticadas igrejas, maior número de pastores, de mais instituições médicas, educacionais e alimentícias e tantas outras, mas, sim, do poder pentecostal. Essa é a nossa maior e mais urgente necessidade. Por que não buscá-Lo?

“Por que não temos fome e sede do Espírito Santo, uma vez que Ele é o meio pelo qual nós recebemos poder? Por que não falamos sobre Ele? Por que não oramos sobre Ele? Por que não Pregamos sobre Ele?” — Testimonies, vol. 8, pág. 22 (grifos supridos).

Tempo de buscá-Lo

Agora é o tempo de buscá-Lo. “O derramamento do Espírito San-to sobre a Igreja é encarado como sendo coisa do futuro; mas, é um privilégio da Igreja recebê-Lo agora. Buscai-O e vivei para Ele.”— RH, 19.02.1895. (grifo suprido.) A promessa para suprir essa maior necessidade da Igreja no cumprimento de sua missão é para o presente e, não para o futuro. Chegou o tempo de reclamar com espírito de humildade, dedicação e entrega o cumprimento dessa divina promessa: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que Ihe pedirem?” (Lu-cas 11:13). “Eis que envio sobre vós a promessa de Meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Luc. 49). “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8).

Quando esta maior necessidade for suprida, todas as demais o serão também, pois, “O Espírito Santo, representante de Cristo é a maior dádiva. Ele abrange todas as ‘boas coisas’. O próprio Cristo não poderia dar-nos nada maior e nem melhor.” — MB., pág. 18. (Grifo acrescentado.)