A urgente necessidade de treinar e capacitar anciãos de igreja chamou a minha atenção em recente visita feita a La Paz, capital da Bolívia. Durante um seminário ministerial, encontrei pastores que lideravam até 240 congregações, e alguns de seus membros estavam penetrando em dez novos lugares.
Segundo estimativas, cerca de 80% das congregações ao redor do mundo têm um ancião pregando todos os sábados. Esses homens, na verdade, prestam uma valiosíssima contribuição à Igreja, assumindo pesadas responsabilidades em suas congregações.
Na ausência do pastor, eles cuidam de alimentar espiritualmente o rebanho, conduzem o serviço de culto, organizam as reuniões de oração no meio da semana, elaboram o programa de visitação aos membros, pregam, supervisionam as atividades dos jovens, lideram o evangelismo pessoal e público, além de coordenar a visitação e os estudos bíblicos aos interessados.
Reconhecendo o valor do trabalho do ancião local, e desejosa de ajudá-los a serem cada vez mais eficientes, a Associação Geral delegou à Secretaria Ministerial a responsabilidade de organizar e apoiar programas de treinamento em todo o mundo. E requerida de cada Campo mundial – Missões e Associações -, a realização anual de pelo menos um seminário para anciãos e pastores.
Tais seminários deverão ser conduzidos com base em manuais preparados pela Associação Ministerial, além do Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Um lindo broche de lapela será dado a todos os que participarem.
Uma revista trimestral poderá ser adquirida mediante assinatura, ao preço de aproximadamente dez dólares, com direito a um livro do Pastor Bradford sobre Homilética. Todos os pastores e anciãos que desejarem, estão convidados a enviar artigos para essa revista. Eles serão avaliados pelo Conselho Editorial, que decidirá ou não pela sua publicação.
Os artigos devem ser objetivos, sobre temas práticos tais como pregação, preparação de sermões, evangelismo, liderança, princípios de administração de igreja, realização de casamentos, serviço de comunhão, dedicação de crianças, unção de enfermos; enfim, todos os assuntos do âmbito ministerial.
Um tempo solene
As profecias bíblicas e os acontecimentos que têm lugar ao nosso redor, apontam claramente para o breve retorno do Senhor Jesus Cristo à Terra.
O período dos 1.260 anos de Daniel e Apocalipse terminou em 1798. Esse ano marcou o início do período conhecido como Tempo do Fim. Não há dúvida de que, a esta altura dos acontecimentos, nós estamos vivendo no fim do Tempo do Fim. Os profetas, apóstolos e seguidores de Cristo através dos séculos olharam para este tempo. Anciãos e pastores de hoje têm o inaudito privilégio de viver os momentos finais da história humana. Sim, os tempos atuais colocam pesada responsabilidade sobre os líderes modernos.
A profecia dos 2.300 anos ressalta dois significativos aspectos do ministério salvífico de Jesus em favor da humanidade. Na metade da septuagésima semana, na profecia, Jesus foi morto na cruz, tornando a salvação acessível a todos. E, em 1844, iniciou-se o Juízo Investigativo. Atualmente, vivemos os dias finais desse Juízo. Breve Cristo retornará.
O espantoso crescimento do espiritismo moderno e o Movimento Nova Era cumprem as predições bíblicas. O terrível aumento da violência traz-nos à mente que Deus um dia destruiu o mundo pelo mesmo motivo (Gên.6). Jamais o mundo experimentou ou foi entretido com tanta violência via televisão, filmes e fitas de videocassete, como em nossos dias. Estatísticas recentes mostram que uma criança americana, ao chegar aos dez anos de idade, teve oportunidade de ver oito mil assassinatos e mais de cem mil atos de violência. A isso acrescente-se as cenas de imoralidade que enchem a tela da TV.
O próximo grande evento da história humana será o dia quando Jesus colocará um ponto final em Seu trabalho intercessório no Santuário Celestial. Em solenes tons ele sela o destino da raça humana, nas seguintes palavras: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.” (Apoc. 22:11).
Uma missão urgente
Nesta última hora da história de nosso mundo, Jesus deu a Seu povo uma missão global: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações…” (Mat. 28:19). A mensagem a ser pregada é o convite dos três anjos apocalípticos para que as nações se rendam a Cristo e obedeçam a Sua Lei. Essa mensagem divide o mundo em dois grupos: os que aceitam a Cristo e O obedecem, e os que O rejeitam.
Um sentido profundo de urgência deve encher nossa vida. Brevemente o tempo de graça findará e os juízos de Deus cairão sobre os que rejeitaram Seu oferecimento de misericórdia. Brevemente será demasiado tarde para alimentar a igreja e evangelizar o mundo.
A iminência do retorno de Cristo deveria inspirar anciãos e pastores a buscarem duas coisas: 1) crescimento espiritual através de um relacionamento pessoal com Jesus, que redundará em conversão diária, vitória sobre o pecado e transformação da vida. 2) Dar, individualmente, a máxima prioridade à missão recebida do Senhor. Os anciãos de-vem ser também ganhadores de almas.
Dependência de Deus
A tarefa diante de nós é maior que a totalidade de nossos planos, nossas finanças e nossos recursos humanos. Necessitamos do auxílio divino para cumpri-la. E Jesus nos garante uma fonte de poder que é mais que suficiente – o Espírito Santo. Sem Ele, não há vida, não há poder. Quando ao Espírito é concedido o devido lugar no coração, aí será observado crescimento espiritual e poderoso testemunho.
Devemos dar prioridade ao preparo para receber a Chuva Serôdia. Devemos, em comunhão com Cristo, suplicá-la insistentemente, a fim de cumprirmos poderosa e vitoriosamente a Missão Global de Deus.